Gente, presta atenção: a Lei de Santos era Constitucional sim, MAS, (segundo a Dra. Raquel) “O ato normativo municipal interferiu diretamente no modo de explorar e de administrar o comércio de animais vivos, especialmente no que toca ao comércio exterior”. Prevaleceu os interesses dos ruralistas porque o país não ganha nada já que eles são liberados dos impostos.
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8/13/2018
Mais um PL "engana trouxa" será votado no Rio de Janeiro. Fala sério!
Sinceramente, sinto falta de ar só de ter que repetir o quanto a proteção animal entra no lance do PL "engana trouxa"..... Será que só eu tenho o trabalho de ir pesquisar e avaliar o besteirol que políticos fazem objetivando, tão somente, ganhar votos?
Aquele tal PL 31 de SP, me dá engulho ver tanta gente preparada (era o que
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Exportação de animais vivos para abate pode ser proibida, de verdade
É uma chance correta. Um projeto no Senado e outro na Câmara Federal estão no caminho certo. Agora, é trabalhar em cima. Pressionar o Congresso depois das eleições. Este Senador aí pode até ter feito pensando nas eleições, mas, pelo menos, está em arena legitima. Até pode valer o voto e cobrar dele.....
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Um projeto para proibir a exportação de animais vivos destinados ao abate foi
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Um projeto para proibir a exportação de animais vivos destinados ao abate foi
6/26/2018
PETIÇÃO EXCELENTE: Pelo fim da Exportação de animais vivos. ASSINEM, POR FAVOR!
Todos sabem que sou muito criteriosa em avaliar trabalhos feitos pela causa animal.
Considerando, então, queria elogiar esta Petição feita de forma clara, esclarecedora, consistente e muito valiosa já que pretendemos, definitivamente, por um fim à barbárie cometida nos navios currais que levam animais para outros países.
Estou pedindo aos nossos leitores, amigos e simpatizantes para assinar esta petição, lembrando, mais uma vez, que aqui no Brasil, LAMENTAVELMENTE, fazemos o abate halal e kosher em matadouros e abatedouros em vários estados para servir aos muçulmanos e judeus tanto para o mercado interno e externo.
Considerando, então, queria elogiar esta Petição feita de forma clara, esclarecedora, consistente e muito valiosa já que pretendemos, definitivamente, por um fim à barbárie cometida nos navios currais que levam animais para outros países.
Estou pedindo aos nossos leitores, amigos e simpatizantes para assinar esta petição, lembrando, mais uma vez, que aqui no Brasil, LAMENTAVELMENTE, fazemos o abate halal e kosher em matadouros e abatedouros em vários estados para servir aos muçulmanos e judeus tanto para o mercado interno e externo.
4/27/2018
Animais voltam a ser exportados em Santos graças a "decisão" do Ministro Fachin do STF
Como falei em nossa postagem anterior, era óbvio que estes desumanos da industria da carne iriam resolver a questão a favor deles. E assim foi..... Agora quem duvida de que algo houve nos bastidores, graças a imediata decisão deste juíz? Não acredito na justiça faz tempo e cada vez mais me desiludo..... Aliás, tem um candidato à presidencia que vai liberar uso de arma, né? Hummmmmm..... tive ótimas ideias para o que fazer com estas armas...... Vai ser muito bom encarar certos políticos..... Acho que os pensamentos demoniacos que rondam nosso planeta estão tomando conta de mim.... hehehehe...
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Fachin derruba lei que proibia operação de cargas vivas no Porto de Santos
Normativa da prefeitura foi alvo de críticas do Ministério da Agricultura e de entidades que representam o setor. Municipalidade pode recorrer.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou inválida a lei municipal que proíbe o transporte de cargas vivas para operação no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A decisão liminar (provisória) foi estabelecida na noite desta terça-feira (24). A Prefeitura de Santos informou que vai recorrer do parecer.
A Lei Complementar 996/18 foi sancionada em 18 de abril pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), em solenidade no Paço Municipal, com a presença de vereadores e representantes de grupos de proteção animal. A partir dela, ficava proibido o transporte de cargas vivas nas áreas urbanas, impedindo por completo o acesso ao cais.
O assunto passou a ser discutido pela Câmara Municipal e pelo Executivo depois do embarque em Santos, em fevereiro, de 20 mil bois em um navio destinado à Turquia. A embarcação chegou a ficar retida no porto, após intervenção de ativistas, que alegavam maus-tratos. Na ocasião, um laudo da Vigilância Agropecuária afastou eventuais irregularidades.
No despacho, Fachin decidiu suspender a eficácia da normativa, por configurar "plausibilidade jurídica das alegações e em virtude do perigo de lesão grave". A decisão, na prática, torna inválidos os artigos que referem-se justamente ao transporte de animais para importação ou exportação pelo Porto de Santos.
"Trata-se de uma vitória do setor. Com essa decisão, devolvemos a segurança jurídica a essas operações, principalmente para o escoamento da produção nacional", afirmou o chefe da Assessoria Jurídica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rudy Maia Ferraz, responsável pela ação.
A confederação protocolou no STF uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) menos de 24 horas após o prefeito de Santos ter sancionado a lei. No entendimento da entidade, acatado pela Corte, a municipalidade sobrepôs a competência ao querer limitar ou determinar sobre as operações no cais.
A decisão definitiva ainda será analisada pelo plenário do Supremo, em data ainda indefinida, mas a provisória já está em vigor, permitindo as operações com animais no porto. A Prefeitura de Santos disse que vai aguardar ser notificada oficialmente sobre o parecer do ministro, mas afirmou que vai apresentar um recurso ao STF.
Críticas
Além da CNA, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, criticou a lei municipal em entrevista ao G1, na segunda-feira (23). "Depois de tudo o que aconteceu, os próprios exportadores já tinham sinalizado que queriam evitar o Porto de Santos, destinando essa carga a outros portos".
Para o chefe do Mapa, além do porto, quem acumula prejuízos é a própria cidade. "Afasta a arrecadação e prejudica a imagem, claro. Está certo que o ministério discorda dessa decisão [da prefeitura]. Temos um controle rigoroso e um setor voltado ao bem-estar animal que afasta ocorrências de maus-tratos".
O consultor portuário Sérgio Aquino considerou que o impasse é reflexo do distanciamento da relação porto-cidade, provocado pela atual legislação do setor. "Nós corremos o risco das cidades deliberarem que tipo de operação deve ou não ser realizada nos portos que estão nos seus territórios, de maneira isolada. É preocupante".
A falta de diálogo e de um ambiente de negociação, entre todos os envolvidos, é apontada por ele como responsável pelo problema. "É certo que a operação de carga viva continuará existindo mundialmente, independentemente se Santos autorizar ou não. É uma operação de muitos mercados, por questões religiosas e culturais".
Carga viva
A operação de carga viva em Santos, em 2018, interrompeu um intervalo de quase 20 anos sem a movimentação de animais para importação e exportação no cais santista. Tratou-se, na verdade, da segunda etapa do embarque para a Turquia de cabeças de gado, iniciada em dezembro de 2017, com o envio de 27 mil animais.
Ativistas ligados à proteção animal alegaram que os bois eram vítimas de maus-tratos e realizaram protestos. A prefeitura multou a empresa responsável pelos bovinos em R$ 1,5 milhão, com essa mesma justificativa e, depois, em R$ 2 milhões, por poluição ambiental. Na época, a empresa rebateu todas as acusações e negou irregularidades.
A última vez que o Porto de Santos movimentou esse tipo de carga ocorreu em 2000, mas na direção inversa. Na ocasião, foram importados ao país pelo menos 647 avestruzes provenientes da Espanha, que foram descarregados no cais do Paquetá. No estado, cargas vivas têm maior movimentação no Porto de São Sebastião.
Fontte: G1 Santos
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Outras matérias:
STF derruba lei que proíbe transporte de animais vivos no Porto de Santos
Fontte: G1 Santos
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STF derruba lei que proíbe transporte de animais vivos no Porto de Santos
3/29/2018
Activistas denunciam maus tratos no transporte de animais vivos - Portugal
Nossos companheiros de Portugal andam trabalhando muito a respeito do assunto. Esperamos que utilizem o argumento muito inteligente da Prefeitura aqui de Santos que pretende acabar com esta crueldade proibindo acesso de caminhões ao Porto de embarque. Se esta estratégia passar a vigorar, caramba, será uma fórmula para todo mundo.
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Um navio atracou ontem no Porto de Setúbal, para carregar hoje. Outro deve chegar esta noite a Sines. Associação tem registos em vídeo que mostram más condições em viagens anteriores. Produtores negam que animais não sejam bem tratados.
O embarque de vacas e ovelhas vivas em Setúbal e Sines, com destino a Israel, está a suscitar polémica. A Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos (PATAV) denuncia o que diz serem violações da legislação nacional e comunitária. Uma vigília de protesto está marcada para hoje, no Porto de Setúbal, durante o embarque de seis mil animais para o navio Uranos L.
O Uranos L atracou ontem no Porto de Setúbal e deve zarpar amanhã de madrugada rumo a Israel. Segundo a PATAV, também para esta noite está prevista a chegada, ao Porto de Sines, do navio Julia LS, onde o embarque de cinco mil animais deve ter lugar amanhã. Em ambos os casos são sobretudo ovinos.
Os produtores envolvidos na exportação negam a existência de maus tratos e alertam para a importância económica destas vendas para a pecuária nacional. Já segundo a PATAV, no processo de embarque, quando se aplica a legislação nacional, são violadas diversas normas, como a proibição do uso de bastões eléctricos mais de uma vez em cada animal, ou o nivelamento adequado das rampas de acesso. É também proibido o embarque de animais com ferimentos de certa gravidade.
“Assistimos a situações em que são usados bastões eléctricos três e quatro vezes no mesmo animal, animais a serem arrastados pela cabeça ou patas [o que também não é permitido], e assistimos, já em 2018, ao embarque de animais com fractura ou luxação, o que é uma violação clara da lei”, disse ao PÚBLICO Constança Carvalho, da plataforma.
A PATAV tem vindo a divulgar, na sua página no Facebook, imagens captadas tanto em Portugal (do transporte dos animais em camiões até ao momento do embarque propriamente dito) como em Israel — onde alguns chegam, segundo se vê nos vídeos, com ferimentos. A lei portuguesa estipula a obrigação de transporte dos animais em condições de segurança e higiene. Os activistas asseguram que, nos camiões que os transportam até ao porto, os animais que viajam no andar de baixo ficam cobertos de fezes que escorrem do andar de cima.
Já em alto-mar, quando se aplica o Direito Comunitário, a PATAV diz que são igualmente violados os regulamentos internos da União Europeia (UE) sobre segurança e higiene. “Em todos os barcos há animais que chegam a Israel feridos, muitas vezes cegos, por causa da concentração de gases devido a falta de ventilação e à falta de espaço por indivíduo”, afirma Constança Carvalho, que refere ainda a falta de acompanhamento das autoridades durante a viagem. “O vazio de vigilância no barco é assustador. Os animais passam oito a 12 dias no mar sem se saber o que está a acontecer, quando o transporte de animais vivos é um grande problema de bem-estar animal.”
Mais de 200 mil exportados
As denúncias da plataforma já levaram à suspensão de futuras cargas em Portugal, por decisão da Direcção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), em dois navios (Aldelta e Neameh) que faziam este transporte. Um dos barcos, segundo fez saber em Janeiro o gabinete do ministro da Agricultura, em resposta a perguntas do PAN, foi suspenso até o armador corrigir as “desconformidades identificadas”. O outro terá de “proceder a melhorias estruturais”.
Os barcos de gado têm de ter certificado emitido por um Estado-membro da União Europeia e, antes do embarque, são inspecionados pela DGAV, autoridade nacional que fiscaliza esta actividade e que acompanha o carregamento de cada navio. “A DGAV, através dos seus serviços regionais, verifica o cumprimento das exigências sanitárias constantes da certificação acordada entre Portugal e Israel, nomeadamente a situação sanitária dos animais e das explorações de origem”, informou ainda o Ministério da Agricultura, em Janeiro, em resposta a perguntas colocadas pelo BE.
Na mesma resposta fez saber que as regras não determinam que o transporte marítimo seja acompanhado por um médico veterinário.
O Grupo de Produtores Exportadores de Bovinos Ovinos (GPEBO), que integra sete empresas — Raporal SA, Monte do Pasto Lda, Carnes Miranda Lda, Carlos e Hélder Alves Agro Pecuária Lda, HCR Sociedade Agro Pecuária Lda, Pasto Alentejano Lda, e Terra Brava Lda —, nega que os animais sejam maltratados ou que a legislação não seja respeitada. “É aos exportadores e criadores nacionais que mais importa que esse período de transporte cumpra todas as exigências legais e garanta o bem-estar animal”, faz saber, em respostas enviadas ontem ao PÚBLICO.
Sobre as acusações concretas dos activistas, o GPEBO salienta que “a actividade de exportação é controlada, e bem, por técnicos competentes, da DGAV”, que acompanham os animais “desde as explorações, durante o período de quarentena e na operação de embarque”, e que só “raras vezes” esses profissionais detectam “situações anómalas”.
O navio, diz o grupo, é preparado com “camas adequadas”, feitas com cem toneladas de serradura e 40 de palha, e abastecido com a ração “de acordo com as tabelas definidas” e com margens de quantidade para atrasos na viagem, até porque os exportadores têm “interesse contratual” que os animais não percam peso e que não morram.
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Um navio atracou ontem no Porto de Setúbal, para carregar hoje. Outro deve chegar esta noite a Sines. Associação tem registos em vídeo que mostram más condições em viagens anteriores. Produtores negam que animais não sejam bem tratados.
O embarque de vacas e ovelhas vivas em Setúbal e Sines, com destino a Israel, está a suscitar polémica. A Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos (PATAV) denuncia o que diz serem violações da legislação nacional e comunitária. Uma vigília de protesto está marcada para hoje, no Porto de Setúbal, durante o embarque de seis mil animais para o navio Uranos L.
O Uranos L atracou ontem no Porto de Setúbal e deve zarpar amanhã de madrugada rumo a Israel. Segundo a PATAV, também para esta noite está prevista a chegada, ao Porto de Sines, do navio Julia LS, onde o embarque de cinco mil animais deve ter lugar amanhã. Em ambos os casos são sobretudo ovinos.
Os produtores envolvidos na exportação negam a existência de maus tratos e alertam para a importância económica destas vendas para a pecuária nacional. Já segundo a PATAV, no processo de embarque, quando se aplica a legislação nacional, são violadas diversas normas, como a proibição do uso de bastões eléctricos mais de uma vez em cada animal, ou o nivelamento adequado das rampas de acesso. É também proibido o embarque de animais com ferimentos de certa gravidade.
“Assistimos a situações em que são usados bastões eléctricos três e quatro vezes no mesmo animal, animais a serem arrastados pela cabeça ou patas [o que também não é permitido], e assistimos, já em 2018, ao embarque de animais com fractura ou luxação, o que é uma violação clara da lei”, disse ao PÚBLICO Constança Carvalho, da plataforma.
Já em alto-mar, quando se aplica o Direito Comunitário, a PATAV diz que são igualmente violados os regulamentos internos da União Europeia (UE) sobre segurança e higiene. “Em todos os barcos há animais que chegam a Israel feridos, muitas vezes cegos, por causa da concentração de gases devido a falta de ventilação e à falta de espaço por indivíduo”, afirma Constança Carvalho, que refere ainda a falta de acompanhamento das autoridades durante a viagem. “O vazio de vigilância no barco é assustador. Os animais passam oito a 12 dias no mar sem se saber o que está a acontecer, quando o transporte de animais vivos é um grande problema de bem-estar animal.”
Mais de 200 mil exportados
As denúncias da plataforma já levaram à suspensão de futuras cargas em Portugal, por decisão da Direcção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), em dois navios (Aldelta e Neameh) que faziam este transporte. Um dos barcos, segundo fez saber em Janeiro o gabinete do ministro da Agricultura, em resposta a perguntas do PAN, foi suspenso até o armador corrigir as “desconformidades identificadas”. O outro terá de “proceder a melhorias estruturais”.
Na mesma resposta fez saber que as regras não determinam que o transporte marítimo seja acompanhado por um médico veterinário.
O Grupo de Produtores Exportadores de Bovinos Ovinos (GPEBO), que integra sete empresas — Raporal SA, Monte do Pasto Lda, Carnes Miranda Lda, Carlos e Hélder Alves Agro Pecuária Lda, HCR Sociedade Agro Pecuária Lda, Pasto Alentejano Lda, e Terra Brava Lda —, nega que os animais sejam maltratados ou que a legislação não seja respeitada. “É aos exportadores e criadores nacionais que mais importa que esse período de transporte cumpra todas as exigências legais e garanta o bem-estar animal”, faz saber, em respostas enviadas ontem ao PÚBLICO.
Sobre as acusações concretas dos activistas, o GPEBO salienta que “a actividade de exportação é controlada, e bem, por técnicos competentes, da DGAV”, que acompanham os animais “desde as explorações, durante o período de quarentena e na operação de embarque”, e que só “raras vezes” esses profissionais detectam “situações anómalas”.
O navio, diz o grupo, é preparado com “camas adequadas”, feitas com cem toneladas de serradura e 40 de palha, e abastecido com a ração “de acordo com as tabelas definidas” e com margens de quantidade para atrasos na viagem, até porque os exportadores têm “interesse contratual” que os animais não percam peso e que não morram.
FONTE: publico.pt
2/25/2018
Exportação de animais vivos para abate dispara e vira alvo de batalhas na Justiça no Brasil
O que é bom, é que esta guerra está sendo noticiado em todos os países do mundo e isto tem conscientizado muita gente.
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Uma guerra por um mercado de mais de R$ 800 milhões pode ter sua primeira batalha encerrada nesta quarta-feira, quando 27 mil bois vivos oriundos do Brasil desembarcam na Turquia depois de 15 dias de viagem pelo mar.
O navio saiu do Porto de Santos no dia 5 de fevereiro sob forte pressão de grupos de defesa dos animais - eles afirmam que os bovinos sofreram maus-tratos. Após protestos e processos, a Justiça chegou a proibir a exportação de carga viva em todo o país, mas suspendeu a decisão após o governo do presidente Michel Temer (PMDB) recorrer.
No entanto, a guerra deve continuar nos próximos meses: a expectativa é de que as exportações de animais vivos cresçam 30% neste ano ao mesmo tempo em que diversas ações judiciais tentam impedi-las.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - um mercado de R$ 5,3 bilhões ao ano apenas no Brasil. A maior parte desse montante é de carne processada e congelada, ou seja, os animais são abatidos no Brasil e depois levados aos países compradores.
Há cerca de 20 anos, porém, o Brasil passou a vender também os animais vivos. Eles são transportados de caminhão das fazendas ao porto, colocados em grandes embarcações, viajam milhares de quilômetros pelo mar e, depois, são abatidos no país comprador.
Esse tipo de exportação vem crescendo ano a ano. Segundo Associação Brasileira dos Exportadores de Animais Vivos (Abreav), o Brasil vendeu 460 mil cabeças de gado em pé - nome técnico para a modalidade - em 2017, movimento de R$ 800 milhões e crescimento de 42% em relação a 2016.
"Nós estamos crescendo todos os anos e, em 2018, vamos aumentar as vendas em 30%", diz Ricardo Pereira Barbosa, presidente da Abreav.
A maior parte dos animais vai para países mulçumanos por uma questão religiosa. A carne consumida pelos religiosos deve ser cortada pela técnica halal.
Nesse tipo de corte, os animais devem estar saudáveis no momento do abate, segundo explica Michel Alaby, secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "O animal é morto de cabeça para baixo e todo o sangue deve ser drenado", diz.
O nicho deve ser abatido por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele deve pronunciar o nome de Alá ou recitar uma oração que contenha o nome de Alá durante o processo, com a face do animal voltada para Meca.
Segundo a Câmara Brasil Árabe, as exportações de gados vivos para cinco países árabes, como Iraque e Egito, cresceram 75% nos últimos dois anos - de R$ 273 milhões em 2015 para R$ 412 milhões no ano passado.
Alaby diz que a indústria brasileira já é a maior exportadora de carne halal no mundo - a maior parte dos animais é abatida ainda no Brasil, por mulçumanos contratados exclusivamente para a técnica. Porém, segundo ele, governo árabes querem aumentar o número de empregos na pecuária e, por isso, preferem fazer o abate nos próprios países.
Em meio a esse rápido e acentuado crescimento, grupos e ONGs de defesa dos animais têm feito denúncias de maus-tratos sofridos pelos animais transportados. Hoje, existem ao menos dois processos em São Paulo e outro na esfera federal contra as exportações.
Houve maus-tratos aos animais no navio?
O navio com 27 mil bois que desembarca hoje à Turquia chegou a ser impedido de sair do Brasil pela Justiça - a carga foi avaliada em R$ 64 milhões. A embarcação Nada, de bandeira panamenha, estava carregada de animais da Minerva Foods, uma das maiores produtoras de carne no Brasil.
O caso começou a chamar a atenção depois que moradores de Santos reclamaram do mau cheiro e de excrementos deixados pelos caminhões que passavam pela cidade. Depois, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa de Animal entrou na Justiça para impedir que o navio deixasse o país, alegando que os animais estavam sofrendo maus tratos.
O processo chegou ao juiz federal Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Civil de São Paulo, que nomeou a veterinária Magda Regina, funcionária da Prefeitura de Santos, para realizar um laudo técnico sobre a situação dos animais dentro do navio.
O magistrado perguntou: "De que maneira são acondicionados em caminhões ou embarcações os animais transportados para o exterior?". No documento, a veterinária respondeu que havia entre 27 e 38 bois em cada veículo e que fitas adesivas foram coladas nos orifícios laterais, "visando dificultar inspeção externa de terceiros".
Ela escreveu: "Os animais, uma vez aprisionados dentro dos caminhões enfrentaram viagens entre 8 a 14 horas de trajeto. Muitos caminhões e suas caçambas dispunham de varetas com pontas metálicas conectadas ao sistema elétrico do veículo, cujo objetivo é impedir mediante descargas elétricas que os animais se deitem no assoalho do veículo".
Regina apontou que, durante o embarque que durou uma semana, as baias do navio não foram lavadas. "A imensa quantidade de urina e excrementos produzida e acumulada nesse período propiciou impressionante deposição no assoalho de uma camada de dejetos lamacenta."
Ela afirmou ainda que funcionários do navio lhe disseram que, após a lavagem, os dejetos são jogados no mar - cada boi produz cerca de 30 quilos de fezes por dia.
"Os dejetos acumulados pelo processo de limpeza têm então seu conteúdo descartado, sem qualquer tratamento, ao mar. Esse descarte ocorre periodicamente, dependendo da velocidade do navio em curso."
Segundo o laudo, o navio tinha três veterinários para cuidar dos 27 mil animais - um para cada 9 mil cabeças. Também apontou: "Em setor específico do navio, vulgarmente denominado Graxaria, foi constatada a presença de um equipamento destinado a triturar os animais mortos, cujo resultado do trituramento é também lançado ao mar", escreveu a veterinária.
Outra vistoria foi feita no navio ao mesmo tempo que Magda Regina realizava a sua. Os resultados, no entanto, são totalmente divergentes.
Os auditores fiscais do Ministério da Agricultura, Paulo Roberto de Carvalho Filho e Felipe Ávila Alcover, afirmaram que não houve maus-tratos e que o navio seguia todas as regras da Organização Mundial da Saúde Animal.
"Os animais apresentavam expressão de tranquilidade, ausência de dor, ansiedade ou estresse térmico. Se aproximavam com curiosidade do toque humano, sinal de que não são tratados com rudeza e acostumados ao arraçoamento por tratador", escreveram.
Disseram também que os bovinos estavam bem alimentados e que os decks da embarcação tinham piso adequado - a lavagem era feita normalmente, a cada cinco dias.
'Inferno na terra'
Enquanto o navio recebia os bois, manifestantes protestavam em frente ao Porto de Santos - reuniram até 500 pessoas.
O biológo Frank Alarcón, ativista da defesa dos animais, também conseguiu entrar na embarcação.
"Posso resumir o que vi em uma frase: um inferno na terra", diz. "Cada animal tinha 1 m² de espaço, e você sabe que um boi tem mais do que isso. Eles estavam mergulhados nas fezes, no vômito, na urina. Alguns se deitavam em cima de outros", afirma.
Para Ricardo Pereira Barbosa, presidente da associação das empresas exportadoras, não houve maus-tratos no navio. "Todos os barcos estrangeiros seguem a norma da Organização Mundial da Saúde Animal. Da nossa perspectiva, não houve maus-tratos", disse.
A Minerva Foods, dona da carga, afirmou que o manejo dos animais segue todos os procedimentos adequados para preservar o bem-estar dos animais durante o transporte, embarque e no decorrer da viagem.
Não é a primeira vez que a empresa se envolve em uma polêmica sobre essa modalidade de comércio. Em outubro de 2015, um navio com 5 mil animais dela naufragou em Barcarena, no Pará. Milhares deles morreram afogados - a companhia foi processada.
O que a Justiça decidiu
Depois do laudo técnico da veterinária, o juiz federal Djalma Moreira Gomes decidiu, em liminar, suspender a exportação de animais vivos em todo território nacional, até que os países de destino "se comprometam, mediante acordo inter partes, a adotar práticas de abate compatíveis com o preconizado pelo ordenamento jurídico brasileiro".
Na decisão do dia 2 de fevereiro, o magistrado afirmou que as condições de higiene no navio Nada "eram muito precárias". Para ele, o transporte deveria assegurar o bem-estar dos animais.
Gomes escreveu ainda: "É dizer, alguém sendo dono de uma cadeira e de um cão, poderia, sem qualquer recriminação de ordem jurídica, despedaçar a cadeira e atirar seus cacos na caçamba de lixo. Porém, seria inconcebível que mesmo sendo dono do cão, pretendesse fazer com o animal o mesmo o mesmo que fizera com a cadeira".
A proibição do transporte dos animais foi comemorada por ativistas e ambientalistas, mas acendeu um sinal amarelo no setor agropecuário e também no governo federal.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, encontrou-se com o presidente Michel Temer para falar do caso. "Este assunto é bastante complicado. Os bois já estão embarcados, sendo alimentados por ração vinda de outros países. Descarregar estes animais conforme a Justiça determinou traz um problema sanitário. Além de já ser um problema diplomático", afirmou à Agência Brasil no dia 4 de fevereiro.
Maggi é ligado ao setor agropecuário brasileiro - a empresa de sua família, a Amaggi, é uma das maiores exportadoras de soja do país. Boa parte de sua campanha para o Senado pelo PR em 2010 foi financiada por frigoríficos e por empresas de alimentos.
No mesmo dia, a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu à Justiça a suspensão da liminar. Argumentou que a proibição "implicaria em grave lesão à ordem administrativa, à saúde pública e à economia pública, podendo submeter o setor agropecuário brasileiro a risco".
A AGU também afirmou que o navio tinha condições adequadas e que cabe apenas ao Ministério da Agricultura calcular o risco sanitário do transporte internacional de animais.
Às 19h50 do domingo, O Tribunal Federal Regional da 3ª Região acatou o pedido do governo Temer e liberou as exportações. O navio Nada saiu do país horas depois.
Na semana passada, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 450 mil o Ecoporto Santos, onde o navio atracou. Segundo a Cetesb, o local não tinha licença ambiental para fazer embarque de carga viva.
O Ecoporto Santos afirma que vai recorrer e que foi surpreendido pela multa, "pois entende que a operação foi realizada em estrita observância às legislações que regulamentam está modalidade de operação".
A guerra continua
Outros três processos devem continuar nos próximos meses, colocando as exportações de animais vivos sob o crivo da Justiça.
"Nosso objetivo é barrar essas grandes exportações de animais. Elas se tornaram vultuosas. Não queremos destruir a economia, nós queremos só um pouco de respeito com os animais", explica a advogada Letícia Filpim, vice-presidente da Abra (Associação Brasileira dos Advogadas Animalistas).
Para o biólogo Frank Alarcón, as exportações em grande quantidade ferem os direitos dos animais. "Sem contar as questões ambientais, pois dejetos são jogados no mar, há pontos éticos: você submete animais de cognição complexa a enclausuramentos em locais minúsculos, sujos, e faz viagens marítimas por semanas", diz ele, que faz parte do Partido Animais. "Os animais são expostos a tempestades e calor intenso. Não há nada que amenize esse sofrimento."
Michel Alaby, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, afirma que dados dos países compradores apontam que 3% dos animais chegam mortos ao destino.
A guerra jurídica não assusta Ricardo Pereira Barbosa, da associação dos exportadores. "Fazemos isso há 20 anos. Por que agora, que o mercado cresceu 42%, houve todos esses protestos? Estamos em ano de eleição e existem pessoas querendo se aproveitar da repercussão", afirmou, citando deputados estaduais que compareceram às manifestações.
Ele completa: "Nós vamos conversar com o governo para aprimorar a legislação. Mas mesmo com protesto, com reclamação, as vendas vão continuar".
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Uma guerra por um mercado de mais de R$ 800 milhões pode ter sua primeira batalha encerrada nesta quarta-feira, quando 27 mil bois vivos oriundos do Brasil desembarcam na Turquia depois de 15 dias de viagem pelo mar.
O navio saiu do Porto de Santos no dia 5 de fevereiro sob forte pressão de grupos de defesa dos animais - eles afirmam que os bovinos sofreram maus-tratos. Após protestos e processos, a Justiça chegou a proibir a exportação de carga viva em todo o país, mas suspendeu a decisão após o governo do presidente Michel Temer (PMDB) recorrer.
No entanto, a guerra deve continuar nos próximos meses: a expectativa é de que as exportações de animais vivos cresçam 30% neste ano ao mesmo tempo em que diversas ações judiciais tentam impedi-las.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - um mercado de R$ 5,3 bilhões ao ano apenas no Brasil. A maior parte desse montante é de carne processada e congelada, ou seja, os animais são abatidos no Brasil e depois levados aos países compradores.
Há cerca de 20 anos, porém, o Brasil passou a vender também os animais vivos. Eles são transportados de caminhão das fazendas ao porto, colocados em grandes embarcações, viajam milhares de quilômetros pelo mar e, depois, são abatidos no país comprador.
Esse tipo de exportação vem crescendo ano a ano. Segundo Associação Brasileira dos Exportadores de Animais Vivos (Abreav), o Brasil vendeu 460 mil cabeças de gado em pé - nome técnico para a modalidade - em 2017, movimento de R$ 800 milhões e crescimento de 42% em relação a 2016.
"Nós estamos crescendo todos os anos e, em 2018, vamos aumentar as vendas em 30%", diz Ricardo Pereira Barbosa, presidente da Abreav.
A maior parte dos animais vai para países mulçumanos por uma questão religiosa. A carne consumida pelos religiosos deve ser cortada pela técnica halal.
Nesse tipo de corte, os animais devem estar saudáveis no momento do abate, segundo explica Michel Alaby, secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "O animal é morto de cabeça para baixo e todo o sangue deve ser drenado", diz.
O nicho deve ser abatido por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele deve pronunciar o nome de Alá ou recitar uma oração que contenha o nome de Alá durante o processo, com a face do animal voltada para Meca.
Segundo a Câmara Brasil Árabe, as exportações de gados vivos para cinco países árabes, como Iraque e Egito, cresceram 75% nos últimos dois anos - de R$ 273 milhões em 2015 para R$ 412 milhões no ano passado.
Alaby diz que a indústria brasileira já é a maior exportadora de carne halal no mundo - a maior parte dos animais é abatida ainda no Brasil, por mulçumanos contratados exclusivamente para a técnica. Porém, segundo ele, governo árabes querem aumentar o número de empregos na pecuária e, por isso, preferem fazer o abate nos próprios países.
Em meio a esse rápido e acentuado crescimento, grupos e ONGs de defesa dos animais têm feito denúncias de maus-tratos sofridos pelos animais transportados. Hoje, existem ao menos dois processos em São Paulo e outro na esfera federal contra as exportações.
Houve maus-tratos aos animais no navio?
O navio com 27 mil bois que desembarca hoje à Turquia chegou a ser impedido de sair do Brasil pela Justiça - a carga foi avaliada em R$ 64 milhões. A embarcação Nada, de bandeira panamenha, estava carregada de animais da Minerva Foods, uma das maiores produtoras de carne no Brasil.
O caso começou a chamar a atenção depois que moradores de Santos reclamaram do mau cheiro e de excrementos deixados pelos caminhões que passavam pela cidade. Depois, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa de Animal entrou na Justiça para impedir que o navio deixasse o país, alegando que os animais estavam sofrendo maus tratos.
O processo chegou ao juiz federal Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Civil de São Paulo, que nomeou a veterinária Magda Regina, funcionária da Prefeitura de Santos, para realizar um laudo técnico sobre a situação dos animais dentro do navio.
O magistrado perguntou: "De que maneira são acondicionados em caminhões ou embarcações os animais transportados para o exterior?". No documento, a veterinária respondeu que havia entre 27 e 38 bois em cada veículo e que fitas adesivas foram coladas nos orifícios laterais, "visando dificultar inspeção externa de terceiros".
Ela escreveu: "Os animais, uma vez aprisionados dentro dos caminhões enfrentaram viagens entre 8 a 14 horas de trajeto. Muitos caminhões e suas caçambas dispunham de varetas com pontas metálicas conectadas ao sistema elétrico do veículo, cujo objetivo é impedir mediante descargas elétricas que os animais se deitem no assoalho do veículo".
Regina apontou que, durante o embarque que durou uma semana, as baias do navio não foram lavadas. "A imensa quantidade de urina e excrementos produzida e acumulada nesse período propiciou impressionante deposição no assoalho de uma camada de dejetos lamacenta."
Ela afirmou ainda que funcionários do navio lhe disseram que, após a lavagem, os dejetos são jogados no mar - cada boi produz cerca de 30 quilos de fezes por dia.
"Os dejetos acumulados pelo processo de limpeza têm então seu conteúdo descartado, sem qualquer tratamento, ao mar. Esse descarte ocorre periodicamente, dependendo da velocidade do navio em curso."
Segundo o laudo, o navio tinha três veterinários para cuidar dos 27 mil animais - um para cada 9 mil cabeças. Também apontou: "Em setor específico do navio, vulgarmente denominado Graxaria, foi constatada a presença de um equipamento destinado a triturar os animais mortos, cujo resultado do trituramento é também lançado ao mar", escreveu a veterinária.
Outra vistoria foi feita no navio ao mesmo tempo que Magda Regina realizava a sua. Os resultados, no entanto, são totalmente divergentes.
Os auditores fiscais do Ministério da Agricultura, Paulo Roberto de Carvalho Filho e Felipe Ávila Alcover, afirmaram que não houve maus-tratos e que o navio seguia todas as regras da Organização Mundial da Saúde Animal.
"Os animais apresentavam expressão de tranquilidade, ausência de dor, ansiedade ou estresse térmico. Se aproximavam com curiosidade do toque humano, sinal de que não são tratados com rudeza e acostumados ao arraçoamento por tratador", escreveram.
Disseram também que os bovinos estavam bem alimentados e que os decks da embarcação tinham piso adequado - a lavagem era feita normalmente, a cada cinco dias.
'Inferno na terra'
Enquanto o navio recebia os bois, manifestantes protestavam em frente ao Porto de Santos - reuniram até 500 pessoas.
O biológo Frank Alarcón, ativista da defesa dos animais, também conseguiu entrar na embarcação.
"Posso resumir o que vi em uma frase: um inferno na terra", diz. "Cada animal tinha 1 m² de espaço, e você sabe que um boi tem mais do que isso. Eles estavam mergulhados nas fezes, no vômito, na urina. Alguns se deitavam em cima de outros", afirma.
Para Ricardo Pereira Barbosa, presidente da associação das empresas exportadoras, não houve maus-tratos no navio. "Todos os barcos estrangeiros seguem a norma da Organização Mundial da Saúde Animal. Da nossa perspectiva, não houve maus-tratos", disse.
A Minerva Foods, dona da carga, afirmou que o manejo dos animais segue todos os procedimentos adequados para preservar o bem-estar dos animais durante o transporte, embarque e no decorrer da viagem.
Não é a primeira vez que a empresa se envolve em uma polêmica sobre essa modalidade de comércio. Em outubro de 2015, um navio com 5 mil animais dela naufragou em Barcarena, no Pará. Milhares deles morreram afogados - a companhia foi processada.
O que a Justiça decidiu
Depois do laudo técnico da veterinária, o juiz federal Djalma Moreira Gomes decidiu, em liminar, suspender a exportação de animais vivos em todo território nacional, até que os países de destino "se comprometam, mediante acordo inter partes, a adotar práticas de abate compatíveis com o preconizado pelo ordenamento jurídico brasileiro".
Na decisão do dia 2 de fevereiro, o magistrado afirmou que as condições de higiene no navio Nada "eram muito precárias". Para ele, o transporte deveria assegurar o bem-estar dos animais.
Gomes escreveu ainda: "É dizer, alguém sendo dono de uma cadeira e de um cão, poderia, sem qualquer recriminação de ordem jurídica, despedaçar a cadeira e atirar seus cacos na caçamba de lixo. Porém, seria inconcebível que mesmo sendo dono do cão, pretendesse fazer com o animal o mesmo o mesmo que fizera com a cadeira".
A proibição do transporte dos animais foi comemorada por ativistas e ambientalistas, mas acendeu um sinal amarelo no setor agropecuário e também no governo federal.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, encontrou-se com o presidente Michel Temer para falar do caso. "Este assunto é bastante complicado. Os bois já estão embarcados, sendo alimentados por ração vinda de outros países. Descarregar estes animais conforme a Justiça determinou traz um problema sanitário. Além de já ser um problema diplomático", afirmou à Agência Brasil no dia 4 de fevereiro.
Maggi é ligado ao setor agropecuário brasileiro - a empresa de sua família, a Amaggi, é uma das maiores exportadoras de soja do país. Boa parte de sua campanha para o Senado pelo PR em 2010 foi financiada por frigoríficos e por empresas de alimentos.
No mesmo dia, a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu à Justiça a suspensão da liminar. Argumentou que a proibição "implicaria em grave lesão à ordem administrativa, à saúde pública e à economia pública, podendo submeter o setor agropecuário brasileiro a risco".
A AGU também afirmou que o navio tinha condições adequadas e que cabe apenas ao Ministério da Agricultura calcular o risco sanitário do transporte internacional de animais.
Às 19h50 do domingo, O Tribunal Federal Regional da 3ª Região acatou o pedido do governo Temer e liberou as exportações. O navio Nada saiu do país horas depois.
Na semana passada, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 450 mil o Ecoporto Santos, onde o navio atracou. Segundo a Cetesb, o local não tinha licença ambiental para fazer embarque de carga viva.
O Ecoporto Santos afirma que vai recorrer e que foi surpreendido pela multa, "pois entende que a operação foi realizada em estrita observância às legislações que regulamentam está modalidade de operação".
A guerra continua
Outros três processos devem continuar nos próximos meses, colocando as exportações de animais vivos sob o crivo da Justiça.
"Nosso objetivo é barrar essas grandes exportações de animais. Elas se tornaram vultuosas. Não queremos destruir a economia, nós queremos só um pouco de respeito com os animais", explica a advogada Letícia Filpim, vice-presidente da Abra (Associação Brasileira dos Advogadas Animalistas).
Para o biólogo Frank Alarcón, as exportações em grande quantidade ferem os direitos dos animais. "Sem contar as questões ambientais, pois dejetos são jogados no mar, há pontos éticos: você submete animais de cognição complexa a enclausuramentos em locais minúsculos, sujos, e faz viagens marítimas por semanas", diz ele, que faz parte do Partido Animais. "Os animais são expostos a tempestades e calor intenso. Não há nada que amenize esse sofrimento."
Michel Alaby, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, afirma que dados dos países compradores apontam que 3% dos animais chegam mortos ao destino.
A guerra jurídica não assusta Ricardo Pereira Barbosa, da associação dos exportadores. "Fazemos isso há 20 anos. Por que agora, que o mercado cresceu 42%, houve todos esses protestos? Estamos em ano de eleição e existem pessoas querendo se aproveitar da repercussão", afirmou, citando deputados estaduais que compareceram às manifestações.
Ele completa: "Nós vamos conversar com o governo para aprimorar a legislação. Mas mesmo com protesto, com reclamação, as vendas vão continuar".
FONTE: BBC
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ATUALIZAÇÃO:
Navio com 25 mil bois chega à Turquia após 16 dias de viagem
2/19/2018
Atualização sobre a exportação de gado vivo no Brasil
Estou publicando algumas coisas importantes para atualizar nosso dossier:
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1 - Terminal é multado em R$ 450 mil por fazer operação com carga viva no Porto de Santos, SP
Embarque de mais de 25 mil cabeças de gado foi alvo de manifestações de ativistas ambientais.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 450 mil o terminal Ecoporto, localizado no Porto de Santos, no litoral paulista, por operar atividades com animais vivos para exportação sem licença. Em janeiro, pouco mais de 25 mil bois foram embarcados na instalação para a Turquia.
Entre 26 e 31 de janeiro, o cais do terminal, na Margem Direita do complexo portuário, recebeu os bois que eram criados em fazendas no interior paulista, distantes 500 quilômetros do litoral. Os animais foram comprados pela Turquia e o embarque no navio foi suspenso por ordem judicial após ação de ativistas.
Trata-se da segunda operação com carga viva no cais santista após 20 anos. Pessoas ligadas à proteção animal alegam que os bois são vítimas de maus tratos. A prefeitura multou a empresa responsável pelos bovinos em R$ 1,5 milhão, com essa mesma justificativa e, depois, em R$ 2 milhões, por poluição ambiental.
Nesta quinta-feira (15), a Cetesb informou que multou o terminal por "realizar atividades de embarque de gado para exportação em desacordo com as licenças ambientais emitidas para o empreendimento". Segundo a autoridade ambiental paulista, a empresa não tinha autorização da estatal para realizar a operação.
Ainda conforme a Cetesb, o Ecorporto foi autuado com base na Lei Estadual 118/73, que trata de licenciamento ambiental, e no Decreto Federal 6514/08, que dispõe sobre infrações e sanções administrativas relacionadas ao meio ambiente. A empresa informou que ainda não foi notificada sobre a penalidade.
FONTE: G1-----------
1 - Terminal é multado em R$ 450 mil por fazer operação com carga viva no Porto de Santos, SP
Embarque de mais de 25 mil cabeças de gado foi alvo de manifestações de ativistas ambientais.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou em R$ 450 mil o terminal Ecoporto, localizado no Porto de Santos, no litoral paulista, por operar atividades com animais vivos para exportação sem licença. Em janeiro, pouco mais de 25 mil bois foram embarcados na instalação para a Turquia.
Entre 26 e 31 de janeiro, o cais do terminal, na Margem Direita do complexo portuário, recebeu os bois que eram criados em fazendas no interior paulista, distantes 500 quilômetros do litoral. Os animais foram comprados pela Turquia e o embarque no navio foi suspenso por ordem judicial após ação de ativistas.
Trata-se da segunda operação com carga viva no cais santista após 20 anos. Pessoas ligadas à proteção animal alegam que os bois são vítimas de maus tratos. A prefeitura multou a empresa responsável pelos bovinos em R$ 1,5 milhão, com essa mesma justificativa e, depois, em R$ 2 milhões, por poluição ambiental.
Nesta quinta-feira (15), a Cetesb informou que multou o terminal por "realizar atividades de embarque de gado para exportação em desacordo com as licenças ambientais emitidas para o empreendimento". Segundo a autoridade ambiental paulista, a empresa não tinha autorização da estatal para realizar a operação.
Ainda conforme a Cetesb, o Ecorporto foi autuado com base na Lei Estadual 118/73, que trata de licenciamento ambiental, e no Decreto Federal 6514/08, que dispõe sobre infrações e sanções administrativas relacionadas ao meio ambiente. A empresa informou que ainda não foi notificada sobre a penalidade.
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2 - Ativistas na Turquia conferindo cargas de animais que chegam naquele país
Fonte: https://www.facebook.com/IsraelAgainstLiveShipments/videos/1372694756167735/
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4 - Exportação de gado vivo ainda alimenta polêmica
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5 - Brasil e Turquia: ativistas realizam manifestações contra o transporte de animais vivos em navios
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6 - Animais viajam 16 dias para chegar ao porto de destino
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7 - Exportação de gado vivo em ascensão
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8 - Protesto e manchete de jornal contra a importação de bois do Brasil marcam domingo na Turquia
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Atualização em 23/02/18
Navio com 25 mil bois chega à Turquia após 16 dias de viagem
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5 - Brasil e Turquia: ativistas realizam manifestações contra o transporte de animais vivos em navios
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6 - Animais viajam 16 dias para chegar ao porto de destino
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7 - Exportação de gado vivo em ascensão
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8 - Protesto e manchete de jornal contra a importação de bois do Brasil marcam domingo na Turquia
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Atualização em 23/02/18
Navio com 25 mil bois chega à Turquia após 16 dias de viagem
2/14/2018
Governo admite rever regras para exportação de animais vivos
Este programa foi ao ar no domingo e só hoje estou podendo publicar.... Está russo trabalhar com pulso quebrado.... Agora, será que estão pretendendo mudar mesmo as regras do jogo? a conferir.... enquanto isto, dois navios já foram . O pior é que estão ampliando o mercado: Indonésia vai abrir seu mercado à carne bovina brasileira
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O Ministério da Agricultura e Pecuária analisa mudar as regras para exportação de animais vivos. Depois do impasse no embarque de mais de 25 mil bois para a Turquia, o governo admite que pode rever as regras.
Este ano, o Brasil deve exportar 600 mil bois vivos. Nos próximos três meses, 100 mil animais estarão prontos para o embarque. A maior parte é para a Turquia, país muçulmano que, por questões religiosas, segue critérios específicos desde a criação até o abate. Por isso, prefere a compra de animais vivos.
Parte do gado sai de fazendas do estado de São Paulo e enfrenta longas viagens em caminhões. Em alguns casos, são mais de 600 km de distância até os portos de Santos e de São Sebastião.
O problema é que o embarque de animais vivos tem causado polêmica nas últimas semanas.
A ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal fez protestos e entrou com uma ação civil pública na Justiça para impedir a exportação para Turquia de 25 mil bois vivos da empresa Minerva Foods. A justificativa é de maus tratos.
Os animais chegaram a ser embarcados e a operação durou cinco mais, mas o bois não puderam seguir viagem. O Tribunal Regional Federal deu uma liminar impedindo a exportação de animais vivos em todo o território nacional e determinou ainda "o desembarque e o retorno da carga à origem".
A decisão levou em conta o resultado de uma inspeção técnica realizada, por determinação judicial, pela veterinária Magda Regina. "Os animais não apresentavam condições de mover-se ou virar-se dentro do confinamento". Regina também afirma que a insalubridade e as restrições de água e alimento impossibilitam a garantia do bem-estar animal.
Depois de seis dias parados dentro do navio, a Adovacia-Geral da União recorreu da decisão liminar e conseguiu a liberação dos animais para a Turquia. A Justiça Federal alegou que a espera no porto de Santos era mais penosa e desgastante para os animais do que a viagem em si.
O ministério da Agricultura e Pecuária defende as exportações de animais vivos e diz que essas operações passa por fiscalização e são regulamentadas. Mas, apesar desas normas, o ministério admite que é preciso fazer reajustes e que as discussões começaram já em 2017.
Fonte: Globo Rural
Fonte: Globo Rural
2/11/2018
Matérias sobre exportação de gado vivo e conjecturas....
Hoje estou publicando algumas matérias sobre o desenrolar da questão da exportação de gado vivo.
Na verdade, tenho pensado muito nesta questão e acho que nossa estratégia deve verter para 3 caminhos: jurídico com suas ações, educativo/informativo para a sociedade que ignora (veganos tem trabalhado bastante) e ataque ao Poder Executivo.
Podemos reivindicar decisões imediatas como estarmos presentes na fiscalização dos embarques, posto que legalmente, somos representantes do direito dos animais. Se tivermos alguém nosso acompanhando tudo, poderemos avaliar toda ilegalidade que por ventura exista. Eles não deveriam temer tal possibilidade já que relatam que tudo está dentro da lei, né mesmo? Bem, este é meu ponto de vista.... Isto, evidentemente, trabalhando incansavelmente pelo fim da exportações... e mais, pelo fim do uso de animais para consumo humano.
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- Pelo fim das exportações de gado vivo - (material do Fórum Animal)
- O surpreendente motivo pelo qual este sobrevivente do Holocausto está lutando pelos direitos dos animais
- Um gigantesco embarque de boi vivo expõe batalha entre ativistas e a gestão Temer
- Exportação de gado vivo: uma discussão que precisa ser feita
- Deputado apresenta projeto que veta transporte de animais vivos
- SRB debate ações para evitar suspensão de embarque de animais vivos
- Embarques de gado vivo devem crescer 30% em 2018 no Brasil
- JORNAL DA TURQUIA... VÍDEOS DO LAUDO OFICIAL DO NAVIO NADA
- Outra publicação da Turquia sobre as condições dos bois
2/07/2018
Ativistas continuam na luta contra exportação de animais vivos
Os ativistas não estão dispostos a parar!!!!! Maravilha!!!!! vamos em frente sim!!!!! Jesus amado, anos sofri sem que ninguém se tocasse neste drama de exportação de animais..... Que bom que hoje todos estão falando e agindo!!!! uma graça pra mim!!!!!! não pude agir por conta de doença, mas, hoje um batalhão de gente está agindo...... Graças a Deus!!!!! e falo isto tranquila porque está tudo documentado neste blog desde 2012 quando adoeci.....
Como era esperado, caiu a liminar que proibia a exportação de animais em todo país.... Gente podre e maldita estas que estão no nosso governo. Temos que trabalhar muito para o fim destas ações. Leiam a decisão que caçou esta liminar AQUI. Vamos aguardar a decisão do mérito da ação civil pública.
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1 - NÃO DEIXEM DE VER A VERDADE QUE QUEREM NEGAR
O Executivo, o Legislativo e o Judiciário Brasileiro querem vender a ideia de que animais tem sido bem tratados no Porto de Santos. Pois então veja com seus próprios olhos. #NADA #PortoVergonha #CargaVivaNão
2 - Beatriz Silva fez uma transmissão ao vivo em 04/02/2018
Consulado da Turquia - Manifestação - SP
3 - MATÉRIAS:
- Carga viva: Brasil tem 100 mil animais em quarentena para exportação
- A crueldade no transporte marítimo de gado para exportação
- Desembarque de carga de 25 mil bois no Porto de Santos demoraria um mês
- Ativistas lamentam partida de navio com mais de 25 mil bois do Porto de Santos: 'Luto'
- Ambientalistas monitoram chegada de novo navio com animais vivos no Porto de Santos
- Beto Mansur afirma que embarque de bois foi 'medida sensata'
- Navio boiadeiro fundeia na Barra de Santos; destino é São Sebastião
- CNA atua para evitar bloqueio de exportação de gado vivo
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Gado vivo: uso político e interferência judicial no caso tornam questão técnica irrelevante
Gado vivo: uso político e interferência judicial no caso tornam questão técnica irrelevante
Vejam o vídeo que o deputado Beto Mansur divulgou falando mentiras e se contradizendo.... canalha!!!
4 - FOTOS
5 - VÍDEOS:
Como os canalhas vendem a Exportação de Boi Vivo
Imagens fortes de bois exportados para o Egito
(O ator Márcio Garcia publicou no face dele)
Mais um vídeo sobre como os canalhas vendem a exportação de gado em pé
6 - MANIFESTAÇÃO AMANHÃ AQUI NO RIO DE JANEIRO
Dia 08/02/2018
Quinta-feira às 17:00
Daqui a 1 dia · 23–29°Muito ensolarado
Consulado da Turquia.
228 Praia de Botafogo, 22250-040 Rio de Janeiro
Quinta-feira às 17:00
Daqui a 1 dia · 23–29°Muito ensolarado
Consulado da Turquia.
228 Praia de Botafogo, 22250-040 Rio de Janeiro
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7 - NOSSAS ULTIMAS POSTAGENS SOBRE O TEMA - DOSSIER DESDE 2012
- Atualização sobre o gado que partiu do Porto de Santos
- Justiça libera partida de navio com bois depois da intervenção da AGU, Temer e Blairo Maggi
- Desembargadora mantém proibição de embarque de bois. Participe da manifestação em Santos
- Porto de Santos: desembargador e juiz determinam desembarque de bois do navio NADA
- Ativistas solicitam apoio imediato para evitar que navio zarpe apesar da proibição
- Animais de corte exportados pela Europa são espancados e torturados... (2017)
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2/06/2018
Atualização sobre o gado que partiu do Porto de Santos
Gente, a sensação de fracasso passou na cabeça de muita gente, incluindo a minha. Mas, depois de uma noite de choro, limpamos a poeira e vamos em frente. Temos muita luta, principalmente, porque ainda está velando a decisão de proibir a saída de qualquer navio com animais vivos. É provável que percamos esta decisão, mas, até lá temos que nos organizar para ajudar às ONGs que estão à frente desta demanda. Vamos ver o que se consegue.....
----------------MATÉRIAS QUE DEVEMOS CONSIDERAR MUITO
- Ministro diz que Brasil não vai avançar na questão de bem-estar animal nesse momento
- Governo derruba liminar e navio com mais de 25 mil bois deixa o Porto de Santos
- Justiça Federal denuncia abusos na exportação de gado vivo com imagens inéditas
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TEXTO MUITO BOM PARA FIRMAR CONVICÇÃO
Ativistas animalistas do Brasil precisam de ajuda internacional
João Rodrigues filho - advogado
Nos últimos dias, ativistas pelos Direitos Animais no Brasil vêm sofrendo ataques e ameaças por parte de pecuaristas e outros atores que se beneficiam financeiramente da indústria da carne.
Em uma conquista histórica, ONGs animalistas conseguiram impedir judicialmente o embarque de animais vivos para exportação em todos os portos do Brasil.
Contudo, após descumprir as decisões anteriores, em manobra muito mais política que jurídica, os ruralistas, encabeçados pelo Deputado Federal Beto Mansur, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi e o Presidente Michel Temer, conseguiram, em cerca de 24 horas, que a Desembargadora Federal Diva Malerbi voltasse atrás e alterasse sua decisão, determinando a imediata partida do navio NADA, com 25 mil bezerros e garrotes a bordo.
A embarcação, de bandeira panamenha, zarpou às 0:30 de 5/2/18 rumo à Turquia, onde serão engordados e mortos segundo as tradições locais.
A suspensão nacional dos embarques, porém, continua valendo. Mas os ativistas temem que seja apenas questão de tempo até que o poderio da bancada ruralista reverta também essa situação, apesar das fartas provas do sofrimento a que são submetidos os animais nessa modalidade de transporte. Uma veterinária indicada pela Justiça inspecionou o navio e emitiu um laudo que evidencia de forma chocante o que até então era banalizado, a pretexto de atender as normas de “bem-estar animal”, criadas pelo próprio governo brasileiro, interessado em fomentar esse mercado.
Fezes, urina, mau cheiro, calor, superlotação, privação de água e alimento foram algumas das condições inaceitáveis descritas no documento. Ainda assim, não foi possível deter o lobby do agronegócio.
“NADA” estava atracado no porto de Santos desde o dia 25/1, quando começaram a ser embarcados as dezenas de milhares de animais, de “propriedade” da empresa Minerva Foods. Desde então, enquanto advogados animalistas buscavam nos tribunais o impedimento da operação, ativistas tentavam bloquear, com o próprio corpo, a passagem das carretas que traziam os animais, ocasião em que eram registradas imagens dos animais sob maus-tratos no interior dos caminhões. Por diversas vezes, os ativistas – que acampavam em frente ao porto - quase foram atropelados e eram retirados de forma truculenta pela Guarda Portuária.
Com a partida desse navio, é preciso que o mundo saiba o que ocorre com a “carne” brasileira e que o país siga impedido de embarcar novos animais, sobretudo no momento em que mais três imensos navios boiadeiros se aproximam da costa brasileira.
Além disso, é necessário destacar o impacto ambiental causado pela exportação de gado vivo, se considerarmos, por exemplo, as toneladas de dejetos e corpos despejados no oceano ao longo da viagem.
Por essa razão, aqui do Brasil, pedimos que ativistas pelos Direitos Animais no mundo façam ecoar mais esse grito de desespero dos animais. Ainda, como último ato de compaixão, que possam acompanhar o desembarque desses animais, aqueles que sobreviverem às viagens nos navios da morte a partir deste lado do planeta. (João Rodrigues filho - advogado)
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TEXTO IMPORTANTE A SER LIDO PARA MAIOR COMPREENSÃO
Escravização animal, economia política e poder mundial
[Dr. phil. Sônia T. Felipe]
Os donos do gado encarcerado no NADA devem ter feito as contas. Se desembarcassem, gastariam fortunas para retransportar quase 30 mil animais de volta para o campo de onde foram levados no dia 25 ou 26, mais a água, a comida e os custos de desova dos mortos por exaustão, além de o espaço que eles precisariam para seguir na "finalização", para serem abatidos neste território, já estar preparado para receber outros 30 mil que partirão daqui a meio ano.
Matar todos e destinar seus restos para a indústria de rações, destino usual de todos os restos da matança "humanitária", teria sido problemático, porque esta indústria deveria estar com uma demanda de quase sete mil toneladas de matéria morta para ser processada em 24 horas, ou acondicionada sob refrigeração para não ser desmontada pela cadaverina e a putrescina, gases altamente tóxicos e letais a quem os respira diretamente, liberados pela descarboxilação de proteínas animais. Por isso, cadáver fede do jeito que fede, sem distinção de raças, classes, ideologias ou espécies biológicas. Claro, uns fedem mais que os outros. E dizem que o nosso é um desses.
Devem ter calculado tudo e comparado ao custo de forçar a viagem com a maior parte da "carga" estropiada pela sede, a fome e os machucados dos tombos em piso escorregadio. Então, com a planilha excel em mãos, seguiram para o chefe do poder executivo, cujas campanhas também tiveram contribuições do agronegócio, como, aliás, as tiveram as de mais de 300 candidatos e 21 partidos nas últimas eleições, auxiliados pela JBS-"Feriboi".
Em águas oceânicas, NADA como um tritura-dor para desovar todos os cadáveres, ainda que ao destino mortal cheguem apenas uns 10 mil dos quase 30 mil que já estão sacolejando e derrapando em urina e fezes naqueles porões assombrados pela acidez do ar e dos dejetos. Estes animais terão sofrido torturas indescritíveis por mais de 25 dias quando e se forem desembarcados vivos no Porto de Iskienderun, na orla mediterrânea da Turquia.
Os que estiverem fraturados pelas quedas inevitáveis e já não puderem subir nem descer as rampas imundas e escorregadias do navio para os caminhões, serão içados por uma perna só, mesmo se for a perna fraturada, para fora do porão. Nenhum deles terá tratamento suave. Abate "halal" é hoje um nome tão comercial quanto "abate humanitário". A única diferença é que em um lado do mundo temos os cristãos "humanitários" e em outro lado temos os islâmicos "halal".
Ao final do almoço, todos lambem os beiços cheios de gordura animalizada, pois sem distinção de credo, raça ou ideologia, todos engolem nacos de animais que passam pelo inferno antes mesmo de rumarem para fora do corpo dilacerado.
Os ativistas escrevem, na maior frustração: "Perdemos!". Prefiro manter a lucidez e seguir constatando que os únicos perdedores de fato são os animais mortos para comilança, seja deste lado do mundo ou do outro lado do mundo. Nós não perdemos nada.
Nós aprendemos a abrir bem os olhos para finalmente enxergar que a política internacional e a economia da escravização de animais estão muito bem assentadas no meio do prato de cada cidadã e cidadão que segue a dieta omnis vorax mortal. Comer carnes, laticínios e ovos é uma escolha política mais poderosa do que votar nas eleições, fingindo que na tecla verde está embutido o poder do indivíduo. Não. Nosso poder está embutido na compra de restos mortais animalizados para a rotina dietética sangrenta. Sem inocência. Sem perdas. Só perdem os inocentes. Animastê!
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André Trigueiro no seu programa de domingo na CBN
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Um vídeo para todos mandarem para amigos que não sabem do que rola em matadouros
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2/04/2018
Desembargadora mantém proibição de embarque de bois. Participe da manifestação em Santos
O dia de ontem foi uma prova para todos nós que acompanhamos de perto todo desenrolar de liminares e decisões da justiça. Parabéns à todos os envolvidos e saibam que a luta continua!!!!
Agora, nosso país precisa ter um choque de moralidade e bons costumes..... Comprove aqui nesta matéria do G1 a patifaria e corrupção das nossas autoridades: Relatório da Vigilância Agropecuária afirma que os 25 mil bois em navio estão em boas condições (os comentários de gente insensível são assustadores) contrariando o parecer da médica veterinária que vistoriou o navio por ordem da justiça e que pode ser lido na íntegra clicando aqui. (fotos)
Não podemos deixar de lembrar que estes pobres são bezerros.... adolescentes e passando por tudo isto.... Vejam agora, o desespero que foi para chegar a manutenção da liminar..... Juro que continuo não acreditando que as coisas estejam tão fortes a nosso favor..... Ainda espero uma rasteira de um Gilmar Mendes da vida!!!! Deus queria que não!!!!!
Uma decisão de segunda instância manteve a liminar que proíbe a exportação de animais vivos em todo o território nacional.
Além de manter a proibição, a desembargadora Diva Malerbi, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, determinou também que os 25 mil bois que estão no navio sejam desembarcados e retornem às fazendas de origem ao invés de serem enviados à Turquia, em uma viagem longa e estressante, para serem mortos de forma cruel.
Bois repletos de fezes e urina são mantidos em espaço superlotado (Foto: Magda Regina)
A liminar mantida pela desembargadora foi concedida anteriormente pelo juiz federal Djalma Moreira Gomes em atendimento a uma ação judicial movida pela ONG Fórum Nacional De Proteção e Defesa De Animal.
“Isso posto, DEFIRO O PEDIDO DE LIMINAR para IMPEDIR a exportação de animais vivos para o abate no exterior, em todo território nacional, até que o país de destino se comprometa, mediante acordo inter partes, a adotar práticas de abate compatíveis com o preconizado pelo ordenamento jurídico brasileiro e desde que editadas e observadas normas específícas, concretas e verificáveis, por meio de parâmetros clara e precisamente estabelecidos, os quais possam efetivamente conferir condições de manejo e bem estar dos animais transportados”, determinou o juiz.
De acordo com o magistrado, o navio só poderá zarpar do porto depois que todos os bois forem desembarcados. “Em consequência, determino o DESEMBARQUE e RETORNO à origem, mediante plano a ser estabelecido pelo MAPA e operacionalizado pelo exportador, sob fiscalização das autoridades sanitárias, de todos os animais embarcados no NAVIO NADA, cuja embarcação somente poderá prosseguir viagem depois de completamente livre de animais vivos”, concluiu Gomes.
Fonte: ANDA
Leia a Decisão da Desembargadora CLICANDO AQUI
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2 - IMPEDIDA A EXPORTAÇÃO DE ANIMAIS VIVOS EM TODO O PAÍS - (site do Fórum que conquistou o intento)
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A inspeção técnica concluiu que o transporte marítimo de animais por longas distâncias causa "crueldade, sofrimento, dor, indignidade e corrupção do bem-estar animal sob diversas formas".
O laudo veterinário emitido após inspeção técnica realizada no navio NADA, atracado no Porto de Santos com mais de 27 mil bois em suas dependências, produzido pela médica veterinária Magda Regina, concluiu “que a prática de transporte marítimo de animais por longas distancias está intrínseca e inerentemente relacionado à causação de crueldade, sofrimento, dor, indignidade e corrupção do bem-estar animal sob diversas formas”. A inspeção foi realizada pela veterinária após determinação da Justiça Federal.
Bois mantidos em navio tem corpos repletos por fezes e urina (Foto: Magda Regina)
De acordo com o parecer da veterinária, os andares inferiores do navio são os que possuem pior condição de higiene, considerada precária pela especialista. Segundo Magda, a imensa quantidade de urina e excrementos produzida e acumulada no período de sete dias – desde o início do embarque, em 26 de janeiro, até o dia 1 de fevereiro, quando a inspeção foi realizada – propiciou impressionante deposição no assoalho de uma camada de dejetos lamacenta. “O odor amoniacal nesses andares era extremamente intenso tornando difícil a respiração”, afirma.
Magda relata ainda que em alguns andares da embarcação o sistema de ventilação artificial buscava atenuar o efeito do acúmulo de gases e odores, resultado também da decomposição do material orgânico bovino. Para isso, provocava poluição sonora (em decibéis), classificada pela especialista como claramente inoportuna “dado seu elevado grau de ruído”.
Informações passadas por um veterinário embarcado que acompanhou a inspeção dão conta de que, após zarpar do porto, os pisos dos locais onde são mantidos os animais são lavados a cada cinco dias. Considerando que em sete dias sem lavagem foi encontrado pela veterinária um ambiente extremamente precário, conclui-se que, durante a viagem, os animais são frequentemente expostos a grande quantidade de urina e fezes. A lavagem realizada durante o trajeto é feita mediante “jatos de água emitidos por uma mangueira de largo calibre e baixa pressão” que conduzem a sujidade a um tanque de armazenamento que, depois, sem qualquer tratamento, lança o conteúdo descartado ao mar, poluindo o meio ambiente e interferindo gravemente na vida marinha.
Animais são transportados em baias superlotadas (Foto: Magda Regina)
Os jatos de água utilizados para lavar o ambiente devem certamente apenas aliviar a sujeira, considerando a impossibilidade de limpar completamente um local repleto de animais. Além disso, apesar de ser alegado pela empresa o uso de jatos de baixa pressão, o ato de jogar água em um ambiente superlotado, com animais estressados e exaustos, pode contribuir para o aumento do estresse causado aos bois.
Enquanto o navio é mantido atracado, como tem acontecido desde o último dia 26, a situação é ainda pior, já que a embarcação não recebe qualquer tipo de limpeza, condenando os bois à total insalubridade.
É descrito também pela veterinária a presença de um setor específico do navio denominado “graxaria”. No local, um equipamento tritura os animais que morrem durante a viagem. Os restos mortais são lançados ao mar, em mais uma prática poluidora que acarreta graves prejuízos ao equilíbrio ambiental.
A morte de animais durante o trajeto, devido à insalubridade e aos maus-tratos, é frequente. De acordo com Magda, “o óbito de animais está intrinsicamente ligado à prática de transporte marítimo de carga viva”. Os ferimentos também são constantes. As oscilações “intrínsecas e naturais das correntes oceânicas” e os “movimentos pendulares da embarcação” podem ocasionar a perda de equilíbrio dos animais, que são de natureza terrestre e não marítima, e “causar acidentes traumáticos e sério desconforto fisiológico”. Além disso, acidentes também podem acontecer quando animais deitam no chão, reduzindo o espaço dos outros bois que estão ao seu lado, o que facilita “a ocorrência de tombos ou acidentes assemelhados”.
Animais mortos são triturados e têm os restos mortais jogados em alto mar (Foto: Magda Regina)
A estrutura da embarcação também facilita que os animais se acidentem. “A estrutura dessas embarcações não é adequada para este fim. A título de exemplo, o navio NADA, construído em 1993, foi adaptado em 2012 na China, a partir de uma embarcação especializada no transporte de contêineres. Portanto não foi planejado e construído visando o transporte de animais. Toda a estrutura dessas embarcações é metálica, inclusive pisos e divisórias. Percebe-se que o piso torna-se extremamente escorregadio quando na presença de grandes quantidades de fezes e urina acumuladas no assoalho – o que é a regra. Portanto, sim, os riscos para ocorrência de acidentes com os animais é de altíssimo grau”, escreve Magda.
A superlotação não só do navio, mas dos caminhões, também é extremamente prejudicial aos animais. Segundo a veterinária, “no interior dos caminhões não há mínima possibilidade de mudança de posição do animal uma vez embarcado. No navio, embora haja possibilidade de mobilidade animal mínima em alguns bretes, para o caso de sua lotação não ser extrapolada, a mobilidade em geral é também severamente reduzida e/ou comprometida”. A ausência de espaço impede ainda que os animais descansem ou se movimentem livremente. E, segundo a especialista, quando um dos animais deita, exausto, no chão, ele não só diminui o espaço dos outros bois como também é obrigado a ter “contato íntimo com seus dejetos e os dejetos de outros animais”.
O ambiente no qual os animais são mantidos, repleto de fezes e urina, é de extrema insalubridade (Foto: Magda Regina)
Em relação ao fornecimento de água e comida, a veterinária explica que enquanto o navio está atracado, a quantidade de água fornecida é modesta. Ela passa a ser satisfatória apenas após o navio estar em alto mar, já que nesse momento a água fornecida aos animais é diretamente retirada do mar, onde há abundância, e submetida a um processo de dessalinização. Muitos dos comedouros e bebedouros, entretanto, possuem “detritos de fezes e clara presença de ferrugem”.
A quantidade de veterinários presentes na embarcação é insatisfatória, sendo de um a três profissionais, que seriam assessorados por cerca de oito funcionários que trabalhariam em turnos. “O mesmo é dizer que em sendo três veterinários embarcados responsáveis pela assistência médica e inspeção, teríamos a proporção de um veterinário para cada 9000 animais em confinamento”, afirma Magda. Entretanto, mesmo que houvesse um número elevado de profissionais na embarcação, os problemas de saúde dos animais não poderiam ser resolvidos, segundo a veterinária, devido à “enorme dificuldade de administrar intercorrências clinicas em grandes planteis”.
Os dejetos produzidos pelos animais são frequentemente abordados no laudo elaborado pela especialista. Segundo ela, “a produção de dejetos (excrementos e urina) pelos animais nesses ambientes fechados, os expõe de maneira íntima e constante a um cenário de intensa insalubridade”.
Comedouros e bebedouros possuem detritos de fezes e ferrugem (Foto: Magda Regina)
Quanto à ventilação, níveis de temperatura e umidade dos locais onde são mantidos os bois, a veterinária conclui que “a embarcação realiza ventilação e exaustão dos pisos inferiores provocando severa poluição sonora e garantindo incompleta circulação e renovação dos gases lá encontrados. Decorre daí o registro de temperaturas elevadas nesses recintos assim como taxas de umidade extremas que comprometem claramente o bem-estar animal”.
Magda afirma ainda que o transporte de animais por longos períodos, seja por meio terrestre ou marítimo, sujeita os bois a uma experiência completamente alheia à sua natureza originária. “A insalubridade a que são expostos, o movimento dos veículos (tais como frenagem, balanço, variação de velocidade, manobras veiculares bruscas), o confinamento demorado, as restrições hídricas e alimentares, etc, impos de animais por longos períodos e distâncias, seja por meio terrestre como por meio marítimo, sujeita estes organismos a uma experiência completamente alheia à sua natureza originária”, diz a médica veterinária.
Nas considerações finais do laudo, Magda conclui que “são abundantes os indicativos que comprovam maus tratos e violação explícita da dignidade animal, além de ultrapassar critérios de razoabilidade elementar as cinco liberdades garantidoras do bem estar animal”.
Confira o parecer da médica veterinária na íntegra clicando aqui.
Fonte: ANDA
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Outras matérias;
- Porto de Santos: ativistas recebem ameaças de grupos ligados à pecuária
- Impasse de navio com 25 mil bois no Porto de Santos gera 'mais prejuízos' aos animais, diz Governo Federal
- Além da crueldade e maus tratos, navio com animais causa transtornos à cidade de Santos
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- Desembargadora mantém liminar e bois deverão ser retirados do navio
- Exportadora de gado vivo tenta derrubar liminar do Fórum Animal mas Justiça nega pedido
Vídeo que rolou na TV Tribuna em 01/02/18
Sugiro acompanhar o Vista-se que está informando ao vivo todo o desenrolar dos acontecimentos.
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Estamos encampando a campanha da ACAPRA:
Acapra
11 h ·
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VAMOS MOSTRAR PARA O STJ QUE NÃO ACEITAMOS ESTA ATIVIDADE EM NOSSO PAÍS #bastacrueldade
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Exmo. Ministro Sr. Gurgel de Faria
Estamos vivendo uma verdadeira batalha judicial: de um lado quem quer garantir a dignidade animal e do outro quem quer garantir o lucro. No meio juízes, desembargadores, ministros, recursos, advogados, ativistas, pecuaristas, embaixadores. Mas, quem está sofrendo neste momento de forma extrema são bezerros aprisionados em um navio, condenados a uma longa viagem de sofrimento para quando chegarem ao destino, serem mortos, qual o crime que cometeram? Serem "matéria prima" da atividade que mais degrada ambientalmente o planeta: a pecuária.
Excelências, além desse flagrante crime ambiental deflagrado por uma atividade econômica, temos o total desconhecimento dos impactos negativos gerados por ela, já que os dejetos de 27 mil animais são despejados sem qualquer tratamento no mar por até 40 dias de viagem, além dos cadáveres dos animais que morrem por doença e infecções. Quem conhece o impacto disso no ecossistema marinho? O Relato Técnico comprova que esta atividade causa maus tratos aos animais, além de poluir o mar!
Confiamos que o Estado Democrático de Direito vai prevalecer e os nossos direitos fundamentais e dos animais serão garantidos por este Tribunal!
Que nossas consciências despertem diante de tanta crueldade com esses seres sencientes.
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AMONTOADOS E AGORA SEM ÁGUA!
MINERVA FOODS SE RECUSA A CUMPRIR A LEI E DESEMBARCAR OS ANIMAIS QUE ESTÃO CHAFURDADOS NA MERDA E AGORA A ÁGUA ESTÁ ACABANDO! ELES ALEGAM QUE SÓ PODEM DESSALINIZAR A ÁGUA DO MAR PARA DAR AOS ANIMAIS COM O NAVIO EM MOVIMENTO
MUITOS MORRERAM AGLOMERADOS DE SEDE E FOME ! TUDO POR PURA GANÂNCIA, ELES INSISTEM EM RECORRER DA DECISÃO JUDICIAL QUE EXIGE O DESEMBARQUE DOS ANIMAIS E RETORNEM PARA AS FAZENDAS DE ORIGEM .
SÃO 21 MIL BEZERROS AGLOMERADOS por Tati Oliveira
ENTRE NA PÁG DESSE EMPRESA DOS INFERNOS E SE MANIFESTEM
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