Programa de reflorestamento nas encostas do Rio completa 33 anos

Realmente, é uma matéria excelente e as notícias são alvissareiras..... Olha a foto de como era e como ficou atualmente.

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Foram plantados dez milhões de mudas, cobrindo uma área equivalente a quase uma Floresta da Tijuca. Livro mostra o resultado do trabalho de três décadas. Um programa de reflorestamento nas encostas do Rio de Janeiro está completando 33 anos.
É uma história de meio ambiente recuperado. E também de vidas salvas.

Morro Dois Irmãos, Zona Sul do Rio, 1994. O mesmo ângulo, em 2019. Sumaré, na Zona Norte, numa foto atual. Ele era assim em 1998. No Morro do Urubu, também na Zona Norte, em 1990, a vegetação tinha quase acabado. E a foto de 2019 mostra o morro coberto de verde. A transformação na paisagem do Rio de Janeiro, registrado em um livro lançado nesta sexta (22), é resultado de um trabalho de 33 anos.

Nasceu em viveiros, berçários de vidas. No local são cultivadas mais de 300 espécies nativas da Mata Atlântica. “O que a gente quer nessas áreas reflorestadas é atrair a fauna, outras espécies de plantas”, explicou Viviane da Silva, bióloga e responsável pelo viveiro.

Quem ajuda neste projeto são moradores de comunidades. É um mutirão de mãos habilidosas, mantido pela Prefeitura do Rio. “Eu me sinto muito bem, porque estou fazendo bem para mim e para outras pessoas. Para o meu neto que está nascendo”, disse o servente seu José.

Depois de prontas, as mudas ajudam a cobrir o Rio de verde. O mutirão segue pelas áreas de maior risco. Os espaços vazios ganham novas árvores. Em dias chuvosos, dá para receber a importância das árvores. Elas funcionam como um guarda-chuva, diminuindo o impacto da água no chão. O solo se torna uma esponja, absorve a água da chuva e vai liberando bem devagar, evitando as grandes enxurradas que provocam os deslizamentos — aqueles que as encostas desmatadas do Rio conhecem tão bem.

“Poderia ser bem pior. A gente conseguiu diminuir a quantidade de áreas deslizadas, deslizamentos”, avaliou Luiz Carlos Pereira Lourenço, engenheiro florestal e gerente de Manejo Florestal da Prefeitura do Rio.

Ao longo de 33 anos, foram plantadas mais de dez milhões de mudas em uma área equivalente a quase uma Floresta da Tijuca replantada pela cidade. Em 1996, o repórter André Trigueiro mostrou uma parte desse reflorestamento.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, a gente resolveu conferir de perto o resultado desse projeto no alto do Morro da Saudade, no bairro do Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A equipe do jornal está a 300 metros de altura, a maioria dos moradores do Humaitá sequer imagina que aqui, há exatamente três anos, foram plantadas diversas mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Elas já ficaram raízes, vocês viram elas resistiram bem até a ventania provocada pelo helicóptero.

Nesta sexta, o repórter Genilson Araújo, e o mesmo cinegrafista Francisco de Assis sobrevoaram de novo o lugar.

Genilson: “O topo do morro está realmente todo tomado por vegetação."

Assis: “Cresceu bastante, ficou legal”.

Fonte: Jornal Nacional