RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

Mostrando postagens com marcador rodoviária. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rodoviária. Mostrar todas as postagens

4/27/2018

Morre Nina, mascote da rodoviária de Maringá


Tadinha de Nina..... mas, pelo jeito viveu como escolheu..... Que os anjos a abençoe....
------------
Nina, a cachorrinha comunitária que morava na rodoviária de Maringá há mais de dez anos, morreu ontem. A casinha de madeira, instalada logo na entrada, agora está vazia, e em cima da "residência", junto ao nome da "moradora", a palavra "luto". No começo de março deste ano, a "vira-lata" foi esfaqueada, ficou internada e passou por três transfusões de sangue.

Segundo informações coletadas na rodoviária, Nina foi ferida quando tentava defender um passageiro de um assaltante no local. Após o ocorrido, a cachorrinha ficou com a saúde debilitada, e foi acolhida por Maria Helena Biff, secretária executiva da ONG Instituto Olhar Suficiente e tutora oficial da Nina. Foram dias de muita luta, mas a cachorrinha não resistiu.

Aparecido Taveira, 53, que trabalha como taxista na rodoviária há cerca de dez anos, lamentou o fato. "Quando chegava bandido aqui, ela ia para cima, protegia a gente. E, pelo que comentaram, o assaltante esfaqueou ela. A história foi muito triste. Ela sempre ficava com a gente aqui no ponto de táxi. Todo mundo tinha um carinho muito grande por ela. É a mascote da rodoviária", conta.

Segundo Maria Helena Biff, Nina estava sofrendo muito. "No dia que ela foi esfaqueada, das 5h até o meio-dia, quando a socorri, ela já tinha perdido muito sangue. Sem falar que ela já tinha um problema no fígado, e com o que aconteceu, ela piorou muito. Fizemos de tudo. Tudo o que a medicina veterinária podia fazer, foi feito", comenta ela, emocionada.

A cachorrinha foi adotada quatro vezes, mas não se acostumou. "Ela ia para as casas e não comia, não bebia água. A rodoviária era o lugar dela. Nesses dias finais, que ela ficou na minha casa, foi horrível. Ela sofreu muito. Eu tinha que trazer ela aqui na rodoviária para ela fazer as necessidades dela e comer, porque ela não fazia", conta Biff.

A lei estadual nº 17.422, sancionada em 2013, institucionaliza a figura do animal comunitário - cães e gatos que vivem nas ruas, e são alimentados e cuidados pelos moradores da cidade. Para Nina ser reconhecida oficialmente como um animal comunitário, ela precisou ser vacinada, esterilizada e registrada pela ONG Instituto Olhar Suficiente, que encomendou a casinha.

O Instituto Olhar Suficiente não tem recursos, e está com uma dívida de cerca de R$ 4 mil, gastos no tratamento da Nina. A ONG está vendendo brigadeiros aos sábados, por R$ 1 real, para ajudar a pagar as despesas. Quem puder ajudar, também pode doar receitas prontas de brigadeiros. Também é possível doar direto na Clínica Vida Animal, na Avenida Cerro Azul, em nome da Nina, ou pela página do facebook: "Animais Comunitários de Maringá".

"Ela viveu bem e cumpriu a missão dela. Vou candidatar ela a Mascote do Meio Ambiente de Maringá. Em breve haverá um concurso para este fim", enfatiza Biff.

FONTE: maringa.odiario

2/03/2018

Convivência entre cães e passageiros vira dor de cabeça nos terminais de Curitiba

Apesar de achar muito bom a convivência entre humanos e animais, eu não os deixaria a mercê de possíveis maus-tratos.... Sou muito galinha e quero todos debaixo das minhas asas....
------
Segundo a prefeitura, não há a planos para retirar os animais dos terminais de ônibus
O grande número de cães abandonados vivendo nos terminais de ônibus em Curitiba é um problema antigo e a prefeitura ainda não possui um projeto definitivo para solucionar a questão.

Em maio de 2017, protetores de animais chegaram a improvisar casinhas feitas de pneus na tentativa de ajudar os animais e há usuários que doam ração e remédios para mantê-los saudáveis. No entanto, nem todo mundo tem essa mesma visão pacífica de coexistência e a relação entre cães e passageiros do transporte público se torna cada vez menos tranquila na capital.

Na semana passada, um cobrador de ônibus foi atacado enquanto fazia seu turno no Terminal do Bairro Alto. “Eu me aproximei da banca para pegar um jornal por volta das 15h30 quando dois cachorros avançaram e me morderam”, conta Gilmar Grabowski. Diabético, ele conta que as mordidas fizeram com que ele tivesse de ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Boa Vista para receber acompanhamento médico.“Tenho varizes, e eles morderam em cima de uma delas. Saiu bastante sangue e precisei passar o resto da tarde e boa parte da noite no médico” .

E não é difícil encontrar quem tenha testemunhado casos assim. O porteiro Altivir Alves, de 54 anos, relembra de um episódio em que uma senhora de 75 anos foi atacada próximo ao Terminal Vila Oficinas, no bairro Cajuru, no último mês de novembro. “Ele avançou contra uma senhora que tinha descido do ônibus e estava atravessando a rua. Nós tivemos que socorrer a mulher”, afirma. “A perna dela abriu com o ataque. Nós chamamos o Siate e ela foi socorrida”, relatou Marlene Célia Javorski, de 53 anos, filha da vítima.

Ainda assim, Marlene diz que a presença dos animais próximo à área de embarque e desembarque de passageiros não é o problemas e que, inclusive, ela faz parte do grupo que alimenta os cães que ficam por ali. “Foi horrível o que aconteceu com ela, mas não colocamos a culpa no cachorro. Inclusive, minha família alimenta esses animais e minha irmã já adotou quase dez deles”.

Contudo, não é todo mundo que pensa assim e muitos usuários do sistema de transporte se sentem incomodados e até mesmo intimidados com os cachorros que rondam os terminais. Na tarde da última sexta-feira (19), várias pessoas também ficaram receosas ao entrar no Terminal Vila Oficinas, onde dois cães de grande porte dormiam ao lado das catracas principais. Em apenas dez minutos observando o local, a reportagem da Gazeta do Povo viu três pessoas se preocuparem. Na primeira situação, uma idosa deu a volta só para não passar perto dos animais. Ela saiu brava do local e não quis conversar com a reportagem. Logo depois, uma garota de cinco anos se escondeu atrás da mãe ao ver o porte dos cães. “Ela ficou com medo porque são cachorros bem grandes. Eu sei que eles não têm culpa de terem sido abandonados, mas, com certeza, aqui não é o lugar certo para eles ficarem”, pontuou a mãe Sandra Ribeiro, 24.

Ataques de humanos
No entanto, nem sempre a convivência turbulenta parte dos cães. No Terminal do Capão da Imbuia, por exemplo, o vigilante Wagner de Freitas Pereira, 37, afirma que é comum ver pessoas jogarem líquidos e baterem nos animais. “Tem uma senhora que passa aqui direto e vira um copo de água em cima deles. Também tem gente que chuta. Pra que fazer isso?”, questiona. Diante dos maus-tratos, os animais revidam as agressões com muitos latidos. “Ninguém gostaria de ser tratado assim. Eles também não”, afirma.

Segundo Pereira, os animais também correm atrás dos ciclistas que passam pelo terminal. “Não pode andar de bicicleta aqui, mas as pessoas insistem. Aí os cães veem as rodas da bike e vão atrás, igual fazem com os carros”. A situação também acontece no Terminal do Centenário, onde os cães já alcançaram alguns ciclistas. “Teve casos em que o cachorro chegou a pegar na perna deles. Mas nunca aconteceu nada grave. Só o susto”, relatou o vigilante Ricardo Gonçalves, que trabalhou no terminal até dezembro de 2017.

Sem solução
Para a zeladora Marisol Duarte da Silva, 48, que passa diariamente pelos terminais Vila Oficinas e Centenário, a solução para o problema começa com campanhas de conscientização contra abandono de animais. “As pessoas não podem largar o bichinho assim”, diz. Para ela e outros passageiros e moradores da região, o poder público deveria encontrar um local adequado para receber os animais.

Só que, de acordo com a prefeitura de Curitiba, não há planos para fazer a retirada desses animais dos terminais. De acordo com a chefe da Rede de Proteção Animal, Viven Morikawa, são 78 animais espalhados nos 18 terminais da cidades e que todos eles são vacinados contra a raiva, são desvermifugados e microchipados e a maioria já está castrada. Ainda assim, ela diz que fazer essa retirada dos animais é considerada infrutífera. “Nós não vamos retirar porque o que acontece é que, se você tira um animal hoje, amanhã tem outro no local. O terminal é um nicho propício para a reposição, pois eles têm abrigo e alimento”, explica.

No caso, os únicos animais que são retirados são aqueles considerados agressivos. “A gente tem parceria com mantenedores que ficam de olho nesses cães comunitários e nos informam caso tenham alguma mudança de comportamento. Quando isso acontece, vamos lá fazer a remoção”, diz.

Para tentar amenizar a situação, a Rede de Proteção Animal deve iniciar uma campanha de adoção desses animais. “Não tem como a gente simplesmente tirar do terminal, então temos que promover uma campanha de adoção que priorize esses cães comunitários”, antecipa Vivien. Segundo ela, a campanha deve começar ainda neste primeiro semestre. E, enquanto ela não começa, os interessados em levar um dos cachorros de terminais para casa deve procurar os mantenedores responsáveis ou ligar para os telefones 3350-9939 e 3350-8903.

FONTE: gazetadopovo

EM DESTAQUE


Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪