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2/26/2018

Por que a carne de cachorro foi um tema tão comentado nos jogos Olímpicos

Enchi a paciência de vários jornalistas da Globo para fazerem matéria sobre o tema como fizeram os maiores jornais do mundo. Nem me responderam..... Lamentável que tenham ignorado isto.....
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PYEONGCHANG, Coreia do Sul - A cinco minutos do Estádio Olímpico, em uma rua estreita logo ao lado de uma padaria ao estilo europeu, havia um restaurante chamado Young-hoon Boyangtang. O cardápio estava fixado ao lado porta de entrada. O prato principal estava descrito, tanto em inglês como em coreano, como "sopa nutritiva".

"Alguns atletas vêm aqui e pedem esse prato (esquiadores, golfistas), eles pedem muito", disse uma mulher que trabalha no restaurante. "É uma comida que dá força. Muitos médicos coreanos recomendam esse prato para pacientes de quimioterapia".

A funcionária do restaurante, que prefere ficar anônima, completou: "Agora está havendo muita polêmica, mas sempre servimos esse prato aqui no restaurante".

A celeuma global causada pelo Young-hoon Boyangtang (e por outros restaurantes também) durante a Olimpíada era previsível. O motivo? O tal prato. "Sopa nutritiva" é um eufemismo culinário para ensopado de carne de cachorro.

Vamos relembrar os acontecimentos: estrangeiros, especialmente jornalistas, chegaram à Coreia do Sul para os jogos. Uma série de artigos, vídeos e postagens de mídia social começaram a falar sobre os restaurantes que servem carne de cachorro e sobre o tratamento dos cães criados para o abate.

A maioria dos artigos, se não todos, tinham um tom crítico, e a resposta do público ocidental foi emocional: cachorros são animais de estimação! Como alguém pode comê-los!? Os sul-coreanos reagiram. Primeiro indignados com a hipocrisia dos turistas ocidentais, que não admitem que os coreanos comam carne de cachorro, mas que ficariam ofendidos se um jornalista da Índia, por exemplo, que tem uma população majoritariamente vegetariana, criticasse o hábito tão americano de fazer churrasco no quintal ao cobrir uma olimpíada nos EUA.


Depois houve revolta por causa da simplificação de um hábito cultural que envolve história, conflito de geração, leis sanitárias, burocracia e culinária em uma mistura complicada. Um hábito que, na verdade, vem mudando aos poucos.

"Os sul-coreanos estão passando por uma mudança cultural em termos de alimentação. Hoje, a dieta deles é muito mais globalizada do que antes", contou Jean Lee, ex-correspondente estrangeira na Coreia do Norte e que agora trabalha no Woodrow Wilson International Center em Washington DC.

Placa do lado de fora de restaurante com placa sobre anúncio de ensopado de cachorro Sam Borden
"Os jovens sul-coreanos já não comem carne de cachorro, os açougues que vendem esse tipo de carne estão fechando pouco a pouco."

Esse fenômeno é especialmente visível na capital Seul, onde metade dos 50 milhões de sul-coreanos vive atualmente. Mas em outras regiões, como a província de Gangwon, sede dos jogos, a velocidade da mudança é mais lenta.

Foi por isso que o governo ofereceu incentivos para que os restaurantes que servem carne de cachorro alterassem seus cardápios antes dos jogos, usando eufemismos como sopa nutritiva ou tirando os pratos durante as olimpíadas para não escandalizar os turistas estrangeiros. Alguns restaurantes fizeram isso. No próprio Young-hoon Boyangtang uma fita adesiva foi usada para tapar parte do cardápio, mas a carne de cachorro continua sendo servida se o cliente quiser.

"É tudo carne. Se você cozinhar bem a carne de cachorro ela vai se desfazer na sopa, ela é muito macia e derrete facilmente", explicou Kim Shin-mi, de 58 anos. “Muitos homens comem essa carne porque ela é saudável. Ela tem menos gordura do que as outras. É uma questão de gosto, eu acho."

Baek Ji-yeon, uma jovem de 23 anos, deu sua opinião: "Não é legal comer cachorros quando eles são animais de estimação, mas se os cães foram criados para o abate, então tudo bem".

Ela ainda acrescentou: "Acho que as pessoas mais velhas comem carne de cachorro sem problemas".

Esses dois pontos são importantes ao considerar a questão como um todo. A ideia de que os cachorros são criados para o abate (e não para serem animais de estimação) é uma peça centenária da cultura coreana e, como disse Baek, é algo em que especialmente os coreanos mais velhos ainda acreditam. Durante anos a carne de cachorro foi uma importante fonte de proteína (ainda é em grande parte da Coreia do Norte) e até hoje existe a tradição de comer sopa de carne de cachorro nos dias mais quentes do verão, um prato considerado muito energético.

O costume tem raízes antigas. Ahn Young-geun, professor universitário e ex-diretor da Sociedade Coreana de Alimentos e Nutrição, escreveu um livro chamado "Os Coreanos e a Carne de Cachorro" e mantém um site sobre o assunto. Em uma das postagens, ele cita uma enciclopédia médica coreana do ano 1613, que diz que comer carne de cachorro "faz bem para partes do sistema digestivo, como os intestinos grosso e delgado e o estômago, é fonte de tutano que fortalece os joelhos e a cintura e aumenta o vigor, tornando os homens mais viris".

Apesar da tradição, muitos jovens sul-coreanos passaram a tomar canja nos dias de verão, e estudos mostram que a opinião sobre o uso dos cães na dieta coreana está mudando com as novas gerações. Em 2015, uma pesquisa do instituto Gallup da Coreia constatou que 39% das pessoas na faixa dos 50 anos comia carne de cachorro pelo menos uma vez por ano, enquanto apenas 17% dos entrevistados na faixa dos 20 anos tinham esse hábito.

Lee, a ex-correspondente que passou a trabalhar no Wilson Center, contou que outra questão relacionada é a falta de controle sanitário nas criações de cães para consumo humano na Coreia do Sul, que leva a condições "horripilantes" no tratamento dos cães. Cerca de 2 milhões de cães são abatidos anualmente no país, um número muito menor, segundo algumas estimativas, do que o de coelhos abatidos para consumo nos Estados Unidos. Para Lee, a preocupação mais urgente é a maneira como os animais são criados - um problema que não é exclusivo da Coreia. "Eles têm que encontrar alguma maneira de regular o abate dos cachorros ou acabar com essa prática", disse ela.

Lee contou que tem um cão, Mochi, que foi resgatado de uma fazenda onde são criados cachorros para abate na Coreia do Sul. Ela espera que Mochi sirva como símbolo contra a ideia de que há uma diferença entre "cachorros de rua", que são criados para abate, e cães de raça, criados para serem amigos das pessoas, como acreditam muitos sul-coreanos.

Essa atitude, assim como o gosto pela carne de cachorro, também está mudando lentamente. Em 2017, uma pesquisa online com quase 4.000 coreanos concluiu que 58% dos entrevistados não come carne de cachorro porque considera que os cães são animais de estimação.

"Nós comíamos tudo o que criávamos, era uma necessidade", disse Jeong Yoon-young, que saiu de Seul para acompanhar a Olimpíada. "Mas acho que com o passar do tempo essa cultura vai mudar. Mesmo hoje em dia já não é um hábito tão popular."

FONTE: espn

2/17/2018

Patinadora olímpica resgata cão destinado à mesa de jantar

Esta cambada de restaurantes de carne de cachorro compram de outra cambada de ladrões de cães de residências para vender para eles. E aí vão cães de tudo que é raça..... ô gente podre!!!!! Assinem a PETIÇÃO, por favor!
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A patinadora olímpica adotou um cachorro em Pyeongchang, na Coreia do Sul, que estava destinado a ser comida para humanos.

Em fevereiro do ano passado, Meagan Duhamel, duas vezes campeã mundial de patinagem e vegan desde 2008, salvou o animal, da raça dachshund em miniatura de dois anos, e chamou-o Moo-tea. Agora, a jovem resgatou um segundo cão bebé.

O governo sul-coreano ordenou aos restaurantes perto do Estádio Olímpico em Pyeongchang para deixar de servir carne de cão.

Lee Yong-bae,  funcionário do governo do condado de Pyeongchang, disse à AFP que as publicidades de pratos de carne de cachorro também foram trocados por outros menos 'chocantes', a fim de evitar uma "má impressão para os estrangeiros" durante os Jogos Olímpicos de Inverno, que se estão a realizar na cidade.

No entanto, os pratos, como a sopa de carne de cachorro, ainda estão a ser servidas, mas as vendas caíram após trocarem a carne de cão por carne de porco ou cabra.

Meagan já deu voz e contributo à campanha contra a produção de carne de cachorro no país.

No início desta semana, a ONG Humane Society International resgatou cerca de 90 cachorros para o comércio de carne. Os cães estavam aprisionados numa quinta a apenas 40 minutos da vila olímpica.

FONTE: cmjornal.pt

2/15/2018

A poucos quilômetros dos Jogos Olímpicos, cães estão a espera de uma morte cruel

Gente, tentei fazer uma tradução razoável da matéria publicada pelo Jornal  USAToday que vem dando toda atenção a questão do consumo de carne de cachorro na Coréia do Sul. A ONG KOREANDOGS.ORG  tem uma petição que pode ser assinada CLICANDO AQUI.  Não deixe de participar.
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Uma descrição sombria de dentro de uma fazenda de carne de cachorro coreana que fica a poucos quilômetros das Olimpíadas de Inverno

WONJU, Coréia do Sul - A pouca distância da pira olímpica ardendo e da multidão entusiasmada dos espectadores dos Jogos de Inverno, existem fazendas onde centenas de cães são mantidos em gaiolas até serem mortos por sua carne.

Na região rural de Wonju, em uma pista de campo sinuosa, existe uma fazenda que fornece carne de cachorro para alguns dos milhares de restaurantes sul-coreanos, onde os clientes encomendam coisas como salada para cães, costelas de cachorro, guisado de cachorro e pote quente. 


O ambiente sombrio da fazenda dói os sentidos. A primeira coisa a notar é o som, lamentos e gemidos sofridos ​​de cerca de 300 animais que são mantidos em gaiolas imundas até sua execução. Aproxime-se e o fedor enche as narinas e ouve-se uma latição doentia que se espalha sobre duas longas filas de cães em gaiolas apertadas.

Alguns dos cães não sobrevivem o tempo suficiente para serem abatidos. Cadáveres largados no chão de lama em um espaço coberto com um toldo de plástico rasgado nota-se a carcaça de uma Tosa Inu morta que é uma raça rara que se originou no Japão. Também nas gaiolas haviam  Jindo coreanos, São Bernardos  e Labradores dourados.

A maioria estava emaciada. Muitos tinham lacunas na pele onde grandes feridas cresciam em seus corpos. As gaiolas são elevadas, montadas de modo que as fezes do cachorro caiam através das  filetas das grades transformando-se em pilhas enormes de excremento.

O jornalista do jornal USA TODAY Sandy Hooper e eu filmamos a cena horripilante durante 15 minutos na manhã de sábado, usando GoPros e iPhones. Quando nos aproximamos da frente da propriedade em uma tentativa de falar com os proprietários, um homem gritou em coreano: "Desligue, caso contrário, eu vou mata-lo!"

Os Jogos Olímpicos de Inverno devem ser um comercial gigante para a Coréia do Sul e sua indústria de turismo de inverno, mas nenhum esforço de relações públicas pode lançar uma luz favorável sobre a indústria coreana de carne de cachorro. As autoridades organizadoras de Pyeongchang estavam cientes da reação internacional provável às práticas coreanas de comer carne de cachorro. Inclusive, ofereceram pagamento aos restaurantes nas proximidades para tirar sinais de publicidade da disponibilidade do produto e pediu, também,  para retirá-lo do menu - pelo menos durante as Olimpíadas.

Não funcionou. 
À duas milhas da estação de Jinbu, o principal pólo que serve o conjunto primário de montanhas dos Jogos Olímpicos, três restaurantes oferecem carne de cães abertamente. Eles modificaram seus sinais de fachada para remover a palavra "bosintang" (guisado de carne de cachorro) e promoveram carne de cabra em vez disso, mas isso era apenas por fora.
  
Observe na filmagem que no cardápio de um dos restaurantes, os primeiros quatro itens do menu, em inglês e coreano, são derivados do melhor amigo do homem. Um homem coreano idoso tirou os sapatos, entrou na sala, pediu o ensopado e sentou-se numa fileira de mesas no chão. Logo, foi servido a mistura grossa marrom e começou a escorrer a sopa até que tudo estivesse desaparecido.

Na cultura coreana, a carne de cachorro tem propriedades míticas que impulsionam os poderes restauradores e aumentam a virilidade. Com medo de uma reação dos tradicionalistas, o governo coreano não vai alterar a lei, apesar do presidente Moon Jae-In ter adotado um cachorro salvo da indústria da carne.


Os organizadores de Pyeongchang desejam que os funcionários do governo tomem medidas.
"Estamos cientes da preocupação internacional em torno do consumo de carne de cachorro na Coréia", dizia uma declaração do comitê organizador. "Esta é uma questão que o governo deve abordar. Esperamos que esta questão não tenha impacto na entrega ou reputação dos Jogos e na província e apoiaremos o trabalho da província e do governo sobre esse tema, conforme necessário. Além disso, a carne de cachorro não será servida em nenhum local dos Jogos. "

Comer carne de cachorro é um costume local e é difícil acabar com isso. Nos Estados Unidos, milhões de animais de inúmeras variedades são abatidos a cada ano por carne. Para alguns, a situação dos cachorros coreanos dificilmente é diferente da dos frangos americanos, vacas ou porcos. Para outros, há algo muito diferente em relação a um cachorro, dada a sua relação com os seres humanos.

Os ativistas da Coréia não gostam do uso de cães para a carne, mas concentram principalmente seus esforços de protesto nos métodos de matar os animais e suas condições em cativeiro.  "Se o povo coreano parar de comer carne de cachorro, não haverá o mercado para isso", disse Kim Jun-Won, presidente da organização de direitos de animais da Dasom, lutando contra lágrimas quando mostramos fotografias de nossa filmagem quando voltamos para o nosso veículo. "Mas isso é errado e isso rompe meu coração. As pessoas que mantêm os animais dessa maneira e os matam não são o diabo ?". A demanda está diminuindo, com refeições de carne de cachorro se tornando impopulares entre os membros de jovens da sociedade coreana. 

Assim como o descrito acima, o USA TODAY Sports visitou duas outras fazendas na área que mostraram sinais de terem sido fechadas recentemente. Ambos estavam fechadas, com fezes secas e até ossos de cães mortos ainda visíveis. "O problema é que, enquanto as instalações menores fecham devido à falta de negócios, maiores e melhores comerciantes organizados estão aparecendo", disse Kiana Kang, diretora de programas e projetos especiais da organização americana de resgate de animais sem fins lucrativos, Animal Hope and Wellness. "Estas são as duas Coreias. Há a beleza e a cultura e do outro lado há esta coisa horrível".  

Os fazendeiros de cães coreanos afirmam que a sua única intenção é tentar viver e insistir que os animais são iguais aos bois. 

Um grupo de atletas olímpicos de inverno, incluindo o patinador artístico canadense Meagan Duhamel, o esquiador de estilo livre Gus Kenworthy e a snowboardista Lindsey Jacobellis participaram de um recente anúncio de serviço público com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o comércio coreano de carne de cachorro. Duhamel já possui um cão coreano de resgate.

Os Estados Unidos e o Canadá são líderes na tentativa de resgatar cães coreanos e proporcionar-lhes uma nova vida. Em uma recente entrevista nos EUA TODAY Sports, o casal californiano Lana Chung Peck e seu marido, Kevin Peck, descreveram quantos dos animais que eles promovem e reabilitam através da organização Save Korean Dog têm questões importantes.

Chung Peck disse que seus cachorros não conseguiam caminhar corretamente na grama ou no chão, porque a maioria de suas vidas já havia sido passada nas gaiolas, lutando para tentar manter o pé firme no metal duro e fino.

Enquanto isso, nos Jogos, as primeiras medalhas estavam sendo entregues. A situação dos cachorros da Coréia não será a principal narrativa dos Jogos, os próprios eventos e a persistente turbulência política dominam as manchetes.  Mas a situação está aqui, acontecendo não muito longe das Olimpíadas... é terrível e dói o estomago com tamanha crueldade.

Originalmente publicado 9:24 am GMT-2 12 de fevereiro de 2018
Atualizado 10:11 am GMT-2 12 de fevereiro de 2018
USA Today Sport
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As Olimpíadas de Inverno destacam o comércio de carne de cachorro na Coréia do Sul

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