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1/13/2019

Elefantes estão no centro de polêmicas na África e na Ásia

Humanos são os maiores encrenqueiros do planeta..... Tinham mais é que parar de nascer e deixar os bichos em paz.....
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Enquanto a exploração turística causa revolta na Tailândia, produtores do Quênia reclamam e protestam por invasão de manadas em áreas agrícolas

Maiores mamíferos terrestres do mundo, os elefantes geram polêmicas com a coexistência com o homem em seus

10/20/2018

Policial ambiental americano se demite após compartilhar fotos de animais caçados na África

Que doença, meu Deus!!!!! estas criaturas são psicopatas com todas as letras!!!! como ter prazer em tirar uma vida? porque não se dedicam a matar bandidos? acho que seria um prazer maior, ou não? Saber da morte de bichos dói demais no meu ser.... Ai, meu Deus.... o que será de nossos bichos no próximo governo com caçadores bancando campanha do psicopata maior?
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Oficial era um dos sete membros da Comissão de Caça e Pesca do Estado de Idaho; entre os animais mortos está uma família de babuínos

BOISE - O oficial da polícia ambiental do

6/17/2018

PELES - Burros africanos ameaçados de extinção

Temos falado muito sobre os burros que são esfolados quase vivos para serem vendidos na China. Isto acontece no mundo inteiro. Já falei aqui que precisamos acompanhar nos "interiores do Brasil" se esta máfia não está agindo aqui. Aqueles abatedouros na Bahia que matam burros precisa ser investigado.... Seria o fio da meada de uma investigação saber os compradores do couro de burro deles..... Vejam algumas postagens que já fizemos a respeito: 
2 - Burros espancados até à morte para uso em medicina tradicional chinesa -
3 - Chineses correm o mundo atrás do couro de burros
4 - Procura na China ameaça sobrevivência de burros em África
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O roubo e contrabando de burros em várias partes de África está a colocar esta espécie em perigo.
Burros roubados, abatidos e esfolados, tudo por causa da pele pois conteria um ingrediente essencial utilizado na medicina tradicional chinesa e muito procurado pelas mulheres para o tratamento de problemas de saúde que vão desde dores menstruais até problemas de sono.

"Vendemos todos os produtos feitos com gelatina de burro. Eles são produzidos pela companhia de gelatina Dong'e e o principal alvo são as mulheres mas também é bom para os rins dos homens. Enriquece o sangue das mulheres também", afirma uma vendedora chinesa na localidade de Dong'e, localidade chinesa na província de Shandong.

Em apenas uma década, a população de burros na China caiu para metade, são agora 5,5 milhões. A oferta não satisfaz a procura daí a necessidade de recorrer a África. Para as comunidades locais, isto representa um problema que é agravado pelo aumento do roubo e contrabando destes animais. Isto apesar de 14 países africanos já terem proibido a exportação de peles de burro.

"Outro problema é que os burros são animais que levam muito tempo para reproduzir. A gravidez demora um ano e do nascimento até atingirem a idade de reprodução são quase três anos", adianta o veterinário Calvin Solomon Onyango, gestor de programa do Santuário dos Burros no Quénia.

Neste santuário para burros no Quénia, a solução é simples. Há que proibir totalmente o comércio em peles de burros antes deste espécie entrar em extinção no continente, ou mesmo a nível mundial.

FONTE: euronews

6/07/2018

RESGATE DE ESPÉCIE: Gorilas-das-montanhas já chegam a 1004 indivíduos

Agora vejam o sacrifício e o tanto de trabalho para recuperar uma espécie que foi aniquilada pelos psicopatas da caça.....
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Novo censo do maior primata vivo do mundo mostra como tempo, dedicação e investimento em esforços de conservação podem salvar espécies em risco

A biodiversidade planetária tem sofrido ataques sem precedentes nos últimos anos, em grande medida associados a atividades humanas inconsequentes. Soluções para frear o declínio de espécies não ocorrem da noite para o dia, mas com tempo, dedicação e investimento é possível reverter a tendência negativa.

Exemplo disso vem do novo censo do gorila-das-montanhas (Gorilla beringei), maior primata vivo do mundo e listado como “criticamente ameaçado” devido à caça ilegal e perda de habitat. Os resultados da pesquisa revelam que o número de indivíduos da espécie aumentou para 604, de um total estimado de 480 em 2010, na região de Virunga Massif, onde vive a maioria dos gorilas-de-montanhas, em parques que abrangem a República Democrática do Congo, Uganda e Ruanda.

Tais números elevam a população selvagem global de gorilas-das-montanhas a um valor estimado de 1.004, considerando ainda dados relativos aos indivíduos do Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, onde vive o restante da espécie.

O novo censo, realizado em 2016 e divulgado recentemente, foi realizado pela Greater Virunga Transboundary Collaboration e apoiado pelo Programa Internacional de Conservação dos Gorilas (IGCP – um programa de coalizão da Fauna & Flora International e o WWF), juntamente com outros parceiros.

O aumento dos gorilas das montanhas que habitam o Virunga Massif é atribuído à eficácia de políticas e estratégias de conservação, especialmente voltadas ao turismo, tratamentos veterinários constantes, aplicação intensiva da lei, projetos de conservação junto às comunidades que vivem nas proximidades desses parques nacionais e colaboração transfronteiriça entre governos, instituições e ONGs.

Além disso, esses resultados são um testemunho do incansável esforço dos rangers que diariamente protegem e monitoram os gorilas da montanha e seu habitat. A situação crítica desses animais virou tema do premiado documentário Virunga, que conta a história verídica dos guardas que arriscam a vida para proteger o parque nacional mais precioso da África e seus gorilas.


O censo atual representa a nona contagem da população de gorilas das montanhas de Virunga desde o início dos anos 70. Após mais de uma década de declínio documentado, a população de gorilas-das-montanhas da região atingiu uma baixa acentuada de 242 indivíduos em 1981, colocando o animal a um passo da extinção. Os censos realizados desde aquela época mostram um aumento consistente da população.

“A história do gorila da montanha mostra que investimentos financeiros e tempo são necessários para que a conservação aconteça, não há soluções da noite para o dia. Devemos estar lá para o longo prazo e aumentar os recursos disponíveis para a conservação se quisermos que espécies carismáticas como gorilas, rinocerontes, elefantes e tigres sobrevivam ”, disse a cientista Tara Stoinski, presidente do Fossey Fund, em comunicado da instituição. 

FONTE: exame.abril

6/06/2018

SAFÁRI: Filme aborda caça a animais na África. Confira o trailer

Jesus amado, que seres são estes que vivem aqui no nosso planeta? O documentário nos dá total ideia do quanto hoje em dia qualquer pessoa de classe média pode ir para a África e matar dois animais por dia...... Sinceramente, minha gente, eu questiono Deus o tempo todo do porque ele fez estas pessoas tão diferentes ou nós todos tão diferentes..... Será que Deus está fazendo pesquisas científicas conosco? Juro que não consigo entender.....
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A caça a animais na África é tema do novo longa-metragem do austríaco Ulrich Seidl
O novo filme do diretor austríaco Ulrich Seidl, “SAFÁRI”,  tem trailer divulgado e traz a indústria de safáris na África como o principal protagonista. Com distribuição da Pandora Filmes e estreia marcada para dia 14 de junho, o longa acompanha turistas alemães e austríacos em uma das suas atividades preferidas durante as férias: a caça.

– Eu não queria mostrar os ricos e bonitos xeiques, oligarcas ou membros de alguma família real e as suas caçadas “generosas”, mas queria mostrar o lugar comum. Hoje, a caça na África é algo que qualquer pessoa de classe média pode pagar. E, em um certo sentido, para muitas pessoas do mundo ocidental, da Rússia ou da China virou algo comum viajar até a África pelo menos uma vez ao ano para caçar diariamente. Como regra, isso significa atirar pelo menos em dois animais por dia, uma vez pela manhã e outra à tarde. Eu queria mostrar como a caça é organizada, o que está envolvido em todo processo e qual é a experiência emocional vivida por quem caça – revela Seidl.

O diretor explicou ainda que a missão de convencer as pessoas a participarem do projeto não foi fácil porque, segundo ele, “elas sabem que, hoje em dia, a caça tem uma imagem extremamente negativa, principalmente na mídia”. “Quando eu procuro protagonistas, eu nunca tento enganá-los. Porque, primeiramente, eu nunca começo um projeto com uma opinião pré-formada. E, segundo, eu só considero protagonistas com quem eu possa ter uma troca aberta, sem pré-conceitos. Dito isso, a caça era e é para mim algo neutro. Algo que as pessoas experimentam como uma força motriz. Meu objetivo era descobrir e apresentar as motivações para a caça e essa obsessão. O que move as pessoas a matar animais nas férias? Para isso, eu tive que encontrar pessoas que vão caçar na África e que estavam prontas para justificar os motivos e mostrá-los num filme” – explica.

O longa estreou no Festival de Veneza e fez carreira em festivais renomados mundo afora, entre eles, Toronto, Roterdã e Londres. Aqui no Brasil, antes da estreia nos cinemas, vai abrir a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, no dia 30 de maio.

Sinopse
​O diretor acompanha ricos turistas alemães e austríacos em suas viagens de férias caçando animais em safáris no continente africano. Alguns deles buscam troféus, outros apenas diversão. Mesmo que toda presa tenha o seu preço, eles sempre buscam uma maneira de legitimar suas próprias ações. Este filme é, acima de tudo, um retrato brilhante e perturbador da natureza humana.

Ficha Técnica
Duração: 90 min
Diretor: Ulrich Seidl
País: Áustria
Ano: 2016
Classificação: a definir

Fonte: Cosmonerd

5/28/2018

CAÇA DESENFREADA: Aumenta a caça furtiva no Parque Nacional de Zinave

A África quer o fim da caça, mais ou menos. Isto gera lucro, ainda mais que aquele mequetrefe do Trump tem permitido a entrada no país de troféus e ainda seus filhos estão ganhando dinheiro em parceria com parques de caça naquele país..... É um nojo só!!!!! Trump acabou com tudo que a proteção animal conseguiu no tempo do Obama.
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Moçambique: Aumenta a caça furtiva no Parque Nacional de Zinave
Só este mês, os gestores do parque entregaram à polícia mais de 140 armas apreendidas. Líder comunitário da região pede a realização de uma cerimônia tradicional para acabar com conflitos entre a comunidade e o parque.

Devido à seca e à baixa produção nas machambas durante a época agrícola, a população tem invadido o Parque Nacional de Zinave, no distrito de Mabote, matando animais com pontas de marfim. A carne é para comer, mas também para vender. O administrador do parque, Antônio Abacar, está preocupado com os caçadores furtivos, que comprometem o desenvolvimento da região.

"No dia 3 de maio estivemos a entregar no comando da Polícia da República de Moçambique cerca de 147 armas apreendidas aqui no Parque Nacional de Zinave nos últimos três anos, mas nós estamos a trabalhar no processo de sensibilização das comunidades. Os caçadores furtivos que estão na cadeia muitas vezes não pagam as multas porque não têm capacidade", conta Antônio Bacar.

O Parque Nacional de Zinave esteve encerrado durante vários anos devido à guerra civil, que durou 16 anos, e só voltou a abrir em 2016. Até agora, já foram investidos mais de cinco milhões de euros no parque, em repovoamento de animais e outras atividades.

Este ano, a BIOFUND - Fundação para a Conservação da Biodiversidade - assinou um acordo de parceria com o parque, que já recebeu 15 milhões de meticais (cerca de 210 mil euros) para fiscalização.

Tradições, fiscalização e colaboração para acabar com a caça furtiva
Roberto Gimo, líder comunitário que controla todo o território onde se encontra o parque, sugere que se realize uma cerimônia tradicional para pôr fim aos conflitos entre a comunidade e o parque: "Sou régulo do Zinave, de Manica até Gaza, não podemos matar os animais porque é o nosso futuro. Estamos para fazer a cerimônia segundo a nossa tradição, eles devem convidar a população e líderes, para isso estar 100%".

O governador de Inhambane, Daniel Chapo, encoraja os gestores do Parque Nacional de Zinave a continuar a fiscalização: "Sabemos que estão a fazer excelente trabalho na recolha sobretudo das armas principalmente de fabrico caseiro e este trabalho deve continuar. As comunidades devem ter consciência que esta riqueza é de todos os moçambicanos para gerar receitas para os cofres do Estado".

Simão Machava, porta-voz do comando provincial da Polícia de Moçambique em Inhambane, deixa um apelo aos portadores de armas e pede a colaboração da comunidade: "Sejam elas de fabrico caseiro ou convencional essas armas devem ser entregues e quando é de forma voluntária, a pessoa tem tido um tratamento especial. Alguém que possua de forma ilegal uma arma de fogo deve ser denunciado à unidade policial mais próxima."

FONTE: dw.com/pt

5/15/2018

VIRUS: OMS diz que se prepara para o ‘pior cenário possível’ após casos de ebola no Congo

Continua pegando animal silvestre para comer pra ver o que acontece, seus perebentos.... Porque os pobres animais domésticos não pegam esta doença e ficam imunes? Daí, nem eles poderiam ser comidos..... Ah, se os anjos nos ouvissem, né? Eu tenho muita pena desta gente tão sofrida, mas, nascem igual a coelhos.... de monte.... O mundo não cabe mais humanos.... 
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Organização Mundial da Saúde registrou 32 novos casos, incluindo 18 mortes, no país entre 4 de abril e 9 de maio. Doença estava controlada desde julho de 2017.
“Estamos muito preocupados e nos preparamos para todos os cenários, incluindo o pior cenário possível”, declarou o diretor do programa de resposta de emergências da OMS, Peter Salama, em uma entrevista coletiva em Genebra. A epidemia mais importante ocorreu no oeste da África entre 2013 e 2016 e deixou 11,3 mil mortos de um total de 29 mil casos, em sua grande maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Ebola é transmitido por líquidos corporais
A febre hemorrágica do ebola, que apareceu pela primeira vez em 1976 no que então era Zaire (agora RDC), procede de um vírus que se transmite por contato físico com os líquidos corporais infectados.

O consumo de carne de animais silvestres também é um fator de contágio. A epidemia mais importante ocorreu no oeste da África entre 2013 e 2016 e deixou 11,3 mil mortos de um total de 29 mil casos, em sua grande maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

FONTE: cenariomt

1/05/2018

Uma tropa de elite feminina no combate à caça ilegal na África

Mulheres são mulheres são guerreiras!!!! se deixarem o mundo em nossas mãos, vamos dar conta de toda esta patifaria...
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Mães solteiras e desempregadas estão sendo treinadas para integrar um esquadrão dedicado à preservação da vida selvagem no Zimbábue

O metal preto do rifle AR-15 ficou gasto, prateado e brilhante, em algumas partes após anos de uso. Mais manuseável que um AK-47 em combate em espaços reduzidos, a arma é bastante precisa para derrubar um alvo inimigo a 500 metros. Usada há décadas por unidades contra caçadores ilegais em toda a África, hoje essa arma não está nas mãos de um típico patrulheiro de campo, cheio de bravatas. Esta é carregada com segurança e competência por Vimbai Kumire. "Este trabalho não é só para homens", diz ela, "mas para todo mundo que é forte e está em forma."

Kumire é uma mãe solteira de 32 anos, cujo marido fugiu com uma mulher mais jovem quando ela estava grávida do segundo filho. Ela prepara uma emboscada de manhã cedo no vale inferior do rio Zambezi, em Zimbábue, escondendo-se entre os arbustos verdes como uma sombra coberta de manchas.

É a linha de frente da caça ilegal na África, e estas não são apenas patrulheiras de caça regulares. Se a equipe por trás do novo emprego de Kumire tem algo a ver com isso, estas mulheres são um esquadrão crescente de tropas de choque ambientais, para um novo tipo de ofensiva de desenvolvimento comunitário.

De acordo com o biólogo conservacionista Victor Muposhi, da Universidade de Tecnologia Chinhoyi, o vale inferior do Zambezi perdeu 11 mil elefantes nos últimos dez anos. Mas ele acredita que contratar e treinar mulheres das comunidades locais, como Kumire, para serem patrulheiras é um fator que muda o jogo.


"Desenvolver técnicas de conservação nas comunidades cria mais que meros empregos", diz o professor Muposhi. "Faz a população local se beneficiar diretamente da preservação da vida silvestre". E isso, segundo ele, pode salvar não somente espécies únicas como os elefantes, mas ecossistemas inteiros.

O empoderamento das mulheres está no centro do programa, chamado Akashinga, que significa "as corajosas". "Este é um verdadeiro programa de empoderamento", diz Muposhi, "porque você está lidando com um grupo altamente vulnerável e prejudicado de jovens mulheres".

Sentado sobre uma rocha voltada para o norte, dando para uma das grandes extensões selvagens da África, Muposhi explica que sua pesquisa preliminar mostra que o programa de cinco meses está ajudando a transformar essas mães solteiras antes desempregadas em líderes comunitárias.

Primrose Mazliru, de 21 anos, está de pé ao anoitecer perto do acampamento, entre o capim novo, bem verde com as chuvas recentes. Muito ereta, com os ombros orgulhosos para trás, ela sorri apesar da forte cicatriz que corta seu lábio superior, onde seu ex-namorado, bêbado, lhe bateu em um acesso de fúria. "Posso testemunhar o poder deste programa de mudar minha vida, e agora tenho o respeito de minha comunidade, mesmo como jovem mãe solteira", explica.

Patrulheira
O empoderamento das mulheres é fundamental (Adrian Steirn e Damien Mander/Alliance Earth)
Mazliru já comprou um pequeno terreno com seu salário de patrulheira de campo. "Não preciso de um homem na minha vida para sustentar a mim e ao meu filho", diz ela, com brilho nos olhos.

Assim como a maioria dos países do sul da África, Zimbábue usa áreas de gestão da caça em torno de parques nacionais famosos, como Victoria Falls ou Mana Pools, como "zonas tampão" para proteger os animais. Essas zonas são grandes áreas muito maiores que os próprios parques, originalmente criadas para beneficiar as comunidades próximas ao permitir a caça limitada de troféus por clientes ricos como Walter Palmer, o dentista americano que atraiu a condenação internacional depois de matar o leão Cecil, em uma caçada em 2015.

Não há cercas entre as áreas de caça, ou entre a vida selvagem e os cerca de 4 milhões de pessoas que vivem nas bordas dessas terras protegidas. Os lucros da caça sustentaram em parte as comunidades que vivem nas áreas naturais designadas para caça de troféus, quase 20% das terras de Zimbábue.

Segundo Muposhi, esses preciosos ecossistemas hoje estão sob grave ameaça devido ao colapso da caça comercial, em parte por causa de uma crescente reação ética. "O leão Cecil marcou o início de uma discussão maior sobre as questões morais e éticas da caça e se é sustentável ou não."

As receitas estão despencando e as populações humanas em torno dos parques crescem. "Daqui a cinco anos", diz Muposhi, "se não tivermos outras opções, não será viável salvar essas áreas."

Damien Mander, fundador da iniciativa Akashinga, é um australiano alto, um atirador treinado pelos militares, que pareceria muito à vontade no centro de uma partida de rúgbi. Mander se inspirou na história das Black Mambas, a primeira unidade feminina e desarmada de combate à caça ilegal, que trabalha perto do Parque Nacional Kruger, na África do Sul.

Depois de conhecer algumas das mulheres em uma viagem para arrecadar fundos a Nova York, onde elas davam uma palestra, ele viu o apoio e o interesse internacional que elas receberam e pensou que um projeto semelhante para o Zimbábue poderia ser uma boa maneira de ressaltar o perfil de seu projeto, a Fundação Internacional contra a Caça Ilegal (IAPF na sigla em inglês). O resultado foi muito além dessas modestas ambições.

"Trinta e seis mulheres começaram nosso treinamento, calcado no treinamento de nossas forças especiais, e nós exigimos muito mais delas que em qualquer treinamento com homens", explica ele em seu acampamento de barracas em um local secreto no vale do Zambezi. "Só três desistiram. Eu não podia creditar."

Desde o primeiro dia de treinamento das mulheres, ele viu que algo muito especial estava acontecendo. Percebeu que as mulheres eram o elo que faltava para o sucesso das iniciativas de conservação e contra a caça. "Nós transformamos uma necessidade de segurança em um programa comunitário", disse ele. Em apenas cinco meses, segundo Mander, esse projeto piloto já está pondo mais dinheiro por mês na comunidade local do que a caça de troféus rendia por ano.

Pessoas importantes estão percebendo. Tariro Mnangagwa é uma fotógrafa profissional de 32 anos que está visitando e treinando com a unidade de patrulheiras Akashinga da Fundação Internacional contra a Caça. Ela também é a filha mais nova do novo presidente de Zimbábue, Emmerson Mnangagwa.

"Estas mulheres me mostram a esperança", diz ela. Tariro embarca em um velho Land Rover para visitar uma comunidade em busca de um antigo caçador que quer falar.

Mãe solteira
O esquadrão é integrado por várias mães solteiras (Adrian Steirn e Damien Mander/Alliance Earth)
Annette Hübschle, uma pesquisadora e bolsista de pós-doutorado na Universidade da Cidade do Cabo, acredita que o modelo da Akashinga ainda poderá ser uma ótima solução. Enquanto muitos governos ocidentais e organizações de conservação tomam decisões em Londres, Nova York e Genebra, as pessoas mais afetadas geralmente são mulheres das comunidades adjacentes às áreas protegidas na África.

Programas de conservação dirigidos para comunidades com base no empoderamento e treinamento para mulheres como Kumire e Mazliru oferecem uma potencial solução para o fim da caça.

Mander e todas as suas patrulheiras vivem com uma dieta vegetariana. Sua palestra na TED sobre o veganismo foi vista por milhões de pessoas em todo o mundo. Ele parou de comer produtos animais há cinco anos. "Eu ficava andando pelo mato protegendo um grupo de animais, então voltava para casa e comia outro. Não podia mais viver essa hipocrisia."

As Akashinga adotaram a ideia com gosto. "É ótimo", diz Kumire com um grande sorriso, à luz do fogo com panelas de feijão e uma verdura que parece espinafre. "Não sinto a menor falta de carne, quando volto para casa nas folgas e as pessoas querem me dar carne não consigo comer, porque meu estômago dói se eu comer, e eu digo às pessoas: não me deem carne, eu sou vegana!" As mulheres ao redor dela sorriem e assentem.

Muposhi, que é vegano há 13 anos, afirma que mostrar às comunidades que não precisam comer carne é dar um exemplo que freia a caça e reduz a necessidade de criar animais nas áreas de vida silvestre, o que causa perda de hábitat. Muposhi está entusiasmado ao ver o crescimento do projeto. "Está acontecendo no meio do nada, no vale do Zambezi, e faz parte de um movimento maior", diz ele. "Vamos desenvolvê-lo para ser um dos melhores modelos de conservação da vida silvestre com base no empoderamento das mulheres."

O exercício de treinamento começa, e as patrulheiras estão escondidas, com o cano de seus AR-15 aparecendo entre tufos de capim. Lentamente, as duas patrulheiras designadas como "caçadoras" seguem a trilha do animal. Quando elas chegam ao lugar exato, as mulheres explodem em ação, gritando "Deitem-se! Deitem-se agora!"

Em alguns momentos elas têm as suspeitas algemadas. Quando perguntadas por que as supostas caçadoras estão tremendo, Kumire diz que os alvos sempre ficam "deitados no chão tremendo". Ela ri. Mander encerra o exercício e as mulheres ajudam suas amigas a levantar-se com sorrisos, e juntas elas entram em formação e desaparecem no mato.

FONTE: cartacapita

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