É preciso ter vocação para tratar de animais deficientes.... eu adoro tratar de velhos, mas, é preciso ter vocação mesmo...
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Acidentes, maus tratos e carência alimentar podem ser alguns dos principais fatores que provocam a deficiência.
A falta da pata, ou da visão, por exemplo, não impedem que animais espalhem alegria e amor por onde passam. Porém, muitas vezes, a deficiência pode dificultar a chance de adoção dos animais, situação que ainda ocorre devido ao preconceito.
Larissa Barbosa não levou esse fator em conta quando adotou o Titan, há um ano e dois meses. O cachorrinho teve que amputar a pata dianteira após ser atropelado por um trem. Para ela, o aspecto físico é irrelevante.
"Eu sempre tive vontade de ter um cachorro especial e quando vi a história dele em uma rede social, eu resolvi adotá-lo. Há cada dia ele me surpreende mais. Tinha a preocupação de como se adaptaria à casa. Mas hoje ele sobe as escadas naturalmente. Corre até mais rápido que os outros dois vira-latas que eu tenho. Parece que a falta de uma pata não faz diferença”, conta.
Assim como Larissa, a protetora Nilza Furrer também adotou cães deficientes, que foram resgatados das ruas. Ela cuida de cinco cachorros em casa, entre eles está o Zinho, que é cego, e Chicão, que é paraplégico e está internato em uma clínica veterinária há quatro meses.
De acordo com ela, a situação demanda mais trabalho, mas os benefícios da convivência são sentidos diariamente. “Não suporto ver o sofrimento deles nas ruas, por isso resgatei. Por mais que é preciso uma alimentação especial, a alegria proporcionada já é uma recompensa”.
A protetora ainda pontua que existem estereótipos a serem quebrados no momento da adoção. “Os cachorros negros e com algum tipo de limitação são deixados de lado. Infelizmente, esta ainda é uma realidade em Montes Claros”, lamenta.
Cuidados
De acordo com o veterinário Raimundo Chaves, animais amputados geralmente não apresentam maiores dificuldades em se adaptar a ausência parcial ou total de membros. Mas ele alerta sobre algumas medidas a serem tomadas em situações específicas.
“Em animais com amputação de mais um membro deve ser observado se ele apresenta alguma alteração comportamental. Além disso, em casos onde não seja possível a locomoção, existe a possibilidade de adaptação do animal em alguns protótipos utilizando rodinhas e em alguns casos até a confecção de próteses”, diz.
Já para aqueles que sofrem de deficiência visual, ele dá dica de como facilitar a adaptação. “Pode se adaptar uma coleira para que seja um tipo de bengala, evitando que o animal se choque com os moveis da casa”, explica.
Confecção de cadeiras e próteses
Uma medida para facilitar a locomoção dos bichinhos está sendo desenvolvida por dois alunos de um curso de engenharia biomédica da cidade, o Wemerson Antunes e o Ivan Oliveira. A iniciativa consiste na confecção de cadeiras de rodas e próteses. Ainda em fase de teste, elas vão ser fabricadas com hastes de alumínio, que poderão ser ajustadas de acordo com o tamanho e altura do animal.
“Nossa motivação é a possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no curso. Assim, podemos ajudar na causa dos animais que muitas vezes são abandonados devido à invalidez provocada por lesões”, diz Ivan Pereira de Oliveira Júnior, que participa do projeto.
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Acidentes, maus tratos e carência alimentar podem ser alguns dos principais fatores que provocam a deficiência.
A falta da pata, ou da visão, por exemplo, não impedem que animais espalhem alegria e amor por onde passam. Porém, muitas vezes, a deficiência pode dificultar a chance de adoção dos animais, situação que ainda ocorre devido ao preconceito.
Larissa Barbosa não levou esse fator em conta quando adotou o Titan, há um ano e dois meses. O cachorrinho teve que amputar a pata dianteira após ser atropelado por um trem. Para ela, o aspecto físico é irrelevante.
"Eu sempre tive vontade de ter um cachorro especial e quando vi a história dele em uma rede social, eu resolvi adotá-lo. Há cada dia ele me surpreende mais. Tinha a preocupação de como se adaptaria à casa. Mas hoje ele sobe as escadas naturalmente. Corre até mais rápido que os outros dois vira-latas que eu tenho. Parece que a falta de uma pata não faz diferença”, conta.
De acordo com ela, a situação demanda mais trabalho, mas os benefícios da convivência são sentidos diariamente. “Não suporto ver o sofrimento deles nas ruas, por isso resgatei. Por mais que é preciso uma alimentação especial, a alegria proporcionada já é uma recompensa”.
A protetora ainda pontua que existem estereótipos a serem quebrados no momento da adoção. “Os cachorros negros e com algum tipo de limitação são deixados de lado. Infelizmente, esta ainda é uma realidade em Montes Claros”, lamenta.
Cuidados
De acordo com o veterinário Raimundo Chaves, animais amputados geralmente não apresentam maiores dificuldades em se adaptar a ausência parcial ou total de membros. Mas ele alerta sobre algumas medidas a serem tomadas em situações específicas.
“Em animais com amputação de mais um membro deve ser observado se ele apresenta alguma alteração comportamental. Além disso, em casos onde não seja possível a locomoção, existe a possibilidade de adaptação do animal em alguns protótipos utilizando rodinhas e em alguns casos até a confecção de próteses”, diz.
Já para aqueles que sofrem de deficiência visual, ele dá dica de como facilitar a adaptação. “Pode se adaptar uma coleira para que seja um tipo de bengala, evitando que o animal se choque com os moveis da casa”, explica.
Confecção de cadeiras e próteses
Uma medida para facilitar a locomoção dos bichinhos está sendo desenvolvida por dois alunos de um curso de engenharia biomédica da cidade, o Wemerson Antunes e o Ivan Oliveira. A iniciativa consiste na confecção de cadeiras de rodas e próteses. Ainda em fase de teste, elas vão ser fabricadas com hastes de alumínio, que poderão ser ajustadas de acordo com o tamanho e altura do animal.
“Nossa motivação é a possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no curso. Assim, podemos ajudar na causa dos animais que muitas vezes são abandonados devido à invalidez provocada por lesões”, diz Ivan Pereira de Oliveira Júnior, que participa do projeto.
FONTE: G1
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