Este recurso é espetacular...... Agora, profissionais dedicados a salvar animais são demais!!!! Axé para toda esta gente incrível....
-------------
Jabuti Dora, de 30 anos, que perdeu 90% da carapaça num incêndio num canavial, ganhou uma prótese sob medida feita numa impressora 3D. Em Pernambuco, profissionais de várias áreas se uniram
Eu falo não é à toa..... Sempre há uma forma de ajudar quando se quer. -------------------- Projeto também imprime em 3D cadeiras de rodas para animais deficientes. Objetivo é dinamizar aulas e dar aos alunos conhecimento prático.
Para muitos alunos, passar horas em uma sala de aula pode ser cansativo. Mas, o professor Yuri Karaccas decidiu deixar as aulas dele mais interessantes utilizando a tecnologia.
Com a ajuda de três alunos da graduação e oito de pós-graduados, Karaccas cria modelos didáticos em 3D de ossos e membros de animais para estimular o aprendizado no curso de medicina veterinária. A novidade faz parte de um programa institucional de bolsas de iniciação científica.
“A ideia surgiu há cinco anos quando eu participei de um congresso e vi que a tecnologia já era utilizada em outras áreas como a engenharia. A partir daí começamos a fazer modelos didáticos aplicados ao ensino de ciências, tanto na área de ensino superior como médio e fundamental”, relata o professor.
O laboratório foi criado há dez anos. O objetivo é tornar real a ideia que está apenas na cabeça dos alunos usando a impressora 3D. As peças aos poucos vão ganhando forma de ossos ou membros de outros animais.
“Quando o aluno mexe com os modelos ele não aprende visualmente ou apenas pela audição, na sala de aula, mas também pela palpação”, afirma Karaccas.
Uma das impressões feita no projeto foi a do crânio de um caprino com todo o formato anatômico do animal. Com essa nova tecnologia menos animais podem ser utilizados em laboratórios de pesquisa e ensino.
“Esse material permite um contato mais prático e um pouco mais antecipado. Na clínica veterinária você se depara com aquele caso sem nunca ter tido acesso e nem saber como ela é a fratura”, destaca o estudante Giovane Oliveira que faz parte do projeto.
Outro estudante que faz parte do projeto desenvolve um modelo anatômico de dentes equinos. O material vai ajudar a compreender melhor a arcada dental do animal. “O aluno pode pegar nas peças, olhar as estruturas”, destaca Kleber dos Anjos. Para o projeto de ensino 3D do professor foi proposto duas patentes e já é uma referência para outros centros acadêmicos.
“No estado de Rondônia eu já ajudei alguns pesquisadores a levar essa tecnologia. Estados do Nordeste, da região do Sudeste do país. Uma das minhas finalidades no meu trabalho é fazer a divulgação disso para que essa tecnologia possa chegar cada vez mais em outros centros de pesquisa e ensino”, destaca. Ajuda para animais deficientes
Entre as impressões 3D feitas pelo grupo está uma cadeira de rodas para animais deficientes. “Essas peças foram produzidas justamente para mostrar que a tecnologia 3D pode ser empregada em diversas áreas, não só na área do ensino mas também na área de prótese”, afirma. O professor explica que estão fazendo a impressão de cadeiras de rodas para animais deficientes conforme a demanda e os casos que vão aparecendo.
“Essa da cadeira de rodas a ideia é pegar animais que tenham deficiência e não consigam apoiar o membro pélvico e a gente possa fornecer isso para que o animal volte a andar. Quando aparece algum caso, não atendemos todas as demandas, mas produzimos na medida do possível para ajudar esses animais”, finaliza.
Que maravilha, né? já falamos sobre isto aqui no blog, mas, já que retornou às manchetes, falamos de novo.... é muito bom saber disto tudo.... jovens pesquisadores brasileiros estão evoluindo junto à tecnologia... --------------
Estudo premiado é baseado no desenvolvimento, na USP, de modelo de pele humana reconstituída para testar toxicidade.
Modelos de pele humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado realizada no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The 2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de animais. A base do trabalho premiado foi o desenvolvimento de um modelo de pele humana reconstruída in vitro para testar toxicidade, realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, com orientação da professora Silvya Stuchi.
Em alguns países onde o teste de cosméticos usando modelos animais ainda é permitido, são usados animais como coelhos e ratos, entretanto, muitos países baniram essa prática em favor do uso de métodos alternativos. “Por exemplo, em 2009 a União Europeia proibiu o uso de animais para testes de cosméticos e em 2013 proibiu a venda de produtos que tenham sido testados em animais”, relata Carolina. Quanto aos testes em animais no Brasil, um projeto de lei esta tramitando no Senado Federal para proibição efetiva do uso de animais para testes de produtos cosméticos e de higiene pessoal. “Uma série de métodos alternativos foram desenvolvidos nos últimos anos, como os modelos de pele humana reconstruída in vitro.
De acordo com a pesquisadora, os testes com animais apresentam inconveniências. “Primeiramente, os animais são fisiologicamente muito diferente dos seres humanos, como por exemplo, a composição e estrutura das camadas da pele e concentração de folículos capilares”, aponta. “Essas e outras diferenças podem gerar resultados que não são reproduzidos em humanos posteriormente ou até mesmo não antecipar possíveis efeitos adversos”.
Os modelos de pele disponíveis atualmente para testes são fisiologicamente semelhantes a pele humana e foram validados para parâmetros específicos tais como irritação e corrosão, observa Carolina. “No entanto, a maioria destes modelos contém no máximo um ou dois tipos de células dentre os mais de 15 tipos presentes na pele humana e não apresentam vasculatura e apêndices (folículo capilar, glândulas sudorípara e sebácea)”, ressalta. “A falta destes componentes e dos diferentes níveis de complexidade deixa espaço para desenvolvimento de modelos mais completos e que sejam fisiologicamente mais relevantes”.
Impressão
A pesquisadora trabalhou com células humanas extraídas a partir de amostras de pele provenientes de cirurgias plásticas ou postectomia (cirurgia para remoção do prepúcio). “Em geral são usadas amostras de prepúcio de cirurgias realizadas em recém-nascidos. Essas células apresentam um melhor potencial para expansão e diferenciação em comparação com células isoladas de amostras de pele de adultos. Após isolar as células, elas são expandidas in vitro, de modo a gerar quantidade suficiente de células para reconstruir a pele”, explica. Para a impressão da pele o primeiro passo é preparar as diferentes bio-inks (tintas biológicas). “Essas tintas são compostas por uma mistura de proteínas presentes na pele humana, tais como o colágeno tipo I, e as células de pele previamente isoladas, como fibroblastos, queratinócitos e melanócitos”.
Os cartuchos de bio-ink são estão colocados na impressora e o processo de impressão é iniciado e controlado por um software. “Depois de impressas, as amostras de pele são mantidas numa incubadora de 12 a 21 dias para a diferenciação das camadas da pele”, descreve Carolina. “Após esse período, a pele apresenta estrutura semelhante a pele humana e que pode ser usada, por exemplo, para avaliar potencial irritante ou corrosivo, entre outros, de substancias aplicadas topicamente”.
A pesquisadora começou a pesquisar modelos de pele in vitro durante o curso de graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), quando participou do Brafitec, programa de intercambio acadêmico para alunos de Engenharia entra o Brasil e a França. Ela estudou seis meses na Université de Technologie de Compiègne e depois fez estágio de seis meses na empresa L’Óreal, em Paris. “O trabalho na empresa era usar modelos de pele reconstruída para testar uma série de compostos. Esse foi o primeiro contato com o conceito de métodos alternativos aos testes em animais”, conta.
Veja a impressora em funcionamento no vídeo abaixo:
Após retornar ao Brasil e se formar na UFPR, Carolina iniciou o mestrado no Laboratório de Biologia da Pele da FCF, orientada pela professora Silvya Stuchi, onde desenvolveu um modelo de epiderme humana reconstruída in vitro para ser usado como plataforma para screening (teste de rastreamento) toxicológico de substâncias. Depois do mestrado, a pesquisadora mudou-se para os Estados Unidos, para realizar doutorado no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, no Estado de Nova York, com bolsa integral do programa Ciência sem Fronteiras. “Apesar de todas as etapas anteriores da minha carreira terem sido fundamentais para o meu crescimento como cientista, o projeto desenvolvido nos Estados Unidos, no laboratório do professor Pankaj Karande, rendeu a premiação pela Lush”, destaca.
Temos que exaltar sempre o trabalho de pesquisadores que tiram os animais dos laboratórios.... Quando este segmento será dominado por pessoas inteligentes como a Carolina? Deus queira não demore.... -----------
Ex-aluna da UFPR ganha prêmio por pesquisa pioneira em impressão 3D de modelos de pele de animais
A aluna egressa do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Universidade Federal do Paraná, Carolina Motter Catarino, foi uma das 19 vencedoras da premiação “Lush Prize”. O prêmio tem como principal objetivo apoiar e recompensar grupos ou indivíduos que trabalham no campo de pesquisa científica e conscientização em prol do fim de testes em animais.A pesquisa de Carolina trabalha com a substituição de componentes de origem animal usados durante o processo de fabricação da pele com o aumento da complexidade do modelo para diversificação de materiais, células e estruturas. Para isso, o grupo de pesquisa em que atua, na Rensselaer Polytechnic Institute nos Estados Unidos, desenvolveu modelos de pele usando impressão 3D.
“Um dos focos do meu projeto é o uso de impressão 3D para incorporação de estruturas complexas na pele, mais especificamente inclusão do folículo capilar. Atualmente não há nenhum modelo de pele com folículo capilar disponível comercialmente e nenhuma publicação sobre modelos de pele impressos contendo tal estrutura”, explica Carolina. A pesquisa que o grupo desenvolve é pioneira tanto na área de bioimpressão 3D, quanto na área de desenvolvimento de modelos de pele.
O fascínio da engenheira por sua área de pesquisa nasceu nos primeiros anos de estudo na graduação, durante a qual ela teve a oportunidade de realizar o seu estágio obrigatório na França, por meio do intercâmbio BRAFITEC – da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) -, em 2011. “Foi durante o estágio que tive a oportunidade de trabalhar com os modelos de pele humana in vitro como plataformas para testes de substâncias. Os poucos meses foram suficientes para que eu me apaixonasse por essa linha de pesquisa e para que eu definisse os primeiros passos na minha carreira como cientista”, relata.
De acordo com a pesquisadora, a experiência de ensino pela UFPR foi fundamental para o seu desempenho. “A formação multidisciplinar ofertada pelo curso tem contribuído de maneira fundamental para a forma como conduzo meus projetos”.
Para o futuro, a egressa espera que a pesquisa seja uma contribuição no desenvolvimento de mais estudos sobre o tema, especialmente no Departamento de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. “Como ex-aluna da universidade, acredito que meu sucesso é também o sucesso de todos que fizeram parte da minha trajetória, em especial da UFPR e dos meus professores”, garante.
Lush Prize
O prêmio, oferecido pela parceria entre a Lush – uma fabricante e revendedora de cosméticos artesanais – e a Ethical Consumer Research Association – cooperativa de pesquisa e consultoria sem fins lucrativos especializada em pesquisa de bem-estar animal, é uma iniciativa que tem como objetivo antecipar o dia em que os testes de segurança aconteçam sem o uso de animais.
Segundo pesquisa realizada pela organização não governamental Cruelty Free International, cerca de 115 milhões de animais são utilizados em testes de laboratório no mundo todos os anos. Os vencedores desta edição foram agraciados com uma quantia equivalente a um milhão e meio de reais divididos entre si.