Tetraz-cauda-de-faisão, que teve redução de população, é considerado entrave pela indústria
A administração Trump, nesta quinta (6), afirmou que planeja abrir nove milhões de acres para perfurações de petróleo. As regiões coincidem com o habitat da ave tetraz-cauda-de-faisão, que perderia proteção. O animal, há tempos, é considerado pela indústria como um
obstáculo a alguns dos territórios mais ricos em depósitos no oeste dos EUA.
De uma só vez, a ação pode abrir mais territórios para perfurações do que qualquer outra atitude que a administração tomou até o momento, segundo especialistas.
O anúncio gerou críticas por parte de ambientalistas e apoio por parte de representantes do setor industrial e de energia.
“São milhões e milhões de acres de terra que se estendem pela espinha dessa nação”, diz Bobby McEnaney, especialista em uso de terra pela organização Natural Resources Defense Council (conselho de defesa dos recursos naturais, em tradução livre). “Com essa ação, a administração está dizendo que essa área não tem importância, que essa espécie não tem importância. Petróleo e gás importam.”
Kathleen Sgamma, presidente Western Energy Alliance (aliança ocidental de energia, em tradução livre), associação de empresas independente de Denver que exploram petróleo e gás, diz em um email que “esses planos vão conservar o tetraz-cauda-de-faisão sem frear, inutilmente, a atividade econômica”.
O plano mais recente faz parte de uma série que pretende promover mais perfurações para petróleo e gás em terras públicas.
Em dezembro do ano passado, o presidente americano Donald Trump assinou uma lei que abriu o Refúgio Nacional Ártico da Fauna e Flora para exploração de petróleo e gás. A partir de então, o governo se moveu com velocidade sem precedentes para permitir o início da exploração. Em janeiro, o Departamento do Interior, propôs abrir quase toda a costa americana para exploração petroleira.
O processo pode ser difícil de ser revertido quando as perfurações começarem, diz Patrick Parenteau, professor de direito ambiental na Faculdade de direito de Vermont, nos EUA. “É um passo importante. É praticamente irreversível quando você destina essas terras para uso industrial.”
O tetraz-cauda-de-faisão (Centrocercus urophasianus), que segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) está quase ameaçado de extinção, habita dez estados ricos em petróleo do oeste americano. A espécie, que tem uma curiosa dança de acasalamento, sofreu uma redução drástica nas últimas décadas.
Ao reduzir as áreas de proteção, Trump atende a uma demanda antiga de empresas de petróleo.
Durante a gestão Barack Obama, as perfurações por petróleo no habitat das aves foram banidas ou limitadas severamente. Nos casos de permissão, as perfurações não poderiam ocorrer, por exemplo, em épocas de acasalamento.
Além disso, o plano de Obama limitou a construção de infraestruturas de perfuração, como dutos e estradas no habitat dos animais. As empresas que atuassem nas áreas restritas também deveriam doar dinheiro para um fundo de preservação e proteção do ecossistema.
O novo plano de Trump, que deve ser finalizado no próximo ano, limitaria as áreas de grande proteção e eliminaria a necessidade das companhias pagarem para o fundo de preservação —mas elas poderiam fazer isso voluntariamente.
A administração Trump, nesta quinta (6), afirmou que planeja abrir nove milhões de acres para perfurações de petróleo. As regiões coincidem com o habitat da ave tetraz-cauda-de-faisão, que perderia proteção. O animal, há tempos, é considerado pela indústria como um
obstáculo a alguns dos territórios mais ricos em depósitos no oeste dos EUA.
De uma só vez, a ação pode abrir mais territórios para perfurações do que qualquer outra atitude que a administração tomou até o momento, segundo especialistas.
O anúncio gerou críticas por parte de ambientalistas e apoio por parte de representantes do setor industrial e de energia.
“São milhões e milhões de acres de terra que se estendem pela espinha dessa nação”, diz Bobby McEnaney, especialista em uso de terra pela organização Natural Resources Defense Council (conselho de defesa dos recursos naturais, em tradução livre). “Com essa ação, a administração está dizendo que essa área não tem importância, que essa espécie não tem importância. Petróleo e gás importam.”
Kathleen Sgamma, presidente Western Energy Alliance (aliança ocidental de energia, em tradução livre), associação de empresas independente de Denver que exploram petróleo e gás, diz em um email que “esses planos vão conservar o tetraz-cauda-de-faisão sem frear, inutilmente, a atividade econômica”.
O plano mais recente faz parte de uma série que pretende promover mais perfurações para petróleo e gás em terras públicas.
Em dezembro do ano passado, o presidente americano Donald Trump assinou uma lei que abriu o Refúgio Nacional Ártico da Fauna e Flora para exploração de petróleo e gás. A partir de então, o governo se moveu com velocidade sem precedentes para permitir o início da exploração. Em janeiro, o Departamento do Interior, propôs abrir quase toda a costa americana para exploração petroleira.
O processo pode ser difícil de ser revertido quando as perfurações começarem, diz Patrick Parenteau, professor de direito ambiental na Faculdade de direito de Vermont, nos EUA. “É um passo importante. É praticamente irreversível quando você destina essas terras para uso industrial.”
O tetraz-cauda-de-faisão (Centrocercus urophasianus), que segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) está quase ameaçado de extinção, habita dez estados ricos em petróleo do oeste americano. A espécie, que tem uma curiosa dança de acasalamento, sofreu uma redução drástica nas últimas décadas.
Ao reduzir as áreas de proteção, Trump atende a uma demanda antiga de empresas de petróleo.
Durante a gestão Barack Obama, as perfurações por petróleo no habitat das aves foram banidas ou limitadas severamente. Nos casos de permissão, as perfurações não poderiam ocorrer, por exemplo, em épocas de acasalamento.
Além disso, o plano de Obama limitou a construção de infraestruturas de perfuração, como dutos e estradas no habitat dos animais. As empresas que atuassem nas áreas restritas também deveriam doar dinheiro para um fundo de preservação e proteção do ecossistema.
O novo plano de Trump, que deve ser finalizado no próximo ano, limitaria as áreas de grande proteção e eliminaria a necessidade das companhias pagarem para o fundo de preservação —mas elas poderiam fazer isso voluntariamente.
FONTE: folha.uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário