RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

11/22/2018

Alagoas enfrenta uma das piores secas dos últimos anos, diz Semarh

Todos os rios que cortam o Agreste e Sertão do estado estão sem água.

Pelo menos 20 rios, no Agreste e Sertão de Alagoas, estão secos. São rios temporários que dependem da chuva pra se manter, mas o volume registrado, está bem abaixo do esperado. A informação foi passada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).



Um deles é o Rio Traipu, em Jaramataia. Onde antes havia água em abundância, hoje ele se confunde com a paisagem do Sertão. É Possível ver as pedras, antes cobertas pela correnteza, e uma estrada que atravessa o rio de uma margem a outra.

"A gente se sente bem abatido, triste, porque muita gente dependendo dele aí a gente se sente bem triste mesmo", lamentou o agricultor Evanci Fernandes Lima.

A água do rio era usada para matar a sede dos animais e para irrigar plantações. "O sofrimento é muito grande. Já se perdeu 50% do que a gente trabalhou durante esses anos", observou a agricultora Mércia de Oliveira.

Em Dois Riachos, o rio que dá nome ao município, virou um campo improvisado de futebol.

"Aqui pra nós de água é muito ruim. Ele cheio, nós tem água pra dar os animais, água pra nós tomar banho, lavar roupa,fazer muitas coisas. Ele seco, a situação é muito ruim pela água aqui", comentou o estudante Davi da Silva Gomes.

O Rio Paraíba do Meio nasce em Pernambuco e segue até o interior de Alagoas. A última vez que esteve cheio foi há 8 anos. Com muitas nascentes, ele deveria ter água o ano todo, mas por causa da estiagem não consegue mais se manter abastecido.

"Ele sempre teve água, era considerado um rio perene. Quanto menor e menos intensa for a chuva, menos água eles vão ter", comentou o oceanógrafo Paulo Petter.

A situação também afeta o Rio São Francisco, que deixa de receber água desses rios. Atualmente, ele está com a menor vazão já registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA), de 550 m³/s.

“Para que essa disponibilidade de água volte às condições normais, precisa-se ou, pelo menos, de dois ou três anos consecutivos de chuva”, explicou o meteorologista da Ufal, Humberto Barbosa.

FONTE: correiodopovo-al

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DESTAQUE


Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪