Um grupo de cientistas internacionais analisou centenas de fósseis de animais encontrados no território da Irlanda e chegou à conclusão que os ciclos biogeoquímicos no solo foram interrompidos ainda na Idade do Bronze, cerca de três mil anos atrás.
O excesso de isótopos de azoto 15N nos ossos
indica para a intervenção humana nos ecossistemas naturais. No fim da Idade do Bronze Média a percentagem desta substância no solo aumentou significativamente e nunca mais alcançou os indicadores iniciais.
Na natureza, o azoto se acumula no solo e depois é eliminado constantemente, permitindo preservar o balanço. Porém, os lavradores antigos prejudicaram o equilíbrio desmatando a floresta, cultivando plantas e criando gado. Segundo os autores do estudo, o mesmo aconteceu em outras regiões do mundo e os humanos começaram a alterar a natureza mais cedo do que se acreditava.
Desmatamento praticado pelos maias
Foi o colapso dos ciclos biogeoquímicos e, em consequência, a degradação do solo, que contribuíram para o desparecimento da civilização maia, acreditam cientistas americanos e canadenses. A análise de amostras de sedimentos no fundo de três lagos das terras baixas maias no sul do México mostrou que à medida que as povoações maias se transformavam em cidades, aumentava o desmatamento de selva para terras de lavoura e posterior degradação do solo.
Especialistas acreditam que o solo onde os maias cultivavam milho e outras culturas não conseguia se recuperar, por isso os índios tinham que desmatar cada vez mais territórios.
O solo sem selva se destruía e perdia elementos minerais levados pela água. Estes processos irreparáveis deixaram o solo dos maias infértil, o que causou a fome e instabilidade política.
Estátuas de pedra em vez de animais
O mesmo destino tiveram os habitantes da ilha de Páscoa: o desmatamento em massa originou a erosão do solo causada pelo vento e chuvas. Como consequência, desapareceram plantas comestíveis, diminuiu a safra de grãos. As aves terrestres desapareceram por completo, a variedade de aves marinhas se reduziu quase em três vezes. A falta de recursos, por sua vez, resultou em guerras entre tribos, desigualdade social crescente, aparecimento das famosas estátuas de pedra moais e extinção em massa dos habitantes.
A análise do solo e dos fundamentos de edifícios que restaram na ilha mostrou que, quando habitada, a ilha não era um deserto, mas tinha floresta tropical. Os ilhéus teriam começado a desmatar a selva aproximadamente em ano 900 d.C.
O biólogo evolucionista, Jared Diamond, sublinha que os ilhéus não tinham inimigos externos, pois estavam isolados sem contatar quase com ninguém. Também não há nenhuns sinais de mudanças climáticas nesse período. Em outras palavras, o desaparecimento da cultura moai é uma catástrofe ecológica pura provocado pelos próprios ilhéus.
Destruição da ilha verde
O mesmo erro dos maias e da população da ilha de Páscoa foi cometido pelos vikings que se instalaram na Groenlândia no século X. Durante muito tempo se acreditava que os descendentes de Érico, o Vermelho, abandonaram a ilha devido ao aquecimento do clima.
Porém, pesquisadores americanos analisaram em 2015 o geleiro groenlandês e descobriram que nos séculos X-XIII não houve nenhum aquecimento nesta área. No século X a temperatura era a mesma que no século XIV, quando os últimos vikings deixaram a ilha.
Segundo Jared Diamond, os vikings tiveram má sorte na Groenlândia por várias razões, mas, em primeiro lugar, isso aconteceu por causa do comportamento consumista dos recursos naturais: eles queimavam mata para criar pastagens para o gado, cortaram a camada superficial do solo com fim de construir e aquecer suas casas. Deixado sem plantas, o solo foi se destruindo. A população escandinava da Groenlândia acabou desaparecendo por completo — milhares morreram em guerras e de fome, muitos outros saíram da ilha.
No entanto, os problemas ecológicos acima descritos representam ameaças apenas para civilizações que não querem se adaptar à mudança das condições. Ao contrário dos vikings, os inuítes, que habitaram a Groenlândia ao mesmo tempo, construíam casas de neve e gelo, para se aquecerem usavam gordura subcutânea de focas e comiam principalmente peixe e animais marinhos.
Outro exemplo é o caso dos antigos egípcios que, segundo alguns especialistas, causaram a extinção dos animais silvestres no vale do Nilo. Mas os egípcios conseguiram se adaptar, aumentando a percentagem dos grãos na alimentação.
O excesso de isótopos de azoto 15N nos ossos
indica para a intervenção humana nos ecossistemas naturais. No fim da Idade do Bronze Média a percentagem desta substância no solo aumentou significativamente e nunca mais alcançou os indicadores iniciais.
Na natureza, o azoto se acumula no solo e depois é eliminado constantemente, permitindo preservar o balanço. Porém, os lavradores antigos prejudicaram o equilíbrio desmatando a floresta, cultivando plantas e criando gado. Segundo os autores do estudo, o mesmo aconteceu em outras regiões do mundo e os humanos começaram a alterar a natureza mais cedo do que se acreditava.
Desmatamento praticado pelos maias
Foi o colapso dos ciclos biogeoquímicos e, em consequência, a degradação do solo, que contribuíram para o desparecimento da civilização maia, acreditam cientistas americanos e canadenses. A análise de amostras de sedimentos no fundo de três lagos das terras baixas maias no sul do México mostrou que à medida que as povoações maias se transformavam em cidades, aumentava o desmatamento de selva para terras de lavoura e posterior degradação do solo.
Especialistas acreditam que o solo onde os maias cultivavam milho e outras culturas não conseguia se recuperar, por isso os índios tinham que desmatar cada vez mais territórios.
O solo sem selva se destruía e perdia elementos minerais levados pela água. Estes processos irreparáveis deixaram o solo dos maias infértil, o que causou a fome e instabilidade política.
Estátuas de pedra em vez de animais
O mesmo destino tiveram os habitantes da ilha de Páscoa: o desmatamento em massa originou a erosão do solo causada pelo vento e chuvas. Como consequência, desapareceram plantas comestíveis, diminuiu a safra de grãos. As aves terrestres desapareceram por completo, a variedade de aves marinhas se reduziu quase em três vezes. A falta de recursos, por sua vez, resultou em guerras entre tribos, desigualdade social crescente, aparecimento das famosas estátuas de pedra moais e extinção em massa dos habitantes.
A análise do solo e dos fundamentos de edifícios que restaram na ilha mostrou que, quando habitada, a ilha não era um deserto, mas tinha floresta tropical. Os ilhéus teriam começado a desmatar a selva aproximadamente em ano 900 d.C.
O biólogo evolucionista, Jared Diamond, sublinha que os ilhéus não tinham inimigos externos, pois estavam isolados sem contatar quase com ninguém. Também não há nenhuns sinais de mudanças climáticas nesse período. Em outras palavras, o desaparecimento da cultura moai é uma catástrofe ecológica pura provocado pelos próprios ilhéus.
Destruição da ilha verde
O mesmo erro dos maias e da população da ilha de Páscoa foi cometido pelos vikings que se instalaram na Groenlândia no século X. Durante muito tempo se acreditava que os descendentes de Érico, o Vermelho, abandonaram a ilha devido ao aquecimento do clima.
Porém, pesquisadores americanos analisaram em 2015 o geleiro groenlandês e descobriram que nos séculos X-XIII não houve nenhum aquecimento nesta área. No século X a temperatura era a mesma que no século XIV, quando os últimos vikings deixaram a ilha.
Segundo Jared Diamond, os vikings tiveram má sorte na Groenlândia por várias razões, mas, em primeiro lugar, isso aconteceu por causa do comportamento consumista dos recursos naturais: eles queimavam mata para criar pastagens para o gado, cortaram a camada superficial do solo com fim de construir e aquecer suas casas. Deixado sem plantas, o solo foi se destruindo. A população escandinava da Groenlândia acabou desaparecendo por completo — milhares morreram em guerras e de fome, muitos outros saíram da ilha.
No entanto, os problemas ecológicos acima descritos representam ameaças apenas para civilizações que não querem se adaptar à mudança das condições. Ao contrário dos vikings, os inuítes, que habitaram a Groenlândia ao mesmo tempo, construíam casas de neve e gelo, para se aquecerem usavam gordura subcutânea de focas e comiam principalmente peixe e animais marinhos.
Outro exemplo é o caso dos antigos egípcios que, segundo alguns especialistas, causaram a extinção dos animais silvestres no vale do Nilo. Mas os egípcios conseguiram se adaptar, aumentando a percentagem dos grãos na alimentação.
FONTE: jb
O ser humano é sempre o responsável pela própria destruição. Pena que, gente ruim, sempre sobrevive, o que me faz ter a impressão de que não se trata da lei do mais forte e sim, do mais fdp.
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