Bem, tomara que funcione mesmo pra todos os nossos bichos....
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Dar preparados da planta ao gato ou ao cão para acalmar ou reduzir a dor é o novo normal nos Estados Unidos e noutros países, mas fará sentido? E por cá?
Em noites festa e fogo de artifício. Durante uma viagem mais longa. Nas crises de dor associadas à osteoartrite. Estas são algumas das situações em que
os animais de estimação podem ficar gratos se os donos os brindarem com biscoitos que tenham canabidiol (CBD) na sua composição.
Este derivado da canábis não tem efeitos psicoativos induzidos pelo tetrahidrocanabinol (THC) e, em estados americanos como o de Oregon, pioneiro a descriminalizar a posse de pequenas quantidades da planta e dos primeiros a autorizar o seu uso para fins medicinais, parece ser uma das soluções procuradas por quem tem animais de companhia, conforme noticiou o The Guardian. A ideia é acalmar os bichos ou minimizar sintomas de mal-estar, que tendem a ser mais frequentes em ambiente urbano, saturado de estímulos com potencial estressante, para humanos e animais domésticos.
Se isto é discutível ou não chega a ser uma questão, depende da perspetiva. Nos Estados Unidos, o CBD está classificado pela Agência Norte-americana Contra o Narcotráfico (Drug Enforcement Administration) no grupo das substâncias ilegais como a heroína. Porém, na prática, assiste-se à emergência de uma indústria florescente, tanto ao nível do uso, recreativo nuns casos e medicinal noutros, da canábis.
Humanos vs Quatro Patas
Os resultados de ensaios clínicos feitos em humanos permitiram demonstrar que o CBD interage com o sistema endocanabinóide dos mamíferos e tem efeito terapêutico casos de estresse pós-traumático, dor crônica, epilepsia e dor crônica. Em Portugal, o uso terapêutico dos preparados da planta é permitido para uso humano desde junho e, apesar de não ter sido solicitado no meio médico, já era possível e legal usar um fármaco com canabinóides aprovado pelo Infarmed, há seis anos, para aliviar sintomas de rigidez muscular em pessoas com esclerose múltipla. Ainda falta regulamentar a lei que passou no Parlamento, sendo provável que até chegar ao consumo ou toma em animais domésticos ainda seja um caminho por fazer.
Além fronteiras, o tema está longe de ser pacífico. A escola veterinária da universidade de Colorado, nos Estados Unidos, estudou os efeitos de longo prazo do uso desta substância em cães e anunciou que os resultados se revelaram promissores na redução, em 89%, das crises de epilepsia, sendo a fase seguinte avaliar o impacto do CBD em caninos com osteoartrite. O problema coloca-se quando automedicam aos animais de companhia, sem quaisquer orientações para a dosagem, o que pode ser perigosos para estes e, por vezes, fatal, mais concretamente quando envolve THC, o derivado da planta que leva ao estado vulgarmente designado “pedrada”.
Esperar para ver
Uma sondagem publicada no Journal of the American Holistic Veterinary Medical Association, citado no PetMD, permitiu saber que, numa amostra de 632 pessoas, 72% afirmaram administrar produtos com derivados da canábis na sua composição ao seu fiel amigo (104 experimentaram dar ao felino) e 64% admitiram ter valido a pena. Isto preocupa as autoridades veterinárias, especialmente onde o consumo destes produtos são vendidos como suplemento alimentar, à semelhança do que também sucede em Portugal com as gotas de canabidiol.
Dada a escassez de estudos em felinos e caninos, de fármacos com derivados da planta, também não existem orientações das associações profissionais de medicina veterinária para o efeito. Tal não significa que não haja clínicos a defender o seu uso em casos de sofrimento animal e estados terminais, que têm merecido o aval de organizações internacionais, como a PETA. O médico veterinário e investigador Gonçalo da Graça Pereira acredita que “mais dia menos dia, o uso terapêutico da canábis será extensível aos animais de companhia”. O fundador e diretor científico do Centro para o Conhecimento Animal acrescenta que, ainda durante esta semana, um dos seus clientes lhe mencionou o assunto. “Assim que houver evidência científica para uso veterinário, é possível que venha a ser legal administrar estes fármacos “para aliviar sintomas em casos de dor e de ansiedade crônica, por exemplo.”
Até lá, o mais sensato é fazer o que estiver ao alcance de cada um para proteger os companheiros de quatro patas (bom, podem ter duas patas e um par de asas...) da exposição a situações e fatores ambientais potencialmente estressantes, ou informar-se de soluções já existentes para casos de dor e sintomas ansiosos destes “membros da família”, não humanos.
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Dar preparados da planta ao gato ou ao cão para acalmar ou reduzir a dor é o novo normal nos Estados Unidos e noutros países, mas fará sentido? E por cá?
Em noites festa e fogo de artifício. Durante uma viagem mais longa. Nas crises de dor associadas à osteoartrite. Estas são algumas das situações em que
os animais de estimação podem ficar gratos se os donos os brindarem com biscoitos que tenham canabidiol (CBD) na sua composição.
Este derivado da canábis não tem efeitos psicoativos induzidos pelo tetrahidrocanabinol (THC) e, em estados americanos como o de Oregon, pioneiro a descriminalizar a posse de pequenas quantidades da planta e dos primeiros a autorizar o seu uso para fins medicinais, parece ser uma das soluções procuradas por quem tem animais de companhia, conforme noticiou o The Guardian. A ideia é acalmar os bichos ou minimizar sintomas de mal-estar, que tendem a ser mais frequentes em ambiente urbano, saturado de estímulos com potencial estressante, para humanos e animais domésticos.
Se isto é discutível ou não chega a ser uma questão, depende da perspetiva. Nos Estados Unidos, o CBD está classificado pela Agência Norte-americana Contra o Narcotráfico (Drug Enforcement Administration) no grupo das substâncias ilegais como a heroína. Porém, na prática, assiste-se à emergência de uma indústria florescente, tanto ao nível do uso, recreativo nuns casos e medicinal noutros, da canábis.
Humanos vs Quatro Patas
Os resultados de ensaios clínicos feitos em humanos permitiram demonstrar que o CBD interage com o sistema endocanabinóide dos mamíferos e tem efeito terapêutico casos de estresse pós-traumático, dor crônica, epilepsia e dor crônica. Em Portugal, o uso terapêutico dos preparados da planta é permitido para uso humano desde junho e, apesar de não ter sido solicitado no meio médico, já era possível e legal usar um fármaco com canabinóides aprovado pelo Infarmed, há seis anos, para aliviar sintomas de rigidez muscular em pessoas com esclerose múltipla. Ainda falta regulamentar a lei que passou no Parlamento, sendo provável que até chegar ao consumo ou toma em animais domésticos ainda seja um caminho por fazer.
Além fronteiras, o tema está longe de ser pacífico. A escola veterinária da universidade de Colorado, nos Estados Unidos, estudou os efeitos de longo prazo do uso desta substância em cães e anunciou que os resultados se revelaram promissores na redução, em 89%, das crises de epilepsia, sendo a fase seguinte avaliar o impacto do CBD em caninos com osteoartrite. O problema coloca-se quando automedicam aos animais de companhia, sem quaisquer orientações para a dosagem, o que pode ser perigosos para estes e, por vezes, fatal, mais concretamente quando envolve THC, o derivado da planta que leva ao estado vulgarmente designado “pedrada”.
Esperar para ver
Uma sondagem publicada no Journal of the American Holistic Veterinary Medical Association, citado no PetMD, permitiu saber que, numa amostra de 632 pessoas, 72% afirmaram administrar produtos com derivados da canábis na sua composição ao seu fiel amigo (104 experimentaram dar ao felino) e 64% admitiram ter valido a pena. Isto preocupa as autoridades veterinárias, especialmente onde o consumo destes produtos são vendidos como suplemento alimentar, à semelhança do que também sucede em Portugal com as gotas de canabidiol.
Dada a escassez de estudos em felinos e caninos, de fármacos com derivados da planta, também não existem orientações das associações profissionais de medicina veterinária para o efeito. Tal não significa que não haja clínicos a defender o seu uso em casos de sofrimento animal e estados terminais, que têm merecido o aval de organizações internacionais, como a PETA. O médico veterinário e investigador Gonçalo da Graça Pereira acredita que “mais dia menos dia, o uso terapêutico da canábis será extensível aos animais de companhia”. O fundador e diretor científico do Centro para o Conhecimento Animal acrescenta que, ainda durante esta semana, um dos seus clientes lhe mencionou o assunto. “Assim que houver evidência científica para uso veterinário, é possível que venha a ser legal administrar estes fármacos “para aliviar sintomas em casos de dor e de ansiedade crônica, por exemplo.”
Até lá, o mais sensato é fazer o que estiver ao alcance de cada um para proteger os companheiros de quatro patas (bom, podem ter duas patas e um par de asas...) da exposição a situações e fatores ambientais potencialmente estressantes, ou informar-se de soluções já existentes para casos de dor e sintomas ansiosos destes “membros da família”, não humanos.
FONTE: sapo.pt
Que esse povo ignorante coloque o preconceito de lado e libere o canabidiol como medicamento. Grandes farmacêuticas não se preocupam se a droga vai ou não prejudicar os animais, já que fazem testes com eles.
ResponderExcluirA única coisa que desejo, é que liberem logo essa droga para tentar dar uma vida mais tranquila à minha Pepa que tem ataques epiléticos brutais e assustadores.
É muita hipocrisia o governo impedir a liberação da entrada desse medicamento tão importante, enquanto fecha os olhos para a cracolândia que está cada dia maior.