No Dia Internacional do Animal de Laboratório, o Notícias ao Minuto falou com Nuno Alvim, presidente da Associação de Vegetarianos de Portugal para conhecer a realidade no país acerca de práticas amigas dos animais que não se cinjam à alimentação.
A exploração animal é uma realidade bastante presente no nosso quotidiano, que por vezes é praticada por desconhecimento. É no sentido de alertar para esta realidade que a Associação de Vegetarianos de Portugal (AVP) trabalha diariamente.
“Além da alimentação, promovemos o veganismo enquanto estilo de vida, que cobre também a área do vestuário e calçado, o boicote a espetáculos que utilizam animais, a farmacêutica e cosmética e, em geral, o boicote de produtos ou serviços em que exista exploração animal para fins económicos”, começa por explicar Nuno Alvim, presidente desta associação, ao Lifestyle ao Minuto.
Ainda que a associação admita focar-se mais na alimentação, “por representar mais de 99% da exploração animal”, não o responsável não descarta a possibilidade de desenvolver campanhas referentes à cosmética testada em animais.
Uma marca que se queira assumir como 'cruelty free' não vê obstáculos legais
Sobre esta realidade, Nuno Alvim tem uma opinião positiva acerca da alteração de medidas que tenham em vista os direitos dos animais já que, uma marca que se queira assumir como 'cruelty free' não vê obstáculos legais, “até porque os testes de cosméticos em animais estão proibidos na Europa. "Por isso, o trabalho passa por uma “maior pesquisa e cuidado na escolha dos ingredientes e seus fornecedores” um aspeto que está também cada vez mais facilitado já que “a oferta no mercado é cada vez maior”.
Também por parte do consumidor – que já encontra opções vegan e 'cruelty free' a preços acessíveis – deve haver este cuidado e pesquisa antes de adquirir certo produto. Contudo, explica Nuno Alvim que “quem tem preocupações com o bem-estar animal pode, por vezes, ter dificuldade em identificar um produto como 'cruelty free', porque a rotulagem nem sempre é clara e de fácil interpretação”. Este é pois um dos argumentos que desencorajam a procura por estes produtos.
Os animais são usados não só em testes científicos para fins medicinais, mas também na área da farmacêutica, assim como na da investigação
A par desta difícil identificação, a pouca procura por produtos que não testem em animais surge também, segundo a AVP, do desconhecimento da realidade dos testes em animais, “outros, não conseguem sentir empatia pelos animais alvo de testes laboratoriais ou que são usados para a produção de ingredientes”.
Apesar destes pequenos impasses, as medidas para que mais pessoas optem por produtos livres de testes em animais estão a ser tomadas, não só na área da cosmética e beleza mas outras. “Os animais são usados não só em testes científicos para fins medicinais, mas também na área da farmacêutica, assim como na da investigação”.
Sobre estes casos, a AVP admite ter noção de que esta é uma prática comum a instituições e academias como o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e aponta que a solução poderá passar por uma mudança de atitude por parte dos alunos que aleguem “objeção de consciência prevista na Constituição Portuguesa e assim recusar participar em práticas que envolvam testar em animais”. Tal medida é pois aconselhada e possível, sendo que existe atualmente procura e investimento para métodos alternativos à experimentação animal, uma procura que se justifica principalmente “pela baixa fiabilidade que trazem os testes em animais”, aponta Nuno Alvim.
Os alunos podem alegar objeção de consciência prevista na Constituição Portuguesa e assim recusar participar em práticas que envolvam testar em animais
Os factos apresentados pela associação mostram um cenário alternativo ao uso de animais de laboratório que passa por órgãos humanos artificiais, estudos epidemiológicos, modelos matemáticos e computacionais de previsão, por exemplo. Tais opções são, no entanto, pouco exploradas pela “pressão que a indústria de produção de animais para laboratórios exerce para que esta atividade prospere, permitindo a continuidade também do seu negócio.
Ainda assim, e como referido anteriormente, as previsões acerca desta realidade são positivas e tendem a assemelhar-se aos dados relativos à prática de uma alimentação vegetariana que aumentou 400% nos últimos dez anos.
“Sabemos, com base no Eurobarómetro de 2015, que cerca de 59% dos consumidores europeus estão dispostos a pagar mais por um produto que não tenha sido testado em animais ou que tenha em consideração o bem-estar animal. A nível europeu, é o único indicador de que dispomos” avança a AVP, que promete estar atenta às medidas alternativas e constante tentativa de se apoiar todos os que têm preocupações com o bem-estar animal.
A exploração animal é uma realidade bastante presente no nosso quotidiano, que por vezes é praticada por desconhecimento. É no sentido de alertar para esta realidade que a Associação de Vegetarianos de Portugal (AVP) trabalha diariamente.
“Além da alimentação, promovemos o veganismo enquanto estilo de vida, que cobre também a área do vestuário e calçado, o boicote a espetáculos que utilizam animais, a farmacêutica e cosmética e, em geral, o boicote de produtos ou serviços em que exista exploração animal para fins económicos”, começa por explicar Nuno Alvim, presidente desta associação, ao Lifestyle ao Minuto.
Ainda que a associação admita focar-se mais na alimentação, “por representar mais de 99% da exploração animal”, não o responsável não descarta a possibilidade de desenvolver campanhas referentes à cosmética testada em animais.
Uma marca que se queira assumir como 'cruelty free' não vê obstáculos legais
Sobre esta realidade, Nuno Alvim tem uma opinião positiva acerca da alteração de medidas que tenham em vista os direitos dos animais já que, uma marca que se queira assumir como 'cruelty free' não vê obstáculos legais, “até porque os testes de cosméticos em animais estão proibidos na Europa. "Por isso, o trabalho passa por uma “maior pesquisa e cuidado na escolha dos ingredientes e seus fornecedores” um aspeto que está também cada vez mais facilitado já que “a oferta no mercado é cada vez maior”.
Também por parte do consumidor – que já encontra opções vegan e 'cruelty free' a preços acessíveis – deve haver este cuidado e pesquisa antes de adquirir certo produto. Contudo, explica Nuno Alvim que “quem tem preocupações com o bem-estar animal pode, por vezes, ter dificuldade em identificar um produto como 'cruelty free', porque a rotulagem nem sempre é clara e de fácil interpretação”. Este é pois um dos argumentos que desencorajam a procura por estes produtos.
Os animais são usados não só em testes científicos para fins medicinais, mas também na área da farmacêutica, assim como na da investigação
A par desta difícil identificação, a pouca procura por produtos que não testem em animais surge também, segundo a AVP, do desconhecimento da realidade dos testes em animais, “outros, não conseguem sentir empatia pelos animais alvo de testes laboratoriais ou que são usados para a produção de ingredientes”.
Apesar destes pequenos impasses, as medidas para que mais pessoas optem por produtos livres de testes em animais estão a ser tomadas, não só na área da cosmética e beleza mas outras. “Os animais são usados não só em testes científicos para fins medicinais, mas também na área da farmacêutica, assim como na da investigação”.
Sobre estes casos, a AVP admite ter noção de que esta é uma prática comum a instituições e academias como o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e aponta que a solução poderá passar por uma mudança de atitude por parte dos alunos que aleguem “objeção de consciência prevista na Constituição Portuguesa e assim recusar participar em práticas que envolvam testar em animais”. Tal medida é pois aconselhada e possível, sendo que existe atualmente procura e investimento para métodos alternativos à experimentação animal, uma procura que se justifica principalmente “pela baixa fiabilidade que trazem os testes em animais”, aponta Nuno Alvim.
Os alunos podem alegar objeção de consciência prevista na Constituição Portuguesa e assim recusar participar em práticas que envolvam testar em animais
Os factos apresentados pela associação mostram um cenário alternativo ao uso de animais de laboratório que passa por órgãos humanos artificiais, estudos epidemiológicos, modelos matemáticos e computacionais de previsão, por exemplo. Tais opções são, no entanto, pouco exploradas pela “pressão que a indústria de produção de animais para laboratórios exerce para que esta atividade prospere, permitindo a continuidade também do seu negócio.
Ainda assim, e como referido anteriormente, as previsões acerca desta realidade são positivas e tendem a assemelhar-se aos dados relativos à prática de uma alimentação vegetariana que aumentou 400% nos últimos dez anos.
“Sabemos, com base no Eurobarómetro de 2015, que cerca de 59% dos consumidores europeus estão dispostos a pagar mais por um produto que não tenha sido testado em animais ou que tenha em consideração o bem-estar animal. A nível europeu, é o único indicador de que dispomos” avança a AVP, que promete estar atenta às medidas alternativas e constante tentativa de se apoiar todos os que têm preocupações com o bem-estar animal.
FONTE: noticiasaominuto
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Quem se diverte, explora e devora os animais, vai mesmo se preocupar com os testes feitos neles? Ainda estamos a milhões de anos da evolução.
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