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2/23/2018

Por quanto tempo podemos tratar o sofrimento dos animais como uma verdade inconveniente?

A matéria do The Guardian é excelente... não deixem de ler. O texto é apenas um pequeno resumo.
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Michael Brooks: “Como redesenharemos nossa relação com animais promete ser um dos temas dominantes das próximas décadas. Richard Dawkins, por exemplo, declarou: ‘Não temos nenhuma razão para pensar que os animais não humanos sentem a dor de forma menos aguda do que nós’. Isso deve mudar nossos hábitos. 

Embora seja cientificamente impossível saber o que uma raposa sente quando perseguida por uma matilha de cães, temos indícios. Nós compartilhamos milhões de anos de evolução com ela. Ser caçado por cães é quase tão assustador para uma raposa como seria para nós. Podemos ir mais fundo. Experiências demonstraram que baratas e aranhas sofrem em certas situações. 

É, então, antiético usar invertebrados em experimentos sem considerar como essas criaturas se sentem? Parece ir muito longe, não é? Para a maioria de nós, aranhas e baratas têm valor significativamente menor que os humanos. Os milênios de dependência de suas proteínas e a ignorância de suas vidas internas nos inculcaram a convicção de que os animais não têm o mesmo valor que os humanos. Os tempos mudam e talvez mudem novamente. Não é impossível imaginar que, dentro de algumas décadas, comer carne tenha o mesmo estigma que fumar tabaco ou usar cosméticos testados em animais já carregam.”

Fonte: Meio
Michael Brooks

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