Sinceramente, vamos reconhecer: o espaço e atenção que a relação homem X animal tem recebido da mídia é algo espetacular. Inegavelmente, o trabalho de tantas protetoras em divulgar os problemas de nossos bichos tem, efetivamente, chamado a atenção de uma sociedade que desconhecia tudo pelo qual lutamos..... Parabéns à todas pessoas que se dedicam tão apaixonadamente!!!! Agora, temos que reconhecer que tanto avanço foi graças a Santa Internet porque quando comecei na causa (50 anos atrás) trabalhávamos soltando fumaça e batendo tambor!!!!!! kakakakakakakaka.....
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Mãe de bicho também é mãe? Tutoras de pets garantem que sim
'Dá trabalho igual a filho', afirma a fotógrafa Cacá Weber, de Curitiba, mãe de cinco animais de estimação.
Mãe de bicho também é mãe! É o que garantem tutoras de animais de estimação de Curitiba."Dá trabalho igual a filho", afirma a fotógrafa de 37 anos Cacá Weber. Ela e a esposa Fabiana Weber, que também tem 37 anos e é médica, têm cinco filhos pets. São três cachorras – Max, Mel e Tapioca –, a tartaruga Hulk e a coelha Cookie. A shih-tzu Mel é a mais tem velha, tem dez anos. A caçula é a Cookie, de 50 dias.
Com duas mães em casa, o carinho é duplicado: "São mimadas duplamente". "Cada uma tem a sua personalidade. A gente tem que tratar de maneira diferente cada uma. Uma é mais independente, outra é mais manhosa, outra precisa de mais cuidados", explica. Junto com o papel de mãe, vem a responsabilidade. "Tem gente que tem bichinho em casa e esquece que é um serzinho, que precisa de atenção, que não é um bichinho de pelúcia”.
Para Cacá, as obrigações vão além de alimentar e dar abrigo. Ela lembra de afazeres que devem fazer parte do dia a dia de quem tem animal de estimação. "Vacinar. Levar para passear. Educar. Você precisar dar limite, mostrar o que pode e o que não pode". Na hora de escolher a filha favorita, Cacá sai pela tangente. "Todas são preferidas. Cada hora uma é a preferida", diz. Contudo, Cacá entregou Fabiana e contou que a Tapioca é a mais especial para a esposa. "Ela fala que não, mas acho que ela gosta mais da Tapioca. Foi ela quem encontrou no Facebook, quando estavam pedindo ajuda", relata. Tapioca é uma vira-lata cega e foi adotada.
'Me considero mãe'
Nayran Belo Bueno, de 25 anos, é a mãe de Zara, uma golden retriever de um ano e quatro meses. "Me considero mãe. Comparo com uma relação de mãe e filho. Tenho como referência a relação da minha mãe comigo: o cuidado, o dar bronca, chamar atenção, tentar ensinar o certo", diz a analista de marketing.
Nayran ganhou Zara de Guilherme Bueno, com quem é casada desde março. A filha peluda foi, inclusive, daminha do casamento civil. Eles pretendem ter filhos humanos daqui dois ou três anos, mas a analista de marketing não quer mudar o convívio com a Zara. "Eu pretendo que não mude, da minha parte tenho certeza que não vai mudar. Quero que a Zara tenha relação de irmã com o bebê", afirma.
Nayran também se recorda da mudança que houve na sua vida, com a chegada de Zara. Ela já tinha tido cachorro em outras fases, o que era diferente, já que a responsabilidade não era toda dela. "Muda tudo. É como se tivesse um filho mesmo. Muda nossa visão. Nem tudo a gente pode fazer. Se está doente, não vai deixar sozinho. Tem a parte financeira, tem que cuidar para não faltar nada".
Filhas cacatuas
A empresária Patrícia Maeoka, de 35 anos, é mães de duas cacatuas: a Chloe e a Maria. Ela tem as aves há cerca de um ano e meio. Três cachorros também fazem parte da família, mas eles moram em outro local. "Com certeza, me considero mãe. Elas [as aves] são extremamente dependentes da gente. Precisam de carinho e de atenção. Elas precisam de oito a dez horas de atenção por dia", conta Patrícia.
As cacatuas vão junto para o trabalho de Patrícia. Ela é sócia e proprietária de um pet shop. Lá, as aves ficam em um viveiro. "Preciso passar [pelo viveiro] de tempo em tempo, dando carinho, vendo se está tudo bem, se tem alimento, se tem água". Patrícia diz que as cacatuas ficam de ponta cabeça e gritam para chamar a atenção. E apenas os pais – ou seja, Patrícia e o marido Eduardo – que suprem a carência das aves. "Enquanto a gente não vai, elas não param", afirma.
"Não imaginei que elas precisassem de tanta atenção", relata a empresária. Em casa, as aves ficam soltas pelo apartamento. Segundo Patrícia, sobem na cadeira, no sofá. "Gostam de ficar junto", conta. Sempre que possível, Patrícia leva as filhas cacatuas para onde vai. Chloe e Maria são 'filhas' da empresária Patrícia Maeoka.