Bombeiros, Guarda Municipal e Polícia Militar são alguns dos órgãos do estado que atuam com animais
RIO - Todo herói que se preze tem super-poderes, participa de aventuras emocionantes e conta com uma legião de fãs. A descrição cabe como uma luva para o trabalho desenvolvido pelos cães dos Bombeiros, da Guarda Municipal e de outras instituições no Rio . Presentes em
missões de resgate, detecção de drogas e até atividades terapêuticas, os animais que protegem de anônimos ao presidente Jair Bolsonaro se preparam agora para um novo desafio: garantir a segurança da cidade durante os jogos da Copa América , que acontecem a partir do próximo dia 14.
Durante o torneio, vinte cachorros do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar farão varreduras em busca de explosivos e poderão ser usados no caso de situações com reféns.
- Temos cães treinados para tirar a arma do sequestrador - afirma o Major Sandro Aguiar, subcomandante do BAC.
Não será a primeira vez que os heróis de quatro patas prestarão seus serviços. No Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente dos Bombeiros, é famosa a história de Lua, uma fêmea de quatro anos da raça labrador que, em 2017, salvou da morte uma idosa de cerca de 70 anos que havia se perdido à noite em uma região de mata de Guapimirim. Vítima do mal de Alzheimer, a mulher foi encontrada em um local de lama com água pela cintura e sem voz para pedir socorro. Em dezembro daquele ano, o belga malinois Black, da Polícia Federal (PF), localizou 350 quilos de cocaína na caixa d'água de um barco pesqueiro.
- Durante as buscas na Muzema em abril, todos os sobreviventes que identificamos foram achados com a ajuda de cães - diz o tenente-coronel Ramon Camilo, comandante do Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente da corporação.
Às vezes, o instinto protetor é tanto que até atrapalha. Em dezembro, o pastor alemão Schekyl e o pastor holandês Calvin farejaram algo estranho em um presente enviado à casa de Bolsonaro, na Barra. À época, os cachorros da PF estavam responsáveis pela detecção de explosivos na correspondência do presidente.
Quando o pacote foi aberto, agentes encontraram uma lembrança encaminhada por um estande de tiro. Vestígios de pólvora do local no embrulho foram suficientes para atiçar o faro dos animais. De acordo com especialistas, um cão possui cerca de 200 milhões de células olfativas, número quarenta vezes maior do que o verificado em um ser humano.
- Graças a isso, o trabalho de localização desempenhado por um cão equivale ao esforço de 30 bombeiros - comenta o major Luiz Diogo, do Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente da corporação.
Além de literalmente salvarem vidas, os cães heróis também as transformam. Foi o caso de um garoto autista que perdeu o medo de animais graças a sessões de cinoterapia com o fox paulistinha Gigante, da Guarda Municipal. Nesse tipo de tratamento, os cachorros são usados como ponte entre o paciente e os cuidados médicos. Em um caso parecido, uma senhora de 70 anos levantou da cama pela primeira vez em um asilo já na segunda sessão com os cachorros da prefeitura.
- Ela se tornou uma outra pessoa - resume Aluízio Alvarenga, inspetor responsável pelo canil da Guarda Municipal, em São Cristóvão.
Como qualquer guerreiro, os cães heróis também seguem uma rotina para manter a forma. Em geral, as refeições são apenas duas por dia e nunca somam mais que 500 gramas. Já os treinamentos acontecem, pelo menos, três vezes por semana - podendo ser diários no caso de filhotes. Em alguns casos, a preparação começa aos 60 dias de vida. Nos bombeiros, os cachorros fazem até aula de natação. Tanto rigor se reflete em resultado. Exemplo: a PM hoje conta com cães aptos a descer de rapel com seus condutores, caso a situação exija.
O trabalho dos bichinhos não tem preço. Já um animal do tipo usado pela Polícia ou pelos Bombeiros custa entre R$ 3 e 5 mil sem o treinamento que o habilita a atuar junto a essas corporações. Para elas, o uso de cães representa vantagens como maior eficiência no cumprimento de tarefas específicas e menor tempo gasto em situações de risco. Para os cachorros, tudo não passa de uma grande brincadeira.
- A principal qualidade é a dedicação ao trabalho, que, para eles, é uma brincadeira. Quanto às limitações, não saberia dizer. Assim como um pai, não consigo enxergar defeitos nos filhos - afirma Jardel Cardoso, responsável pelo canil da Polícia Federal no Rio.
RIO - Todo herói que se preze tem super-poderes, participa de aventuras emocionantes e conta com uma legião de fãs. A descrição cabe como uma luva para o trabalho desenvolvido pelos cães dos Bombeiros, da Guarda Municipal e de outras instituições no Rio . Presentes em
missões de resgate, detecção de drogas e até atividades terapêuticas, os animais que protegem de anônimos ao presidente Jair Bolsonaro se preparam agora para um novo desafio: garantir a segurança da cidade durante os jogos da Copa América , que acontecem a partir do próximo dia 14.
Durante o torneio, vinte cachorros do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar farão varreduras em busca de explosivos e poderão ser usados no caso de situações com reféns.
- Temos cães treinados para tirar a arma do sequestrador - afirma o Major Sandro Aguiar, subcomandante do BAC.
Não será a primeira vez que os heróis de quatro patas prestarão seus serviços. No Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente dos Bombeiros, é famosa a história de Lua, uma fêmea de quatro anos da raça labrador que, em 2017, salvou da morte uma idosa de cerca de 70 anos que havia se perdido à noite em uma região de mata de Guapimirim. Vítima do mal de Alzheimer, a mulher foi encontrada em um local de lama com água pela cintura e sem voz para pedir socorro. Em dezembro daquele ano, o belga malinois Black, da Polícia Federal (PF), localizou 350 quilos de cocaína na caixa d'água de um barco pesqueiro.
- Durante as buscas na Muzema em abril, todos os sobreviventes que identificamos foram achados com a ajuda de cães - diz o tenente-coronel Ramon Camilo, comandante do Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente da corporação.
Às vezes, o instinto protetor é tanto que até atrapalha. Em dezembro, o pastor alemão Schekyl e o pastor holandês Calvin farejaram algo estranho em um presente enviado à casa de Bolsonaro, na Barra. À época, os cachorros da PF estavam responsáveis pela detecção de explosivos na correspondência do presidente.
Quando o pacote foi aberto, agentes encontraram uma lembrança encaminhada por um estande de tiro. Vestígios de pólvora do local no embrulho foram suficientes para atiçar o faro dos animais. De acordo com especialistas, um cão possui cerca de 200 milhões de células olfativas, número quarenta vezes maior do que o verificado em um ser humano.
- Graças a isso, o trabalho de localização desempenhado por um cão equivale ao esforço de 30 bombeiros - comenta o major Luiz Diogo, do Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente da corporação.
Além de literalmente salvarem vidas, os cães heróis também as transformam. Foi o caso de um garoto autista que perdeu o medo de animais graças a sessões de cinoterapia com o fox paulistinha Gigante, da Guarda Municipal. Nesse tipo de tratamento, os cachorros são usados como ponte entre o paciente e os cuidados médicos. Em um caso parecido, uma senhora de 70 anos levantou da cama pela primeira vez em um asilo já na segunda sessão com os cachorros da prefeitura.
- Ela se tornou uma outra pessoa - resume Aluízio Alvarenga, inspetor responsável pelo canil da Guarda Municipal, em São Cristóvão.
Como qualquer guerreiro, os cães heróis também seguem uma rotina para manter a forma. Em geral, as refeições são apenas duas por dia e nunca somam mais que 500 gramas. Já os treinamentos acontecem, pelo menos, três vezes por semana - podendo ser diários no caso de filhotes. Em alguns casos, a preparação começa aos 60 dias de vida. Nos bombeiros, os cachorros fazem até aula de natação. Tanto rigor se reflete em resultado. Exemplo: a PM hoje conta com cães aptos a descer de rapel com seus condutores, caso a situação exija.
O trabalho dos bichinhos não tem preço. Já um animal do tipo usado pela Polícia ou pelos Bombeiros custa entre R$ 3 e 5 mil sem o treinamento que o habilita a atuar junto a essas corporações. Para elas, o uso de cães representa vantagens como maior eficiência no cumprimento de tarefas específicas e menor tempo gasto em situações de risco. Para os cachorros, tudo não passa de uma grande brincadeira.
- A principal qualidade é a dedicação ao trabalho, que, para eles, é uma brincadeira. Quanto às limitações, não saberia dizer. Assim como um pai, não consigo enxergar defeitos nos filhos - afirma Jardel Cardoso, responsável pelo canil da Polícia Federal no Rio.
FONTE: oglobo
Pena que quando esses animais se aposentam,nem sempre recebem a devida atenção não é.
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