Tomara que a bonitona aproveite esta segunda chance e fique bem longe das cidades e humanos.... Dá uma pena, não?
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A onça ganhou 39 kg e está pronta para voltar à natureza
Resgatada em condições precárias há seis meses na região do Pantanal sul-mato-grossense, uma onça macho foi recuperada com o trabalho de profissionais do CRAS (Centro de
Reabilitação de Animais Silvestres). No período de tratamento com os veterinários, a onça ganhou 39 kg e está preparada para voltar à natureza.
O animal foi acompanhado pelas equipes do CRAS e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A onça recebeu doses de tranquilizantes, para que pudesse ser examinada e enfim transportada para Miranda.
A onça macho recebeu o apelido de ‘Jatobá’ e foi recebida na quarta-feira (30) pela equipe da bióloga Lilian Elaine, do Onçafari. O Onçafari é um projeto de conservação que promove ecoturismo no Pantanal ao mesmo tempo em que habitua onças pintadas com os veículos. O projeto é desenvolvido no Refúgio Ecológico Caiman, uma fazenda de 53 mil hectares do município de Miranda, no Pantanal sul-mato-grossense.
‘Jatobá’ foi solta na manhã de quinta-feira (31) e tem acesso a um hectare de mata. O espaço é cercado por grades eletrificadas com cinco metros de altura, onde a onça deve permanecer até sua adaptação alimentar. A bióloga Lilian explica que a adaptação começa com a oferta de animais mortos e depois passa para animais vivos, começando por espécies pequenas até a oferta de grandes presas vivas. Segundo Lilian, tudo acontecerá no tempo do animal, o alimento vai ser substituído até que ele tenha total domínio da atividade da caça e possa ser devolvido definitivamente para a natureza.
A captura da onça
Em agosto de 2018, funcionários da Escola Rural Jatobazinho, no Pantanal sul-mato-grossense, avistaram a onça no pátio do local. O felino que ainda não tinha habilidades de caça totalmente desenvolvidas, apresentava um quadro de inanição crônica e desidratação severa, por ficar muito tempo sem se alimentar. Na época estimou-se que teria quase dois anos, mas depois de exames e de sua recuperação no CRAS, as equipes observaram que na época o animal tinha pouco mais de oito meses.
Imagino a dor que sentem seus tratadores, não por devolvê-la à natureza e sim por temer seu destino em meio a gentinha tão cruel.
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