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12/24/2018

Cachorro que virou mascote do Museu Nacional será adotado por pesquisadora

Bom que Luciana se apaixonou por ele a ponto de adotá-lo...... muito bom.... Axé para eles e que todos que ajudaram Fumaça sejam abençoados.....
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Fumaça, vira-lata que passou a viver no local em outubro, conquistou funcionários que trabalham no resgate de peças
RIO — Há dois meses, o trabalho de resgate de peças do Museu Nacional ficou
um pouco mais alegre, mesmo diante da devastação da construção histórica, que abrigou a família real portuguesa e a família imperial brasileira, e devastou boa parte do acervo composto de quase 20 milhões de peças. Desde o início de outubro — um mês após o incêndio ocorrido no dia 2 de setembro —, um vira-lata adotou a área isolada de trabalho da instituição bicentenária como novo lar.

E, assim, Fumaça, como o cãozinho passou a ser chamado por pesquisadores, professores, técnicos e demais funcionários do museu, com idade estimada entre dois e três anos, virou o xodó dos funcionários, como antecipou neste domingo Ancelmo Gois em sua coluna publicada no GLOBO .

— Eu amo esse cachorro. Ele estava muito debilitado porque estava com fome. A gente começou a dar comida porque ele não ia embora. Ele melhorou. Outras professoras e técnicos começaram a se afeiçoar ao Fumaça e ajudar também. Acabamos percebendo que foi bom porque ele espanta os gatos. É bom que ele fique por ali. Ele late para pessoas estranhas. Já conhece quem trabalha, então controla a entrada e saída — diz Luciana Witovisk, de 38 anos, professora de Paleobotânica do Museu Nacional.

Novo lar
Fumaça deve ganhar um novo lar em breve, ainda em 2019. — Ele não vai poder ficar após encerrarmos o trabalho do resgate. Moro em apartamento hoje e vou me mudar para uma casa com quintal. Se ele for ficando na área de resgate ( onde hoje acontece o trabalho no Museu Nacional ) eu vou levá-lo comigo. Sou capaz de correr com a mudança para adotar o Fumaça — acrescenta Witovisk, que mora em Petrópolis e tem três gatos.

O nome, embora sugestivo, não veio pelo incêndio do Museu Nacional. Segundo os pesquisadores, o cãozinho chegou foi encontrado debilitado pelos arredores da construção. Sem vitaminas, o pelo ficou grisalho apesar da pouca idade.

Fumaça já foi vacinado, e o próximo passo, de acordo com Luciana Witovisk, será castrá-lo: — Ele veio muito magrinho, muito esfomeado. Na primeira semana colocamos remédio para pulga. Ele chorava quando se coçava de tanta pulga que tinha. A Luciana Witokviski trouxe uma coleirinha. A gente tem alimentado, tratado. Ele acabou virando o cachorro do resgate. A gente chega de manhã e ele já está esperando a gente. Dorme na nossa sala, onde usamos para comer, porque é mais fresquinha. Ele gosta também de ficar correndo atrás da gente roubando luva, sapato. Mas é divertido. Começa uma brincadeira. Isso tudo traz alegria nesse momento. Parece algo meio mágico. Para quem acreditam é algo meio espiritual. Um serzinho especial para trazer alegria — acrescenta Luciana Barbosa de Carvalho, 46 anos, pesquisadora em Paleontologia do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional.

José Carlos dos Santos, que trabalha na segurança do Museu Nacional, também se derrete por Fumaça: — Sou apaixonado por esse cachorro. Todo mundo tem muito carinho. Ele virou o mascote realmente por aqui. O engraçado é que a Quinta da Boa Vista tem muito cachorro, mas só ele ficou realmente por aqui. Ele corre muito na Quinta, mas sempre volta. E é muito agarrado com a Luciana Witovisk. Ela tem dificuldade de ir embora de tanto que gosta e vai em cima dela.

Fonte: O Globo

4 comentários:

  1. Será que ele vai se adaptar aos três gatos?

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  2. Foi exatamente o que pensei. Além disso, a área já tinha vários gatos. Onde estarão agora?

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  3. Nenhum ítem do acervo do Museu, múmia, meteoro, relíquia, dinossauro ou artefatos incendiados ou salvos, valem tanto quanto Fumaça porque só ele tem um coração capaz de amar.

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  4. Na verdade ela foi indiferente ao fumaça no início quando foi visto doente e infestado por pulgas. Contavam que o animal fosse embora mesmo necessitando de ajuda. Após 2 dias e vendo que o animal debilitado, exausto não saia mais dali, resolveram então ajudá-lo. O que me pareceu é que TODOS foram indiferentes ao problema do bicho e não são sensíveis ao sofrimento dos animais de rua.
    Geralmente, formandos e graduados em profissões vinculadas a instituições como museus tendem a ser humanistas.
    Outro problema seria a afinidade do fumaça com os gatos. Se ele não se adaptar ou os gatos? Ela vai devolvê-lo às ruas, vai confiná-lo em alguma área da casa? Ao que percebi nenhum outro funcionário teve interesse em adotar o animal.
    Tenho muita pena também pela cadelinha amiga do fumaça. Acho que ela mereceria um lar responsável e afetuoso, também.

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