Bom que Luciana se apaixonou por ele a ponto de adotá-lo...... muito bom.... Axé para eles e que todos que ajudaram Fumaça sejam abençoados.....
-------------
Fumaça, vira-lata que passou a viver no local em outubro, conquistou funcionários que trabalham no resgate de peças
RIO — Há dois meses, o trabalho de resgate de peças do Museu Nacional ficou
um pouco mais alegre, mesmo diante da devastação da construção histórica, que abrigou a família real portuguesa e a família imperial brasileira, e devastou boa parte do acervo composto de quase 20 milhões de peças. Desde o início de outubro — um mês após o incêndio ocorrido no dia 2 de setembro —, um vira-lata adotou a área isolada de trabalho da instituição bicentenária como novo lar.
E, assim, Fumaça, como o cãozinho passou a ser chamado por pesquisadores, professores, técnicos e demais funcionários do museu, com idade estimada entre dois e três anos, virou o xodó dos funcionários, como antecipou neste domingo Ancelmo Gois em sua coluna publicada no GLOBO .
— Eu amo esse cachorro. Ele estava muito debilitado porque estava com fome. A gente começou a dar comida porque ele não ia embora. Ele melhorou. Outras professoras e técnicos começaram a se afeiçoar ao Fumaça e ajudar também. Acabamos percebendo que foi bom porque ele espanta os gatos. É bom que ele fique por ali. Ele late para pessoas estranhas. Já conhece quem trabalha, então controla a entrada e saída — diz Luciana Witovisk, de 38 anos, professora de Paleobotânica do Museu Nacional.
Novo lar
Fumaça deve ganhar um novo lar em breve, ainda em 2019. — Ele não vai poder ficar após encerrarmos o trabalho do resgate. Moro em apartamento hoje e vou me mudar para uma casa com quintal. Se ele for ficando na área de resgate ( onde hoje acontece o trabalho no Museu Nacional ) eu vou levá-lo comigo. Sou capaz de correr com a mudança para adotar o Fumaça — acrescenta Witovisk, que mora em Petrópolis e tem três gatos.
O nome, embora sugestivo, não veio pelo incêndio do Museu Nacional. Segundo os pesquisadores, o cãozinho chegou foi encontrado debilitado pelos arredores da construção. Sem vitaminas, o pelo ficou grisalho apesar da pouca idade.
Fumaça já foi vacinado, e o próximo passo, de acordo com Luciana Witovisk, será castrá-lo: — Ele veio muito magrinho, muito esfomeado. Na primeira semana colocamos remédio para pulga. Ele chorava quando se coçava de tanta pulga que tinha. A Luciana Witokviski trouxe uma coleirinha. A gente tem alimentado, tratado. Ele acabou virando o cachorro do resgate. A gente chega de manhã e ele já está esperando a gente. Dorme na nossa sala, onde usamos para comer, porque é mais fresquinha. Ele gosta também de ficar correndo atrás da gente roubando luva, sapato. Mas é divertido. Começa uma brincadeira. Isso tudo traz alegria nesse momento. Parece algo meio mágico. Para quem acreditam é algo meio espiritual. Um serzinho especial para trazer alegria — acrescenta Luciana Barbosa de Carvalho, 46 anos, pesquisadora em Paleontologia do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional.
José Carlos dos Santos, que trabalha na segurança do Museu Nacional, também se derrete por Fumaça: — Sou apaixonado por esse cachorro. Todo mundo tem muito carinho. Ele virou o mascote realmente por aqui. O engraçado é que a Quinta da Boa Vista tem muito cachorro, mas só ele ficou realmente por aqui. Ele corre muito na Quinta, mas sempre volta. E é muito agarrado com a Luciana Witovisk. Ela tem dificuldade de ir embora de tanto que gosta e vai em cima dela.
Fonte: O Globo
Será que ele vai se adaptar aos três gatos?
ResponderExcluirFoi exatamente o que pensei. Além disso, a área já tinha vários gatos. Onde estarão agora?
ResponderExcluirNenhum ítem do acervo do Museu, múmia, meteoro, relíquia, dinossauro ou artefatos incendiados ou salvos, valem tanto quanto Fumaça porque só ele tem um coração capaz de amar.
ResponderExcluirNa verdade ela foi indiferente ao fumaça no início quando foi visto doente e infestado por pulgas. Contavam que o animal fosse embora mesmo necessitando de ajuda. Após 2 dias e vendo que o animal debilitado, exausto não saia mais dali, resolveram então ajudá-lo. O que me pareceu é que TODOS foram indiferentes ao problema do bicho e não são sensíveis ao sofrimento dos animais de rua.
ResponderExcluirGeralmente, formandos e graduados em profissões vinculadas a instituições como museus tendem a ser humanistas.
Outro problema seria a afinidade do fumaça com os gatos. Se ele não se adaptar ou os gatos? Ela vai devolvê-lo às ruas, vai confiná-lo em alguma área da casa? Ao que percebi nenhum outro funcionário teve interesse em adotar o animal.
Tenho muita pena também pela cadelinha amiga do fumaça. Acho que ela mereceria um lar responsável e afetuoso, também.