Equipe construiu rampa para que os animais fugissem de uma fenda, quebrando a convenção de não interferir na vida selvagem.
Uma das máximas entre os cineastas da natureza é não interferir. Fazer qualquer coisa que influencie o curso natural dos acontecimentos é motivo de diversas críticas, como no caso do
filhote de urso que teve sua vida colocada em risco pela curiosidade de um drone.
Um dos mais renomados naturalistas do mundo, David Attenborough, com mais de 60 anos de experiência em documentários para a rede britância BBC, sabe bem disso. O que não impediu que sua equipe aparecesse no mais recente episódio da série Dynasties, exibido no último domingo, construindo uma rampa para salvar um grupo de pinguins que havia ficado preso em uma fenda que se abriu no gelo durante uma tempestade.
O próprio Attenborough chegou a questionar a iniciativa de sua equipe, dizendo que a tragédia faz parte da vida. Mas, apesar da aparente contradição, outros naturalistas logo saíram em defesa dos salvadores dos pinguins. "Se você estiver assistindo a um relacionamento de predador e presa, a principal coisa é que sua presença não deve influenciar o resultado”, afirmou o veterano cinegrafista da vida selvagem Doug Allan, ao jornal britânico Guardian. “Interferir em um evento de predação é definitivamente errado, mas, nessa situação, eles não assustaram os pingüins. Tudo o que eles fizeram foi criar uma rota de fuga para eles.”
Outro cineasta, Philip Hoare, fez coro ao colega, e comparou a um caso vivido por ele mesmo quando viu seu barco em meio à disputa entre um grupo de baleias assassinas e outro de cachalotes. “Foi muito difícil tomar uma decisão. Não queria ver nenhuma baleia morrer, mas havia a possibilidade de, por estarmos lá, estarmos frustrando o instinto natural de uma espécie”, disse ao Guardian Hoare, que contou ter movido o barco do lugar.
O produtor executivo da série, Mike Gunton, também defendeu sua tripulação. “Nos 30 anos que tenho feito isso, é uma das poucas ocasiões em que fizemos algo assim porque é uma situação muito incomum. Normalmente, você não interfere por causa de todo tipo de consequência”, contou à Radio 4. “É perigoso tanto para você quanto para o animal. Além disso, você provavelmente estará mudando a dinâmica do sistema natural ou talvez esteja privando algo de sua comida. Mas, nessa situação particular, nenhuma dessas coisas se aplicava”.
De acordo com Gunton, o próprio Attenborough admitiu que teria feito a mesma coisa que seus colegas e salvado os pobres pinguins de um trágico fim.
FONTE: revistagalileu
Uma das máximas entre os cineastas da natureza é não interferir. Fazer qualquer coisa que influencie o curso natural dos acontecimentos é motivo de diversas críticas, como no caso do
filhote de urso que teve sua vida colocada em risco pela curiosidade de um drone.
Um dos mais renomados naturalistas do mundo, David Attenborough, com mais de 60 anos de experiência em documentários para a rede britância BBC, sabe bem disso. O que não impediu que sua equipe aparecesse no mais recente episódio da série Dynasties, exibido no último domingo, construindo uma rampa para salvar um grupo de pinguins que havia ficado preso em uma fenda que se abriu no gelo durante uma tempestade.
O próprio Attenborough chegou a questionar a iniciativa de sua equipe, dizendo que a tragédia faz parte da vida. Mas, apesar da aparente contradição, outros naturalistas logo saíram em defesa dos salvadores dos pinguins. "Se você estiver assistindo a um relacionamento de predador e presa, a principal coisa é que sua presença não deve influenciar o resultado”, afirmou o veterano cinegrafista da vida selvagem Doug Allan, ao jornal britânico Guardian. “Interferir em um evento de predação é definitivamente errado, mas, nessa situação, eles não assustaram os pingüins. Tudo o que eles fizeram foi criar uma rota de fuga para eles.”
Outro cineasta, Philip Hoare, fez coro ao colega, e comparou a um caso vivido por ele mesmo quando viu seu barco em meio à disputa entre um grupo de baleias assassinas e outro de cachalotes. “Foi muito difícil tomar uma decisão. Não queria ver nenhuma baleia morrer, mas havia a possibilidade de, por estarmos lá, estarmos frustrando o instinto natural de uma espécie”, disse ao Guardian Hoare, que contou ter movido o barco do lugar.
O produtor executivo da série, Mike Gunton, também defendeu sua tripulação. “Nos 30 anos que tenho feito isso, é uma das poucas ocasiões em que fizemos algo assim porque é uma situação muito incomum. Normalmente, você não interfere por causa de todo tipo de consequência”, contou à Radio 4. “É perigoso tanto para você quanto para o animal. Além disso, você provavelmente estará mudando a dinâmica do sistema natural ou talvez esteja privando algo de sua comida. Mas, nessa situação particular, nenhuma dessas coisas se aplicava”.
De acordo com Gunton, o próprio Attenborough admitiu que teria feito a mesma coisa que seus colegas e salvado os pobres pinguins de um trágico fim.
FONTE: revistagalileu
Esse negócio de "estar mudando a dinâmica do sistema natural", é uma o pinóia, não quer salvar não interfira indo para o habitat deles, mas uma vez que você, humano, está lá diante de um indivíduo em perigo, não salvar é ir contra a SUA NATUREZA, ao que você aprendeu na infância quando lhe ensinaram a defender o mais fraco. Ficar indiferente ao pedido sem palavras de um animal em perigo, não importa de qual espécie, é muito mais sério do que se pensa, porque cinegrafistas da vida selvagem, amanhã vão querer ser salvos, mesmo que seu salvador seja um leão, um gorila ou um urso que se coloca na sua frente para você não morrer, porque achou injusto matarem você. Se você não quer interferir na vida dos animais, não pise no chão deles para ver o que estão fazendo, se estão se despedaçando, matando ou morrendo e não precisará sentir pena deles, “quebrando a convenção” e “influenciando no curso natural dos acontecimentos” mas uma vez que você vê, pode ajudar mas não ajuda, está treinando para ser mau e um dia vai precisar que sejam bons com você, ainda que seja um animal quem o defenda da morte sem que você mereça ser salvo, porque é de outra espécie. “ A tragédia faz parte da vida” ,certo, contando não seja você o atingido por ela.
ResponderExcluir