Como as autoridades podem cumpliciar com esta situação.....
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No período do fechamento, órgãos públicos chegaram a se reunir e propuseram criação de um centro de recuperação de animais apreendidos.
Após dez meses de interdição do Zoológico de Montes Claros, uma média de 100 animais permanece presa em cercados ou gaiolas no espaço, que não
recebe mais visitantes. A placa com os horários de funcionamento ainda não foi retirada, mas os portões estão fechados.
Em novembro do ano passado, ambientalistas e órgãos envolvidos na gestão do espaço discutiram sobre a criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e sobre a adoção dos animais que ainda estão no local, mas nesta terça-feira (2) a Prefeitura Municipal, responsável pela manutenção do zoológico, confirmou que apenas três bichos que viviam no espaço foram transferidos.
Na época do anúncio do fechamento do zoológico, a prefeitura afirmou que os animais que vivem no espaço seriam doados a outras instituições, mas não estabeleceu prazos. A criação de um Cetas, de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas, não aconteceu. Caso fosse criado, o espaço serviria para reabilitação de animais silvestres que vivem de maneira irregular, para que fossem devolvidos ao habitat natural.
Para ver os animais que estão do lado de dentro do zoológico, quem tem interesse em visitar os bichos precisa olhar pelos espaços entre as grades e cercas que isolam o local. A população que utiliza a área verde do Parque Municipal, que fica ao lado, reclama. “Os animais estão aí e é preciso reativar o zoológico. Chegou a hora de arrumar a casa. Não dá pra ficar nessa situação, já deu tempo de fazer algo”, afirma a professora Maria Luíza Araújo.
Para o funcionário público Fábio Campos, as providências tomadas pela administração deveriam ir de encontro à preservação da natureza e dos próprios animais que vivem no zoológico. “Acho que a prefeitura poderia tomar uma atitude aí pela natureza, providenciar alimentação deles e cuidar da natureza para os bichos terem uma vida normal, como nasceram para ser. Não dá para continuar assim”, diz.
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No período do fechamento, órgãos públicos chegaram a se reunir e propuseram criação de um centro de recuperação de animais apreendidos.
Após dez meses de interdição do Zoológico de Montes Claros, uma média de 100 animais permanece presa em cercados ou gaiolas no espaço, que não
recebe mais visitantes. A placa com os horários de funcionamento ainda não foi retirada, mas os portões estão fechados.
Em novembro do ano passado, ambientalistas e órgãos envolvidos na gestão do espaço discutiram sobre a criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e sobre a adoção dos animais que ainda estão no local, mas nesta terça-feira (2) a Prefeitura Municipal, responsável pela manutenção do zoológico, confirmou que apenas três bichos que viviam no espaço foram transferidos.
Na época do anúncio do fechamento do zoológico, a prefeitura afirmou que os animais que vivem no espaço seriam doados a outras instituições, mas não estabeleceu prazos. A criação de um Cetas, de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas, não aconteceu. Caso fosse criado, o espaço serviria para reabilitação de animais silvestres que vivem de maneira irregular, para que fossem devolvidos ao habitat natural.
Para ver os animais que estão do lado de dentro do zoológico, quem tem interesse em visitar os bichos precisa olhar pelos espaços entre as grades e cercas que isolam o local. A população que utiliza a área verde do Parque Municipal, que fica ao lado, reclama. “Os animais estão aí e é preciso reativar o zoológico. Chegou a hora de arrumar a casa. Não dá pra ficar nessa situação, já deu tempo de fazer algo”, afirma a professora Maria Luíza Araújo.
Para o funcionário público Fábio Campos, as providências tomadas pela administração deveriam ir de encontro à preservação da natureza e dos próprios animais que vivem no zoológico. “Acho que a prefeitura poderia tomar uma atitude aí pela natureza, providenciar alimentação deles e cuidar da natureza para os bichos terem uma vida normal, como nasceram para ser. Não dá para continuar assim”, diz.
O zoológico
O Zoológico Municipal Amaro Sátiro de Araújo foi construído na década de 1960. Depois de ficar quatro anos fechado, o espaço passou por uma reforma em 2006. Alguns anos em atividade do zoológico se passaram até que a prefeitura anunciou o fim das atividades no local.
Em novembro do ano passado, a diretora municipal de meio ambiente, Anildes Evangelista, afirmou em entrevista que já discutia com o Ibama e IEF sobre a possibilidade de transformar o espaço em um Cetas. “Ontem nós noticiamos aos diretores da fauna do Estado de Minas, IEF e Ibama, e colocamos para ele a demanda”, disse na época.
Agora em 2018, a diretora deu outra entrevista e explicou que a situação do zoológico requer tempo porque não é simples conseguir outra moradia aos animais.
“É importante a cobrança da população porque é um espaço público. É importante dizer que no ano passado, quando assumimos a responsabilidade pelo espaço, havia mais de 28 condicionantes a serem tomadas. Está localizado na área urbana, circundado por vias, então tem uma série de condições que não são adequadas para um zoológico, por isso a prefeitura definiu encerrar as atividades do local. O local do parque continua em curso com processo de doação dos animais. Não podemos dispor destes animais da noite para o dia. Eles não tem condição de voltar para a natureza, por isso estão aqui”, afirma.
Sobre a criação do centro de cuidados de animais silvestres, a diretora afirma que existem as negociações e que elas estão em curso. “Existe uma negociação. Já doamos três exemplares, e existe ainda a negociação com zoológicos e criadores licenciados para negociar. O espaço precisa estar pronto para receber os animais, por isso a demora, porque são necessários cuidados. A negociação com o estado, com IEF, também continua porque eles têm uma demanda de um Centro de Cuidados Animais. Os animais apreendidos, eles não têm onde colocar. Então já tivemos visitas dos engenheiros, arquitetos, biólogos, para que o espaço seja transformado. Dependemos da finalização do período eleitoral para que seja feito um termo de comodato, uma sessão de uso do espaço para que o IEF se aproprie e faça as devidas adequações”, considera.
No Parque Municipal há ainda uma faixa próxima ao zoológico que anuncia a construção de um abrigo noturno para pessoas em situação de rua. Para Anildes, não existe a chance de que o local receba estas pessoas e a construção para tal fim será feita em outro bairro. “É uma propaganda; o local continuará a ser usado para preservação ambiental”, diz.
Muita gente continua a se contentar em ver o espaço por entre as grades dos portões que separam o zoológico do parque. O auxiliar agropecuário Valdiney Souza traz os filhos para espiarem o quanto puderem. “Eu venho trazer eles [filhos] mais para ver os animais. O pequenininho mesmo nunca viu de perto. Aí eles estão olhando só pela cerca, porque está fechado, né? O zoológico fechado faz falta demais para nós”, lamenta.
FONTE: G1
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