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6/10/2018

MPE discute medidas para evitar eutanásia em cães com leishmaniose viral no AP

Encontro reuniu promotores, representantes da vigilância sanitária do estado e do setor de zoonose da capital nesta quinta-feira (7). Sema e Sesa serão acionadas para buscarem medidas preventivas.

Após a confirmação de 18 casos de leishmaniose viral canina no Amapá, no intervalo de cerca de um ano, a Unidade de Vigilância de Zoonoses do estado realizou eutanásia em cinco cães diagnosticados com a doença.

A solução imediata de sacrificar os animais chamou a atenção do Ministério Público Estadual (MPE), que, nesta quinta-feira (7), reuniu com representantes da vigilância sanitária do estado e setor de zoonose da prefeitura de Macapá para discutir medidas preventivas da doença e evitar que mais cães sejam sacrificados.

Para promotor Wueber Penafort, a reunião foi importante para entender como o estado e a prefeitura estão lidando com o problema, que, a cada nova investigação, e mais grave.

"Hoje discutimos possíveis alternativas para evitar que mais animais sejam sacrificados. Nossa intenção foi conhecer a realidade de quem trabalha com zoonoses no estado. Nosso próximo passo será em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)", comentou.

Entre as propostas, levando em consideração as realidades estadual e municipal, foram levantadas ações em grande escala de castração e vacinação dos animais e até mesmo fazer um levantamento sobre a quantidade de cães em Macapá.

De acordo com o técnico de zoonoses e veterinário, Dennis Magalhães, mesmo na capital não há um levantamento sobre a dimensão do problema, porque somente bairros da Zona Sul foram vistoriados pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS).

"A maioria dos disgnósticos foram feitos na Zona Sul de Macapá, onde ocorreu o primeiro caso confirmado. Então, concentramos nossos trabalhos nessa área da cidade. Mas depois da confirmação de um caso com humano, nossa preocupação já chega em nível estadual", disse.

Tratamento
A leishmaniose viral é uma doença que não tem cura, mas existem tratamentos que podem garantir ao cão uma vida saudável, caso siga com ele a vida toda. No caso dos animais que são diagnosticados com a doença, os técnicos de zoonoses explicam que existe essa possibilidade de manter o animal vivo. O tratamento da doença só pode ser feito em clínicas particulares.

No caso dos donos que não tinham como arcar com o tratamento, houve a autorização deles para que o animal fosse sacrificado. O central de zoonose da capital reforça que a eutanásia é a última alternativa para acabar com o problema.

Canil Municipal de Macapá
O canil municipal de Macapá comporta entre 20 a 30 cães, dependendo do porte deles. Há uma divisão entre os animais que estão sob observação e os que ficam na área de isolamento.

Atualmente, há oito cães no local, todos saudáveis e aptos para a adoção. Fábio Mourão, chefe do setor de zoonose da CVS, ressalta que o canil só leva cães que apresentam perigo para a sociedade.

"Não pegamos qualquer cão que está na rua, até porque não temos infraestrutura para isso. Pegamos cães que podem ser transmissores de zoonose. No caso daqueles que conseguimos cuidar e deixar saudáveis, deixamos disponíveis para a adoção", finalizou.

A leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha. O inseto suga o sangue do animal infectado, no caso o cachorro, e depois pica uma pessoa saudável transmitindo a doença.

O mosquito se reproduz em material orgânico: lixo exposto, folhas úmidas, frutas apodrecidas e fezes de animais. Quintal de casas e terrenos desocupados precisam estar limpos. O preço da vacina de leishmaniose é R$ 120 cada dose e são necessárias três. A medicação não é ofertada pela rede pública.

FONTE: G1

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