Será que esta notícia vai servir para mostrar aos cientistas que usam animais nos seus devaneios supostamente "em favor da humanidade" que os primatas são iguais a gente?
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Pesquisadores observaram dois gorilas trabalhando juntos para desmontar armadilhas de caçadores na natureza, dias depois de uma delas ter matado um jovem gorila-das-montanhas. Isso significa que os animais perceberam quão perigosas tais arapucas podiam ser, e aprenderam como identificar e se livrar delas.
A armadilha
O evento ocorreu no Parque Nacional dos Vulcões, uma área protegida que fica no noroeste de Ruanda, em 2012. Milhares dessas armadilhas ilegais são montadas por caçadores de carne para capturar antílopes e outros animais para comer. Embora aparentemente não tenham interesse em primatas, gorilas jovens às vezes caem nessas armadilhas e morrem sem querer.
As arapucas, camufladas com folhas e galhos, contêm um laço e um talo de bambu que se dobra até o chão, com outro pau ou pedra usada para segurar o laço no lugar. Quando um animal se aproxima e move a armadilha, o bambu se lança para trás e aperta o laço em torno da presa, segurando-a no lugar. Se a criatura for leve o suficiente, será içada para o ar.
Enquanto gorilas adultos são grandes e fortes o suficiente para se extraírem dessa armadilha sozinhos, os jovens geralmente não são. Quando não morrem presos na armadilha, correm risco de morrer por ferimentos sofridos durante a sua fuga, como ossos deslocados e cortes gangrenosos.
A surpresa
Os gorilas desta região são uma subespécie do gorila-do-oriente chamada de Gorilla beringei beringei. Eles estão criticamente em perigo de extinção, e a população simplesmente não pode sustentar a perda consistente de jovens gorilas para armadilhas. Segundo Veronica Vecellio, do Centro de Pesquisa Karisoke, do Fundo Internacional de Gorilas Dian Fossey em Ruanda, o maior banco de dados e observador de gorilas selvagens do mundo, o evento de 2012 foi a primeira vez que esses animais foram vistos destruindo armadilhas por conta própria.
Vecellio e sua equipe estavam fazendo buscas diárias por essas armadilhas no parque, a fim de desmantelá-las, quando um dos rastreadores locais avistou um gorila que havia perdido um de seus juvenis para uma das ciladas alguns dias antes. O rastreador, John Ndayambaje, foi desmantelar a armadilha, mas recebeu um sinal de alerta do macho dominante do clã para recuar. “De repente, dois jovens – Rwema, um macho; e Dukore, uma fêmea, ambos com cerca de quatro anos de idade – correram em direção à armadilha”, relatou Vecellio. “Enquanto Ndayambaje e alguns turistas observavam, Rwema pulou no galho de árvore dobrado e quebrou-o, enquanto Dukore soltou o laço”.
Inteligência e evolução
Os pesquisadores também observaram os gorilas trabalharem juntos para destruir uma segunda armadilha. Por causa da confiança e rapidez com que destruíram as armadilhas, os pesquisadores acreditam que esses jovens gorilas entendem como elas são perigosas e já desmantelaram outras antes. Enquanto seria uma boa solução ensinar mais gorilas a desmontar armadilhas, Vecellio e sua equipe disseram que seria antiético interferir no comportamento natural dos gorilas nesse grau. Logo, é necessário esperar que os jovens continuem a espalhar seu conhecimento por todo o clã por conta própria.
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Pesquisadores observaram dois gorilas trabalhando juntos para desmontar armadilhas de caçadores na natureza, dias depois de uma delas ter matado um jovem gorila-das-montanhas. Isso significa que os animais perceberam quão perigosas tais arapucas podiam ser, e aprenderam como identificar e se livrar delas.
A armadilha
O evento ocorreu no Parque Nacional dos Vulcões, uma área protegida que fica no noroeste de Ruanda, em 2012. Milhares dessas armadilhas ilegais são montadas por caçadores de carne para capturar antílopes e outros animais para comer. Embora aparentemente não tenham interesse em primatas, gorilas jovens às vezes caem nessas armadilhas e morrem sem querer.
As arapucas, camufladas com folhas e galhos, contêm um laço e um talo de bambu que se dobra até o chão, com outro pau ou pedra usada para segurar o laço no lugar. Quando um animal se aproxima e move a armadilha, o bambu se lança para trás e aperta o laço em torno da presa, segurando-a no lugar. Se a criatura for leve o suficiente, será içada para o ar.
Enquanto gorilas adultos são grandes e fortes o suficiente para se extraírem dessa armadilha sozinhos, os jovens geralmente não são. Quando não morrem presos na armadilha, correm risco de morrer por ferimentos sofridos durante a sua fuga, como ossos deslocados e cortes gangrenosos.
A surpresa
Os gorilas desta região são uma subespécie do gorila-do-oriente chamada de Gorilla beringei beringei. Eles estão criticamente em perigo de extinção, e a população simplesmente não pode sustentar a perda consistente de jovens gorilas para armadilhas. Segundo Veronica Vecellio, do Centro de Pesquisa Karisoke, do Fundo Internacional de Gorilas Dian Fossey em Ruanda, o maior banco de dados e observador de gorilas selvagens do mundo, o evento de 2012 foi a primeira vez que esses animais foram vistos destruindo armadilhas por conta própria.
Vecellio e sua equipe estavam fazendo buscas diárias por essas armadilhas no parque, a fim de desmantelá-las, quando um dos rastreadores locais avistou um gorila que havia perdido um de seus juvenis para uma das ciladas alguns dias antes. O rastreador, John Ndayambaje, foi desmantelar a armadilha, mas recebeu um sinal de alerta do macho dominante do clã para recuar. “De repente, dois jovens – Rwema, um macho; e Dukore, uma fêmea, ambos com cerca de quatro anos de idade – correram em direção à armadilha”, relatou Vecellio. “Enquanto Ndayambaje e alguns turistas observavam, Rwema pulou no galho de árvore dobrado e quebrou-o, enquanto Dukore soltou o laço”.
Inteligência e evolução
Os pesquisadores também observaram os gorilas trabalharem juntos para destruir uma segunda armadilha. Por causa da confiança e rapidez com que destruíram as armadilhas, os pesquisadores acreditam que esses jovens gorilas entendem como elas são perigosas e já desmantelaram outras antes. Enquanto seria uma boa solução ensinar mais gorilas a desmontar armadilhas, Vecellio e sua equipe disseram que seria antiético interferir no comportamento natural dos gorilas nesse grau. Logo, é necessário esperar que os jovens continuem a espalhar seu conhecimento por todo o clã por conta própria.
FONTE: hypescience
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