Resíduos de sacolas e embalagens plásticas, nylon, corda, copo descartável, embrulho de chocolate, bexiga de festa e borracha. Estes materiais foram encontrados no estômago e intestino de uma tartaruga resgatada na praia de Itaguaçu, em São Francisco do Sul (SC).
A tartaruga-verde (Chelonia mydas) chegou à Unidade de Estabilização de Fauna Marinha da Univille, em São Francisco, no
dia 3 de outubro, debilitada, desidratada, inconsciente e com presença de cracas nas nadadeiras.
Os veterinários da instituição prestaram o atendimento necessário e iniciaram tratamento para tentar reverter o quadro. O animal passou por exames e sessões de hidratação, medicação, higienização. No dia 6, a tartaruga não resistiu e morreu.
Ao passar pelo procedimento de necropsia, os veterinários constataram que o trato gastrointestinal do animal estava repleto de lixo.
A tartaruga-verde (Chelonia mydas) é a espécie de quelônio que mais ocorre no litoral norte de Santa Catarina e também no litoral do Paraná. É também a espécie que mais encalha nestas praias, tanto viva, debilitada muitas vezes, quanto morta.
No Brasil, o seu status de conservação é considerado vulnerável. O que mais ameaça a vida destes animais são os impactos ambientais provocados pelos seres humanos, com destaque para o descarte incorreto do lixo nas praias, no mar e nos rios.
As tartarugas, sobretudo as que se alimentam na costa, acabam ingerindo esse lixo, seja porque confundem com comida, seja porque o lixo está entremeado com o alimento no ambiente.
Os veterinários da Univille verificaram que a quantidade de lixo encontrada no estômago do animal ocupava 100% do volume total do órgão, enquanto que no intestino, os resíduos de lixo ocupavam 25% do seu interior.
De acordo com Leonardo Soares Drumond, veterinário e responsável técnico da equipe PMP-BS/Univille, a ingestão de lixo causa um desequilíbrio completo no organismo do animal, a digestão não é realizada e o trânsito gastrointestinal fica comprometido, o que pode levá-lo à morte.
“Quando está no estômago, o lixo dá uma sensação de satisfação na tartaruga, então ela para de se alimentar e começa a emagrecer. Geralmente, as tartarugas chegam aqui bem magras ou caquéticas. Ao passar para o intestino, o lixo pode gerar um fecaloma (endurecimento das fezes) e o animal pode ficar desidratado. Então, a tartaruga, além de não conseguir defecar, fica suscetível a uma série de complicações e enfermidades”, explica o veterinário.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) atua no resgate de animais marinhos vivos que estejam debilitados e de animais marinhos mortos para a realização de necropsia e coleta de amostras para análises. Caso você aviste uma ave, tartaruga ou mamífero marinho encalhado na praia, vivo ou morto, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341, (47) 3471-3816 ou (47) 99212-9218 em Santa Catarina.
No Paraná, o programa é executado, sob supervisão da Univille, pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do centro de Estudos do Mar da UFPR. Também atende pelo telefone 0800-642-3341.
Com informações do Projeto de Monitoramento de Praias
A tartaruga-verde (Chelonia mydas) chegou à Unidade de Estabilização de Fauna Marinha da Univille, em São Francisco, no
dia 3 de outubro, debilitada, desidratada, inconsciente e com presença de cracas nas nadadeiras.
Os veterinários da instituição prestaram o atendimento necessário e iniciaram tratamento para tentar reverter o quadro. O animal passou por exames e sessões de hidratação, medicação, higienização. No dia 6, a tartaruga não resistiu e morreu.
Ao passar pelo procedimento de necropsia, os veterinários constataram que o trato gastrointestinal do animal estava repleto de lixo.
A tartaruga-verde (Chelonia mydas) é a espécie de quelônio que mais ocorre no litoral norte de Santa Catarina e também no litoral do Paraná. É também a espécie que mais encalha nestas praias, tanto viva, debilitada muitas vezes, quanto morta.
No Brasil, o seu status de conservação é considerado vulnerável. O que mais ameaça a vida destes animais são os impactos ambientais provocados pelos seres humanos, com destaque para o descarte incorreto do lixo nas praias, no mar e nos rios.
As tartarugas, sobretudo as que se alimentam na costa, acabam ingerindo esse lixo, seja porque confundem com comida, seja porque o lixo está entremeado com o alimento no ambiente.
De acordo com Leonardo Soares Drumond, veterinário e responsável técnico da equipe PMP-BS/Univille, a ingestão de lixo causa um desequilíbrio completo no organismo do animal, a digestão não é realizada e o trânsito gastrointestinal fica comprometido, o que pode levá-lo à morte.
“Quando está no estômago, o lixo dá uma sensação de satisfação na tartaruga, então ela para de se alimentar e começa a emagrecer. Geralmente, as tartarugas chegam aqui bem magras ou caquéticas. Ao passar para o intestino, o lixo pode gerar um fecaloma (endurecimento das fezes) e o animal pode ficar desidratado. Então, a tartaruga, além de não conseguir defecar, fica suscetível a uma série de complicações e enfermidades”, explica o veterinário.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) atua no resgate de animais marinhos vivos que estejam debilitados e de animais marinhos mortos para a realização de necropsia e coleta de amostras para análises. Caso você aviste uma ave, tartaruga ou mamífero marinho encalhado na praia, vivo ou morto, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341, (47) 3471-3816 ou (47) 99212-9218 em Santa Catarina.
No Paraná, o programa é executado, sob supervisão da Univille, pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do centro de Estudos do Mar da UFPR. Também atende pelo telefone 0800-642-3341.
Com informações do Projeto de Monitoramento de Praias
FONTE: correiodolitoral
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