Pior que é mesmo.... só que é em todas as cidades do Brasil.... é muita irresponsabilidade.....
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A cadelinha Menina, de quatro anos, foi abandonada em frente à sede da Organização não governamental de proteção animal Célula Mãe há cerca de três meses. Quando foi deixada na porta da ONG, ela havia acabado de ser atropelada.
Os cuidados dos protetores salvaram a vida do animal, mas não impediram que ele carregasse uma sequela do acidente: Menina tem os movimentos da pata traseira limitados e, por isso, caminha com dificuldade.
A história da cadela é recorrente para quem lida com proteção animal. A Célula Mãe estima que cerca de 200 mil animais, entre cães e gatos, vivam em situação de rua na capital baiana. A maioria deles, segundo a presidente da ONG, Janaína Rios, foram abandonados pelos próprios donos.
"Não existe um censo para contabilizar o número de animais que vivem nas ruas. Os dados são baseados em registros do Centro de Controle de Zoonoses, mas consideramos um número pequeno se comparamos com a realidade das ruas", diz.
Grande parte das histórias de abandono, conforme Janaína, tem como pano de fundo a crise econômica: no último ano, a quantidade de animais deixados nas ruas dobrou. "Em 2016, estimamos que 100 mil animais viviam nas ruas. Notamos que este crescimento é um reflexo da crise pois, para muitas pessoas, se livrar do animal é uma forma de cortar despesas", justifica.
Animais idosos ou doentes são os que mais sofrem abandono. Em seis meses, quatro animais foram deixados no pet shop de propriedade da veterinária Letícia Silveira, em Brotas. Três eram idosos – tinham mais de oito anos – e um sofria de uma doença de pele.
Os bichos foram levados pelos donos para serem tosados e, ao término do serviço, eles não retornaram para buscá-los. "Levamos os cachorros na casa dos proprietários mas eles disseram que não queriam mais porque não tinham condições de criar", conta.
Por causa desses episódios, os serviços oferecidos pela clínica só são realizados com a presença do dono do animal. "Animais são, sim, como filhos. A partir do momento em que o dono se propõe a criá-lo, eles devem ser cuidados da melhor forma possível", diz.
Muitos episódios de abandono, segundo a veterinária, são provenientes, ainda, de práticas comuns, como a de oferecer animais como presente: "Animais não são brinquedos. Eles precisam de atenção, alimentação e cuidados e não poder ser descartados ao primeiro sinal de dificuldade".
A compra de animais de raças desconhecidas, segundo a veterinária, também contribui com o aumento de casos. "As pessoas compram animais porque acham bonitos, mas desconhecem as particularidades de cada raça. Os chow chow estão sendo abandonados porque eles não são ideais para o convívio com crianças, por exemplo", explica.
Castração
Uma vez nas ruas, os cães e gatos, além de correrem risco de vida, de contraírem doenças ou sofrerem maus tratos, passam a se reproduzir. Por isso, associações de defesa dos animais defendem a esterilização como forma de controlar a população em situação de rua.
Em Salvador, o Castramóvel – serviço itinerante de castração de cães e gatos – já esterilizou cerca de 24 mil animais, de 2013 a outubro deste ano. O serviço ofereceu, ainda, cerca de 146 mil vacinas contra a raiva em cachorros e cerca de 60 mil em gatos.
Na opinião da presidente da Célula Mãe, Janaína Rios, o fato de o serviço estar vinculado a um tutor limita o número de ações: "Diante da exigência de um responsável pelo animal, o Castramóvel não contempla os cães e gatos em situação de rua, apenas os que têm dono".
A solução para este problema, segundo ela, seriam a adoção de outras políticas públicas efetivas de defesa e proteção animal.
"A castração dos animais de rua, que não tem nenhum tipo de cuidado, é urgente e necessita, sim, de investimento do estado e da prefeitura, afinal, trata-se de um problema de saúde pública", diz.
Feiras
Para minimizar a quantidade de animais que vagam pelas ruas, inúmeras instituições da causa animal promovem feiras de adoção.
Estes eventos, segundo a presidente da Célula Mãe, ajudaram a mudar a mentalidade das pessoas sobre a adoção de animais, sobretudo os sem raça definida. "Além dos vira-latas, as pessoas ainda têm resistência para adotar animais adultos", completa.
As redes sociais também têm ajudado na busca de um lar para cães e gatos. A protetora Vanísia Sobrinho, 38, utiliza o Facebook e o Instagram para divulgar informações para encontrar adotantes para os animais que resgata por conta própria.
"A internet é uma grande parceira na busca de donos para esses animais. Cada compartilhamento nos dá esperança, o final feliz para um animal abandonado ou que sofreu maus tratos fica mais próximo", diz.
Os cuidados dos protetores salvaram a vida do animal, mas não impediram que ele carregasse uma sequela do acidente: Menina tem os movimentos da pata traseira limitados e, por isso, caminha com dificuldade.
A história da cadela é recorrente para quem lida com proteção animal. A Célula Mãe estima que cerca de 200 mil animais, entre cães e gatos, vivam em situação de rua na capital baiana. A maioria deles, segundo a presidente da ONG, Janaína Rios, foram abandonados pelos próprios donos.
"Não existe um censo para contabilizar o número de animais que vivem nas ruas. Os dados são baseados em registros do Centro de Controle de Zoonoses, mas consideramos um número pequeno se comparamos com a realidade das ruas", diz.
Grande parte das histórias de abandono, conforme Janaína, tem como pano de fundo a crise econômica: no último ano, a quantidade de animais deixados nas ruas dobrou. "Em 2016, estimamos que 100 mil animais viviam nas ruas. Notamos que este crescimento é um reflexo da crise pois, para muitas pessoas, se livrar do animal é uma forma de cortar despesas", justifica.
Animais idosos ou doentes são os que mais sofrem abandono. Em seis meses, quatro animais foram deixados no pet shop de propriedade da veterinária Letícia Silveira, em Brotas. Três eram idosos – tinham mais de oito anos – e um sofria de uma doença de pele.
Os bichos foram levados pelos donos para serem tosados e, ao término do serviço, eles não retornaram para buscá-los. "Levamos os cachorros na casa dos proprietários mas eles disseram que não queriam mais porque não tinham condições de criar", conta.
Por causa desses episódios, os serviços oferecidos pela clínica só são realizados com a presença do dono do animal. "Animais são, sim, como filhos. A partir do momento em que o dono se propõe a criá-lo, eles devem ser cuidados da melhor forma possível", diz.
Muitos episódios de abandono, segundo a veterinária, são provenientes, ainda, de práticas comuns, como a de oferecer animais como presente: "Animais não são brinquedos. Eles precisam de atenção, alimentação e cuidados e não poder ser descartados ao primeiro sinal de dificuldade".
A compra de animais de raças desconhecidas, segundo a veterinária, também contribui com o aumento de casos. "As pessoas compram animais porque acham bonitos, mas desconhecem as particularidades de cada raça. Os chow chow estão sendo abandonados porque eles não são ideais para o convívio com crianças, por exemplo", explica.
Castração
Uma vez nas ruas, os cães e gatos, além de correrem risco de vida, de contraírem doenças ou sofrerem maus tratos, passam a se reproduzir. Por isso, associações de defesa dos animais defendem a esterilização como forma de controlar a população em situação de rua.
Em Salvador, o Castramóvel – serviço itinerante de castração de cães e gatos – já esterilizou cerca de 24 mil animais, de 2013 a outubro deste ano. O serviço ofereceu, ainda, cerca de 146 mil vacinas contra a raiva em cachorros e cerca de 60 mil em gatos.
Na opinião da presidente da Célula Mãe, Janaína Rios, o fato de o serviço estar vinculado a um tutor limita o número de ações: "Diante da exigência de um responsável pelo animal, o Castramóvel não contempla os cães e gatos em situação de rua, apenas os que têm dono".
A solução para este problema, segundo ela, seriam a adoção de outras políticas públicas efetivas de defesa e proteção animal.
"A castração dos animais de rua, que não tem nenhum tipo de cuidado, é urgente e necessita, sim, de investimento do estado e da prefeitura, afinal, trata-se de um problema de saúde pública", diz.
Feiras
Para minimizar a quantidade de animais que vagam pelas ruas, inúmeras instituições da causa animal promovem feiras de adoção.
Estes eventos, segundo a presidente da Célula Mãe, ajudaram a mudar a mentalidade das pessoas sobre a adoção de animais, sobretudo os sem raça definida. "Além dos vira-latas, as pessoas ainda têm resistência para adotar animais adultos", completa.
As redes sociais também têm ajudado na busca de um lar para cães e gatos. A protetora Vanísia Sobrinho, 38, utiliza o Facebook e o Instagram para divulgar informações para encontrar adotantes para os animais que resgata por conta própria.
"A internet é uma grande parceira na busca de donos para esses animais. Cada compartilhamento nos dá esperança, o final feliz para um animal abandonado ou que sofreu maus tratos fica mais próximo", diz.
FONTE: uol
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