-----------
Durante três dias, a beleza de uma das mais procuradas paisagens do pôr do sol em São Vicente, no litoral de São Paulo, localizada no morro da Asa Delta, foi ofuscada pela presença de um cachorro que chorava dia e noite sem parar. Aparentemente perdido, o animal foi alimentado e cuidado por guardas que fazem a segurança do teleférico instalado no morro, um dos pontos turísticos mais apreciados por turistas que estão na cidade, até que o bichinho fosse resgatado.
A publicitária Tatiana Rocha, de 34 anos, foi quem filmou o choro incessante do animal e postou em suas redes sociais. Ela conta que a ideia era assistir o pôr do sol do alto do ponto turístico durante o feriado da última quarta-feira (15), mas o cachorro roubou a cena do passeio. ”Primeiro, não achei que fosse um choro. Comecei a brincar com ele e filmar a brincadeira, depois um funcionário me disse que ele havia sido largado ali há três dias e, toda noite, naquele mesmo horário, ele chorava sem parar. Aquilo me partiu o coração”, conta.
Tatiana apelidou o cachorrinho de "Doguinho" e, segundo ela, ele era muito dócil e brincalhão "Fiquei um tempão brincando com ele. Eu o chamava de 'doguinho' e ele vinha atrás de mim, um amorzinho", explica. Para a publicitária, os funcionários do teleférico contaram que o alimentavam com água e comida todos os dias e cuidavam dele enquanto ninguém aparecia para buscá-lo.
Nas redes sociais, o vídeo que viralizou mostra o cachorro chorando no topo do morro da Asa Delta. Nos comentários, todos se sensibilizavam e buscavam um jeito de ajudar o bichinho. "Depois que descobri que ele estava largado e chorando, compartilhei o vídeo para tentar ajudar e não imaginei que repercutiria desse jeito", contou Tatiana.
Após a grande repercussão nas redes sociais, uma pessoa, que preferiu não ser identificada, se dirigiu ao local e encontrou o cachorro nas mesmas condições. Ela conversou com os funcionários do teleférico e, nesta sexta-feira (17), resolveu levar o animal para casa. O G1 tentou entrar em contato com a protetora mas, até a publicação desta reportagem, ela não havia sido localizada.
Fonte: G1
