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3/19/2018

A história da primeira serial killer de animais brasileira

Lamentavelmente, a tal Dalva colocou o Brasil no cenário criminoso mundial contra os animais....
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Vários animais entravam em casa de Dalva, mas nenhum saía. Juliana desconfiou e decidiu contratar um detective privado. Descobriram mais tarde que os animais só de lá saíam mortos, em sacos do lixo, o que levou a Justiça brasileira a condenar Dalva por agir com “deliberada intenção”.

A brasileira Dalva Lina da Silva, de 48 anos, era vista por muitos como uma guardiã dos animais – sozinha, recebia dezenas deles por dia em casa, dizia dá-los para a adopção e admitia gostar muito deles. A capacidade que tinha para tratar de tantos animais começou a levantar suspeitas que, para tristeza de quem nela confiou, acabaram por se confirmar: Dalva recebia cães e gatos em casa e matava-os. Desde Fevereiro que Dalva cumpre 16 anos e meio de pena de prisão por ter matado pelo menos 37 animais (33 gatos e quatro cães) – mas o número pode ser bem mais elevado. Juliana Bussab, uma das fundadoras da organização não governamental Adopte Um Gatinho, contou nesta semana ao site Universa como ajudou a desmascarar Dalva, “a primeira serial killer de animais presa no Brasil”.

Os animais encontrados mortos apresentavam todos “lesões perfurantes” e hematomas subcutâneos, lê-se no relatório do Tribunal de Justiça de São Paulo, escrito pela relatora Rachid Vaz de Almeida e consultado pelo PÚBLICO. Como relatado no documento judicial, a mulher amarrava os animais, injectava-lhes cetamina (“uma substância perigosa e nociva à saúde humana e ao ambiente”) e perfurava-os, fazendo com que perdessem sangue e acabassem por morrer.

Ouvido pelo tribunal, o veterinário que analisou os cadáveres dos animais disse que eles tinham sido “mortos de forma lenta, dolorosa e cruel” e que tinham antes sido submetidos a maus tratos, sendo visível que passavam fome. “Os animais sentiram a dor e estavam conscientes no momento da execução”, reconheceu o médico veterinário Paulo César Maiorka, que foi ouvido pelo tribunal. Diz que nunca tinha visto coisa semelhante, “tanto pelo número, quanto pela forma com que os animais foram tratados”.

Em 2012, Dalva foi considerada pela Justiça como uma assassina em série de animais e foi condenada em primeira instância, mas recorreu da decisão e ficou em liberdade até 2016. Foi novamente condenada em 2017, altura em que aumentaram a sua pena para 16 anos e seis meses de prisão. Esteve desaparecida desde então, mas foi encontrada em Fevereiro, cumprindo agora a sua pena em regime semiaberto numa instituição prisional de São Paulo. Como explica a revista brasileira Exame, o regime semiaberto permite que a pessoa condenada trabalhe e faça cursos fora da prisão durante o dia, devendo retornar à unidade penitenciária durante a noite.

Como surgiu a suspeita?
A desconfiança começou em 2011 – Dalva era a pessoa aconselhada a quem precisasse de entregar animais para adopção, mas Juliana questionava-se como é que uma só pessoa conseguia ajudar mais animais do que uma organização. Dalva, confrontada por Juliana Bussab, dizia que conseguia suportar os custos, porque tinha “uma pensão boa” e também fabricava sabonetes artesanais.

“Eu sei quanto custa manter um abrigo, e ela nunca foi ligada a nenhuma organização, nada”, conta Bussab. Foi isso que a levou a dar o alerta: “Cuidado com a Dalva.” Uma conhecida de Juliana não recebeu o seu aviso e entregou 16 gatinhos que tinha resgatado a Dalva da Silva no início de 2012. Assim que soube, Juliana telefonou a Dalva e pediu a devolução dos animais, mas ela recusou, dizendo que já os tinha enviado de São Paulo para uma residência que tinha no Paraná. A voluntária, incrédula, perguntou-lhe como é que o fizera em menos de 24 horas, já que as duas cidades distam cerca de 800 quilómetros. Dalva ameaçou-a e Juliana decidiu contratar um detective privado.


Inicialmente, pensavam que ela os abandonava ou vendia ilegalmente. Quando passaram a vigiar a sua casa, o detective Edson Criado apercebeu-se de que muitos animais entravam, mas nenhum saía.

O que saía de sua casa em abundância eram sacos do lixo. O detective contratado diz que abriu alguns desses sacos que Dalva trazia para fora, enquanto olhava atentamente em redor, e encontrou gatos mortos, enrolados em jornal. Mais tarde, o detective e a organização de resgate de animais aperceberam-se que uma das pequenas cadelas que tinha sido entregue a Dalva durante a tarde, com um laço rosa, era a mesma que estava num dos sacos, ainda com o lacinho ao pescoço – tanto o momento da entrega como o da cadela embrulhada no saco ficaram registados em fotografias.

Juliana sentiu-se destroçada e sabe que não foi a única a sentir-se assim: “Não se esquece aquilo.” Nos 22 dias em que Dalva foi vigiada, o detective viu que a mulher tinha recebido em sua casa cerca de 300 animais.

No parecer jurídico do Tribunal de Justiça de São Paulo, emitido no final do ano passado, é ainda referido que a arguida utilizou cetamina, uma substância nociva tanto à saúde humana como ao ambiente, nos animais, sem que tivesse licença de compra, suspeitando-se que a tenha conseguido de forma clandestina — o que agravou a sua condenação. Ainda que o fármaco fosse usado, a morte era resultante das várias “perfurações nos grandes vasos e no coração”. Uma das cadelas apresentava 18 perfurações por todo o corpo.

A arguida referiu que os animais se encontravam em fase terminal e que os matava para acabar com o seu sofrimento – mas as autoridades apuraram que se tratava de animais saudáveis. O tribunal decretou que a arguida “agiu com deliberada intenção” de magoar os animais.

“Quando o caso se tornou público, as pessoas comentavam: ‘Deve ser uma velhinha louca.’ Mas não era. Dalva tinha 42 anos, era viúva de um médico, morava num bairro nobre, numa casa grande, tinha uma filha na universidade. Era uma pessoa que, teoricamente, tinha uma vida confortável e regrada. Ninguém imaginava que, por trás disso, ela cometia aqueles actos”, disse à Universa o advogado e voluntário na associação Adopte Um Gatinho Rodrigo Carneiro, que acompanhou as declarações de Dalva em tribunal. “Acredito que ela matava por prazer”, concluiu.

FONTE: publico.pt

2/08/2018

Caso Dalva: a criminosa foi presa

A ANDA publicou a matéria ontem, mas, eu tinha informação por uma leitora que ela estaria presa desde o dia 4 deste mês. Como ela não confirmou, eu não podia divulgar.  Pelo jeito a criatura foi presa mesmo.
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Uma grande conquista conseguida depois de uma dura maratona em busca de provas.
Condenada a 17 anos, 6 meses e 26 dias de reclusão em regime semiaberto pela morte de 37 cães e gatos em 2012, e foragida desde o ano passado, Dalva Lina da Silva, de 48 anos, que ficou conhecida como “a matadora de animais”, foi finalmente presa. Uma pessoa a reconheceu dentro de uma agência do Banco do Brasil e chamou a Polícia Militar que a levou para o 16º DP na Vila Clementina, em SP, sendo posteriormente transferida para a carceragem feminina do 89º DP, no Portal do Morumbi, na zona Sul da cidade, onde deve aguardar a decisão sobre onde cumprirá a pena.

O “Caso Dalva” é inédito. É a maior sentença já proferida envolvendo crime de maus-tratos a animais. Uma grande conquista conseguida depois de uma dura maratona em busca de provas. “Essa decisão é uma grande vitória e a maior do mundo. Em 2016 uma pessoa foi condenada a 15 anos nos Estados Unidos por maus-tratos contra animais. Com a sentença da Dalva reformada, creio que essa condenação é a maior pena que se tem notícia no mundo”, disse a promotora Vania Tuglio, do Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais (Gecap).

Apesar de ter sido condenada pelo assassinato 37 de cães e gatos, milhares de animais de animais recolhidos das ruas ou entregues à Dalva simplesmente tiveram suas vidas arrancadas com muito sofrimento, dor e violência ao longo de 10 anos, numa casa no bairro da Vila Mariana, em SP, onde ela morava. Dentre eles, muitos filhotes ou colônias inteiras de gatos retirados de estabelecimentos públicos, já castrados e vacinados, entregues por protetores que acreditavam que Dalva também fosse uma defensora de animais. Não era. E pior: era uma assassina em série que utilizava um método doloroso para matar os animais num obscuro quartinho em sua própria casa que tinha manchas de sangue nas paredes.

Calcula-se que a serial killer pode ser responsável pela morte de milhares de animais
 | Divulgação

O que acontecia no quarto da morte
De acordo com Paulo Cesar Mayorca, professor do departamento de patologia da USP e perito que necropsiou os corpos dos 37 animais, eles foram assassinados de uma maneira extremamente cruel, o que provocou grande sofrimento e extrema dor por até 30 minutos. Dalva injetava uma droga no peito dos animais por meio de várias agulhadas numa tentativa insana de atingir o coração deles.

Caso não tenha tido algum ajudante, para matar os animais daquela forma sozinha, Dalva tinha que amarrá-los em provável posição de crucificação, com pernas juntas e braços abertos.Todos foram encontrados com várias perfurações no peito e morreram, por conta disso, de hemorragia interna. Uma cachorrinha entregue nas mãos de Dalva poucas horas antes de ser morta (foto) foi o caso mais chocante: tinha 18 perfurações.

Mayorca constatou também que nenhum dos animais apresentava doença terminal ou lesão que comprometesse a saúde deles. O laudo cadavérico, portanto, desmentiu a alegação de Dalva que dizia ter matado apenas seis dos 37 animais por estarem em “estado terminal e sofrendo”.

Condenada desde 2015
Em 2015, Dalva já havia sido sentenciada a 12 anos, 6 meses e 14 dias de prisão pela morte dos animais. Na sentença a juíza Patrícia Álvarez Cruz afirma que a ré recebia os animais em sua casa já determinada a matá-los porque sabia que não teria condições de encaminhá-los à doação. “A ré tem todas as características de uma assassina em série, com uma diferença: as suas vítimas são animais domésticos. De resto, os crimes foram praticados seguindo o mesmo ritual, com uma determinada assinatura, com traços peculiares e comuns entre si, contra diversos animais com qualidades semelhantes e em ocasiões distintas. E o que é bastante revelador: não há motivo objetivo para os crimes. O assassino em série, como o próprio nome diz, é um matador habitual”, afirmou na época.

No entanto, Dalva não foi presa porque uma desembargadora entendeu que não havia motivo para a ré ser mantida em reclusão. Em 2017 o Ministério Público Estadual recorreu da decisão solicitando a progressão da pena e obteve decisão favorável da 10ª Câmara Criminal de Justiça de São Paulo. Dalva foi processada pelo crime previsto no artigo 32, parágrafo 2º, da Lei Federal de Crimes Ambientais – 9605/98, por maus-tratos seguidos de morte dos animais e também por uso de substância proibida (no caso quetamina que tem utilização permitida apenas para veterinários) – crime previsto no artigo 56 da mesma lei.

Dalva disse que adquiria a droga de um veterinário amigo da família que já morreu. Também alegou que todas as centenas de animais que recebeu ao longo de mais de dez anos foram doados, mas que não se lembra para quem doou.

Mortes chocaram protetores e policiais | Divulgação

Como Dalva foi descoberta
A ONG Adote um Gatinho, depois de receber inúmeras denúncias, resolveu contratar um detetive. Numa noite em que Dalva colocava inúmeros sacos pretos na calçada, próximo da hora do caminhão de lixo passar, o detetive desconfiou que podia ser descarte dos corpos e acionou a polícia. Ao abrir os sacos lá estavam 37 animais mortos, a maioria já castrada e vacinada e, inclusive, um cachorrinho de lacinho vermelho entregue na casa da assassina na mesma noite e fotografado pelo detetive. Os seis gatos encontrados vivos na casa de Dalva na noite do flagrante foram entregues à Adote um Gatinho que teve autorização judicial para doá-los.

Na ocasião Dalva, que já era viúva, morava com suas filhas de 5 e 18 anos de idade. A adolescente não foi acusada e nem respondeu processo. Após repercussão na mídia, a casa de Dalva foi alvo de várias manifestações por parte de protetores de animais e ela acabou se mudando de lá. Chegou a morar num sítio no Paraná onde reportagem da TV Record a flagrou com vários animais novamente. Ela falou com o repórter pelo portão da casa e disse que “amava os animais”. Recentemente ela estava morando em SP novamente.

Depoimento de protetoras
O comportamento de Dalva causava estranheza entre alguns moradores da rua. Segundo relato de uma vizinha, que preferiu não se identificar, ela descartava entre 6 e 7 sacos de 100 litros, três vezes por semana (às terças, quintas e sábados), exatamente na hora em que o caminhão de lixo passava. “Era muito lixo para uma casa só”, disse ela.

“Uma casa com três pessoas adultas e uma criança descartar cerca de 2 mil litros de lixo por semana é algo inconcebível. Isto só comprova a prática cruel que ela vinha exercendo todos esses anos”, afirmou na época a ativista Marli Delucca, já falecida, mas que se empenhou muito no caso.

“Sabendo que ela recebia centenas de gatos e cães por mês e com base nessas informações, estimamos que cerca de 30 mil animais possam ter sido mortos pelas mãos de Dalva nos últimos oito anos”, contabiliza Marli Delucca. “A Dalva recebia animais para encaminhar para adoção há cerca de 8, 10 anos. É só fazer as contas”, reforça a protetora Raquel Rignani.

Ativistas e protetores realizaram protestos no portão da casa da criminosa | Divulgação

Doações irresponsáveis facilitaram o trabalho da serial killer
Fica aqui um alerta para quem “doa” animais. É preciso acompanhar as adoções. Ter endereço e telefone dessas pessoas, pedir fotos recentes e até fazer visitas esporádicas. De que adianta resgatar, gastar com medicamentos, veterinários, cirurgias, castrações e, por fim, jogar o animal nas mãos de uma assassina? Dalva conseguiu matar muitos animais graças a irresponsabilidade de muitas pessoas que apenas descartaram os animais nas mãos dela e nunca mais quiseram saber dos bichos. Embora ela própria pegasse animais nas ruas, também recebeu centenas de animais, principalmente gatos, cujo paradeiro ela nunca soube informar.

*Fátima ChuEcco é jornalista ambientalista e atuante na causa animal

Fonte: ANDA

12/26/2017

Foi assim que Carmen Marín matou 2.183 animais no "canil dos horrores" - Espanha

Esta matéria é de 14 de novembro deste ano e quis registrar para comparar o caso da Dalva Lina aqui no Brasil que está foragida por um caso semelhante. Foi o primeiro caso de prisão na Espanha como foi o daqui, ou seja, as coisas estão andando.... devagar, mas, andando. Este caso abaixo já havia denuncia desde 2003, só conseguiram que a justiça entrasse de verdade em 2010 e o julgamento só agora. É mole?

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Foi assim que Carmen Marín matou 2.183 animais no "canil dos horrores" em Torremolinos
A ex-diretora do Protective Animal Park, de Torremolinos, finalmente foi condenado a quase quatro anos de prisão. Este foi um processo judicial demorado.


Hoje é o prazo de cinco dias que o juiz criminal de Málaga deu na semana passada a Carmen Marín , ex-diretora do Animal Park de Torremolinos, para admissão voluntária na prisão. É a primeira pessoa na Espanha a entrar na prisão por uma sentença por abuso de animais .

Durante o tempo em que o Parque Animal estava aberto, o Serviço de Proteção da Natureza (Seprona) estimou que cerca de 2.183 cães e gatos foram executados por Marín ou seus assistentes, muitas vezes sem controle veterinário. No registro que este ramo da Guarda Civil fez em 2010, eles encontraram freezers com cerca de cinquenta cães. Segundo os pesquisadores, o rigor mortis não era exclusivo entre os cadáveres: alguns deles poderiam ter sido congelados ainda vivos.

Desde sempre, Torremolinos tem um pequeno problema com gatos de rua . Durante anos, eles percorreram livremente os jardins da Casa de los Navajas ou nos buracos nas rochas do mar. Agora está proibido a manutenção destes animais. Em janeiro deste ano, o conselho da cidade multou um morador em 250 euros por alimentar uma colônia de gatinhos no local. Tentaram recolher e enviar para o Parque Animal.


Como esses gatos poderiam sobreviver ao Parque dos Animais ?
"Eles não estavam interessados pois o que dava dinheiro eram os cães " , disse Ana Fernández, ex-membro da associação, a Teknautas, pelo que pagou 35 euros por ano. "Isto era pago todas as vezes que fui pegar cachorros. Pelos gatos, o governo não ia pagar nada".

Marín criou em 1996 a Associação de Parque Animal para a Proteção e Defesa dos Animais de Torremolinos, um slogan que agora produz calafrios, mas no início era muito popular. O protetor preenchia uma lacuna na área com grande demanda social e muitas pessoas retornaram o favor, ajudando a levar cachorros abandonados pra lá.
" As pessoas vieram de Sevilha para entregar cães por causa da boa reputação que tinham", explica Fernández, agora presidente da Acção Affectados Parque Animal, outra das associações criadas  durante o mesmo processo de denúncia. "O que realmente estávamos fazendo era trabalhar gratuitamente para assassinos ".

Para cada animal entregue, a instituição cobrava cerca de 60 euros para cães e 30 para gatos. E, por outro lado, cobrava à prefeitura toda eutanásia. Além desses conceitos, eles receberam muita ajuda e até presentes da prefeitura como um quiosque para trabalhar em qualquer feira que houvesse no município. Tal presente foi usado por anos e concedido por Pedro Fernández Montes, Partido Popular. Com esta conivência municipal, atuou desde então, o Animal Park até o seu fechamento.  


O primeiro a gritar
Muitos veterinários passaram pelo Parque dos animais antes e não disseram nada, mas um chamado Rafa não poderia aguentar mais. Em 2008, ele gravou um vídeo das práticas que foram realizadas nas instalações e enviou-o para Seprona, que iniciou uma investigação. Um dia, ela veio de surpresa no abrigo e encontrou o que encontrou: pentobarbital e animais congelados . Não contente com isso, eles retornaram três dias depois e entenderam que esta era a rotina lá.

Em dezembro de 2010, multaram o canil com 15 mil euros e ordenaram seu fechamento por seis meses. Logo depois, o município de Torremolinos assumiu a associação e reabriu em março de 2011, mas apenas por dezoito dias. Era o fim do "canil dos horrores", mas ... qual era o seu início , quando eles começaram a se desviar de forma tão selvagem da civilização?

Três extermínios semanais
Nacho Paunero, diretor da associação El Refugio, esteve presente no caso contra o "canil dos horrores" de Torremolinos por quase seis anos, aproximadamente nas mesmas datas em que a Seprona fez o registro do Animal Park ", explica para Teknautas.

"Pela primeira vez obtivemos a vitória que uma pessoa vá para a prisão ", diz ele,  "obtivemos muitas convicções nos últimos 20 anos, tanto abuso como negligência, e nunca conseguimos levar alguém para a prisão, então isso é impressionante ".

Outras testemunhas, por exemplo, veterinários que foram praticar a proteção  testemunharam no julgamento que Animal Park passou a organizar três sessões semanais de extermínio em que Marín  se apresentava como um veterinário e injetava uma determinada quantidade de  barbitúrico nos animais que funciona mais como sedativo. 

Quando não recebiam uma quantidade suficiente de drogas para matá-los, esses cachorros e gatos que estariam morrendo eram jogados no congelador para acabar com o resto de suas vidas: "Foi terrível e fez milhares de vezes", diz o diretor de El Refugio.

Sacrificar os animais por serem abandonados, infelizmente, agora é legal na Andaluzia. 
"Sacrificar os animais porque eles são abandonados, infelizmente, agora é legal na Andaluzia", ​​explica Paunero, "os únicos lugares onde ele é punido são em Madri e na Catalunha. Se Marín e seu parceiro, Felipe Barco, também condenado, fizessem os sacrifícios respeitando os prazos e formas legais, talvez passassem mais tempo despercebidos. Mas não como ela fez: com intrusão profissional, falsificação de documentos, posse como veterinário e aplicando em qualquer lugar  doses de medicamento bem abaixo do necessário para a eutanásia ... ", diz o presidente de El Refugio.


AS verdadeiras razões da prisão
"Esta condenação que a levou à prisão, não é por causa de abuso animal ", diz Fernández, "mas por causa da falsidade documental: dos 3 anos e nove meses de sentença, apenas um é para abuso, o resto é para roubo de identidade em um documento legal ".

Conforme explicado por testemunhas, Marín repetidamente falsificou a assinatura de um veterinário ao certificar para a prefeitura a eutanásia dos animais. E, por outro lado, há o enredo econômico do assunto, aquele para o qual Carmen Marín ainda não foi julgada e que poderia prolongar sua permanência na prisão .

Os benefícios desta atividade macabra "passaram a ser calculados em quase um milhão de euros " , diz Paunero, porque a associação também é acusada por crimes econômicos.

A direção do El Refugio também celebra a sentença porque o caso "está sendo julgado com o antigo código penal. Por isso é um triunfo maior e teria mais convicção". Eles esperam ver mais casos de abuso animal entre as barras dos tribunais em breve.

Agora estão aguardando o resultado de mais um caso em Puerto Real, Cádiz. É semelhante ao de Torremolinos, mas julgado por um código criminal ainda mais antigo. O juiz os absolveu, mas, apelaram para o tribunal provincial.

"Um cão ou um gato não fala e você tem que ter evidências para apontar os criminosos e colocá-los na frente de um juiz ... O grande problema é descobri-los", encerrou Paunero.

Fonte: El Confidencional

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Vídeo feito em 2011 pela ONG El Refúgio


11/11/2017

Mulher condenada por matar cães e gatos tem pena aumentada e está foragida

É Dalva, a casa caiu mais ainda.... Será que vão encontrar ela? Sabe o que lembro nesta hora? Haviam dezenas de pessoas da proteção animal que sabiam que ela matava e mesmo assim levavam para ela.... Cadê estas pessoas? hein? hein? hein?
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Por decisão em segunda instância, Dalva Lina terá de cumprir 17 anos de prisão por maltratar 37 animais

SÃO PAULO — Condenada em 2015 a 12 anos de prisão por matar 37 cães e gatos, a dona de casa Dalva Lina da Silva teve, na quinta-feira, sua pena aumentada para 17 anos e seis meses de reclusão em decisão de segunda instância da 10ª Câmara de Direito Criminal em São Paulo. Nesta sexta-feira, ao cumprir o mandado de prisão, policiais da Delegacia do Meio Ambiente e a promotora do caso não conseguiram localizar a mulher, que passou a ser considerada foragida pela Justiça.

O caso é considerado emblemático na luta dos direitos dos animais, visto que é a primeira vez que alguém no Brasil é condenado com uma pena tão severa por maltratar cães e gatos.


Na nova decisão da Justiça, Dalva Lina foi condenada a 16 anos e seis meses pela morte dos animais, além de um ano por uso de medicamentos de uso restrito a médicos veterinários. A dona de casa, segundo os autos, executava os bichos com uma injeção no coração.

O crime veio à tona, em 2012, depois que uma ONG contratou um detetive particular para investigar Dalva, que era conhecida por acolher e cuidar de animais. Na época, protetores de animais passaram a desconfiar pela rapidez com que ela dizia arrumar lares para os bichos.

O detetive flagrou Dalva colocando sacos de lixo na frente da casa de uma vizinha no bairro da Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. A polícia foi chamada e encontrou os animais enrolados, individualmente, em panos e jornais. Dentro casa, foram encontrados uma cadela e oitos gatos vivos.

A dona de casa foi detida em flagrante suspeita das mortes, mas aguardava o julgamento do recurso em liberdade. Atualmente, Dalva vivia em um prédio no bairro da Aclimação e se apresentava como Margarida Ladeira.

Quando os policiais chegaram ao local, o porteiro a reconheceu por foto e informou que ela deixou a casa às 11h de quinta-feira. A mulher também não foi encontrada em nenhum dos outros três endereços declarados à Justiça. — Esta condenação com este nível de severidade é única no mundo e é totalmente inédita no Brasil. Esperamos que este caso dê incentivo para outros juízes que atuam nesta área — disse a promotora Vânia Tuglio.

Informações sobre o paradeiro de Dalva Lina devem ser encaminhadas à 1ª e 2ª Delegacia de Meio Ambiente, pelo número 181 ou diretamente ao Grupo Especial de Crimes Ambientes (Gecap), do Ministério Público de São Paulo. — Ela fugiu provavelmente avisada pela sua defesa sobre a decisão. É importante dar um desfecho para este caso — disse a promotora.

Fonte: O Globo

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