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A ursa Rowena, que ficou conhecida como a ‘mais triste do mundo’ durante campanha de transferência do Piauí para São Paulo, morreu nesta quarta-feira (24) em um santuário de animais em Joanópolis (SP). Ela morava há dez meses no local, que foi adaptado para recebê-la.
A morte foi comunicada em uma postagem feita em uma rede social da instituição, na qual o gestor do santuário, Marcos Pompeo, explica a causa da morte. Ela morreu por uma convulsão decorrente de complicações de um tumor. A necrópsia foi feita no hospital veterinário da Universidade de São Paulo. (veja postagem abaixo)
Chamada Marsha até ganhar o nome de Rowena no novo lar, ela comoveu internautas que se engajaram na campanha de transferência do animal de um zoológico em Teresina (PI), onde viva sob temperaturas de cerca de 40 °C, para o santuário em SP, onde o clima é ameno e mais adequado à espécie. “Gente, é com profundo pesar que informamos que a nossa querida Rowena ficou livre. Rowena recebeu todo carinho, todo amor, todos os cuidados ao longo desses meses no Rancho dos Gnomos. Infelizmente ela partiu”, disse o idealizador do santuário, em trecho do vídeo.
Após chegar ao rancho, ela foi tratada por uma equipe e começou a receber alimentação adequada – Rowena chegou a ser alimentada com ração de cachorro enquanto viveu por 25 anos em um circo. Há oito anos havia sido apreendida em Caxias, no Maranhão, e doada ao parque de Teresina pelo Ibama.
No santuário, após ser tratada de verminoses, ela engordou cerca de 80 quilos e trocou de pelo no clima ameno no interior paulista. Chegou a virar personagem de um livro lançado pela cantora Rita Lee.
Rita Lee alimenta a ursa Rowena no Santuário dos Gnomos, em São Paulo
— Foto: Reprodução/ Youtube
No novo lar, Rowena recuperou a pelagem perdida
— Foto: Hellen Souza/Arte G1
Ursa Rowena morre em santuário de animais no interior de SP —
Foto: Biga Pessoa/ Rancho dos Gnomos
Ursa Rowena tinha frutas na dieta de alimentação em Joanópolis —
Foto: Reprodução/ Instagram
Às 22h30 o Rancho dos Gnomos emitiu uma nota de pesar.
Íntegra da nota do santuário:
"O Brasil conheceu recentemente a história da Ursa mais triste do mundo e que aos poucos, se transformou em uma trajetória digna, de muito amor e respeito. Antes chamada de Marsha, a ursa Rowena comoveu pessoas pela seu histórico de maus-tratos, solidão e tristeza transformados pelo cuidado, zelo e a esperança. O Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos notificou com profunda dor o seu falecimento nesse dia 24 de julho.
Em setembro de 2018 Rowena ganhou uma nova vida após sua transferência para o Santuário Rancho dos Gnomos:
Sua adaptação começou com a alegria de ter um recinto que supria todas as suas necessidades, adaptado por doações ao Instituto Luisa Mell, para sua chegada. Na Serra da Mantiqueira, enfim temperaturas amenas após 7 anos no Zoológico de Teresina-PI e anteriores 20 anos trabalhando em condições muito adversas em circos itinerantes pelo país. Os 10kg diários de frutas nos primeiros meses não foram os únicos responsáveis pela evidente evolução da Ursa; nova pelagem, melhora nos aspectos sensoriais e de mobilidade, mais disposição e um olhar que recebia com gratidão essa nova etapa da sua vida.
Todo o processo desde a transferência foi acompanhado por um time veterinárias e biólogos, coordenados pela Dra Carla Spechoto e Dra Kelly Spitaleti, que contribuíam no bem-estar de Rowena entre a rotina médica e seu equilíbrio físico, mental e espiritual. A ursa mais amada do Brasil foi diagnosticada com um tumor ovariano o qual causou lesões em seu cérebro. Rowena apresentou, então, um episódio convulsivo e veio a óbito em seu recinto.
Os fundadores e mantenedores do Rancho dos Gnomos, Silvia e Marcos Pompeo expressam sua enorme gratidão a todos os apoiadores desse trabalho, que diariamente sonham e realizam juntos os propósitos dessa instituição. Apesar de seu falecimento aos 36 anos, o legado de Rowena perpetua como um símbolo da causa animal e dos sentimentos que rodeiam nossas relações para com esses animais. Sempre muito serena, nos lembra de que maus-tratos não se pagam com maus-tratos, sofrimento não se devolve e o amor é realmente o único caminho para cura e conexão entre todos os seres."
Fonte: G1/TV Vanguarda
Que pena. Pelo menos viveu cercada de amor e cuidados nos últimos dez meses.
ResponderExcluirO consolo que me resta por ela e saber que se foi e estava em boa companhia quando da partida...O criador é admirável por estes seres
ResponderExcluirPobrezinha. Que bom que teve dignidade e conforto em seus últimos meses de visa.
ResponderExcluir(Lucia)
visa = vida
ResponderExcluir(Lucia)