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6/05/2019

Cadela de quatro anos já viajou para sete países com os donos

Em motorhome, cachorra visitou três cidades dos Estados Unidos junto aos donos Talita Meurer e Rennan Duarte

Com quatro anos, a golden retriever Lilo já visitou sete países e a lista de viagens feitas junto aos donos Talita Meurer, de 30 anos, e Rennan Duarte, de 27, tende a aumentar. Com as experiências que viveram durante as viagens, o casal criou um blog onde dá dicas e tira dúvidas
sobre como viajar com animais de estimação.

Lilo já passou por Portugal, Estados Unidos, Espanha, França, Mônaco e Vaticano. Atualmente, ela viaja com os donos pela Itália. Segundo Talita, a golden retriever também já viajou para praias pelo Brasil e as visitas ao litoral são as preferidas do animal.

Em um motorhome - veículo que contém cozinha, quarto e banheiro - Talita, Rennan e Lilo visitaram Nova Iorque, Nova Jersey e a Filadélfia, nos Estados Unidos.

Talita contou que, quando tinha que viajar, costumava deixar Lilo na casa de amigos ou em hotéis para cães e gatos. Porém, durante os dias longe de Cuiabá, onde o casal mora, ela sentia a família incompleta.

"Ficava sempre preocupada pensando se ela [a Lilo] estava sendo bem tratada ou se estava incomodando alguém. Sempre que via um cachorro na rua, puxava conversa com o dono para contar que também tinha uma em casa. Pedia até para abraçar o cachorro das pessoas para matar a saudade da minha", disse.

Sempre dá aquele medo de algo estar escrito errado ou do fiscal da imigração implicar com algo. Por isso, viajar com cachorro é apenas para quem quer mesmo", contou.

Lilo fez a primeira viagem com o casal para o litoral de São Paulo. Na segunda vez, ela acompanhou os donos em um passeio de 60 dias pela Europa.


"A ideia surgiu quando vi que era possível levá-la. A Lilo cabe facilmente no nosso estilo de viagem. Gostamos de alugar um carro e viajar pelo país que visitamos para conhecer outras paisagens. Então, não fazia sentido ela não ir junto", avaliou.

De acordo com a arquiteta, os interessados em fazer viagens com animais de estimação precisam ficar atentos ao planejamento. Talita explicou que cada país possui uma burocracia própria.

"Nessa viagem que estamos fazendo agora, por exemplo, vamos à Malta, que apesar de fazer parte do Tratado de Schengen, tem uma burocracia diferente. Sempre dá aquele medo de algo estar escrito errado ou do fiscal da imigração implicar com algo. Por isso, viajar com cachorro é apenas para quem quer mesmo, porque não pode se importar com o trabalho que dá. Tem que levar tudo numa boa", explicou.

Talita disse que encara a burocracia para que Lilo acompanhe ela e o marido ao redor do globo terrestre apenas como mais uma parte da viagem.

Durante os planejamentos, o casal já foi pego de surpresa pela falta de informações sobre documentações e vacinas necessárias para viajar com um cachorro.

Documentação exigida
Para viajar com Lilo para a Europa, a golden retriever precisou fazer exames e tomar injeções, além da implantação de um microchip - necessário para a entrada do animal em outro território. No total, o casal gastou quase R$ 2,8 mil.

Entre as exigências estãp, por exemplo, um exame sorológico, que não sai por menos de R$ 750. Além disso, a arquiteta explicou que apenas uma companhia área transporta cães de grande porte no Brasil.


"Sou obrigada a pagar quanto a empresa quiser cobrar. Antes tínhamos outra, mas agora ela encerrou as operações no Brasil", contou.

Talita explicou que os interessados em viajar com animais de estimação ficam "reféns" da escassez de serviço do tipo. O exame sorológico exigido para Lilo entrar na Europa, por exemplo, só pode ser feito em um laboratório autorizado. No Brasil, apenas uma clínica está apta para realizar o exame.

"Quando fiz o exame pra Lilo, fiz pelo Centro de Zoonoses de São Paulo, paguei R$ 300. Hoje em dia, o laboratório que faz está cobrando R$ 800, porque o Centro de Zoonoses fechou, então ficamos reféns disso", avaliou.

No blog do casal, Talita explica que as passagens para animais de estimação praticamente quadruplicaram de valor. Em 2017, quando viajaram para a Europa, o casal pagou cerca de R$ 200 no bilhete de ida para Lilo.


Porém, atualmente uma passagem para a mesma categoria de cachorros de porte médio está custando cerca de R$ 700. A arquiteta também listou gastos com vacinação e vermifugação que também são necessários para a viagem.

"É difícil estimar o gasto de um cachorro em uma viagem, porque depende do estilo de viajante. Tem gente que viaja com R$ 1 mil e outros com R$ 20 mil. Não existe, por exemplo, um preço tabelado para passagens. Quem define o preço é a companhia aérea, de acordo com o destino e o tamanho do animal. Existem muitas variantes no caminho e o Brasil ainda está engantinhando no processo", explicou.

"Outra cultura"
Sobre as experiências ruins que viveu durante as viagens com Lilo, Talita se lembrou de uma vez em que a golden retriever foi chamada de "imundice" em uma praia de São Paulo. Porém, durante a viagem pela Europa, a arquiteta contou que a cadela é sempre muito bem recebida por onde passa.

"Me falaram que 'em praia de rico não entra cachorro', mas levo numa boa, ignoro e sigo em frente. Na Europa, as pessoas tratam a Lilo melhor do que eu. Uma vez viajamos no frio e amarrei ela do lado de fora de um mercado. O segurança me chamou e pediu para colocá-la para dentro por causa do frio. É outra cultura", lembrou.

Talita contou que o casal ainda não planejou as próximas viagens com Lilo, mas pretendem fazer um roteiro para percorrer praias do Nordeste com a fiel escudeira. 

FONTE: midianews

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