Trabalho voluntário do projeto Animais das Aldeias cuida de mais de 200 cachorros e gatos de populações indígenas da Baixada Santista.
Um projeto social para ajudar crianças de aldeias indígenas da Baixada Santista fez com que a fotógrafa Larissa Reis, de 30 anos, percebesse que não eram só os índios que viviam ali que precisavam de ajuda, mas também os animais. Tocada pela condição daqueles bichos, ela
começou a correr atrás de alimento e tratamento para os cachorros e gatos dos indígenas. Pouco tempo depois, fundou o projeto Animais das Aldeias, que hoje atende mais de 200 animais.
"Como para os índios a situação já é complicada e faltam recursos para a própria população, eles priorizam seus alimentos. Os animais então se alimentam com restos de comida ou se viram caçando", explica a fotógrafa.
No início, Larissa ajudava os animais sozinha e cobria todos os gastos que tinha comprando no mínimo quatro sacos de 25kg de ração por mês. "Foi complicado de início, mas eu precisava ajudar aqueles animais. Então percebi que, para uma ação efetiva, eu tinha que criar algo maior", relata.
Moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Larissa conta que sempre gostou de resgatar e ajudar os animais. Segundo ela, a ideia não é tirá-los dos indígenas, mas sim tratá-los e proporcionar qualidade de vida. "Alguns nós doamos com o consentimento dos indígenas, de forma consciente, pela falta de recursos das aldeias para cuidar de todos", afirma.
Segundo a fotógrafa, os medicamentos que o grupo mais usa e precisa são para vermifugação, sarna e quimioterápicos. Além disso, os produtos de higiene para uso nos animais são muito importantes. Conforme conta à idealizadora do projeto, muitos animais são levados pelas pessoas da cidade e abandonados nas aldeias. Outros, os indígenas resgatam das ruas. "As aldeias viram desova. Muitas pessoas normalmente largam caixas de filhotes e cachorras idosas lá".
A questão do transporte é um desafio. Eles precisam acessar as aldeias, que normalmente são afastadas. Essa parte do trabalho é toda custeada com recursos próprios do grupo. A ajuda entre os voluntários é importante, mas Larissa destaca que ainda não é suficiente. "Seria importante se tivéssemos pessoas que ajudassem mensalmente com doações, principalmente rações".
"Por amor"
Atualmente, o grupo atua voluntariamente em três aldeias: Rio Branco, em Itanhaém, Paranapuã, em São Vicente, e Rio Silveira, em Bertioga, totalizando atendimento para mais de 230 animais. A maior dificuldade é combater o tumor venéreo transmissível que atinge os cachorros e os gatos, que segundo Larissa, é um câncer agressivo e degenerativo.
Para tratar a doença, o projeto agora visita as aldeias uma vez por semana e faz quimioterapia nesses animais. "Em todas as aldeias os cães tem problemas dermatológicos. Quando há a necessidade de atendimento para animais silvestres, nós também ajudamos. Tirando os casos de tratamento quimioterápicos, visitamos as aldeias entre 21 e 28 dias", diz.
A ideia, segundo Letícia, é expandir a iniciativa para todas as aldeias do litoral. Ela também relata que conta com o apoio especial de outras salvadoras e salvadores e que nada seria possível sem os veterinários que a acompanham nessa jornada de forma totalmente voluntária. "Os profissionais tem um coração imenso e fazem um trabalho maravilhoso".
O projeto também faz trabalho de conscientização com os índios sobre a importância do tratamento e cuidado com todos os animais. Em Itanhaém e São Vicente, entre maio e dezembro de 2018, todas as cachorras e gatas foram tratadas e castradas. Também já foi realizada a vermifugação e vacinação de todos os bichos das aldeias destas cidades e, segundo Larissa, o próximo passo é também concluir a ação em Bertioga.
"Todos nós fazemos isso por amor. Mudamos as vidas desses animais e proporcionamos para eles qualidade de vida. Podemos, algumas vezes, não conseguir salvar todos, mas aqueles que salvamos já faz a diferença. Não tem nada que pague isso”, finaliza.
FONTE: G1
Um projeto social para ajudar crianças de aldeias indígenas da Baixada Santista fez com que a fotógrafa Larissa Reis, de 30 anos, percebesse que não eram só os índios que viviam ali que precisavam de ajuda, mas também os animais. Tocada pela condição daqueles bichos, ela
começou a correr atrás de alimento e tratamento para os cachorros e gatos dos indígenas. Pouco tempo depois, fundou o projeto Animais das Aldeias, que hoje atende mais de 200 animais.
"Como para os índios a situação já é complicada e faltam recursos para a própria população, eles priorizam seus alimentos. Os animais então se alimentam com restos de comida ou se viram caçando", explica a fotógrafa.
No início, Larissa ajudava os animais sozinha e cobria todos os gastos que tinha comprando no mínimo quatro sacos de 25kg de ração por mês. "Foi complicado de início, mas eu precisava ajudar aqueles animais. Então percebi que, para uma ação efetiva, eu tinha que criar algo maior", relata.
Moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Larissa conta que sempre gostou de resgatar e ajudar os animais. Segundo ela, a ideia não é tirá-los dos indígenas, mas sim tratá-los e proporcionar qualidade de vida. "Alguns nós doamos com o consentimento dos indígenas, de forma consciente, pela falta de recursos das aldeias para cuidar de todos", afirma.
Segundo a fotógrafa, os medicamentos que o grupo mais usa e precisa são para vermifugação, sarna e quimioterápicos. Além disso, os produtos de higiene para uso nos animais são muito importantes. Conforme conta à idealizadora do projeto, muitos animais são levados pelas pessoas da cidade e abandonados nas aldeias. Outros, os indígenas resgatam das ruas. "As aldeias viram desova. Muitas pessoas normalmente largam caixas de filhotes e cachorras idosas lá".
A questão do transporte é um desafio. Eles precisam acessar as aldeias, que normalmente são afastadas. Essa parte do trabalho é toda custeada com recursos próprios do grupo. A ajuda entre os voluntários é importante, mas Larissa destaca que ainda não é suficiente. "Seria importante se tivéssemos pessoas que ajudassem mensalmente com doações, principalmente rações".
"Por amor"
Atualmente, o grupo atua voluntariamente em três aldeias: Rio Branco, em Itanhaém, Paranapuã, em São Vicente, e Rio Silveira, em Bertioga, totalizando atendimento para mais de 230 animais. A maior dificuldade é combater o tumor venéreo transmissível que atinge os cachorros e os gatos, que segundo Larissa, é um câncer agressivo e degenerativo.
Para tratar a doença, o projeto agora visita as aldeias uma vez por semana e faz quimioterapia nesses animais. "Em todas as aldeias os cães tem problemas dermatológicos. Quando há a necessidade de atendimento para animais silvestres, nós também ajudamos. Tirando os casos de tratamento quimioterápicos, visitamos as aldeias entre 21 e 28 dias", diz.
A ideia, segundo Letícia, é expandir a iniciativa para todas as aldeias do litoral. Ela também relata que conta com o apoio especial de outras salvadoras e salvadores e que nada seria possível sem os veterinários que a acompanham nessa jornada de forma totalmente voluntária. "Os profissionais tem um coração imenso e fazem um trabalho maravilhoso".
O projeto também faz trabalho de conscientização com os índios sobre a importância do tratamento e cuidado com todos os animais. Em Itanhaém e São Vicente, entre maio e dezembro de 2018, todas as cachorras e gatas foram tratadas e castradas. Também já foi realizada a vermifugação e vacinação de todos os bichos das aldeias destas cidades e, segundo Larissa, o próximo passo é também concluir a ação em Bertioga.
"Todos nós fazemos isso por amor. Mudamos as vidas desses animais e proporcionamos para eles qualidade de vida. Podemos, algumas vezes, não conseguir salvar todos, mas aqueles que salvamos já faz a diferença. Não tem nada que pague isso”, finaliza.
FONTE: G1
Larissa e sua equipe são anjos mesmo porque além de tratar dos animais ainda conscientizam os seus tutores índios com os cuidados básicos que devem ter com seus animais de estimação. Apesar das difíceis condições de infra estrutura para cirurgias, a castação dos animais também é muito importante e necessária para evitar aumento da população. Índios, em geral, são seres puros de coração que ainda não aprenderam a malícia dos brancos e só não gosto cem por cento deles, porque não são veganos.
ResponderExcluirQue belo trabalho. Parabéns !!
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