Amei ler a polêmica.... um espetáculo....
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Divergências entre Lamarck e Georges Cuvier sobre pássaro egípcio impediram que a evolução da espécie fosse comprovada.
Os primeiros debates sobre a Teoria da Evolução dos seres vivos começaram, pelo menos, cinquenta anos antes da publicação do estudo “Sobre a Origem das Espécies”, de Charles Darwin, de 1859.
Pelo menos foi o que afirmou uma pesquisa publicada no final do mês de setembro no PLOS Biology Journal.
Segundo Caitlin Curtis, pesquisadora da Universidade de Queensland, na Austrália, e idealizadora do estudo, no início do século XIX, os biólogos franceses Jean-Baptiste Lamarck e Georges Cuvier entraram em uma discussão sobre a origem de um pássaro mumificado encontrado pelas tropas de Napoleão Bonaparte durante uma expedição ao Egito. Identificado inicialmente como uma espécie similar à cegonha, os cientistas observaram diferenças cruciais entre as aves, o que gerou uma grande controvérsia entre eles.
Cuvier foi o primeiro a notar que o fóssil continha elementos até então desconhecidos. Foi ele o responsável por dar um nome ao animal: Numenius íbis, a qual é conhecida hoje como Threskiornis aethiopicus, ou o "Íbis Sagrado". Ao fazer isso, ele se tornou o primeiro biólogo a nomear uma espécie extinta, mas errou ao compará-la com as outras aves de sua época e não encontrar nenhuma ligação, acreditando que, por isso, não havia ocorrido qualquer evolução.
"Cuvier fez medições cuidadosas, mas determinou que nenhuma mudança havia ocorrido ao comparar as aves mumificadas com as espécies modernas", disse Curtis.
Já Lamarck atribuiu dois motivos à falta de mudança visível ao pássaro. Em parte isso seria em decorrência ao próprio ambiente, que não sofreu mudanças significativas ao longo dos anos. Já a outra causa teria sido o período, o qual não foi suficiente para que espécie tivesse realmente apresentado mudanças.
"Cuvier contrariou as ideias evolucionistas emergentes de Lamarck ao concluir que as espécies não podiam mudar com o tempo", afirmou Caitlin Curtis. De acordo com a pesquisadora, se o debate entre Cuvier e Lamarck sobre o Íbis Sagrado tivesse sido melhor desenvolvido na época, a teoria da evolução das espécies - que ficou desacreditada por muito tempo - poderia ter começado a ser estudado bem antes do que realmente foi. Bom para Darwin!
FONTE: revistagalileu
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Divergências entre Lamarck e Georges Cuvier sobre pássaro egípcio impediram que a evolução da espécie fosse comprovada.
Os primeiros debates sobre a Teoria da Evolução dos seres vivos começaram, pelo menos, cinquenta anos antes da publicação do estudo “Sobre a Origem das Espécies”, de Charles Darwin, de 1859.
Pelo menos foi o que afirmou uma pesquisa publicada no final do mês de setembro no PLOS Biology Journal.
Segundo Caitlin Curtis, pesquisadora da Universidade de Queensland, na Austrália, e idealizadora do estudo, no início do século XIX, os biólogos franceses Jean-Baptiste Lamarck e Georges Cuvier entraram em uma discussão sobre a origem de um pássaro mumificado encontrado pelas tropas de Napoleão Bonaparte durante uma expedição ao Egito. Identificado inicialmente como uma espécie similar à cegonha, os cientistas observaram diferenças cruciais entre as aves, o que gerou uma grande controvérsia entre eles.
Cuvier foi o primeiro a notar que o fóssil continha elementos até então desconhecidos. Foi ele o responsável por dar um nome ao animal: Numenius íbis, a qual é conhecida hoje como Threskiornis aethiopicus, ou o "Íbis Sagrado". Ao fazer isso, ele se tornou o primeiro biólogo a nomear uma espécie extinta, mas errou ao compará-la com as outras aves de sua época e não encontrar nenhuma ligação, acreditando que, por isso, não havia ocorrido qualquer evolução.
"Cuvier fez medições cuidadosas, mas determinou que nenhuma mudança havia ocorrido ao comparar as aves mumificadas com as espécies modernas", disse Curtis.
Já Lamarck atribuiu dois motivos à falta de mudança visível ao pássaro. Em parte isso seria em decorrência ao próprio ambiente, que não sofreu mudanças significativas ao longo dos anos. Já a outra causa teria sido o período, o qual não foi suficiente para que espécie tivesse realmente apresentado mudanças.
"Cuvier contrariou as ideias evolucionistas emergentes de Lamarck ao concluir que as espécies não podiam mudar com o tempo", afirmou Caitlin Curtis. De acordo com a pesquisadora, se o debate entre Cuvier e Lamarck sobre o Íbis Sagrado tivesse sido melhor desenvolvido na época, a teoria da evolução das espécies - que ficou desacreditada por muito tempo - poderia ter começado a ser estudado bem antes do que realmente foi. Bom para Darwin!
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