O "paraíso dos elefantes" pode estar em risco com a decisão governamental de desarmar as unidades de combate à caça furtiva.
Pelo menos 87 elefantes foram mortos nas últimas semanas no Botswana, junto a um conhecido santuário da espécie no Delta do Okavango. O aumento do abate ilegal destes animais coincide com a recente decisão governamental de desarmar as unidades de combate à caça furtiva — e que não foi
oficialmente justificada pelo Executivo do recentemente empossado Presidente Mokgweetsi Masisi.
“Estou chocado, completamente estupefacto. A escala da caça furtiva a elefantes é, de longe, a maior que alguma vez vi ou sobre a qual li até à data em qualquer parte de África”, disse à BBC Mike Chase, responsável da organização Elephants Without Boarders (Elefantes sem Fronteiras), que luta pela conservação da espécie.
As carcaças dos elefantes foram encontradas durante um levantamento aéreo que decorre desde Abril e irá estender-se até Outubro. Os números relativos à população de elefantes recolhidos até ao momento são considerados preocupantes, e os investigadores admitem que vão ser encontrados mais animais mortos.
Para além dos elefantes, os cientistas registaram ainda o abate ilegal de pelo menos cinco rinocerontes brancos no espaço de três meses.
O Botswana tem uma das maiores populações africanas de elefantes, contabilizando pelo menos 130 mil exemplares — um número que se mantém estável há aproximadamente 15 anos. O cenário é bem diferente no resto de África, onde o último grande censo de elefantes, conduzido em 2015, indicava a perda de um terço da população continental. A Tanzânia, por exemplo, perdeu 60% dos seus elefantes em cinco anos.
Em todo o continente africano, os elefantes são caçados devido ao valor que o marfim atinge no mercado internacional (e sobretudo asiático). Por contraste, o Botswana era considerado um refúgio seguro para a espécie devido à acção decisiva da sua unidade de combate à caça ilegal. No entanto, a situação alterou-se.
“Os caçadores estão a virar as armas para o Botswana. Temos a maior população de elefantes e é época aberta para os caçadores”, disse Mike Chase à BBC, que critica o dedo ao desarmamento das forças de protecção animal, dizendo que está em causa a reputação do país. É necessária “acção urgente e imediata pelo Governo do Botswana”, defende. “O Botswana sempre esteve na linha da frente da conservação e isso requererá vontade política.”
No entanto, o momento político parece ser hostil aos esforços de conservação, com uma proposta para o fim da proibição da caça ao elefante a ser apresentada por um parlamentar do Botswana que aponta para os danos que os paquidermes causam nos campos cultivados, como escreve o site The South African.
FONTE: publico
Pelo menos 87 elefantes foram mortos nas últimas semanas no Botswana, junto a um conhecido santuário da espécie no Delta do Okavango. O aumento do abate ilegal destes animais coincide com a recente decisão governamental de desarmar as unidades de combate à caça furtiva — e que não foi
oficialmente justificada pelo Executivo do recentemente empossado Presidente Mokgweetsi Masisi.
“Estou chocado, completamente estupefacto. A escala da caça furtiva a elefantes é, de longe, a maior que alguma vez vi ou sobre a qual li até à data em qualquer parte de África”, disse à BBC Mike Chase, responsável da organização Elephants Without Boarders (Elefantes sem Fronteiras), que luta pela conservação da espécie.
As carcaças dos elefantes foram encontradas durante um levantamento aéreo que decorre desde Abril e irá estender-se até Outubro. Os números relativos à população de elefantes recolhidos até ao momento são considerados preocupantes, e os investigadores admitem que vão ser encontrados mais animais mortos.
Para além dos elefantes, os cientistas registaram ainda o abate ilegal de pelo menos cinco rinocerontes brancos no espaço de três meses.
O Botswana tem uma das maiores populações africanas de elefantes, contabilizando pelo menos 130 mil exemplares — um número que se mantém estável há aproximadamente 15 anos. O cenário é bem diferente no resto de África, onde o último grande censo de elefantes, conduzido em 2015, indicava a perda de um terço da população continental. A Tanzânia, por exemplo, perdeu 60% dos seus elefantes em cinco anos.
Em todo o continente africano, os elefantes são caçados devido ao valor que o marfim atinge no mercado internacional (e sobretudo asiático). Por contraste, o Botswana era considerado um refúgio seguro para a espécie devido à acção decisiva da sua unidade de combate à caça ilegal. No entanto, a situação alterou-se.
“Os caçadores estão a virar as armas para o Botswana. Temos a maior população de elefantes e é época aberta para os caçadores”, disse Mike Chase à BBC, que critica o dedo ao desarmamento das forças de protecção animal, dizendo que está em causa a reputação do país. É necessária “acção urgente e imediata pelo Governo do Botswana”, defende. “O Botswana sempre esteve na linha da frente da conservação e isso requererá vontade política.”
No entanto, o momento político parece ser hostil aos esforços de conservação, com uma proposta para o fim da proibição da caça ao elefante a ser apresentada por um parlamentar do Botswana que aponta para os danos que os paquidermes causam nos campos cultivados, como escreve o site The South African.
FONTE: publico
Ao ler notícias como essa, me vem uma mistura de revolta com frustração de tirar o fôlego. Até quando?...
ResponderExcluir