É uma desgraceira danada..... Ô raça de humanos que não tem a mínima compaixão pelos animais.... Imagine a volta de touradas na China nesta cidade maldita onde fazem, também, festival de carne de cachorro como Yulim.... Pior saber que o tal Bolsonaro acha touradas um evento excelente para atrair turismo...... Jesus, nos salve deste e dê muita força para nossos companheiros lá em Macau.....
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Em Macau, a tourada não entra, garantem as associações de defesa dos direitos dos animais, em resposta à notícia de ontem do PONTO FINAL, que dava conta de que um projecto turístico de matriz portuguesa vai levar demonstrações tauromáquicas à província chinesa de Guizhou. “Tudo o que puder fazer para evitar que eles entrem, eu farei”, diz mesmo Albano Martins.
pontofinalmacau@gmail.com
As touradas podem estar de regresso à China. Para Outubro está previsto que um projeto turístico na província chinesa de Guizhou comece a apresentar demonstrações tauromáquicas, mas, no futuro, o objectivo da organização é trazer para a China o cavalo lusitano e começar a fazer touradas a sério. Em Macau, as associações de defesa dos direitos dos animais não vêem a iniciativa com bons olhos. Albano Martins, presidente da Anima, sugere até que, em caso de uma futura tentativa de recuperar as touradas em Macau, as associações de defesa dos animais se unam para impedir a sua entrada.
Para o presidente da Anima, “as touradas e os desportos que maltratem animais que não se podem defender são uma violência que qualquer associação não pode aceitar”. “As pessoas que fazem isso pertencem a um passado que infelizmente teima em estar presente nos dias de hoje”, referiu ao PONTO FINAL.
Em relação ao hipotético regresso das touradas a Macau, Albano Martins é peremptório: “Não, não acredito que as touradas voltem. Eles não entram, nem o Governo iria aceitar. A lei de protecção de animais não iria permitir”. Mesmo que isso fosse equacionado, “a Anima facilmente, juntamente com as outras organizações de defesa dos animais, conseguiria impedir esse tipo de actividade”, diz o presidente da Anima. E explica: “Aqui podemos fazer uma movimentação para impedir a entrada dos animais. É só saber a data em que eles pensam vir e, não digo bloquear, mas fazíamos-lhes a vida muito complicada”. “Tudo o que puder fazer para evitar que eles entrem, eu farei”, sublinha.
“EU FICARIA IMENSAMENTE SATISFEITO SE ELES FOSSEM OS TOUROS”
Mas em Macau também há aficionados, reconhece Martins: “Há cá muitos portugueses que são ignorantes, assim como haverá chineses ignorantes que acham que isto é um desporto. A melhor maneira de as pessoas perceberem a gravidade desta actividade seria se se colocassem no lugar do touro. Eu ficaria imensamente satisfeito se eles fossem os touros”.
Fátima Galvão, fundadora da associação de defesa dos animais MASDAW (Associação para os Cães de Rua e o Bem-Estar Animal em Macau) concorda com o líder da Anima: “Enquanto associação protectora dos direitos dos animais, é evidente que não podemos concordar com uma situação destas. Não faz sentido as pessoas divertirem-se a ver animais serem massacrados”. “Esta nossa posição refere-se não só à tourada como às corridas de cavalos, às corridas de galgos e à caça, tudo o que viole os direitos dos animais”, explica Fátima Galvão.
“Nós temos uma legislação contra a crueldade, penso que eventualmente as touradas sejam consideradas como abuso de animais, não sei que volta é que seria possível dar à lei, mas a tourada é a exploração dos animais com violência”, diz a presidente da MASDAW sobre a possibilidade de as touradas surgirem em Macau, acrescentando que “havendo uma lei de protecção animal em Macau, pode haver fundamento legal para que as touradas não possam acontecer aqui”. Caso este tipo de evento aparecesse em Macau, Fátima acredita que acabaria por ter aceitação do público: “De certeza que ainda há aficionados em Macau. Em termos de atracção turística, funcionaria. Mas Macau tem de mostrar que é uma cidade evoluída”. “Há muita gente sensibilizada para os direitos dos animais, mas ainda há muito caminho para andar”, lamenta.
O empreendimento turístico em causa será construído na província chinesa de Guizhou, na zona de Suiyang, com múltiplas valências (86 hectares) e designado por “Guizhou world culture and custom garden”. O espaço de matriz portuguesa terá como atracção principal uma praça de touros inspirada no Campo Pequeno de Lisboa. Para já, este espaço vai fazer apenas “demonstrações tauromáquicas” em vez de touradas, já que os touros vão usar uma protecção de velcro, mas, no futuro, os organizadores pretendem trazer animais de Portugal e fazer touradas tradicionais.
AS ÚLTIMAS TOURADAS EM MACAU
No final da década de 90, ainda sob a administração portuguesa, realizaram-se vários espectáculos tauromáquicos e Fátima Galvão confessa que até ajudou na sua organização: “Era outra fase da minha vida, eu evoluí”. “Na altura eu era amiga dos organizadores e andava pela cidade com os cartazes da tourada, a fazer campanha. Eu na altura era ferrenha, mas já me fazia impressão ver os ferros cravados nos animais, eu gostava era da festa”. “Desde os cinco ou seis anos que ia a touradas e hoje até tenho amigos toureiros, mas agora para mim seria impensável”, assume. Na altura, as touradas não suscitaram qualquer protesto, diz a activista.
Albano Martins também não se recorda de qualquer acção de protesto contra as touradas em Macau, em 1997, que decorreram no Campo dos Operários, onde hoje se situa o hotel Grand Lisboa: “Não houve protestos, nessa altura nem havia associações de defesa dos animais”, assegura o activista.
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Em Macau, a tourada não entra, garantem as associações de defesa dos direitos dos animais, em resposta à notícia de ontem do PONTO FINAL, que dava conta de que um projecto turístico de matriz portuguesa vai levar demonstrações tauromáquicas à província chinesa de Guizhou. “Tudo o que puder fazer para evitar que eles entrem, eu farei”, diz mesmo Albano Martins.
pontofinalmacau@gmail.com
As touradas podem estar de regresso à China. Para Outubro está previsto que um projeto turístico na província chinesa de Guizhou comece a apresentar demonstrações tauromáquicas, mas, no futuro, o objectivo da organização é trazer para a China o cavalo lusitano e começar a fazer touradas a sério. Em Macau, as associações de defesa dos direitos dos animais não vêem a iniciativa com bons olhos. Albano Martins, presidente da Anima, sugere até que, em caso de uma futura tentativa de recuperar as touradas em Macau, as associações de defesa dos animais se unam para impedir a sua entrada.
Para o presidente da Anima, “as touradas e os desportos que maltratem animais que não se podem defender são uma violência que qualquer associação não pode aceitar”. “As pessoas que fazem isso pertencem a um passado que infelizmente teima em estar presente nos dias de hoje”, referiu ao PONTO FINAL.
Em relação ao hipotético regresso das touradas a Macau, Albano Martins é peremptório: “Não, não acredito que as touradas voltem. Eles não entram, nem o Governo iria aceitar. A lei de protecção de animais não iria permitir”. Mesmo que isso fosse equacionado, “a Anima facilmente, juntamente com as outras organizações de defesa dos animais, conseguiria impedir esse tipo de actividade”, diz o presidente da Anima. E explica: “Aqui podemos fazer uma movimentação para impedir a entrada dos animais. É só saber a data em que eles pensam vir e, não digo bloquear, mas fazíamos-lhes a vida muito complicada”. “Tudo o que puder fazer para evitar que eles entrem, eu farei”, sublinha.
“EU FICARIA IMENSAMENTE SATISFEITO SE ELES FOSSEM OS TOUROS”
Mas em Macau também há aficionados, reconhece Martins: “Há cá muitos portugueses que são ignorantes, assim como haverá chineses ignorantes que acham que isto é um desporto. A melhor maneira de as pessoas perceberem a gravidade desta actividade seria se se colocassem no lugar do touro. Eu ficaria imensamente satisfeito se eles fossem os touros”.
Fátima Galvão, fundadora da associação de defesa dos animais MASDAW (Associação para os Cães de Rua e o Bem-Estar Animal em Macau) concorda com o líder da Anima: “Enquanto associação protectora dos direitos dos animais, é evidente que não podemos concordar com uma situação destas. Não faz sentido as pessoas divertirem-se a ver animais serem massacrados”. “Esta nossa posição refere-se não só à tourada como às corridas de cavalos, às corridas de galgos e à caça, tudo o que viole os direitos dos animais”, explica Fátima Galvão.
“Nós temos uma legislação contra a crueldade, penso que eventualmente as touradas sejam consideradas como abuso de animais, não sei que volta é que seria possível dar à lei, mas a tourada é a exploração dos animais com violência”, diz a presidente da MASDAW sobre a possibilidade de as touradas surgirem em Macau, acrescentando que “havendo uma lei de protecção animal em Macau, pode haver fundamento legal para que as touradas não possam acontecer aqui”. Caso este tipo de evento aparecesse em Macau, Fátima acredita que acabaria por ter aceitação do público: “De certeza que ainda há aficionados em Macau. Em termos de atracção turística, funcionaria. Mas Macau tem de mostrar que é uma cidade evoluída”. “Há muita gente sensibilizada para os direitos dos animais, mas ainda há muito caminho para andar”, lamenta.
O empreendimento turístico em causa será construído na província chinesa de Guizhou, na zona de Suiyang, com múltiplas valências (86 hectares) e designado por “Guizhou world culture and custom garden”. O espaço de matriz portuguesa terá como atracção principal uma praça de touros inspirada no Campo Pequeno de Lisboa. Para já, este espaço vai fazer apenas “demonstrações tauromáquicas” em vez de touradas, já que os touros vão usar uma protecção de velcro, mas, no futuro, os organizadores pretendem trazer animais de Portugal e fazer touradas tradicionais.
AS ÚLTIMAS TOURADAS EM MACAU
No final da década de 90, ainda sob a administração portuguesa, realizaram-se vários espectáculos tauromáquicos e Fátima Galvão confessa que até ajudou na sua organização: “Era outra fase da minha vida, eu evoluí”. “Na altura eu era amiga dos organizadores e andava pela cidade com os cartazes da tourada, a fazer campanha. Eu na altura era ferrenha, mas já me fazia impressão ver os ferros cravados nos animais, eu gostava era da festa”. “Desde os cinco ou seis anos que ia a touradas e hoje até tenho amigos toureiros, mas agora para mim seria impensável”, assume. Na altura, as touradas não suscitaram qualquer protesto, diz a activista.
Albano Martins também não se recorda de qualquer acção de protesto contra as touradas em Macau, em 1997, que decorreram no Campo dos Operários, onde hoje se situa o hotel Grand Lisboa: “Não houve protestos, nessa altura nem havia associações de defesa dos animais”, assegura o activista.
FONTE: pontofinalmacau
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