Roedores foram soltos esta na última sexta-feira (20) na Serra da Carioca.
Em uma operação de cerca de duas horas, oito cutias (Dasyprocta leporina) foram soltas na mata próxima ao Centro de Visitantes Paineiras, no setor Serra da Carioca do Parque Nacional da Tijuca. A ação faz parte do Projeto Refauna Tijuca, que tem como objetivo reconstruir a fauna extinta no Parque Nacional, por meio da reintrodução das espécies animais nativas. Antes de serem soltos, metade dos animais ficou em
um viveiro de aclimatação. A espécie foi escolhida por ser um importante dispersor de sementes, ao enterrá-las para consumo posterior, favorecendo a restauração florestal.
Em uma operação de cerca de duas horas, oito cutias (Dasyprocta leporina) foram soltas na mata próxima ao Centro de Visitantes Paineiras, no setor Serra da Carioca do Parque Nacional da Tijuca. A ação faz parte do Projeto Refauna Tijuca, que tem como objetivo reconstruir a fauna extinta no Parque Nacional, por meio da reintrodução das espécies animais nativas. Antes de serem soltos, metade dos animais ficou em
um viveiro de aclimatação. A espécie foi escolhida por ser um importante dispersor de sementes, ao enterrá-las para consumo posterior, favorecendo a restauração florestal.
"O ineditismo desse projeto é a intenção de se reconstituir todo o ecossistema à partir da reintrodução de espécies importantes para as interações ecológicas. Vários projetos vem tendo sucesso em reintroduções com foco na conservação de espécies ameaçadas, mas o foco na reconstrução do ecossistema é pioneiro no país. Muitas espécies se extinguiram localmente no processo de destruição e recuperação dessa floresta. Apesar de estruturalmente parecer uma floresta saudável, temos o que se chama de uma floresta vazia, onde a falta de animais importantes para a dispersão de sementes pode condenar muitas espécies vegetais ao desaparecimento a médio e longo prazo", ressalta Ernesto Viveiros de Castro, chefe do Parque Nacional da Tijuca.
Além das cutias, o Projeto Refauna iniciou em 2015 a reintrodução do bugio-ruivo (Alouatta guariba) e em breve 2019 novas espécies, como o jabuti-tinga (Chelonoidis denticulatus) e do pássaro trinca-ferro (Saltator similis). Para Marcelo Rheingantz, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações da UFRJ, que é uma dais instituições do Projeto Refauna, a parceria com o Parque Nacional da Tijuca é de suma importância.
"Nossa experiência aqui está servindo para definir protocolo de soltura de animais em outras áreas onde atuamos e pretendemos atuar. São testes de métodos para estabelecer as melhores técnicas de manejo da reintrodução. O fato de o Parque estar em uma área urbana também faz dele uma oportunidade única de estudo".
O projeto Refauna é uma iniciativa da UFRJ com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e diversos outros parceiros. Começou em 2010 com os primeiros grupos de cutias reintroduzidos no Setor Floresta da Tijuca. Após 8 anos, as cutias já estão na quarta geração nascida na Floresta e pode-se dizer que tem uma população estabelecida, ocupando uma área de mais de 130 hectares no entorno da área de soltura.
FONTE: icmbio
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