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12/11/2017

Bem-estar animal: por que investir em abate humanitário vale a pena?

Os caras dão uma desculpa esfarrapada para darem um prazo tão longo para investir em "bem-estar".... Imagine que só em 2026 farão mudanças por causa de 1,5 bilhão em investimento. Como assim, mané?
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A preocupação com o bem-estar animal está na pauta dos produtores rurais e das indústrias catarinenses de processamento de carne. Esta é uma questão absolutamente atual. As agroindústrias barrigas-verdes foram as primeiras empresas brasileiras a aderir ao Programa Nacional de Abate Humanitário, mundialmente conhecido pela sigla STEPS.

O programa está baseado na formação de multiplicadores através da transmissão do conhecimento e na capacitação sobre boas práticas no manejo pré-abate e abate de aves, bovinos e suínos para minimizar o sofrimento que possa ser causado aos animais, melhorando o ambiente de trabalho e a qualidade do produto final. Proporciona, portanto, uma vida melhor aos milhões de animais destinados ao consumo.

Abate humanitário
A adoção dos princípios e conceitos do abate humanitário tornou-se prioridade nos últimos anos. Em 2008, o Ministério da Agricultura e a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) firmaram acordo de cooperação visando implementar melhorias no bem-estar no manejo pré-abate dos animais de produção no Brasil.

Santa Catarina foi o primeiro Estado a receber o programa, através do qual capacitou fiscais federais agropecuários, agentes de inspeção e médicos veterinários conveniados, além das equipes técnicas dos abatedouros. Quando os frigoríficos melhoram o bem-estar dos animais, diminuem os riscos de fraturas, contusões e hematomas, cai o percentual de mortalidade e melhora a qualidade final do produto cárneo.

Cooperação
Atualmente, as indústrias adotam a política do bem-estar animal em várias linhas de atuação, implementado treinamentos de toda a cadeia produtiva, englobando produtores, técnicos, transportadores e funcionários de frigoríficos. Nessa área, indústrias, Embrapa e as ONGs trabalham em estreita cooperação.

Essa cooperação resulta em projetos de estudos e melhorias em várias áreas que envolvem o bem-estar animal. As empresas têm investido fortemente em adaptações físicas, veículos de transportes, plantas frigoríficas e até mesmo nas propriedades rurais, visando minimizar o impacto do manejo dos animais.

Segurança dos trabalhadores e dos animais
Atualmente, todos os animais abatidos nas plantas frigoríficas respeitam os preceitos do Abate Humanitário. As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a qualidade ética dos alimentos que consomem. A adoção pelas empresas das boas práticas de bem-estar animal proporciona segurança dos trabalhadores e dos animais, a facilitação do manejo e do trabalho dos envolvidos com os animais, aumenta a produtividade e a lucratividade da cadeia produtiva e melhora a imagem dos produtos no mercado consumidor, entre outros.

Alto investimento
Entretanto, é preciso compreender que, por trás do romantismo dessa questão complexa, há necessidade de pesados investimentos. Por exemplo, as agroindústrias brasileiras assumiram o compromisso de eliminar até 2026 alguns fatores de desconforto, como as celas de gestação e as gaiolas de poedeiras, usadas na suinocultura e na avicultura industrial.

Não existe em nenhum país produtor legislação sobre isso e o Brasil está saindo na frente, neste quesito. Mas essa mudança é um processo caríssimo que exige R$ 1,5 bilhão de investimentos. A vasta cadeia produtiva da carne é avançada, é sustentável, é um orgulho catarinense.


FONTE: sfagro.uol

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