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Quando uma pessoa viaja centenas ou milhares de quilômetros para um ambiente pouco familiar, quase sempre precisa de ajuda a pedir direções. Felizmente para os seres humanos, sistemas de navegação já são comuns em automóveis ou smartphones. Mas existem animais que conseguem percorrer estas distâncias sem qualquer ajuda, nomeadamente aves migratórias.
Já se sabia que as aves conseguem cobrir grandes distâncias por serem capazes de “observar” o campo magnético da Terra. É por isso que espécies como a andorinha-do-mar comum (na fotografia) consegue viajar 25 mil quilómetros para o sul antes do inverno, e depois regressar ao lugar exato onde tinha construído o seu ninho. Só não se sabia como, até surgir este estudo da Universidade de Lund, na Suécia.
A equipa de pesquisadores usou um grupo de mandarins (pássaros australianos semelhantes, mas não aparentados, a pintarroxos) como cobaias, e descobriu que os recetores que permitem às aves “ver” o campo magnético, permitem-lhes, afinal, ver literalmente o campo magnético. Estes recetores, Cry4, são uma proteína criptocromática, capaz de ver cores num determinado espetro, que se encontra nos olhos das aves. Isto abre a possibilidade para procurar pela presença desta proteína noutras espécies. Talvez até os humanos consigam fazer uma viagem sem se perderem.
FONTE: motor24