Acho tão bom encontrar pessoas lúcidas com referência ao planeta, aos animais e a espécie humana. Penso, exatamente, igual a ela embora tenha tido um filho.... Tenho 3 netos que causam preocupação com o planeta que estamos deixando para eles.....
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Desde muito jovem, a espanhola Audrey García sabia que não queria ter filhos e, aos 39, se submeteu a uma histerectomia. Para ela e outros natalistas, a superpopulação e a escassez de recursos tornam egoísta a decisão de procriar.
O mundo está cheio de casais dispostos a gastar bastante dinheiro e submeter-se a tratamentos médicos às vezes difíceis para conseguir tornar realidade seu sonho de ter filhos. Há pessoas, no entanto, que pensam justamente o contrário: que trazer novas vidas a um mundo superpovoado e com recursos limitados seria "uma falta de responsabilidade".
A espanhola Audrey García, de 39 anos, é uma das que dizem ter motivos fortes para escolher não gerar descendentes. Desde adolescente ela pensava em não ter filhos. Aos 20 anos, no entanto, diz que a ideia se confirmou, por achar que "não é ético ter filhos biológicos".
Os que pensam como ela são conhecidos como antinatalistas – e se inspiram, em geral, nas ideias de David Benatar, diretor do departamento de Filosofia da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, um dos expoentes atuais dessa corrente de pensamento.
O antinatalismo, para García, também está associado ao veganismo, pelo qual ela optou antes mesmo de decidir que não queria filhos. "Como ativista, luto contra todo tipo de exploração animal. Se eu tivesse filhos, seria responsável por criar uma cadeia sem fim de humanos que vão consumir produtos animais, porque não posso garantir de forma nenhuma que meus filhos e netos sejam veganos", afirma. "Ter filhos significaria necessariamente aumentar o sofrimento animal."
Ser antinatalista, na opinião dela, também é ir contra o sistema estabelecido, que "supõe que uma mulher está destinada a ser mãe".
'Egoísmo'?
A espanhola submeteu-se a uma cirurgia de histerectomia, mas não descarta, no entanto, a possibilidade de querer ter filhos no futuro. Adotar crianças é uma opção que ela ainda considera. "As pessoas costumam ficar chocadas, porque veem a esterilização como uma mutilação, mas quando eu explico os motivos, elas entendem. Em geral, nunca tive muitos problemas", afirma.
Aos que dizem que a ideia é "egoísta", a barceloneta responde que nem todos os que decidem não ter descendentes biológicos o fazem pelos mesmos motivos. "Não vejo o que há de egoísta em querer dedicar sua vida a outra coisa que não seja ter filhos. O que acho egoísta é tomar, de maneira unilateral, a decisão de trazer alguém a este mundo."
Outro motivo listado pelos antinatalistas é o fato de que todos os seres humanos experimentam o sofrimento físico, psicológico e emocional. "Claro que há momentos bons na vida, mas não estaria privando ninguém deles. Não se pode privar de nada uma pessoa que não nasceu", diz García. Desde que se tornou ativista, ela diz que lamenta "menos" que seus pais a tenham trazido ao mundo. "Acho que muitas pessoas já pensaram em suicídio uma vez ou outra. Mas, já que estou aqui, tento ser útil."
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Desde muito jovem, a espanhola Audrey García sabia que não queria ter filhos e, aos 39, se submeteu a uma histerectomia. Para ela e outros natalistas, a superpopulação e a escassez de recursos tornam egoísta a decisão de procriar.
O mundo está cheio de casais dispostos a gastar bastante dinheiro e submeter-se a tratamentos médicos às vezes difíceis para conseguir tornar realidade seu sonho de ter filhos. Há pessoas, no entanto, que pensam justamente o contrário: que trazer novas vidas a um mundo superpovoado e com recursos limitados seria "uma falta de responsabilidade".
A espanhola Audrey García, de 39 anos, é uma das que dizem ter motivos fortes para escolher não gerar descendentes. Desde adolescente ela pensava em não ter filhos. Aos 20 anos, no entanto, diz que a ideia se confirmou, por achar que "não é ético ter filhos biológicos".
"Simplesmente não é ético em um mundo superpovoado, onde falta água e comida para muitas pessoas, onde estamos destruindo o meio ambiente, onde não paramos de consumir mais e mais recursos", disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. "Não quando se pode adotar ou acolher (outras crianças)."
Os que pensam como ela são conhecidos como antinatalistas – e se inspiram, em geral, nas ideias de David Benatar, diretor do departamento de Filosofia da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, um dos expoentes atuais dessa corrente de pensamento.
O antinatalismo, para García, também está associado ao veganismo, pelo qual ela optou antes mesmo de decidir que não queria filhos. "Como ativista, luto contra todo tipo de exploração animal. Se eu tivesse filhos, seria responsável por criar uma cadeia sem fim de humanos que vão consumir produtos animais, porque não posso garantir de forma nenhuma que meus filhos e netos sejam veganos", afirma. "Ter filhos significaria necessariamente aumentar o sofrimento animal."
Ser antinatalista, na opinião dela, também é ir contra o sistema estabelecido, que "supõe que uma mulher está destinada a ser mãe".
'Egoísmo'?
A espanhola submeteu-se a uma cirurgia de histerectomia, mas não descarta, no entanto, a possibilidade de querer ter filhos no futuro. Adotar crianças é uma opção que ela ainda considera. "As pessoas costumam ficar chocadas, porque veem a esterilização como uma mutilação, mas quando eu explico os motivos, elas entendem. Em geral, nunca tive muitos problemas", afirma.
Aos que dizem que a ideia é "egoísta", a barceloneta responde que nem todos os que decidem não ter descendentes biológicos o fazem pelos mesmos motivos. "Não vejo o que há de egoísta em querer dedicar sua vida a outra coisa que não seja ter filhos. O que acho egoísta é tomar, de maneira unilateral, a decisão de trazer alguém a este mundo."
Outro motivo listado pelos antinatalistas é o fato de que todos os seres humanos experimentam o sofrimento físico, psicológico e emocional. "Claro que há momentos bons na vida, mas não estaria privando ninguém deles. Não se pode privar de nada uma pessoa que não nasceu", diz García. Desde que se tornou ativista, ela diz que lamenta "menos" que seus pais a tenham trazido ao mundo. "Acho que muitas pessoas já pensaram em suicídio uma vez ou outra. Mas, já que estou aqui, tento ser útil."
FONTE: G1