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11/25/2019

‘Puxadinhos’ de moradores de rua têm até criação de animais - Rio

Juro que não entendo. Esta gente recebe abrigo, tratamento e até emprego. Mas, ninguém quer. Desculpe, mas, sou a favor do recolhimento compulsório.... A quantidade de animais que moram com moradores de rua é grande..... servem de sustento pra muitos deles porque as pessoas com pena dos bichos acabam dando dinheiro para eles....
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‘Puxadinhos’ de moradores de rua têm até criação de animais: estima-se mais de 15 mil pessoas nessa situação no Rio. Início da manhã, na Zona Sul do Rio, cinco pessoas conversam. Enquanto uns comem, outros assistem à TV de tubo conectada a uma ligação clandestina feita diretamente num poste da rua. A cena aconteceu embaixo do viaduto de Laranjeiras, no acesso ao Túnel Santa Bárbara, que abriga um grupo de moradores de rua.


Do outro lado da calçada, parte do que sobrou de uma pracinha sob o viaduto virou móvel dos moradores. Mais à frente, entre colchonetes e carrinhos de compras (em que eles guardam garrafas de água e roupas), está uma lona no chão com livros e CDs usados à venda. Apresentando-se apenas como Neimar, um homem do grupo se aproxima e conta que mora ali há mais de 20 anos.

— Vivo aqui há anos e todo mundo me conhece. Os moradores quando precisam retirar entulho ou despejar qualquer material me chamam, e assim tiro uma grana. Não quero ir para um abrigo. Aqui é seguro, uma viatura da PM fica aqui a noite toda — diz o morador, que prefere não entrar em detalhes sobre como foi parar nas ruas.

No Centro do Rio, é possível observar outros “puxadinhos”. Na Avenida Almirante Barroso e na Praça Virgílio de Melo Franco, próximo ao Aeroporto Santos Dumont, lonas estão montadas na calçada. Em uma delas, há até divisão de ambientes, com poltrona e papelão para fazer a divisória.

No Aterro do Flamengo, embaixo de uma lona improvisada, vivem a ex-doméstica Márcia Regina Soares e o seu marido, Fabrício, que sustenta o casal com trocados que ganha informalmente como guardador de carros. Márcia, que cuida ainda de dois cachorrinhos, morava no Espírito Santo, mas, após uma briga com a ex-sogra, veio para o Rio de Janeiro.

— Deixei dois filhos lá. Aqui no Rio tive outro que hoje está com 13 anos, e não sei mais onde mora porque o entreguei ainda bebê a uma família. Eu tinha problemas com álcool e não podia cuidar dele — desabafa.


Levantamento da Prefeitura do Rio de 2016 indicava 15 mil moradores em situação de rua na cidade
Em Botafogo, embaixo do viaduto da Avenida Pasteur, vivem Natália Nunes da Costa, seu marido, Gilson Silva, nove cachorros e oito gatos. Em 2011, ela veio de Petrópolis, onde morava com a família, para uma vaga de trabalho que não vingou. Então, passou a morar na rua. No espaço onde o casal vive, estão dois carrinhos de supermercado com roupas, comida e ração para os bichos, caixas de madeira, galões de água, travesseiros e lençóis.

Um levantamento da prefeitura de 2016 indica que, naquele ano, havia cerca de 15 mil moradores em situação de rua na cidade para apenas 2,3 mil vagas em abrigos. Mas, de acordo com o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio, o cadastro do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) indica que o número, hoje, pode ser ainda maior. A Defensoria diz que só será possível saber o quadro real quando for realizado um Censo junto a essa população. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos informa que o Censo será realizado em conjunto com o Instituto Pereira Passos (IPP).

Fonte: EXTRA

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