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9/20/2019

Câmara oculta mostra abuso de animais em matadouro de Madrid

Minha Santa de Deus!!!!! como pode acontecer isto? não basta matá-los e ainda tem que ser debaixo de tamanha crueldade?
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Cordeiros a ser atirados, pontapeados e espancados. Um trabalhador a pôr-se em cima dos animais, alguns dos quais já sem força para se aguentarem em pé. A brutalidade das imagens é denunciada pela organização Equalia, que apresentou uma queixa-crime, na segunda-feira, nos
tribunais de Leganés, contra o matadouro Cárnicas Salvanés SL, em Madrid.

A organização acusa a empresa de violar a lei europeia de bem-estar animal e de haver anomalias na higiene das instalações. A Cárnicas Salvanés nega as acusações.

As imagens de uma câmara oculta dentro do matadouro foram divulgadas pelo jornal espanhol "El País", cedidas pela Equalia, e podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.


O matadouro fica em Villarejo de Salvanés, sudeste da região de Madrid, e faz parte de uma empresa familiar administrada por três irmãos. Lá são abatidos cordeiros, ovelhas, cabras e vacas, que são posteriormente consumidos na região e nas áreas de Toledo.

Segundo o "El País", a empresa possuía certificado Halal até o início deste ano, o que significa que o matadouro seguia, em certos lotes, o ritual islâmico em que os animais são sacrificados conforme as normas da religião - são abatidos apenas animais saudáveis, aprovados pelas autoridades sanitárias e que estejam em perfeitas condições físicas.

Durante este ano, todos os animais teriam de ser atordoados para evitar sofrimento desnecessário. No entanto, câmaras escondidas dentro do matadouro, entre junho e início de setembro, mostram que muitos dos animais não foram atordoados antes de serem abatidos. Pelo contrário, mostram cordeiros a ser atirados, pontapeados e espancados numa pequena câmara de acesso ao local de abate. Mostram uma ovelha moribunda, durante toda a noite, sem ser abatida. Mostram más condições de higiene.

Animais que não se conseguem levantar não devem ser arrastados
"O matador desconsidera as suas funções, para que alguns cordeiros passem sem ser sangrados e permaneçam pendurados ao lado dos outros animais mortos. Um deles ficou plenamente consciente até cerca de meia hora, momento em que a imagem perde o destino do animal. Não sabemos se ele foi esfolado vivo", explicou ao "El País" David Herrero, coordenador geral da Equalia, organização que lançou campanhas semelhantes contra outros matadouros em Segóvia e Ávila.

As imagens mostram também ovelhas que não se conseguem levantar ou estão doentes e são levadas para a correia transportadora para entrar na zona de sangramento. Uma delas foi filmada a morrer na noite anterior. "Demorou dez horas até que foi levada para a área de abate", explicou Herrero. A lei prevê que um animal que não possa andar não deverá ser arrastado ou transportado para o local da matança e será sacrificado no local em que está, sem movê-lo ou atirá-lo.

Além de denunciar as irregularidades naquele matadouro, a Equalia faz campanha por "uma implementação progressiva de câmaras de vigilância em matadouros", para ajudar no correto cumprimento dos regulamentos de bem-estar animal e segurança alimentar.

"Pedimos que sejam instaladas onde houver manipulação de animais vivos e que as imagens sejam armazenadas por um mês em estrita conformidade com a lei de proteção de dados. Além disso, essas imagens são analisadas pelo mesmo operador ou pelo serviço de segurança alimentar da Comunidade de Madrid", disse Herrero.

Esse sistema já está implementado em países como Inglaterra, Escócia ou Israel. Além da instalação das câmaras, o "que está claro é que a legislação deve ser mais rígida", afirmou Laura Duarte, presidente do grupo de animais Pacma, citada pelo "El País".

Graças ao trabalho de associações como a Equalia, é possível "provar que tudo isso acontece". "O atordoamento requer um tempo mínimo e, como a cadeia de produção é tão rápida, na maioria das vezes os animais estão plenamente conscientes. Mas a verdade é que o pouco que existe, em termos de regulamentos, não é cumprido", lamentou Laura.

Auditoria no matadouro foi realizada em agosto
A Comunidade de Madrid considera, por sua vez, que a instalação obrigatória de câmaras é uma medida que deve ser tomada pelo Estado. "Os matadouros da Comunidade estão sob controlo oficial dos Veterinários Oficiais da Direção Geral de Saúde Pública, que consiste na inspeção diária dos animais abatidos e nas condições higiénicas das instalações e abate de animais", explicaram ao "El País" fontes do ministério da Saúde de Espanha.

Além das inspeções diárias, também são realizadas auditorias dos procedimentos de trabalho que os operadores do matadouro devem ter estabelecido, pois "devem ter implementado um sistema de autocontrolo baseado na análise de perigos e pontos críticos de controlo, que inclui aspetos de higiene e bem-estar animal". No matadouro Cárnicas Salvanés, essa auditoria foi realizada em agosto.

Fonte: JN/PT Mundo

Um comentário:

  1. Gente ruim, existe em qualquer lugar do mundo, mas parece que eles são maioria.
    E, até quando, teremos que conviver com esse tipo de gente?

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