Que coisa mais linda, minha Santa!!!!!!!!
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O balé noturno das raias mantas no Porto de Santo Antônio vem atraindo a atenção não só dos moradores de Noronha. O pesquisador Guilherme Kodja, que estuda a espécie há 15 anos, esteve na ilha para analisar o comportamento dos animais. Segundo ele, as mantas são juvenis e as "danças" são o movimento delas se alimentando. (Veja vídeo abaixo)
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O balé noturno das raias mantas no Porto de Santo Antônio vem atraindo a atenção não só dos moradores de Noronha. O pesquisador Guilherme Kodja, que estuda a espécie há 15 anos, esteve na ilha para analisar o comportamento dos animais. Segundo ele, as mantas são juvenis e as "danças" são o movimento delas se alimentando. (Veja vídeo abaixo)
O pesquisador realizou três noites de mergulho para obter mais informações dos motivos que levam as raias procurar a área e realizar o balé submarino à noite, fenômeno considerado raro. “A luz atrai o zooplâncton, que é consumido pelas raias por filtragem. O Porto de Santo Antônio é uma área de alimentação”, afirma.
A espécie é classificada como vulnerável ao risco de extinção. As mantas passaram a ser vistas com frequência depois da instalação de um refletor para facilitar o acesso ao desembarque no cais, mas o equipamento teve a luz deslocada pelo vento.
O pesquisador analisou o comportamento nas marés cheia e seca, além dos horários de alimentação dos animais. Foram feitos mergulhos com equipamentos e também em apneia.
“Existe um condicionamento de horário. Por volta das 19h, as raias chegam. Em uma das noites, quatro minutos após acender o holofote [que é automático ao cair da luz natural], os animais chegaram. No período que acompanhei as raias mantas, elas utilizam a área do Porto por mais de 10 horas, com alguns intervalos, o que considero muito tempo”, diz.
A pesquisa é feita com apoio da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com a cooperação técnica do professor e doutor Marcelo dos Anjos. Esta foi a primeira visita do pesquisador, mas o trabalho já vem sendo feito desde o início de maio, quando os mergulhadores locais Silvio Santos, Doug Monteiro e Fernando Silva registraram os primeiros avistamentos noturno das mantas.
“Essa é a primeira visita no local, mas a pesquisa tem o apoio dos mergulhadores da ilha, que fizeram os primeiros registros, e do fotógrafo Fábio Borges. A colaboração tem sido muito importante. Ao longo desse tempo, tenho recebido informações, fotos e imagens que são fundamentais para o estudo”, explica Guilherme Kodja.
Foram observados durante os mergulhos quatro animais na região, sendo que duas raias apareceram com mais frequência. Elas nadam próximas as pedras do Porto de Santo Antônio numa profundidade entre dois e três metros.
Guilherme Kodja explica que, para ter informações precisas, é necessário dar continuidade ao estudo. O pesquisador programou a próxima viagem à ilha para o início de outubro. A ideia é fazer uma visita por mês Fernando de Noronha, enquanto houver a presença das raias mantas.
Desligamento das luzes
Existe uma solicitação ao Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para que a luz, colocada no Porto seja desligada. A iluminação foi instalada para facilitar o acesso ao setor e o vento a direcionou para o mar.
Kodja acredita que, caso o holofote seja desligado ou redirecionado, não será possível observar as raias mantas, que devem procurar outro local para alimentação.
“Ainda haverá a pesquisa do projeto Mantas do Brasil. Depois dessa análise, vou me reunir com os dois pesquisadores para saber qual é a melhor maneira, se vai apagar, redirecionar ou se vamos criar um protocolo para os pesquisadores”, informa o chefe do ICMBio, João Rocha.
O responsável pelo instituto considera que a iluminação não deve ser permanente. “A luz não pode ficar a noite inteira ligada porque interfere no ambiente. Mas ainda vamos identificar a melhor maneira”, declara Rocha.
Fonte: G1
Fonte: G1
Minha vida é tão monótona: nunca tenho a oportunidade de observar coisas lindas como essas.
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