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8/12/2019

Gata tetraplégica será 1ª a testar tratamento com cannabidiol no Brasil

Muito legal! os efeitos o cannabidiol tem ajudado muita gente.
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Reconhecidamente eficaz no alívio de vários tipos de males em humanos, o cannabidiol (CBD), substância derivada da maconha, é também uma esperança no tratamento de dores e convulsões de animais. Liberado para uso veterinário em mais de 20 estados dos Estados Unidos, a substância agora será usada pela primeira vez, de
maneira legal, por uma gata paraplégica, resgatada de uma situação de maus-tratos.

A escolhida para testar o medicamento importado e manipulado pela primeira vez por um laboratório veterinário brasileiro é Denise, uma idosinha, de cerca de 15 anos, que viveu por muito tempo na casa de uma acumuladora sem receber o tratamento adequado.

Atualmente, a gatinha faz uso de luz infravermelha e toma mais de sete remédios por dia para aliviar a dor e controlar convulsões diárias. “Ela sofre com artrite, artrose, hérnia de disco, bico de papagaio, polirradiculite (inflamação de raízes nervosas), osteoporose, hiperestesia (excesso de sensibilidade) à dor e ainda tem a coluna quebrada em oito lugares”, relata sua atual tutora, Simone Gatto.

De acordo com Simone, Denise já utilizou todo tipo de terapia, das mais convencionais às mais alternativas. “Até tratamento espiritual fizemos”, conta. “Hoje ela é acompanhada pela USP, no núcleo que cuida exatamente da dor. A gente aumenta as doses dos remédios a cada dia, mas a gente não quer um animal sedado porque, para que ela não sinta dor, ela tem que estar sedada e a gente não quer isso, a gente quer dar qualidade de vida para ela”, explica Simone.


Esperança de melhora
A expectativa da equipe médica que acompanha a felina é que com o CBD, ela possa – se não zerar a dor – pelo menos ter algum alívio. “A ideia é que esse remédio possa melhorar isso com muitos menos efeitos colaterais que os dos anticonvulsivantes e analgésicos fortes”, afirma a médica veterinária Maira Formenton, do Ambulatório de Dor e Cuidados Paliativos da FMVZ-USP.

Para a especialista, essa é uma grande inovação na medicina veterinária. “Antes, chegava uma hora que você tinha que decidir se sobrecarregava um rim, um fígado ou ia afetar até o próprio estado de consciência. Agora, com a possibilidade de prescrição aqui no Brasil, a gente tem uma opção, que são esses cannabinoides”, comemora.

Legalização do CBD veterinário
O CBD não possui qualquer efeito psicoativo, ou seja, não causa dependência psíquica ou química. Porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu todo um procedimento para a importação e utilização através da RDC 17/15, inclusive classificando a substância como controlada.

No caso de uso da substância para fins veterinários, no aspecto legal, não há regulamentação específica. O órgão responsável pelo controle de medicamentos para animais é o Ministério da Agricultura. Porém, o CBD não consta no rol de substâncias sujeitas a controle especial, conforme disposto na IN 35/17.

Fonte: MSN

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