Espaços brasileiros adaptam conceito dos 'cat cafés'; animais ficam dentro de grandes 'aquários' de vidro e têm a rotina observada
SÃO PAULO - Como em um reality show, eles dormem, se alimentam, brincam e até afiam as unhas sob o olhar de admiradores. A "casa de vidro" em questão não é televisionada, mas um cômodo dentro de uma cafeteria, em que clientes podem observar 12 felinos. Por lá, eventualmente, a cada gole ou garfada, ouve-se ao fundo alguém murmurar um "ah" enquanto um gato faz alguma gracinha.
Espaços e serviços de interação com gatos têm sido abertos no País há cinco anos, inspirados nos "cat cafés" surgidos na Ásia, em que os bichos chegam a circular pelas mesas. Hoje, pelo menos quatro locais adotam o conceito de forma adaptada no Brasil: por questões sanitárias, a maioria dos estabelecimentos mantém um gatil de vidro, do qual é possível avistar os bichos e, eventualmente, visitá-los.
O pioneiro no País é o Café com Gato, fundado há cinco anos em Sorocaba e, hoje, com uma filial em Campinas, ambos no interior de São Paulo. "Só de estar no mesmo ambiente dos gatos, já é diferente", conta a proprietária, Fabiana Ribeiro, de 37 anos.
Grande parte da decoração do local é de temática felina. Na televisão, são transmitidos vídeos dos bichanos em situações diversas, como os que tanto fazem sucesso na internet. "O interesse por gato tem crescido muito. Antes as pessoas tinham muito preconceito. Mas mudou, talvez porque combina mais com esse ritmo louco de vida", conta.
Hoje, o café tem 12 animais, de raças e idades distintas. O que mais chama a atenção é Milk, uma gata sphynx (sem pelagem), que eventualmente Fabiana leva para o café no colo no fim do expediente. "Desde o começo, o que o pessoal mais pede é o contato com os gatos. Mas percebemos que é melhor dessa forma (com eles no "aquário"), para terem uma rotina sem interrupção."
A cada três meses, o espaço sorteia três clientes para fazerem uma sessão de ioga com os felinos. Neste mês, contudo, a sessão foi substituída por um "afofa gatos", em que os selecionados poderão fazer cafuné nos bichanos por um determinado período.
A biomédica Ana Carla Chervencov, de 40 anos, frequenta o local há cinco anos, sabe o nome de todos os gatos e tem até um preferido. "Aqui é a minha segunda casa. Venho de tarde, de noite. Tomo um café e fico olhando para eles", conta. "Amo bichos, fico horas aqui."
A assistente social Monique Melo, de 33 anos, por sua vez, visita o café em média a cada 15 dias. Em geral, costuma escolher mesas mais próximas dos felinos, embora já tenha dois em casa. "Eles têm o jeitão deles. Às vezes, ficam observando, outras, dão nem bola."
Já a estudante Flávia Romio, de 19 anos, visitou o café pela primeira vez nesta semana. Junto com os pais, observou os gatos do vidro, mas ficou "decepcionada" por não poder conhecê-los de perto. "Fiquei olhando, passando vontade."
Outro "cat café" é o Gatto Macchiato, lançado em 2016 em Teresópolis, na serra fluminense. O local também isola os felinos dos clientes por um grande "aquário" de vidro, em L, mas permite visitas de até 25 minutos mediante o pagamento de R$ 10. Para entrar, contudo, também é preciso obedecer regras, como não acordar os que estão adormecidos, não pegá-los no colo e não correr. "Estão acostumados, em menos de 5 minutos já estão brincando com você", diz Mario Luiz Lima, de 54 anos, um dos sócios do espaço.
Com exceção de três "residentes", os demais foram resgatados da rua, são exibidos apenas após passar por tratamento veterinário e castração e estão disponíveis para adoção. Eles são resgatados por parceiros e pelos proprietários do espaço, que também mantêm uma ONG de proteção animal. "Chamamos de 'gatário'. É um local totalmente dedicado a eles, uma Disneylândia de gatinho."
Já, em Porto Alegre, a experiência é diferente: os clientes convivem com os felinos para a prática de ioga. A ideia surgiu um pouco por acaso, quando Ana Luiza Bittencourt, de 37 anos, dava aulas dentro do apartamento em que reside com as gatas Mel, Clara e Lilo. "Tem a ver com essa interação com os bichinhos, essa troca. Eles interagem bem, mas não chegam a invadir a aula, ficam ali, dá um clima diferente."
A experiência é oferecida pelo site Airbnb, por R$ 100, acompanhada de um chá com produtos majoritariamente caseiros e orgânicos. "Quem curte gato, quer fazer tudo com gato", justifica.
SERVIÇO
Café com Gato
Av. Pereira da Silva, 866 - Jardim Santa Rosália - Sorocaba/SP
De 2ª à 6ª, das 12h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 21h
Rua Frei Manoel da Ressurreição, 1.115 - Jardim Guanabara - Campinas/SP
De 3ª a domingo, das 9h às 21h
Gatto Machiatto
R. Nilza Chiapeta Fadigas, 35 - Teresópolis/RJ
De 5ª a domingo, das 15h à meia-noite
Yoga com Gatos + chá da tarde
Bairro Petrópoles - Porto Alegre/RS
SÃO PAULO - Como em um reality show, eles dormem, se alimentam, brincam e até afiam as unhas sob o olhar de admiradores. A "casa de vidro" em questão não é televisionada, mas um cômodo dentro de uma cafeteria, em que clientes podem observar 12 felinos. Por lá, eventualmente, a cada gole ou garfada, ouve-se ao fundo alguém murmurar um "ah" enquanto um gato faz alguma gracinha.
Espaços e serviços de interação com gatos têm sido abertos no País há cinco anos, inspirados nos "cat cafés" surgidos na Ásia, em que os bichos chegam a circular pelas mesas. Hoje, pelo menos quatro locais adotam o conceito de forma adaptada no Brasil: por questões sanitárias, a maioria dos estabelecimentos mantém um gatil de vidro, do qual é possível avistar os bichos e, eventualmente, visitá-los.
O pioneiro no País é o Café com Gato, fundado há cinco anos em Sorocaba e, hoje, com uma filial em Campinas, ambos no interior de São Paulo. "Só de estar no mesmo ambiente dos gatos, já é diferente", conta a proprietária, Fabiana Ribeiro, de 37 anos.
Grande parte da decoração do local é de temática felina. Na televisão, são transmitidos vídeos dos bichanos em situações diversas, como os que tanto fazem sucesso na internet. "O interesse por gato tem crescido muito. Antes as pessoas tinham muito preconceito. Mas mudou, talvez porque combina mais com esse ritmo louco de vida", conta.
Hoje, o café tem 12 animais, de raças e idades distintas. O que mais chama a atenção é Milk, uma gata sphynx (sem pelagem), que eventualmente Fabiana leva para o café no colo no fim do expediente. "Desde o começo, o que o pessoal mais pede é o contato com os gatos. Mas percebemos que é melhor dessa forma (com eles no "aquário"), para terem uma rotina sem interrupção."
A cada três meses, o espaço sorteia três clientes para fazerem uma sessão de ioga com os felinos. Neste mês, contudo, a sessão foi substituída por um "afofa gatos", em que os selecionados poderão fazer cafuné nos bichanos por um determinado período.
A biomédica Ana Carla Chervencov, de 40 anos, frequenta o local há cinco anos, sabe o nome de todos os gatos e tem até um preferido. "Aqui é a minha segunda casa. Venho de tarde, de noite. Tomo um café e fico olhando para eles", conta. "Amo bichos, fico horas aqui."
A assistente social Monique Melo, de 33 anos, por sua vez, visita o café em média a cada 15 dias. Em geral, costuma escolher mesas mais próximas dos felinos, embora já tenha dois em casa. "Eles têm o jeitão deles. Às vezes, ficam observando, outras, dão nem bola."
Já a estudante Flávia Romio, de 19 anos, visitou o café pela primeira vez nesta semana. Junto com os pais, observou os gatos do vidro, mas ficou "decepcionada" por não poder conhecê-los de perto. "Fiquei olhando, passando vontade."
Outro "cat café" é o Gatto Macchiato, lançado em 2016 em Teresópolis, na serra fluminense. O local também isola os felinos dos clientes por um grande "aquário" de vidro, em L, mas permite visitas de até 25 minutos mediante o pagamento de R$ 10. Para entrar, contudo, também é preciso obedecer regras, como não acordar os que estão adormecidos, não pegá-los no colo e não correr. "Estão acostumados, em menos de 5 minutos já estão brincando com você", diz Mario Luiz Lima, de 54 anos, um dos sócios do espaço.
Com exceção de três "residentes", os demais foram resgatados da rua, são exibidos apenas após passar por tratamento veterinário e castração e estão disponíveis para adoção. Eles são resgatados por parceiros e pelos proprietários do espaço, que também mantêm uma ONG de proteção animal. "Chamamos de 'gatário'. É um local totalmente dedicado a eles, uma Disneylândia de gatinho."
Já, em Porto Alegre, a experiência é diferente: os clientes convivem com os felinos para a prática de ioga. A ideia surgiu um pouco por acaso, quando Ana Luiza Bittencourt, de 37 anos, dava aulas dentro do apartamento em que reside com as gatas Mel, Clara e Lilo. "Tem a ver com essa interação com os bichinhos, essa troca. Eles interagem bem, mas não chegam a invadir a aula, ficam ali, dá um clima diferente."
A experiência é oferecida pelo site Airbnb, por R$ 100, acompanhada de um chá com produtos majoritariamente caseiros e orgânicos. "Quem curte gato, quer fazer tudo com gato", justifica.
SERVIÇO
Café com Gato
Av. Pereira da Silva, 866 - Jardim Santa Rosália - Sorocaba/SP
De 2ª à 6ª, das 12h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 21h
Rua Frei Manoel da Ressurreição, 1.115 - Jardim Guanabara - Campinas/SP
De 3ª a domingo, das 9h às 21h
Gatto Machiatto
R. Nilza Chiapeta Fadigas, 35 - Teresópolis/RJ
De 5ª a domingo, das 15h à meia-noite
Yoga com Gatos + chá da tarde
Bairro Petrópoles - Porto Alegre/RS
FONTE: terra
ADOREI!!! É PENA QUE AQUI NA ARGENTINA NÃO TENHAMOS LUGARES ASSIM ONDE COMPARTILHAR UM CAFEZINHO COM FELINOS!!!
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