Gente, olha que coisa mais lindaaaaaaaa....
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Avistar grupos de papagaios-de-peito-roxo (Amazona vinacea) sobrevoando o Parque Nacional das Araucárias (SC) era uma cena comum e pode voltar a ser. O motivo é uma iniciativa realizada pelo Instituto Espaço Silvestre, que visa à reintrodução da espécie. Até o final deste mês, 36 papagaios serão soltos no local, o que contribui para o total de 189 indivíduos livres nesse ambiente.
A coordenadora do projeto e diretora técnica do Instituto Espaço Silvestre, Vanessa Kanaan, explica que os papagaios-de-peito-roxo eram recorrentes na região até que a captura ilegal e o desmatamento reduziram drasticamente o número de aves. Para ela, o projeto veio com o intuito de retomar “cores e sons” que esses animais trazem à floresta.
De acordo com o censo mundial, realizado em 2018, existem mais de 4,7 mil papagaios-de-peito-roxo em vida livre no Brasil, um número que os tornam ameaçados. Para que esses sobreviventes recuperados do tráfico ou reproduzidos em zoológicos possam retornar à natureza, as aves devem passar por um processo de reabilitação.
O monitoramento mostra que papagaios-de-peito-roxo vítimas do tráfico de animais silvestres podem ser reabilitados, soltos e até reproduzem com sucesso. — Vanessa Kanaan “Inclui exames clínicos e laboratoriais, análise genética, além de treinamentos comportamentais”, explica Vanessa. Além do desafio de adaptar uma espécie fragilizada, a própria soltura apresenta suas dificuldades: o viveiro é aberto pela manhã e fechado durante a noite para que as aves entrem e saiam, conforme desejarem, até que se fixem na natureza.
Casal monitorado após soltura é exemplo da reintrodução
Com a ida dos animais para as florestas, os especialistas monitoram o comportamento deles. Observações, escuta de vocalizações e até drones ajudam a indicar se os papagaios estão se relacionando, se dispersando, evitando predadores e localizando abrigos. Bons “vigias” são também os moradores do local, que desempenham a ciência cidadã e relatam o que veem aos pesquisadores.
O processo da soltura 2019 ainda não está finalizado e deve variar de acordo com a resposta comportamental dos papagaios. Até lá, rádio-colares, microchips e anilhas cedidas pelo Centro Nacional de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres auxiliam no controle da espécie.
Fonte: G1 EPTV
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