Estes bichinhos enganam pra caramba..... elas são brabas..... Que bom estão voltando a povoar os rios....
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Manaus - Nos últimos anos, após sofrer uma drástica redução da sua população, uma velha companheira do ribeirinho amazônico voltou a "dar as caras" pelas águas e matas regionais. A espécie pteronura brasiliensis, a popular ariranha, ou onça-d’água, que continua ameaçada de extinção, tem aparecido com maior frequência após décadas de distanciamento da presença humana.
O Em Tempo conversou com especialistas que estudaram a espécie e comprovaram o reaparecimento do animal em alguns pontos do Amazonas. O doutor em zoologia Fernando Rosas, que atuou por 37 anos na Amazônia, informou que houve extinção dessa espécie em alguns pontos específicos. Mas em toda Amazônia, no geral, o animal ainda existe e, nos últimos anos, passou a apresentar um maior número de aparições, inclusive testemunhada por ribeirinhos. Eles acionaram as autoridades sobre a reaparição da espécie.
Com bastante presença na região Amazônica e em países como Bolívia, Colômbia, Guiana, Argentina e Venezuela, a ariranha era freneticamente caçada, por conta do grande valor comercial da pele. A população de ariranhas acabou sendo reduzida, até não ser mais vista nos meados do século passado.
Segundo o doutor Rosas, entre as áreas de aparição estão o Noroeste do Amazonas, precisamente no rio Içana, o alto Rio Negro (nessa região não aparecia desdes 1940) e o lago próximo a hidrelétrica de Balbina, na região metropolitana de Manaus.
"As ariranhas eram bastante comuns no rio Uatumã, mas com o represamento de Balbina, elas foram afastadas. O rio perdeu o curso normal, criou-se o lago que existe hoje. Agora elas retornaram e são relativamente frequentes dentro do lago de Balbina, conseguindo se adaptar a uma nova condição de represamento".
População
É difícil para o doutor Rosas precisar números sobre a quantidade de ariranhas existente, principalmente pelas dimensões da Amazônia, que apenas no território brasileiro, supera 5 milhões de quilômetros quadrados.
"O ribeirinho continua a matar esse tipo de bicho, principalmente por medo, culpando erradamente a ariranha por rasgar malhadeiras e roubar peixes. A realidade é bem diferente do que ocorria no século passado, quando ariranha era bastante caçada por conta da pele", relatou.
O pele do animal era exportado para países da Europa e alimentava a indústria da alta costura. Com a Lei de proteção a fauna, inicialmente de 1982, a exportação de pele de animais silvestre foi reduzindo com o tempo.
“Hoje em dia, as ariranhas não são mais caçadas por razão comercial. O que existe é um abate mais por medo”, diz Rosas.
Incidente
O doutor se refere as características vorazes do animal e também por alguns fatos históricos como a morte de um militar do exército, que pulou na área das ariranhas para salvar um garoto. O homem foi mordido pelos animais e acabou morrendo três dias depois. O fato ocorreu em um zoológico de Brasília na década de 70.
As ariranhas, como predadores, se alimentam de moluscos e crustáceos, mas a base alimentar desse bicho são os peixes. Com essa características, segundo doutor Fernando Rosas, a espécie também pode ser vista como médico das populações de peixe, porque comem os peixes doentes e parasitados - que se descolocam mais lentamente e são mais fáceis de capturar.
As ariranhas vivem em grupos, que variam de 6, 10, 15 a 20 indivíduos em média. Fazem bastante barulho e podem chegar a medir 1,80m e pesam até 45kg. A gestação dura de 65 a 72 dias, e a fêmea dominante do grupo pode dar à luz de um a cinco filhotes. Em cativeiro, o animal pode viver até 17 anos, mas na selva a estimativa é menor.
Ariranha e pescadores
Com o retorno das ariranhas houve registros de alguns conflitos com pescadores. A doutora em Ecologia Patrícia Ribeiro realizou um estudo em 2007, no médio Juruá, no Amazonas, a pedido dos próprios ribeirinhos.
Segundo ela, a situação era um tipo de conflito referente a diminuição na população de peixes da região. O que pode ter surgido quando a população do animal passou a aumentar em alguns lugares.
“Essa afirmação é mais um preconceito do que uma realidade”, contesta a especialista.
O resultado da pesquisa apontou que as ariranhas comem as traíras, que não tem muito valor comercial para o pescador.
“Eles reclamavam também que as ariranhas comiam as matrinchãs, um peixe que tem grande valor comercial, mas na verdade essa espécie é menos de 7% da dieta da ariranha”, detalhou.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o preconceito acontece principalmente porque elas comem o peixe fora da água e são bastante barulhentas. Os pescadores, ao verem com frequência essa cena, acham que as ariranhas comem em abundância.
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Manaus - Nos últimos anos, após sofrer uma drástica redução da sua população, uma velha companheira do ribeirinho amazônico voltou a "dar as caras" pelas águas e matas regionais. A espécie pteronura brasiliensis, a popular ariranha, ou onça-d’água, que continua ameaçada de extinção, tem aparecido com maior frequência após décadas de distanciamento da presença humana.
O Em Tempo conversou com especialistas que estudaram a espécie e comprovaram o reaparecimento do animal em alguns pontos do Amazonas. O doutor em zoologia Fernando Rosas, que atuou por 37 anos na Amazônia, informou que houve extinção dessa espécie em alguns pontos específicos. Mas em toda Amazônia, no geral, o animal ainda existe e, nos últimos anos, passou a apresentar um maior número de aparições, inclusive testemunhada por ribeirinhos. Eles acionaram as autoridades sobre a reaparição da espécie.
Com bastante presença na região Amazônica e em países como Bolívia, Colômbia, Guiana, Argentina e Venezuela, a ariranha era freneticamente caçada, por conta do grande valor comercial da pele. A população de ariranhas acabou sendo reduzida, até não ser mais vista nos meados do século passado.
Segundo o doutor Rosas, entre as áreas de aparição estão o Noroeste do Amazonas, precisamente no rio Içana, o alto Rio Negro (nessa região não aparecia desdes 1940) e o lago próximo a hidrelétrica de Balbina, na região metropolitana de Manaus.
"As ariranhas eram bastante comuns no rio Uatumã, mas com o represamento de Balbina, elas foram afastadas. O rio perdeu o curso normal, criou-se o lago que existe hoje. Agora elas retornaram e são relativamente frequentes dentro do lago de Balbina, conseguindo se adaptar a uma nova condição de represamento".
População
É difícil para o doutor Rosas precisar números sobre a quantidade de ariranhas existente, principalmente pelas dimensões da Amazônia, que apenas no território brasileiro, supera 5 milhões de quilômetros quadrados.
"O ribeirinho continua a matar esse tipo de bicho, principalmente por medo, culpando erradamente a ariranha por rasgar malhadeiras e roubar peixes. A realidade é bem diferente do que ocorria no século passado, quando ariranha era bastante caçada por conta da pele", relatou.
O pele do animal era exportado para países da Europa e alimentava a indústria da alta costura. Com a Lei de proteção a fauna, inicialmente de 1982, a exportação de pele de animais silvestre foi reduzindo com o tempo.
“Hoje em dia, as ariranhas não são mais caçadas por razão comercial. O que existe é um abate mais por medo”, diz Rosas.
Incidente
O doutor se refere as características vorazes do animal e também por alguns fatos históricos como a morte de um militar do exército, que pulou na área das ariranhas para salvar um garoto. O homem foi mordido pelos animais e acabou morrendo três dias depois. O fato ocorreu em um zoológico de Brasília na década de 70.
As ariranhas, como predadores, se alimentam de moluscos e crustáceos, mas a base alimentar desse bicho são os peixes. Com essa características, segundo doutor Fernando Rosas, a espécie também pode ser vista como médico das populações de peixe, porque comem os peixes doentes e parasitados - que se descolocam mais lentamente e são mais fáceis de capturar.
As ariranhas vivem em grupos, que variam de 6, 10, 15 a 20 indivíduos em média. Fazem bastante barulho e podem chegar a medir 1,80m e pesam até 45kg. A gestação dura de 65 a 72 dias, e a fêmea dominante do grupo pode dar à luz de um a cinco filhotes. Em cativeiro, o animal pode viver até 17 anos, mas na selva a estimativa é menor.
Ariranha e pescadores
Com o retorno das ariranhas houve registros de alguns conflitos com pescadores. A doutora em Ecologia Patrícia Ribeiro realizou um estudo em 2007, no médio Juruá, no Amazonas, a pedido dos próprios ribeirinhos.
Segundo ela, a situação era um tipo de conflito referente a diminuição na população de peixes da região. O que pode ter surgido quando a população do animal passou a aumentar em alguns lugares.
“Essa afirmação é mais um preconceito do que uma realidade”, contesta a especialista.
O resultado da pesquisa apontou que as ariranhas comem as traíras, que não tem muito valor comercial para o pescador.
“Eles reclamavam também que as ariranhas comiam as matrinchãs, um peixe que tem grande valor comercial, mas na verdade essa espécie é menos de 7% da dieta da ariranha”, detalhou.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o preconceito acontece principalmente porque elas comem o peixe fora da água e são bastante barulhentas. Os pescadores, ao verem com frequência essa cena, acham que as ariranhas comem em abundância.
FONTE: d.emtempo
Esse é o problema: enquanto estavam escondidas, não havia o total risco de extinção. Agora, ferrou tudo!
ResponderExcluirPescador não cultiva nada, mas quer pegar tudo de graça na natureza e ainda ganhar dinheiro.
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