A matéria nega, mas, que eles sabem que devem morrer por algum motivo sim..... Os elefantes são o maior exemplo quando os velhos ficam pra trás para morrer.... E aí?
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Os bichos têm uma sensibilidade acima da média e, por vezes, parecem entender-nos como ninguém. Mas a forma como lidam com a própria mortalidade tem gerado dúvidas.
A pergunta não é nova e já tirou o sono a muitos investigadores. Será que, tal como os seres humanos, também os animais acabam com a própria vida? Algumas notícias publicadas, ao longo do tempo, nos meios de comunicação social, pareciam indicar que sim.
Em 1845, o “Illustrated London News”, primeiro jornal ilustrado semanal do mundo, fundado em Londres, contou a história de um pequeno cão preto, descrito como “bonito e valioso”, que se atirou ao rio, numa provável tentativa de suicídio. As patas estavam “perfeitamente imóveis”, algo considerado invulgar para um cão que se encontra dentro de água. Além disso, após ter sido resgatado, o animal escapou e voltou a entrar no rio, acabando mesmo por morrer afogado.
Mas os relatos de suicídio animal são ainda mais antigos. Há dois mil anos, o filósofo grego Aristóteles contou a história de um cavalo que se atirou de um abismo, após ter descoberto que, tal como Édipo, se havia relacionado de forma amorosa com a própria mãe.
A ideia de que os animais também colocam termo à vida generalizou-se e, no século XIX, foi acolhida pelos grupos de defesa animal, que procuravam humanizar as emoções dos bichos. “Queriam mostrar que eles também tinham capacidade de autoreflexão e intencionalidade, podendo tirar a própria vida por sofrimento ou fúria”, explicou o historiador Duncan Wilson, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, citado pela BBC.
Os lemingues e as baleias “suicidas”
No entanto, com o avanço da medicina no século XX, o interesse dos estudiosos pelo retrato “heroico” dos animais suicidas foi perdendo importância. O foco era, agora, o dos suicídios que afetavam populações maiores, fruto da pressão social. Dois exemplos perfeitos? O dos lemingues, pequenos roedores herbívoros que vivem na Escandinávia e que, quando se reproduziam em demasia, se atiravam de penhascos, procurando repor o equilíbrio da espécie.
E ainda o das baleias, que, muitas vezes, encalham nas praias, levantando dúvidas quanto a um eventual suicídio em massa. Contudo, essas possibilidades viriam a cair por terra quando Antonio Petri, psiquiatra na Universidade de Cagliari, em Itália, se dedicou ao tema. O especialista analisou cerca de mil estudos publicados ao longo de 40 anos e não encontrou provas de que os animais pratiquem suicídio consciente.
Na verdade, nos picos populacionais dos lemingues, o que acontece é que, ao caminharem de forma desordenada, em bandos, muitos deles acabam por cair dos precipícios, empurrados pelos restantes. Depois, fatores como doenças, poluição do mar e ruído, gerado, por exemplo, por atividades de exploração de petróleo, acabam por gerar confusão espacial nas baleias, interferindo, assim, na comunicação e causando acidentes.
Preti explicou ainda que, quando um animal de estimação morre após o falecimento do dono, não se trata de suicídio, mas de disrupção de um laço social. O bicho não decide morrer: estava tão habituado ao dono que passa a não aceitar comida de mais ninguém. “Pensar que um animal morreu de suicídio como uma pessoa é apenas uma projeção de um estilo de interpretação (romântica) humana”, esclareceu o psiquiatra.
Para o estudioso Ajit Varki, da Universidade da Califórnia, há pouco espaço para dúvidas. “Os animais choram, reconhecem os seus mortos e têm medo de cadáveres, por exemplo, mas não temem a morte como uma realidade”, explicou. Segundo o especialista, apesar de reconhecerem situações de perigo, os animais não têm a capacidade de entender a sua própria mortalidade.
Dessa forma, há uma questão que acaba por ser a chave de tudo. “O que é o suicídio? É induzir a própria mortalidade. Mas como é que podemos induzi-la se não soubermos que somos mortais?”, interroga Varki, reconhecendo, sem rodeios, que “o suicídio é unicamente humano”.
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Os bichos têm uma sensibilidade acima da média e, por vezes, parecem entender-nos como ninguém. Mas a forma como lidam com a própria mortalidade tem gerado dúvidas.
A pergunta não é nova e já tirou o sono a muitos investigadores. Será que, tal como os seres humanos, também os animais acabam com a própria vida? Algumas notícias publicadas, ao longo do tempo, nos meios de comunicação social, pareciam indicar que sim.
Em 1845, o “Illustrated London News”, primeiro jornal ilustrado semanal do mundo, fundado em Londres, contou a história de um pequeno cão preto, descrito como “bonito e valioso”, que se atirou ao rio, numa provável tentativa de suicídio. As patas estavam “perfeitamente imóveis”, algo considerado invulgar para um cão que se encontra dentro de água. Além disso, após ter sido resgatado, o animal escapou e voltou a entrar no rio, acabando mesmo por morrer afogado.
Mas os relatos de suicídio animal são ainda mais antigos. Há dois mil anos, o filósofo grego Aristóteles contou a história de um cavalo que se atirou de um abismo, após ter descoberto que, tal como Édipo, se havia relacionado de forma amorosa com a própria mãe.
A ideia de que os animais também colocam termo à vida generalizou-se e, no século XIX, foi acolhida pelos grupos de defesa animal, que procuravam humanizar as emoções dos bichos. “Queriam mostrar que eles também tinham capacidade de autoreflexão e intencionalidade, podendo tirar a própria vida por sofrimento ou fúria”, explicou o historiador Duncan Wilson, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, citado pela BBC.
Os lemingues e as baleias “suicidas”
No entanto, com o avanço da medicina no século XX, o interesse dos estudiosos pelo retrato “heroico” dos animais suicidas foi perdendo importância. O foco era, agora, o dos suicídios que afetavam populações maiores, fruto da pressão social. Dois exemplos perfeitos? O dos lemingues, pequenos roedores herbívoros que vivem na Escandinávia e que, quando se reproduziam em demasia, se atiravam de penhascos, procurando repor o equilíbrio da espécie.
E ainda o das baleias, que, muitas vezes, encalham nas praias, levantando dúvidas quanto a um eventual suicídio em massa. Contudo, essas possibilidades viriam a cair por terra quando Antonio Petri, psiquiatra na Universidade de Cagliari, em Itália, se dedicou ao tema. O especialista analisou cerca de mil estudos publicados ao longo de 40 anos e não encontrou provas de que os animais pratiquem suicídio consciente.
Na verdade, nos picos populacionais dos lemingues, o que acontece é que, ao caminharem de forma desordenada, em bandos, muitos deles acabam por cair dos precipícios, empurrados pelos restantes. Depois, fatores como doenças, poluição do mar e ruído, gerado, por exemplo, por atividades de exploração de petróleo, acabam por gerar confusão espacial nas baleias, interferindo, assim, na comunicação e causando acidentes.
Preti explicou ainda que, quando um animal de estimação morre após o falecimento do dono, não se trata de suicídio, mas de disrupção de um laço social. O bicho não decide morrer: estava tão habituado ao dono que passa a não aceitar comida de mais ninguém. “Pensar que um animal morreu de suicídio como uma pessoa é apenas uma projeção de um estilo de interpretação (romântica) humana”, esclareceu o psiquiatra.
Para o estudioso Ajit Varki, da Universidade da Califórnia, há pouco espaço para dúvidas. “Os animais choram, reconhecem os seus mortos e têm medo de cadáveres, por exemplo, mas não temem a morte como uma realidade”, explicou. Segundo o especialista, apesar de reconhecerem situações de perigo, os animais não têm a capacidade de entender a sua própria mortalidade.
Dessa forma, há uma questão que acaba por ser a chave de tudo. “O que é o suicídio? É induzir a própria mortalidade. Mas como é que podemos induzi-la se não soubermos que somos mortais?”, interroga Varki, reconhecendo, sem rodeios, que “o suicídio é unicamente humano”.
FONTE: noticiasmagazine
Quando animais de estimação recusam alimentar-se porque tutores morreram ou viajaram, estão se recusando a viver. Quando entram em depressão por conta da separação de tutores cônjuges, idem. Quando perdem a companhia de seu companheiro e amigo de quatro patas, também. Fêmeas quando perdem seus filhotes ou eles nascem mortos, se deprimem e podem querer morrer. Mas é claro que o estudioso Varki e o psiquiatra Antonio Petri ainda não estudaram o suficiente para reconhecer numa boa que "o suicídio não é unicamente humano" não, compadres; "unicamente humana" é a arrogância e prepotência de alguns pesquisadores achando que animais são menos, quando se trata de sentir emoções, tristeza, depressão, desalento e melancolia que os podem desmotivar para acordarem, dessedentar-se, nutrir-se, doar ou receber amor, em suma, querer viver. Igualzinho, sem tirar nem por, como acontece com a gente quanto a gente não "sacode a poeira e dá a volta por cima" e quando não tem aquele suporte religioso ou solidário que não deixe a gente cair no fundo do poço, por mais que a gente insista em cair nele.
ResponderExcluirInterpretem como quiser, mas a única certeza que tenho é que pesquisadores não sabem de nada. Os animais são tão evoluídos, que não precisam de palavras para se comunicar. Nós é que somos atrasados e não conseguimos entender! Quando entendermos, não precisaremos mais de pesquisas.
ResponderExcluirEstou de acordo com os comentários acima, da Sandra e da Vitória.
ResponderExcluirÉ muita arrôgancia do pesquisador Ajit Varki, pensar que só o animal-humano pode refletir sobre a morte. Como ele sabe ? Que "instrumentos" usou para "medir" as emoções dos animais não-humanos ?
Como ativista participante do Movimento dos Direitos dos Animais,fui testemunha mais de uma vez (infelizmente) de que os porcos, as vacas, as galinhas e outros seres inocentes, não querem morrer quando estão alinhados no matadouro.
Me pergunto : Será que este sr Varki alguma vez observou os animais com olhos de compaixão ?