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8/03/2018

Companhia de viagens pára de vender bilhetes para SeaWorld

Se todas as empresas de viagens fizessem o mesmo, seria o melhor de acontecer, não?
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A Thomas Cook, uma das maiores empresas de viagens do Reino Unido, decidiu parar de vender bilhetes para o polêmico parque de animais que mantém orcas em cativeiro.

A notícia foi divulgada pelo próprio grupo empresarial que detém linhas aéreas,
pacotes de viagens internacionais e ligações com cruzeiros e hotéis. A Thomas Cook vai deixar de vender bilhetes para o SeaWorld, o polêmico parque aquático que mantém mamíferos marinhos em cativeiro, como orcas, outras espécies de baleias e golfinhos.

Num comunicado publicado no site oficial do grupo, o chefe-executivo Peter Fankhauser revelou que tomou a decisão após um inquérito sobre direitos animais feito aos clientes da companhia. Mais de 90% dos inquiridos mostrou-se preocupado com o bem-estar animal. A Thomas Cook também teve em atenção evidências e estudos científicos sobre o tratamento dos animais no parque aquático, segundo Fankhauser.

Desta forma, a companhia britânica vai terminar a venda de bilhetes para o SeaWorld na Flórida e o Loro Parque nas Ilhas Canárias a partir do próximo Verão.

"Esta não foi uma decisão tomada de ânimo leve", confessou o chefe-executivo no comunicado. "Tivemos contato ativo com uma variedade de especialistas de bem-estar animal durante 18 meses e tivemos em conta as evidências científicas apresentadas por estes". Fankhauser menciona ainda o feedback dos clientes do grupo: "Tantos clientes nosso foram tão claros nos seus pontos-de-vista. Por isso, não podíamos deixar que o nosso negócio os ignorasse, o que nos levou à decisão que tomamos hoje".

A Thomas Cook já tinha deixado de promover o SeaWorld digitalmente, depois da polêmica com o abate da orca Kasatka, uma baleia capturada na costa da Islândia e levada para cativeiro no SeaWorld com apenas dois anos de idade. Kasatka mostrou sempre alguns comportamentos agressivos com humanos, tendo chegado a agarrar o seu treinador pelo braço e a puxá-lo para o fim do aquário. Este sobreviveu com ferimentos leves, mas pouco depois a orca teve de ser abatida devido a uma pneumonia prolongada. Ativistas animais acusaram o parque de tê-lo feito por causa do comportamento do animal e não por motivos de doença prolongada.

Há cerca de um ano e meio, a direção do parque fechou 29 atrações e introduziu uma nova política de bem-estar animal, o que não foi suficiente para a Thomas Cook manter os negócios com o SeaWorld.

"Respeitamos e aplaudimos o trabalho que tem sido feito, e iremos trabalhar com os parques [Florida e Ilhas Canárias] nos próximos 12 meses para preparar a saída", afirmou Frankauser. "Vamos continuar também a trabalhar para encontrar alternativas mais sustentáveis".

O SeaWorld já reagiu à decisão e acusou-a de ser baseada em ideias de organizações anti-zoológicos "lideradas por uma minoria de ativistas que não estão realmente preocupados com o bem-estar animal". "Isto não mudará a nossa determinação em garantir o bem-estar de todos os animais deste mundo, e pela conservação da biodiversidade num planeta ameaçado pela sexta extinção", escreveu a direção do Loro Parque num comunicado  colocado no site oficial.

Um SeaWorld cheio de controvérsias
O SeaWorld e o Loro Parque nas Ilhas Canária estão entre os 20 parques de animais que cumprem apenas o mínimo das direções de proteção animal impostas pela Associação de Agências de Viagens Britânica (ABTA, sigla em inglês).

Apesar de o parque já existir desde 1964 e capturar animais selvagens e confiná-los a cativeiros logo que foi fundado, a partir da emissão do documentário Blackfish em 2013 a atenção pública virou-se para o funcionamento do parque e os direitos dos animais residentes no SeaWorld. Produzido depois da morte de um treinador por uma orca com um historial de agressividade e comportamento errático, o filme provocou uma descida acentuada do número de visitantes e do valor das ações da empresa na Bolsa de Nova Iorque, além de contínuas manifestações contra o funcionamento do parque.

Em resposta às críticas, em 2014 o SeaWorld declarou que iria deixar de capturar animais do seu habitat selvagem e que iria terminar com o seu programa de criação de orcas, mas não referiu se iria cerrar o horário de trabalho dos animais dos espetáculos que podem chegar às 15 horas por dia.

"Se aceitamos que as orcas são muito inteligentes, são animais sociais que sentem dor e alegria, amor e sofrimento, medo e saudade, então temos de rejeitar as empresas que lucram por negar a este seres marinhos tudo o que lhes natural e importante", declarou Jean-Michel Cousteau, um explorador francês, num texto  publicado em Maio pela PETA, a ONG de proteção dos direitos animais, onde Cousteau pedia que a Thomas Cook cessasse a sua ligação com o SeaWorld.


FONTE: sabado.pt

6 comentários:

  1. Ebaaa!!! Tenho muitas esperanças de que toda a humanidade vai evoluir amando,respeitando os,as anjinhos,as nao-humanos,as sem pecados,os,as anjos verdes sem pecados,e os 4 cantos do Planeta Terra!!!!O Futuro e Vegano!!!!

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  2. Diversão para humanos é: parques com brinquedos mirabolantes, piscinas malucas, shows musicais, torneio esportivo, cinema, jogos para celular, etc. Nem as crianças se interessam por animais "adestrados" presos e fazendo dinheiro para idiotas. Isso é coisa do passado.

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