Dá para imaginar o que deve ter rolado de abandono por lá depois de verem o canil que a universidade estava construindo.....
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Nos últimos 30 dias, mais de 20 cães e gatos morreram em decorrência de diversas doenças. Novo espaço está pronto, mas não tem previsão de ser inaugurado.
A demora na entrega de um canil construído para abrigar e cuidar de cães e gatos que vivem na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, tem deixado os animais em situação insalubre, doentes e até mesmo causado a morte de muitos. De acordo com voluntários que cuidam dos animais em um abrigo improvisado atrás do Ginásio de Esportes, mais de 20 cães e gatos já morrerem desde o dia 15 de julho na UFPA com doenças como pneumonia e infecção intestinal.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais. Protetores de animais e a comunidade acadêmica estão se mobilizando para que a reitoria retire os animais do abrigo improvisado.
A Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB acompanha a situação. “O projeto prevê tratamento dos animais, castração, vacinas. A OAB teve uma reunião com a comissão deste projeto em abril do ano passado e nos garantiram que entregariam em 4 ou 5 meses. Já passou mais de um ano e não entregaram”, afirma Cláudio Bordalo, vice-presidente da Comissão da OAB.
Cláudio conta ainda que a OAB já fez uma audiência pública sobre o caso. “O reitor se negou a ir e não mandou representante. Mandamos abaixo assinado e ficaram de marcar reunião, há mais de 3 meses. Eles vem se negando a tratar do assunto, o reitor está sendo insensível nisso. Ninguém tá dizendo que a universidade tenha que fazer tudo necessário imediatamente, mas em que abrir as dificuldades do projeto”, explica Bordalo.
Espaço construído para abrigar animais está com cronograma atrasado. (Foto: Reprodução/ TV Liberal) |
O abrigo foi construído com recursos da instituição destinados ao Projeto Vitório, anunciado em fevereiro de 2017 pela instituição para resolver o problema com os 120 animais que vivem no campus. De acordo com a UFPA, trata-se de um projeto de extensão para promover a saúde e o bem-estar dos animais domésticos errantes que circulam no campus e incentivar a adoção e posse responsável dos animais.
“Tem o castelo construído e não tem nenhum animal dentro. Tem 70 animais que precisam de tudo que tem no castelo e o castelo não abre. Só que o castelo foi pago com recurso público e estamos esperando que inicie. Parece estranho para nós que não tenha começado”, afirma ainda o vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB, Cláudio Bordalo.
Em nota, a UFPA justificou o atraso, mas não informou quando, de fato, o projeto Vitório vai ajudar os animais. Veja a nota na íntegra:
"A Universidade Federal do Pará informa que considera grave o problema de animais errantes nos espaços da instituição, problema que tem sido agravado pelo estímulo ao abandono de animais no campus. Tal atitude provocou um atraso no cronograma das ações que vêm sendo construídas pela instituição para equacionar a questão, pautadas estritamente por normas legais e amparadas em práticas profissionais reconhecidamente válidas. Oportunamente, a UFPA dará conhecimento à comunidade acadêmica e demais interessados sobre o cronograma das ações planejadas".
Fonte: G1 Pará
Tudo no Brasil "funciona" em câmera lenta.
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