Mais um capítulo da novela dos cães do canídromo de Macau.
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O Canídromo recebeu ontem uma carta da Anima que manifestou a sua vontade em ajudar a encontrar uma casa para todos os galgos que ainda se encontram nas instalações. Segundo explicou Albano Martins, este foi o último apelo porque todas as missivas enviadas no passado foram devolvidas.
A Sociedade Protectora dos Animais – Anima enviou ontem uma carta ao Canídromo a expressar a sua vontade em “ajudar a encontrar uma família para TODOS os galgos”, explicando que precisa de um ano para realocar os animais. Em declarações ao PONTO FINAL, Albano Martins, presidente da Anima, explicou que a missiva serviu simplesmente para mostrar que estão “disponíveis para receber os animais”, mas que vão “precisar de um ano para fazer todo esse trabalho”. “É para eles e o Governo saberem que nós dissemos que estávamos dispostos a ser solução porque não queremos que amanhã [a Angela Leong] venha dizer que não recebeu nada da Anima”. A carta foi remetida após a associação ter sido contactada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), para que a Anima e a Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen) reforcem a sua cooperação para a adopção dos cães.
“O IACM propõe à vossa Associação que reforce a cooperação com a Yat Yuen, para procurar adoptantes adequados no mundo para os referidos galgos reformados. O IACM propõe ainda à vossa Associação que, de forma activa e rápida, coordene com a Yat Yuen e inicie as respectivas adopções”, pode ler-se na carta a que o PONTO FINAL teve acesso. O organismo, por sua vez, garante disponibilizar apoio técnico no âmbito da licença de cão e inspecção na exportação dos animais. A missiva foi enviada menos de uma semana após o organismo, juntamente com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), ter reunido com a Yat Yuen, tendo sido deixado um ultimato à empresa para que entregue, até hoje, um plano concreto sobre o destino a dar aos galgos.
Albano Martins disse não acreditar que o Canídromo entregue, ainda hoje, uma proposta ao Governo e questiona: “Se eles não entregam os galgos, o que é que vão fazer? Não podem matá-los pela nova Lei de Protecção dos Animais, não podem mandar para a China porque nós vamos bloquear”. E como é que a Anima pode impedir que os animais sejam enviados para a China? “Através do Gabinete de Ligação”, respondeu o activista, recordando uma reunião que ocorreu em Janeiro último. Segundo explicou o activista, nesse encontro, o Gabinete de Ligação disse que o Governo Central iria “fazer o seu possível para impedir a entrada desses animais na China, porque eles ficaram preocupados também”. “O Gabinete de Ligação foi muito claro connosco, vai-nos ajudar a dificultar essa entrada”, reitera.
“NEM SABEMOS SE TEREMOS CAPACIDADE PARA CONSEGUIRMOS ARRANJAR FUNDOS PARA O TRANSPORTE DESSES ANIMAIS”
Sobre as declarações de Angela Leong, na passada terça-feira, em que a presidente da Yat Yuen, questionou as intenções das associações locais de protecção dos animais, Albano Martins assegura que a Anima não quer lucrar com os galgos. “Nós nem sabemos se teremos capacidade suficiente para conseguirmos arranjar fundos para o transporte desses animais. Para transportar um animal desses, o transporte custa quase 30 mil patacas, fora as vacinas e as análises ao sangue”, afirmou o também economista. “[A Angela Leong] devia é suportar os custos de transporte desses animais todos porque essa era a obrigação dela para com os animais e para com a comunidade”.
Em relação à sobrevivência económica da associação, o presidente da Anima disse que, este ano, ainda está em causa o financiamento do último trimestre, mas mostrou-se confiante de que vão assegurar os fundos necessários. Segundo explicou Albano Martins, após a saída de Steve Wynn da Wynn Resorts, a Anima entrou em contacto com a empresa para assegurar que as doações anuais não iriam ficar prejudicadas. Na altura, a companhia confirmou que iria avançar com 1,3 milhões de patacas mas, para o economista, está em causa a continuidade deste apoio. Recorde-se que Steve Wynn era um dos principais doadores da Anima, tendo sido nomeado como presidente honorário da sociedade. Entre 2011 e 2017, a Anima recebeu da Wynn 10,5 milhões de patacas.
Albano Martins disse também que contactou ontem o Canídromo por telefone para os informar da carta que seria enviada, tendo-lhe sido dito que os interessados deveriam preencher uma ficha de adopção que constaria na página electrónica da Yat Yuen. Segundo disse o presidente da Anima, não existe no website do Canídromo qualquer ficha de inscrição para a adopção dos galgos, encontrando-se apenas disponível um endereço de e-mail e um número de telefone. O PONTO FINAL consultou também o site do Canídromo e não encontrou qualquer formulário desta natureza.
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O Canídromo recebeu ontem uma carta da Anima que manifestou a sua vontade em ajudar a encontrar uma casa para todos os galgos que ainda se encontram nas instalações. Segundo explicou Albano Martins, este foi o último apelo porque todas as missivas enviadas no passado foram devolvidas.
A Sociedade Protectora dos Animais – Anima enviou ontem uma carta ao Canídromo a expressar a sua vontade em “ajudar a encontrar uma família para TODOS os galgos”, explicando que precisa de um ano para realocar os animais. Em declarações ao PONTO FINAL, Albano Martins, presidente da Anima, explicou que a missiva serviu simplesmente para mostrar que estão “disponíveis para receber os animais”, mas que vão “precisar de um ano para fazer todo esse trabalho”. “É para eles e o Governo saberem que nós dissemos que estávamos dispostos a ser solução porque não queremos que amanhã [a Angela Leong] venha dizer que não recebeu nada da Anima”. A carta foi remetida após a associação ter sido contactada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), para que a Anima e a Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen) reforcem a sua cooperação para a adopção dos cães.
“O IACM propõe à vossa Associação que reforce a cooperação com a Yat Yuen, para procurar adoptantes adequados no mundo para os referidos galgos reformados. O IACM propõe ainda à vossa Associação que, de forma activa e rápida, coordene com a Yat Yuen e inicie as respectivas adopções”, pode ler-se na carta a que o PONTO FINAL teve acesso. O organismo, por sua vez, garante disponibilizar apoio técnico no âmbito da licença de cão e inspecção na exportação dos animais. A missiva foi enviada menos de uma semana após o organismo, juntamente com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), ter reunido com a Yat Yuen, tendo sido deixado um ultimato à empresa para que entregue, até hoje, um plano concreto sobre o destino a dar aos galgos.
Albano Martins disse não acreditar que o Canídromo entregue, ainda hoje, uma proposta ao Governo e questiona: “Se eles não entregam os galgos, o que é que vão fazer? Não podem matá-los pela nova Lei de Protecção dos Animais, não podem mandar para a China porque nós vamos bloquear”. E como é que a Anima pode impedir que os animais sejam enviados para a China? “Através do Gabinete de Ligação”, respondeu o activista, recordando uma reunião que ocorreu em Janeiro último. Segundo explicou o activista, nesse encontro, o Gabinete de Ligação disse que o Governo Central iria “fazer o seu possível para impedir a entrada desses animais na China, porque eles ficaram preocupados também”. “O Gabinete de Ligação foi muito claro connosco, vai-nos ajudar a dificultar essa entrada”, reitera.
“NEM SABEMOS SE TEREMOS CAPACIDADE PARA CONSEGUIRMOS ARRANJAR FUNDOS PARA O TRANSPORTE DESSES ANIMAIS”
Sobre as declarações de Angela Leong, na passada terça-feira, em que a presidente da Yat Yuen, questionou as intenções das associações locais de protecção dos animais, Albano Martins assegura que a Anima não quer lucrar com os galgos. “Nós nem sabemos se teremos capacidade suficiente para conseguirmos arranjar fundos para o transporte desses animais. Para transportar um animal desses, o transporte custa quase 30 mil patacas, fora as vacinas e as análises ao sangue”, afirmou o também economista. “[A Angela Leong] devia é suportar os custos de transporte desses animais todos porque essa era a obrigação dela para com os animais e para com a comunidade”.
Em relação à sobrevivência económica da associação, o presidente da Anima disse que, este ano, ainda está em causa o financiamento do último trimestre, mas mostrou-se confiante de que vão assegurar os fundos necessários. Segundo explicou Albano Martins, após a saída de Steve Wynn da Wynn Resorts, a Anima entrou em contacto com a empresa para assegurar que as doações anuais não iriam ficar prejudicadas. Na altura, a companhia confirmou que iria avançar com 1,3 milhões de patacas mas, para o economista, está em causa a continuidade deste apoio. Recorde-se que Steve Wynn era um dos principais doadores da Anima, tendo sido nomeado como presidente honorário da sociedade. Entre 2011 e 2017, a Anima recebeu da Wynn 10,5 milhões de patacas.
Albano Martins disse também que contactou ontem o Canídromo por telefone para os informar da carta que seria enviada, tendo-lhe sido dito que os interessados deveriam preencher uma ficha de adopção que constaria na página electrónica da Yat Yuen. Segundo disse o presidente da Anima, não existe no website do Canídromo qualquer ficha de inscrição para a adopção dos galgos, encontrando-se apenas disponível um endereço de e-mail e um número de telefone. O PONTO FINAL consultou também o site do Canídromo e não encontrou qualquer formulário desta natureza.
FONTE: pontofinalmacau
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