Bem, os moradores agem como se a culpa fosse da protetora.... Na verdade, todos aqueles que reclamam são coniventes com o abandono... Deveriam sim, criar recursos e ajudar na solução.... A protetora está fazendo o que a sociedade civil e autoridade ignora e se omite....
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Moradores denunciam que espaço provoca mau cheiro e traz
risco de doenças. Comissão da OAB vai notificar mulher responsável por levar os animais para o local.
Um abrigo clandestino com mais de vinte animais, no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió, tem causado transtornos para os moradores da região. Eles denunciam que o espaço, montado e improvisado em uma calçada, preocupa por conta do mau cheiro e de doenças provocadas pelos bichos.
Há três anos, a costureira Valdirene Cândido teve a ideia de levar os animais para o local e construir o abrigo. Atualmente, dez cães e quinze gatos vivem amontoados.
“Eu sempre gostei de bicho, entendeu? Eu fico muito triste quando vejo um bicho jogado por aí. Se eu andar por aí e ver um cachorro nos matos, parece que aquela coisa me chama. Quando eu vejo, eu trago”, explica a costureira.
Apesar da boa intenção, o mal cheiro das fezes dos animais incomoda os vizinhos, como o autônomo Antônio José Nascimento. “Incomoda os vizinhos. Já observei gente caminhando na rua com a camisa no nariz. Incomoda também a passagem de pedestres na calçada, fazendo com que as pessoas andem no meio da rua”, coloca.
A situação também preocupa a idosa Cícera Maria Amaro. Ela tem dois netos e diz que as crianças sofrem por causa do contato com os animais. “Os meninos ficam deitados no colchão com os cachorros doentes”, relata a moradora.
Os moradores disseram que já pediram a ajuda do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas nada foi feito. “Vieram aqui e fizeram a visita. Disseram que não era da área deles, mas sim de Rio Largo, e foram embora. Ficou por isso mesmo, até hoje”, diz Antônio José do Nascimento.
Maus tratos
A presidente da Comissão de Direito Animal da Ordem de Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), advogada Rosana Jambo, diz que a situação do abrigo caracteriza maus tratos.
“Estão amontoados, você vê que não há espaço para todos os animais ali. A solução seria simplesmente a disseminação de várias zoonoses para os animais e consequentemente zoonoses também para os seres humanos, e é quando entra o CCZ. A partir do momento em que os animais estão enfermos, o CCZ é acionado para que faça o recolhimento dos animais e possa dar ao menos cuidados básicos”, esclarece a advogada.
Ela diz ainda que a intenção da costureira que mantêm os animais presos é boa, mas que a OAB/AL vai notificá-la. “Como está caracterizado, embora ela não tenha intenção de machucar os animais, ela vai ser notificada e vai participar de uma audiência na OAB para que ela se comprometa a modificar essa situação”.
O coordenador do CCZ, Samyr Barros, disse que desconhecia a situação, mas garantiu que nesta terça-feira (5) vai enviar uma equipe ao local para ver o que pode ser feito.
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Moradores denunciam que espaço provoca mau cheiro e traz
risco de doenças. Comissão da OAB vai notificar mulher responsável por levar os animais para o local.
Um abrigo clandestino com mais de vinte animais, no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió, tem causado transtornos para os moradores da região. Eles denunciam que o espaço, montado e improvisado em uma calçada, preocupa por conta do mau cheiro e de doenças provocadas pelos bichos.
Há três anos, a costureira Valdirene Cândido teve a ideia de levar os animais para o local e construir o abrigo. Atualmente, dez cães e quinze gatos vivem amontoados.
“Eu sempre gostei de bicho, entendeu? Eu fico muito triste quando vejo um bicho jogado por aí. Se eu andar por aí e ver um cachorro nos matos, parece que aquela coisa me chama. Quando eu vejo, eu trago”, explica a costureira.
Apesar da boa intenção, o mal cheiro das fezes dos animais incomoda os vizinhos, como o autônomo Antônio José Nascimento. “Incomoda os vizinhos. Já observei gente caminhando na rua com a camisa no nariz. Incomoda também a passagem de pedestres na calçada, fazendo com que as pessoas andem no meio da rua”, coloca.
A situação também preocupa a idosa Cícera Maria Amaro. Ela tem dois netos e diz que as crianças sofrem por causa do contato com os animais. “Os meninos ficam deitados no colchão com os cachorros doentes”, relata a moradora.
Os moradores disseram que já pediram a ajuda do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas nada foi feito. “Vieram aqui e fizeram a visita. Disseram que não era da área deles, mas sim de Rio Largo, e foram embora. Ficou por isso mesmo, até hoje”, diz Antônio José do Nascimento.
Maus tratos
A presidente da Comissão de Direito Animal da Ordem de Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), advogada Rosana Jambo, diz que a situação do abrigo caracteriza maus tratos.
“Estão amontoados, você vê que não há espaço para todos os animais ali. A solução seria simplesmente a disseminação de várias zoonoses para os animais e consequentemente zoonoses também para os seres humanos, e é quando entra o CCZ. A partir do momento em que os animais estão enfermos, o CCZ é acionado para que faça o recolhimento dos animais e possa dar ao menos cuidados básicos”, esclarece a advogada.
Ela diz ainda que a intenção da costureira que mantêm os animais presos é boa, mas que a OAB/AL vai notificá-la. “Como está caracterizado, embora ela não tenha intenção de machucar os animais, ela vai ser notificada e vai participar de uma audiência na OAB para que ela se comprometa a modificar essa situação”.
O coordenador do CCZ, Samyr Barros, disse que desconhecia a situação, mas garantiu que nesta terça-feira (5) vai enviar uma equipe ao local para ver o que pode ser feito.
FONTE: G1
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