Que nervoso dá.... uma das cachorrinhas tem medo enquanto a outra pula pra lá e pra cá dentro d'água....
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Propriedade é de ex-funcionário da Vale, que perdeu a área produtiva, mas conseguiu salvar seus animais
“Vem Lili, Lalá”, chama o dono. Do outro lado do riacho de lama que percorre a
propriedade, na varanda da casa, estão as duas cadelinhas. Lalá, a de pelagem de tom amarronzado, sai do local e atravessa a lama, mas depois volta. Por diversas vezes, faz esse caminho. Lili, de pelagem branca não sai do lugar. É possível ouvir seus ganidos, enquanto a lama que escorre a separa de seu dono. Bombeiros Civis chegam para ajudar.
A situação aconteceu em um sítio, no distrito de Alberto Flores, em Brumadinho (MG). O dono da propriedade, Vicente Alcanjo de Sousa, cedeu as imagens para a reportagem da Globo Rural. Lili e Lalá foram salvas. Dois cavalos também escaparam da tragédia iniciada na sexta-feira (25/1), quando a barragem 1 da Mina do Feijão, de propriedade da Vale, rompeu, deixando um rastro de destruição e morte no município. Sousa gravou o momento em que a lama invadiu sua propriedade, deixando Lili ilhada na varanda da casa. Assista abaixo.
“Eu tenho ido tratar delas, porque elas não querem sair de lá, não”, conta. “Um doce, as duas. Assim, com a gente, né? Se você chegar sozinho, é meio perigoso. Mas lugar que nem aquele lá, tem que ter umas cachorrinhas enjoadas mesmo”, diz ele.
Vicente conta que adquiriu em 2014 o sítio de pouco mais de sete hectares. Não tinha a intenção de ser um agricultor comercial. O lugar era só para ter uma vida tranquila depois da aposentadoria. A casa tinha sido construída no ano passado. Além dos animais, tinha pomares de laranja, tangerina e manga. E uma lavoura de mandioca.
A lama da barragem atingiu quase toda a propriedade, que, até a quarta-feira (30/1) tinha acesso acesso restrito aos moradores. Vicente conta que, praticamente, só sobrou a casa e baia para os cavalos. E que tem ido tratar dos animais. “Era uma terra boa pra plantar. E eu só queria ter uma vida tranquila. Era meu sonho morar lá”, lamenta.
“Eu quero plantar, gosto de plantar. Quero ser ressarcido para comprar em outro lugar e continuar a minha vida. Noventa por cento do sítio foi embora”, diz.
Em uma dessas ironias que talvez o destino não explique, Vicente Alcanjo de Sousa é ex-funcionário da Vale. Ele ainda guarda a placa de homenagem que recebeu em maio do ano passado, dizendo “como transformou a Vale através do seu trabalho” e em agradecimento “por ter feito o melhor”.
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Propriedade é de ex-funcionário da Vale, que perdeu a área produtiva, mas conseguiu salvar seus animais
“Vem Lili, Lalá”, chama o dono. Do outro lado do riacho de lama que percorre a
propriedade, na varanda da casa, estão as duas cadelinhas. Lalá, a de pelagem de tom amarronzado, sai do local e atravessa a lama, mas depois volta. Por diversas vezes, faz esse caminho. Lili, de pelagem branca não sai do lugar. É possível ouvir seus ganidos, enquanto a lama que escorre a separa de seu dono. Bombeiros Civis chegam para ajudar.
A situação aconteceu em um sítio, no distrito de Alberto Flores, em Brumadinho (MG). O dono da propriedade, Vicente Alcanjo de Sousa, cedeu as imagens para a reportagem da Globo Rural. Lili e Lalá foram salvas. Dois cavalos também escaparam da tragédia iniciada na sexta-feira (25/1), quando a barragem 1 da Mina do Feijão, de propriedade da Vale, rompeu, deixando um rastro de destruição e morte no município. Sousa gravou o momento em que a lama invadiu sua propriedade, deixando Lili ilhada na varanda da casa. Assista abaixo.
“Eu tenho ido tratar delas, porque elas não querem sair de lá, não”, conta. “Um doce, as duas. Assim, com a gente, né? Se você chegar sozinho, é meio perigoso. Mas lugar que nem aquele lá, tem que ter umas cachorrinhas enjoadas mesmo”, diz ele.
Vicente conta que adquiriu em 2014 o sítio de pouco mais de sete hectares. Não tinha a intenção de ser um agricultor comercial. O lugar era só para ter uma vida tranquila depois da aposentadoria. A casa tinha sido construída no ano passado. Além dos animais, tinha pomares de laranja, tangerina e manga. E uma lavoura de mandioca.
A lama da barragem atingiu quase toda a propriedade, que, até a quarta-feira (30/1) tinha acesso acesso restrito aos moradores. Vicente conta que, praticamente, só sobrou a casa e baia para os cavalos. E que tem ido tratar dos animais. “Era uma terra boa pra plantar. E eu só queria ter uma vida tranquila. Era meu sonho morar lá”, lamenta.
“Eu quero plantar, gosto de plantar. Quero ser ressarcido para comprar em outro lugar e continuar a minha vida. Noventa por cento do sítio foi embora”, diz.
Em uma dessas ironias que talvez o destino não explique, Vicente Alcanjo de Sousa é ex-funcionário da Vale. Ele ainda guarda a placa de homenagem que recebeu em maio do ano passado, dizendo “como transformou a Vale através do seu trabalho” e em agradecimento “por ter feito o melhor”.
FONTE: revistagloborural
Então, Sr. Vicente, o Sr. tem ido “tratar” das cachorrinhas porque elas não querem sair de lá mas se fosse seu netinho que não quisesse sair de lá, o Sr. deixaria ele lá na casa vazia no meio da lama, com o ursinho de pelúcia dele e com as papinhas e mamadeira de reserva ou ia carregar o pimpolho na marra e no chororô para salvar ele, hein, hein? Ou será que o Sr. está querendo mesmo é deixar as pobres lá no meio do nada, pra elas não deixarem ladrão entrar na sua casa, é isso meu querido? conta pra gente. Sei não.
ResponderExcluirque judiação! Dá pra ouvir a voz da mulher gritando: Vem Lili, vem meu amor. Até os bombeiros disseram que estava perigoso. Salvas graças aos eternos heróis que ganham o salário da fome. Milhares não tiveram a mesma sorte. Hoje, ficamos sabendo pela TV que a Vale sabia do perigo e não tomou providências rápidas. Dinheiro acima da vida. Que nojo!
ResponderExcluirNunca saberemos, exatamente, quantos animais morreram nessa desgraça.
ResponderExcluirA notícia mais dolorosa, foi da mulher encontrada morta com seu cachorro nos braços, porque ela voltou para tentar salvá-lo.