Eu entendo o papel do veterinário. Não é mole assistir o dono do cachorro mandar matar o animal por não querer mais ele porque está velho ou por outro problema!!!!! mas, penso que o sofrimento dos protetores é bem maior já que depois de tratado, ninguém o quer adotar por motivos de sequelas, por estar feio, aleijado, etc...... Vocês concordam? é uma situação braba e posso afirmar que todas nós, devido a tanto sofrimento,
em algum momento já pensamos em suicídio. A maioria não faz porque os animais não merecem que percamos a nossa coragem.... Axé para todos nós: veterinários e protetores por termos que lidar com o tal "SERUMANO.... muita força!!!!!!
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Animais de estimação vivem menos do que nós, humanos (pelo menos na maior parte dos casos). Muitas vezes, acompanhar nossos bichinhos por toda a vida deles e no fim ter que vê-los partir pode ser uma experiência bastante difícil. De acordo com uma nova pesquisa, este pode ser um momento duro também para os veterinários – principalmente quando eles não estão de acordo com as decisões dos donos dos animais.
De acordo com o estudo, publicado segunda- feira no Journal of Veterinary Internal Medicine e realizado com mais de 800 veterinários americanos, há um “sofrimento moral” comum entre eles. A pesquisa revelou que a maioria deles sente dúvidas éticas pelo menos algumas vezes em relação a coisas que os donos de animais de estimação lhes pedem para fazer, e isso está afetando a saúde mental destes profissionais.
“Estamos na posição nada invejável e realmente difícil de cuidar dos pacientes, talvez por toda a vida, desenvolvendo nossos próprios relacionamentos com esses animais – e depois sendo solicitados a matá-los”, diz a Dra. Lisa Moses, principal autora do estudo e veterinária da Sociedade Médica de Massachusetts para a Prevenção da Crueldade ao Animal – Angell Animal Medical Center e bioeticista na Escola de Medicina de Harvard, ao portal NPR – National Public Radio, dos EUA.
“Às vezes, os donos preferem que seus animais sejam sacrificados, porque não podem ou não querem pagar pelo tratamento. Ou o oposto, quando sabemos em nosso coração que não há esperança de salvar o animal, ou que o animal está sofrendo, e os donos têm um conjunto de crenças que os fazem querer continuar”, diz Virginia Sinnott-Stutzman, também veterinária do Angell Medical Center em entrevista ao portal NPR.
A pesquisa de Moses e seus colegas descobriu que este tipo de angústia é generalizada entre os veterinários: 69% dos participantes disseram que sentiram sofrimento moderado a grave por não poder dar aos animais o que eles achavam ser o tratamento correto. Quase dois terços se incomodaram com pedidos inapropriados de eutanásia.
Suicídio
Essa angústia entre os profissionais da área pode estar relacionada com outro problema ainda mais grave. Para J. Wesley Boyd, outro autor do estudo e psiquiatra da Cambridge Health Alliance e bioquímico de Harvard, há uma conexão entre as descobertas do estudo e estatísticas assustadoras sobre as taxas de suicídio dos veterinários: “Minha suposição é que as descobertas de nossa pesquisa são definitivamente parte, ou até mesmo a maioria, da razão pela qual os veterinários têm taxas de suicídio acima da média”, aponta.
“Uma pesquisa de mais de 10.000 veterinários dos EUA em 2014 determinou que mais de 1 em cada 6 veterinários pode ter experimentado ideias suicidas e quase 1 em cada 10 pode ter sérios distúrbios psicológicos”, escrevem os pesquisadores em seu estudo.
Segundo a matéria do NPR, Stutzman define sofrimento moral como o sentimento quando o veterinário determina um curso de tratamento ideal, mas é impedido de executá-lo – seja por causa do dinheiro, ou das crenças do proprietário, ou regras sobre “cães que mordem”.
“O exemplo mais comovente é quando um cão jovem tem uma fratura – portanto, um problema totalmente solucionável, sem risco de vida, mas o dono não quer pagar por uma solução adequada nem ter um cachorro de três pernas, e opta pela eutanásia. Isso é uma coisa muito difícil de passar”, diz ela. A profissional também diz que é particularmente difícil quando os proprietários, envolvidos em sua dor, projetam sua raiva no veterinário. “Assim, neste exemplo”, ela explica, eles podem dizer: “‘Temos que matar nosso cachorro porque você só se importa com o dinheiro’, o que obviamente não é o caso.”
Stutzman endossa o apelo dos autores do estudo para um melhor treinamento para os veterinários em como lidar com o sofrimento moral. “Tudo o que aprendi sobre o enfrentamento veio de mentores e amigos fora da profissão veterinária, e é absolutamente necessário (que isso) faça parte de como ensinamos os veterinários”, alerta.
“Nós nos juntamos a outros pesquisadores da profissão veterinária ao pedir que as raízes do estresse e do pobre bem-estar na comunidade veterinária sejam totalmente exploradas e tratadas por sociedades profissionais”, concluem os pesquisadores no estudo.
em algum momento já pensamos em suicídio. A maioria não faz porque os animais não merecem que percamos a nossa coragem.... Axé para todos nós: veterinários e protetores por termos que lidar com o tal "SERUMANO.... muita força!!!!!!
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Animais de estimação vivem menos do que nós, humanos (pelo menos na maior parte dos casos). Muitas vezes, acompanhar nossos bichinhos por toda a vida deles e no fim ter que vê-los partir pode ser uma experiência bastante difícil. De acordo com uma nova pesquisa, este pode ser um momento duro também para os veterinários – principalmente quando eles não estão de acordo com as decisões dos donos dos animais.
De acordo com o estudo, publicado segunda- feira no Journal of Veterinary Internal Medicine e realizado com mais de 800 veterinários americanos, há um “sofrimento moral” comum entre eles. A pesquisa revelou que a maioria deles sente dúvidas éticas pelo menos algumas vezes em relação a coisas que os donos de animais de estimação lhes pedem para fazer, e isso está afetando a saúde mental destes profissionais.
“Estamos na posição nada invejável e realmente difícil de cuidar dos pacientes, talvez por toda a vida, desenvolvendo nossos próprios relacionamentos com esses animais – e depois sendo solicitados a matá-los”, diz a Dra. Lisa Moses, principal autora do estudo e veterinária da Sociedade Médica de Massachusetts para a Prevenção da Crueldade ao Animal – Angell Animal Medical Center e bioeticista na Escola de Medicina de Harvard, ao portal NPR – National Public Radio, dos EUA.
“Às vezes, os donos preferem que seus animais sejam sacrificados, porque não podem ou não querem pagar pelo tratamento. Ou o oposto, quando sabemos em nosso coração que não há esperança de salvar o animal, ou que o animal está sofrendo, e os donos têm um conjunto de crenças que os fazem querer continuar”, diz Virginia Sinnott-Stutzman, também veterinária do Angell Medical Center em entrevista ao portal NPR.
A pesquisa de Moses e seus colegas descobriu que este tipo de angústia é generalizada entre os veterinários: 69% dos participantes disseram que sentiram sofrimento moderado a grave por não poder dar aos animais o que eles achavam ser o tratamento correto. Quase dois terços se incomodaram com pedidos inapropriados de eutanásia.
Suicídio
Essa angústia entre os profissionais da área pode estar relacionada com outro problema ainda mais grave. Para J. Wesley Boyd, outro autor do estudo e psiquiatra da Cambridge Health Alliance e bioquímico de Harvard, há uma conexão entre as descobertas do estudo e estatísticas assustadoras sobre as taxas de suicídio dos veterinários: “Minha suposição é que as descobertas de nossa pesquisa são definitivamente parte, ou até mesmo a maioria, da razão pela qual os veterinários têm taxas de suicídio acima da média”, aponta.
“Uma pesquisa de mais de 10.000 veterinários dos EUA em 2014 determinou que mais de 1 em cada 6 veterinários pode ter experimentado ideias suicidas e quase 1 em cada 10 pode ter sérios distúrbios psicológicos”, escrevem os pesquisadores em seu estudo.
Segundo a matéria do NPR, Stutzman define sofrimento moral como o sentimento quando o veterinário determina um curso de tratamento ideal, mas é impedido de executá-lo – seja por causa do dinheiro, ou das crenças do proprietário, ou regras sobre “cães que mordem”.
“O exemplo mais comovente é quando um cão jovem tem uma fratura – portanto, um problema totalmente solucionável, sem risco de vida, mas o dono não quer pagar por uma solução adequada nem ter um cachorro de três pernas, e opta pela eutanásia. Isso é uma coisa muito difícil de passar”, diz ela. A profissional também diz que é particularmente difícil quando os proprietários, envolvidos em sua dor, projetam sua raiva no veterinário. “Assim, neste exemplo”, ela explica, eles podem dizer: “‘Temos que matar nosso cachorro porque você só se importa com o dinheiro’, o que obviamente não é o caso.”
Stutzman endossa o apelo dos autores do estudo para um melhor treinamento para os veterinários em como lidar com o sofrimento moral. “Tudo o que aprendi sobre o enfrentamento veio de mentores e amigos fora da profissão veterinária, e é absolutamente necessário (que isso) faça parte de como ensinamos os veterinários”, alerta.
“Nós nos juntamos a outros pesquisadores da profissão veterinária ao pedir que as raízes do estresse e do pobre bem-estar na comunidade veterinária sejam totalmente exploradas e tratadas por sociedades profissionais”, concluem os pesquisadores no estudo.
FONTE: hypescience
Realmente existem profissões em que o ser humano é chamado a dar de si além do que possui, tendo que tomar decisões que não imaginaria ser preciso tomar, a Veterinária é uma. No entanto, acreditem, Drs. Veterinários, por mais vocês sofram no seu dia a dia no consultório, animais sofrem muito, mas muito mais. Sabem quando são abandonados, porque estão velhos ou doentes. Sabem quando os tutores vão ganhar um bebê e o animal "precisa" (?) ser descartado.Um animal sabe quando não gostam mais dele, sabe que preferem vê-lo morto e adivinha que sua visita ao Veterinário é para isso, que desapareça do lar onde imaginava ser amado, da casa onde gostava de ficar no seu cantinho perto da janela cheia de sol que o esperava todas as manhãs ao acordar. Por mais vocês sofram, prezados Drs., animais sofrem muito mais e não podem falar sobre isso com ninguém, porque ninguém os quer ouvir nem ler seus argumentos, ninguém tem tempo para olhar dentro dos seus olhos tristes, não há espaço para mais um, por isso são mortos. Quem não sofreria pressentindo tanto abandono no olhar de quem mais ama? Quem suportaria tanta dor causada por aquele tutor pelo qual se daria a própria vida para salvar? Cães abandonados também se suicidam quando perambulam pelas calçadas onde estão há meses, largados pelo "dono" que se mudou para um apartamento onde não queriam animais. Cães se suicidam quando atravessam ruas movimentadas sem desviar-se dos veículos, ainda que buzinem na cara deles, porque desejam morrer, não importa como.Cães se suicidam quando se recusam a comer, a beber água porque não lhes importa mais viver em um mundo onde ninguém gosta deles e então eles morrem sem descobrir onde erraram, onde não foram bons, onde falharam com o seu deus humano, que jamais esquecerão e continuarão amando PARA SEMPRE.
ResponderExcluirApenas os cães ou TODO E QQUER ANIMAL? Triste perceber que existe SEMPRE discrminação em todos os lugares e até por parte de pessoas que dizem amar e defender os indefesos.
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