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8/10/2018

A aldeia africana onde homens e crocodilos vivem em harmonia. Mas o turismo ameaça.

É uma droga mesmo, para não dizer algo mais chulo!!!!! Onde humanos metem a mão ou o pé, fazem caquinha.... Minha Santa, ó paí ó.....
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Há uma aldeia na África, onde os habitantes vivem em harmonia com os crocodilos em um estado de simbiose, porque ali, os enormes répteis são considerados sagrados.

Eles são um dos predadores mais temidos
do planeta mas ainda assim em Bazoulé, Burkina Faso, de gerações em gerações, os habitantes convivem pacificamente com eles.

Bazoulé é uma aldeia de 20 mil pessoas, na verdade todos descendentes dos guerreiros Mossis. Ali os crocodilos vivem em liberdade, entram e saem das casas, são alimentados e há ainda quem consiga nadar ao lado deles. Felizmente não estamos no zoológico nem em um parque aquático mas, ali, a coexistência pacífica entre estes animais e os homens, está começando a atrair turistas.

Os crocodilos são considerados sagrados por causa de uma lenda que narra que durante uma seca severa entre o XIV e o XV séculos, um grupo desses grandes répteis teriam guiado as mulheres da aldeia até uma fonte ainda desconhecida para os seres humanos e teriam, portanto, salvado os moradores sedentos.

Se é verdade ou não, não importa, o que é real é o fato de que os crocodilos são considerados totens sagrados, uma espécie de protetores porque são vistos como se fossem almas dos antepassados.

Até uma festa é dedicada a estes animais, a Koom Lakré, realizada no final de outubro. Nesta ocasião, as pessoas fazem seus votos e pedem graças aos grandes répteis para que seus desejos se realizem:  boa saúde, prosperidade e sorte na colheita.

Infelizmente, como dissemos, a vila embora não seja exatamente fácil de se alcançar, está se transformando em uma atração turística. Os turistas recebem uma isca (um frango inteiro) para alimentar os crocodilos e tirar uma foto com eles.

Há quem arrisque a se sentar sobre o animal. O preço de admissão para o sítio dos "sagrados crocodilos" é de 1000 francos central-africanos, ou seja, 1,5 euro. Se a economia local se beneficia de tal fenômeno, o mesmo com certeza não se pode dizer desses animais, que estão sendo perturbados no próprio habitat deles.

O equilíbrio natural e perfeito que foi criado, agora está em perigo de ser destruído pelo turismo, do ataque de grupos islâmicos e do aquecimento global que está levando a região à uma seca severa.

FONTE: greenme

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